sábado, 7 de janeiro de 2017

Tomara que esta linda montagem ajudasse na reflexão que se impõe agora!

Julião João Cumbane adicionou 2 fotos novas — com Julião João Cumbane.

Estou preocupado por estar notando que a Frelimo está a ficar fragmentada por os seus militantes e simpatizantes já não se guiam pelos ideais defendidos por Eduardo Mondlane e Samora Machel, mas sim pelas afinidades aos Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Graça Machel.


Pode o Filipe Nyusi chamar-nos à razão, para que nos guiemos pelos princípios e valores da Frelimo, em vez de pelas nossas afinidades à figuras emblemáticas da nossa História comum?

Eu acho que pode. Mas precisa do apoio de todos nós! Infelizmente, há os que estão empenhados em dividir a Frelimo em facções, não sei para ganhar o quê.

Estou mesmo a ficar preocupado com o nosso futuro. Daí o meu apelo constante à unidade e coesão.

Imagino que alguns dirão que a "disciplina partidária" estipula que os problemas do Partido se discutem nos órgãos. Quais órgãos? A Reunião da Célula, o Comité do Círculo, o Comité de Zona? o Comité de Distrital? o Comité Provincial, a Comissão Política, o Comité Central, o Congresso? É isso?!

Ora, então não é público que a Frelimo está a fragmentar-se? Não é público que, desde o Congresso de Pemba, a Frelimo não é mais aquela força de mudança positiva? Quem não ouviu Sérvio Vieira, Jorge Rebelo, Graça Machel, Teodato Hunguana, e até a "jovem" Luísa Diogo, a contestar publicamente, de várias formas, a liderança de Armando Guebuza?

Aparentemente, isto (de a Frelimo ficar em facções) está a ocorrer porque os que nomeei acima acham que conduziram Armando Guebuza ao poder e este depois não lhes deu ouvidos ou os marginalizou. Com Joaquim Chissano foi mesma coisa: a certo ponto, a sua liderança foi contestada por certos camaradas, que trataram de lhe tirar o tapete vermelho. Com Samora Machel também, que acabou morrendo tragicamente num acidente aéreo que tem tudo que indicia alguma conspiração interna. Idem, com Eduardo Mondlane.


Agora eu pergunto:

1. Afinal a Frelimo é de quem? Será que é daqueles camaradas que fazem subir ou descer outros camaradas? Temos ou não grupos que pessoas que se julgam donas da Frelimo?

2. Existindo tais grupos (e tudo indica que existem!), o que estão a pensar fazer com Filipe Nyusi? O mesmo que fizeram com Armando Guebuza, Joaquim Chissano, Samora Machel ou Eduardo Mondlane?


A seguir o meu apelo:

Sejamos discernidos, camaradas, porque o momento exige uma outra forma—mais pragmática e menos ideológica—de ver e conduzir processos sociopolíticos! No contexto multipartidário em que encontramos em Moçambique, conjugado com o facto de que Moçambique é país de várias nações, a coesão dum partido político em torno da sua liderança encerra o segredo da vitória. Exemplos que é assim não faltam: a Frelimo perdeu eleições locais na Beira, em Quelimane, Nampula e no Gurué, quando faltou coesão em torno dos candidatos apresentados nestas autarquias.


Perdoai a minha falta de "disciplina partidária"!

Comentários


Manuel Moises Americo Não te vou perdoar meu caro camarada Julião João Cumbane, porque desta vez não "pecaste". Apenas vou parabeniza-lo pela frontalidade com que abordas os assuntos e pela sua abertura aos debates construtivos.
Somos muitos, os que assistimos indiferentes ou acomodados na "indisciplina partidária" a crescente perca de valores (de Mondlane e Samora) dentro da nossa FRELIMO e Moçambique no geral (porque a FRELIMO é que guia a nação moçambicana). E nesta disciplina que mais roça a indisciplina vamos escondendo os nossos medos. Mas tu meu caro, tu dás sinais, avisas incansavelmente quando estamos no caminho errado. Parabéns! É disto que o partido precisa: críticos construtivos.
NB: Agora o Presidente de todos nós é o camarada Nyusse, unamo-nos (família FRELIMO) incondicionalmente e apoiemos a sua governação. A UNIÃO FAZ A FORÇA, E O CONTRÁRIO.....
Gosto · 6 · Ontem às 17:18 · Editado


