19 de Junho 22h37 - 35 Visitas
O secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, diz que o Governo deve travar a onda de assassinatos de moçambicanos por homens armados na província de Cabo Delgado.
Bissopo diz que o povo já não deve viver sob situação de matanças e, por isso, o Governo tem a responsabilidade de parar o fenómeno como forma evitar mais mortes de cidadãos nacionais.
O político diz que tem acompanhado com preocupação a onda de matança naquela província, que já causou mais de três dezenas de mortos, com destaque para civis. “Tenho acompanhado o assunto de Cabo Delgado e julgo ser um assunto que não ajuda a nossa nação, não credibiliza o nosso país ao nível internacional” disse Bissopo. O secretário-geral da Renamo disse, ainda, que é uma situação desagradável e, por isso, encoraja ao Governo a se dedicar na solução do problema. Para além de combater, segundo Bissopo, o Governo também deve encontrar formas de descobrir quem está por detrás de toda aquela onda de matanças.
“Este problema deve ser cortado pela raiz, porque na nossa visão como Renamo e tal como na visão do falecido presidente, as tréguas sem limites decretadas, foram numa perspectiva clara de que Moçambique não pode voltar mais aos tumultos, sob pena de colocar o povo numa situação de insegurança”.
Para o político, numa altura em que a província de Cabo Delgado regista investimentos na área dos recursos naturais, a instabilidade pode retrair investidores. “Do nosso lado, queremos que Moçambique continue para frente, queremos que o país tenha confiança. Precisamos de muito investimento e os investidores precisam de ter certeza que no país o ambiente é de paz e que não há conflito”, disse Manuel Bissopo.
De acordo com o também deputado da Assembleia da República pela Renamo, o maior partido da oposição com assento no Parlamento gostaria que os recursos existentes em Cabo Delgado beneficiassem aos moçambicanos, entretanto com a onda de instabilidade, a situação pode ficar comprometida, sendo urgente a posição do Governo para acabar com os assassinatos.
Os últimos ataques conhecidos que aconteceram em Cabo Delgado foram caracterizados por decapitações a sete cidadãos civis, facto que levou o ministro do Interior, Jaime Basílio Monteiro, a visitar a província.
Os ataques armados por desconhecidos iniciaram em Outubro de 2017 passado.
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