Lenine Daniel A "disciplina partidária" é importante, mas não pode ser usada para evitar o debate franco e aberto sobre alguns problemas que enfermam o partido e que geram a crescente insatisfação popular. Quero crer que a "disciplina partidária" começa também a ser ignorada de grosso modo no último mandato, o ex PR era avesso a críticas e se não reagia de bom tom as mesmas, os camadaras procuraram desde esses tempos outras formas de expressar seus pensamentos e sentimentos...
É verdade que no passado os partidários se guiavam pelos ideiais de Mondlane e Samora, mas devia ter sido sempre pelos ideiais do partido. A salvação dos militantes foi sempre derivada da retidão de Mondlane e Machel. A "coisa" fica preta até dentro do partido quando no seguimento de se guiar por ideiais tiveram como referências os dois últimos presidentes...
Enfim, a Frelimo precisa reencontrar-se e procurar formas de estar acima de pessoas, sejam elas quem forem...
Gosto · 3 · Ontem às 17:19 · Editado


Maitu Buanango Em política, a "percepção" conta. É lamentável e preocupante o cenário, principalmente, para a camada jovem.
Gosto · 1 · Ontem às 17:26


Homer Wolf Boa bola, Profe!... Assim é que é.
"Bombe-os" sempre que as circunsctâncias o impuserem!...
Isso de esperar pelo congresso náo procede? E que tal se náo formos delegados ao congresso? Calamo-nos? Qual disciplina partidária qual quê?

PS: Um bom ano para si
Gosto · 5 · 23 h · Editado


Jorge Cumbane Não mergulhe o nosso presidente do estado com ambiciosos, deixem o nosso chefe dirigir os objetivos de pais sem afiliação dos ambiciosos.
Gosto · 23 h


Helio Thyago Krpan Brilhante análise Prof. J.
Até certo ponto julgo perceptível que a FRELIMO não se guie nem se aprisione cegamente nos ideais de Mondlane e Samora pois estes para além de não serem perfeitos, foram enfrentando o dinamismo natural da vida e se adaptando...Ver mais
Gosto · 23 h · Editado


Homer Wolf Caro Helio Thyago Krpan, não sei se é um problema de interpretaçáo meu, mas me parece que há aqui no seu comment muita coisa misturada...
Gosto · 1 · 23 h


Helio Thyago Krpan No início fui ao encontro do post original. No meio e no fim trouxe uma tónica meio futurista. Há um mix sim mas interligado
Gosto · 1 · 21 h


Dinis Tivane Acompanho um pouco a política em Portugal. Vi no PS à ascenção do Actual Primeiro Ministro ainda no seu partido quando fez uma campanha que impigiu uma saída drástica de António José Seguro. No PSD Barroso ganhou eleições, mas quando veio a oportunidade de ser Presidente da Comissão Europeia e saiu sem pestanejar. Ficou lá o seu Vice Santana Lopes que em menos de dois meses foi "tirado à força" pois os próprios pares incluindo Manuela Ferreira Leite lhe fizeram a cama. Cavaco Silva não apoiou Lopes quando foram às eleições antecipadas e Lopes perdeu para quem? Para José Sócrates que nunca venceu antes um único debate na RTP e em outros locais. Sócrates depois de cumprir o seu mandato é preso e ninguém do partido o ajudou (pelo menos publicamente).

O que é que este exemplo de história política portuguesa significa neste debate? Que lá não há um comportamento de compadrio. De irmandade. De ideologia fundamentalista. Há abertura. Expressão clara de diferenças de ideias. Pensar diferente não significa não amar o partido, se é que amor existe em política. PS e PSD apesar de guerreiarem-se dentro dos partidos estão cada vez mais fortes e sempre com alternativas de liderança. Saiu Santana Lopes, veio Passos Coelho no PSD. Fez um trabalho Bom como Primeiro Ministro. Saiu Sócrates e veio António Costa no PS e está a fazer um belo trabalho.

E se António Costa não tivesse enfrentado Seguro, será que Seguro teria ganho ou conseguido o poder diante de Passos Coelho. Talvez não. Mas Seguro não perdoa Costa e o chama de traidor.

Vamos voltar à terra. Acho que se existem posições discordantes no seio dos partidos moçambicanos não podemos achar que estão a ficar fragmentados. Que aqueles que não estão como líderes em cada partido, mas advogam posições diferentes não podem ser vistos somente como faccionistas. Acho que é o debate natural. Mesmo dentro de famílias, irmãos com a mesma educação do mesmo Pai e Mãe, pensam diferente e agem diferente.

É preciso saudar o debate. Não alimentar ideias de que quem pensa diferente quer destruir, pois essa perspectiva é que é perigosa.
Gosto · 4 · 18 h · Editado


Julião João Cumbane «Acho que se existem posições discordantes no seio dos partidos moçambicanos não podemos achar que estão a ficar fragmentados.» (sic).

Infelizmente, Dinis Tivane, o que está a ocorrer com a Frelimo é fragmentação de facto. Esta reflexão é para concitar uma reflexão sobre a viabilidade deste partido histórico no poder em Moçambique...
Gosto · 18 h


Estevao Pangueia "Pode o Filipe Nyusi chama-nos à razão, para que nos guiemos pelos princípios e valores da Frelimo, em vez de pelas nossas afinidades à figuras emblemáticas da nossa História comum?
Eu acho que pode. Mas precisa do apoio de todos nós! "
Meu caro Julião, em política o apoio não se pede, conquista-se com discursos e acções.
Basta o Nyusi trabalhar e refazer caminhos, acredito que pode conquistar certo apoio dentro e fora da Frelimo, e ajudar na recuperação da imagem do partido.
Gosto · 2 · 23 h · Editado


Homer Wolf Concordo: é preciso saber dar um murro na mesa, quando a situaçáo assim exigir...
(E por acaso o Profe tem pinta de quem sabe fazè-lo)
Gosto · 3 · 23 h


Jorge Cumbane Para resgatar a confiança do povo FRELIMO tem uma tarefa muito importante ser capaz de indicar pessoas alvos no desvios de fundos do Estado . O Estado não pode ser renfem de pessoas que usa Partido para lograr os seus objetivos. Agora FRELIMO para convecer todos os Moçambicanos que seja capaz de recuperar todos dinheiro em falta sem sacrificar o cidadão comum
Gosto · 21 h


Julião João Cumbane Quando eu preparava esta 'post', estava sob pressão porque estava atrasar a uma actividade inscrita, mas não queria deixar as ideias voarem com a ocupação que ia ter a seguir. Por isso, não tive tempo para ler o texto antes de o publicar. Isso explica os erros de palmatória que continha, ora corrigidos no decurso da minha primeira leitura. Apraz-me verificar que, mesmo com esses erros, os leitores entenderam a ideia central. Não obstante, recomendo uma segunda leitura completa do texto...!
Gosto · 3 · 19 h · Editado


Homer Wolf Sugestão metodologica: da proximo, a seguir ao título escreva (DRAFT 1)...
Gosto · 18 h · Editado


Julião João Cumbane ...
Sugestão acolhida, Homer Wolf! Obrigado!
Agora volta a ler o texto, sff!
Gosto · 1 · 18 h · Editado


Yaqub Sibindy No início da campanha do saque do património público da então economia centralizada do Estado moçambicano pelos camaradas do ex-bureau Político de Samora Machel, para a construção da presente burguesia capitalista Vermelha, Sibindy recorda muito bem a advertência de Marcelino dos Santos, publicado no então Semanário DEMOS em que advertia: A ADOPÇÃO DO CAPITALISMO NO SEIO DA FRELIMO, VAI ENFRAQUECER À UNIDADE NACIONAL!

Meu caro Julião João Cumbane, a Frelimo do tempo após Independência, jamais voltará ser a mesma igual a essa!

Frelinegócios é muito diferente da Frelimo! O povo honra e respeita o papel histórico da Frelimo e o mesmo povo neste momento roga PRAGAS contra a Frelinegócios!

Será que o Nyusi, com menos de 2 anos na Presidência da Frelimo, com um filho....! Seria mesmo a Figura com mãos limpas para reconstruir um consenso da moral da Frelimo popular de Samora Machel e Eduardo Mondlhane?

Parece que a salvação e Renovação desejada está cá de fora no perfil político de alguns partidos não armados!..
Gosto · 5 · 18 h · Editado


Geraldo Tembe Falou e disse tudo professor. Acho que o problema parece simples e complexo ao mesmo tempo.

Falando do X Congresso de Pemba de onde saiu o candidato a P.R pelo partido Frelimo e das eleições locais que citou; Beira, Quelimane, Gurué e Nampula, a falta de consensualidade (casamento) partidaria em relação aos candidatos, mostra a dita existencia de alas, pois os mesmas pertencem a circulos de interesse individuais e não colectivos de um grupo como todo.
Neste caso a vontade de um ator dominante dentro do grupo, sobrepõem-se sobre o mesmo. Esta influencia exercida através de (lobbies, coersão, poder económico entre outros). Assumindo tácitamente a falta de DEMOCRACIA INTERNA e, como resultado disso temos a (in)disciplina pártidaria.

Penso que, quando os interesses do grupo e não de grupinhos serem tomados em conta, não haverá muito espaço para divisionismos, entretanto enquanto isso não acontece assistiremos a queda e/0u extinção de mais um grande partido histórico do século XX. A grande Frente de Libertação de Moçambique!!!
Gosto · 8 h


Dinis Tivane Porque é que tem que haver consensos em relação à candidatos, a primeira? Se à primeira, aparecem 2, 3 ou 4 opções vindas de membros ou grupos devidamente reconhecidos dentro do partido, isso tem que ser respeitado. A partir daí fazem-se eleições à cada nível. Um candidato, não tem que ser de consenso. Tem que ser legitimado pelo voto de uma maioria...
Gosto · 4 h


Yaqub Sibindy

Gosto · 7 h


Andre Gandi Meus amigos não vejo o motivo das pessoas se agitarem.
A frelimo seu no tempo que devo a dar e agora o seu fim. Tudo oque tem princípio tem fim.
Não estão preparados para ver a frelimo na oposição? Deixem o tempo tomar conta disso.
Chegou o fim, deviam agradecer porque a frelimo trouxe a independência, deixam nossos descansarem .
Novo sangue está a vir . Novos partidos. Nossos heróis saem com a cabeça erguida.

Vocês vão se dedicando com as vossas actividades rotineiras.
Em Moçambique não ha contista, menos filósofos porque todo mundo quer ser analista politico.
Precisamos de físicos, químicos, biólogos, matemáticos, etc. Mas analista politico ja chega porque sempre falham, não conseguem ajudar o país a sair dessa lama, pelo contrário afundam mais.
Fui apenas a opinião .
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Dinis Tivane Não acredito em extinções e mortes. Acredito que os partidos venham a reinventar-se... Quando ficar claro que uma certa maneira de actuar em política não logra mais os objectivos maiores do País e do Partido, novas ideias e soluções serão baptizadas...
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Eusebio Jose Mondlane Mondlane PANELA NO LUME CONCORDO VAMOS A ISSO
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Julião João Cumbane com Julião João Cumbane.
5/1 às 19:31 ·

A trégua é agora por 60 dias…

Eu sou um dos críticos severos de Afonso Dhlakma que Moçambique conhece. Confesso que não gosto do Afonso Dhlakama. Não gosto dele por causa do que ando a pensar dos seus actos enquanto líder de massas.

Não contesto a qualidade de Afonso Dhlakama como líder. O que contesto e repudio veementemente é o que ele lidera: a destruição de Moçambique a pretexto de estar a lutar pela democracia. Sim, até hoje, eu conheço Afonso Dhlakama só como alguém que tem estado a liderar a destruição de Moçambique com o pretexto de que está a lutar pela democracia—tal democracia que eu duvido que ele saiba bem o que é.

Entre 1977 e 1992, Afonso Dhlakama destruiu Moçambique ao serviço de interesses externos. Depois parou por 20 anos, entre 1992 e 2012. Neste período, a Renamo registou-se como partido político e começou a luta política pela conquista do poder, mas ainda não conseguiu ganhar as eleições. Nada de anormal até aqui. A anormalidade começa quando Afonso Dhlakama se queixa de roubo de votos, sem poder apresentar provas sustentando a sua queixa. Também é anormal quando as queixas de Afonso Dhlakma, mesmo sem provas, não são devidamente atendidas por quem de direito. E quem de direito DEVE atender as queixas de Afonso Dhlakama sobre o alegado roubo de votos são as autoridades eleitorais e as instituições de justiça do Estado moçambicano.

A propósito, nunca consegui entender a razão para as autoridades eleitorais e a instituições de justiça não atenderem devidamente as queixas de Afonso Dhlakama, sendo Moçambique um Estado de Direito Democrático, como plasmado na Constituição da República de Moçambique (CRM) [Artigo 3, CRM]. Não deve ser por os titulares dos órgãos que devem insvestiagr essas alegações não gostarem do Afonso Dhlakama, como eu também não gosto dele. Num Estado de Direito Democrático, as acções das pessoas deve estar em conformidade com a lei, não com as vontades ou prazeres individuais. Também nunca consegui entender por que a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique nunca intimou o partido Renamo pelo facto de este partido possuir um braço armado fora da lei. Reclamações não atendidas e ilegalidades toleradas constituem anormalidades e perigam a paz. A falta de paz inviabiliza ainda mais a justiça e falta de justiça inviabiliza o gozo pleno dos direitos cívicos, qual a liberdade. Todas estas coisas que deveriam ser feitas e não feitas fazem de Moçambique um país estranho, um falso Estado de Direito.

É também uma anormalidade, o facto de haver uma parte significativa do povo moçambicano apoiar um partido político que funciona fora da lei. Esta anormalidade amonta, quando essa parte do povo moçambicano exige que o Governo de Moçambique aceite como normal a existência de um partido político armado, no lugar de instar o Governo cumprir, e fazer cumprir, a lei. O facto de haver moçambicanos que apoiam ilegalidades, faz Afonso Dhlakama pensar que está certo, quando na verdade está muito errado. É muito errado e contra o Estado de Direito, o Afonso Dhlakama e os seus apoiantes advogarem a resolução de diferendos políticos com recurso à violência. Afonso Dhlakama lidera esses moçambicanos que não gostam de viver debaixo da lei. Um bom líder é aquele que organiza as pessoas de modo a saberem viver debaixo da lei. Só uma sociedade cujos indivíduos vivem debaixo da lei pode ser viável. Afonso Dhlakama lidera pessoas que praticam injustiças a pretexto de estarem a lutar pela justiça, razão bastante para eu não gosto dele.

Estou a imaginar que alguém que está a ler este texto possa estar a perguntar "se todos cometem anormalidades, então por que não gostar somente do Afonso Dhlakama?". A minha resposta é simples e é que, numa república, apenas o Estado é que detém o monopólio do uso da força. Afonso Dhlakama confunde despropositadamente as forças de defesa e segurança da República de Moçambique (também chamadas governamentais moçambicanas) com as forças populares de libertação de Moçambique (FPLM), o braço armado da Frente de Libertação de Moçambique, de que Afonso Dhlakama fez parte antes da proclamação da independência. Depois da proclamação da independência, Afonso Dhlakama passou a integrar as forças de defesa e segurança da primeira república—a República Popular de Moçambique. Nessa altura, eu não tinha razão para não gostar de Afonso Dhlakama.

Ocorre, porém, que, em 1977, Afonso Dhlakama desertou das forças de defesa e segurança da nossa primeira república e passou a integrar o movimento terrorista criado pelo então regime minoritário branco da Rodésia (hoje Zimbabwe), dirigido por Ian Smith, para inviabilizar a criação dum Estado socialista perto das fronteiras daquele país vizinho (Zimbabwe). Esse projecto de Ian Smith está detalhadamente descrito no livro "Serving Secretly: An Intelligence Chief on Record, Rhodesia into Zimbabwe 1964-1981", de Ken Flower, publica em 1987. O tal movimento terrorista a que me refiro chamava-se "Mozambican National Resistence (MNR)", que mais tarde ficou conhecido pela designação "RENAMO". Foi nessa altura que Afonso Dhlakama se transformou num inimigo da sua própria Pátria, e nasceu a razão para eu não gostar dele.

Felizmente, Joaquim Chissano, então Presidente de Moçambique, no âmbito das negociações para pôr fim ao conflito armado entre o Estado moçambicano e a RENAMO—que entretanto continuou a existir mesmo depois da extinção dos regimes minoritários brancos da Rodésia de Ian Smith e da África do Sul do apartheid—felizmente, ia eu dizendo, Joaquim Chissano sugeriu a transformação da RENAMO num partido político que hoje se chama "Renamo", e Afonso Dhlakama—um militar virado mercenário—num líder político. Quando isto ocorreu, eu considerei útil a ideia de perdoar Afonso Dhlakama e o aceitar no convívio pacífico com todos os moçambicanos. Fui até abordado para me filiar à Renamo, mas a minha consciência não me deixou. Outros aceitaram e até hoje continuam militantes do partido Renamo. Outros ainda há que se filiaram na Renamo, mas depois se desfiliaram para integrar o PDD de Raul Domingos ou o MDM do Daviz Simango. Eu, por decisão tomada em consciência, depois de analisar o cenário político nacional, filiei-me no partido Frelimo, em 2003; antes eu era apenas um simpatizante da Frelimo. Foi o trabalho político de Armando Guebuza, enquanto Secretário-Geral da Frelimo, e mais tarde Presidente deste partido, que me fez apreciar e começar a gostar da política activa.

Ocorre que, no quadro da implementação do Acordo Geral de Paz (AGP), assinado em Roma entre o Governo de Moçambique e a RENAMO—então movimento de resistência—, Joaquim Chissano e Afonso Dhlakama, deliberadamente, não concluíram a implementação do AGP, permitindo assim que a RENAMO (movimento) se convertesse em "Renamo" (partido), quando ainda tinha uma força armada residual não integrada nas forças de defesa e segurança de Moçambique, em contravenção ao que estava estabelecido num dos protocolos do AGP. Isto fez com que eu começasse a ter desconfiança no Joaquim Chissano e no Afonso Dhlakama. Eu pressentia que os dois estavam a armar alguma coisa, e essa alguma coisa era exactamente a paz que eles estavam ARMADILHAR.

É assim que, para mim, Afonso Dhlakama e Joaquim Chissano são ambos malandros. Moçambique ainda não alcançou paz efectiva por causa destes dois compatriotas. Joaquim Chissano pretendia usar o Afonso Dhlakama para se manter no poder por tempo indeterminado e Afonso Dhlakama estava facilitando esse jogo, aceitando "tomar café" com Joaquim Chissano, ambos falando de futilidades e não da integração das forças residuais da RENAMO. Diz por ai que, nessas "sessões de cafés", Joaquim Chissano dava dinheiro ao Afonso Dhlakama, alegadamente para o pagamento dos homens armados acantonados perto das antigas bases da RENAMO. E o Afonso Dhlakama pagava aqueles homens um valor simbólico e ficava com o resto de dinheiro para si. Como se pode ver, isto é tudo malandrice suportada pelos dinheiros de impostos pagos do trabalho honesto de moçambicanos de bem, amantes da paz. É esta malandrice que explica o meu não gostar de Afonso Dhlakama e de Joaquim Chissano: os dois brincaram mal com as nossas contribuições, fazendo nos passar por tolos.

Mas tudo isto pode constituir um passado e deixar de importar, se Afonso Dhlakama e Joaquim Chissano reconhecerem que erraram ao armadilhar a paz, tentando enganar um povo para a satisfação dos seus egos pessoais. Os erros relevam-se, quando os seus praticantes os reconhecem e buscam correcção. Considero reconhecimento do seu erro e busca de respectiva correcção, o facto de o Joaquim Chissano empenhar-se em tentar contribuir com ideias para o alcance da paz efectiva em Moçambique. Considero igualmente como reconhecimento dos seus erros e busca de respectiva correcção, o facto de Afonso Dhlakama ter decretado uma trégua nos ataques que vinha comandando contra o Estado e povo moçambicanos, inicialmente por 7 dias e, logo a seguir, por 60 dias. O reconhecimento destes erros por seus praticantes, abre caminho para eu pensar bem deles e parar de olhar para eles como dois malandros políticos que viveram parte das suas vidas enganado o povo de que eles, vós (moçambicanos que estais lendo esta reflexão) e eu (que a escrevi) somos todos filhos—o povo moçambicano. Pensarmos bem uns dos outros (nós moçambicanos), sem desconfiança, cria espaço para desenvolvermos bons sentimentos uns pelos outros, e isto, por sua vez, abre caminho para uma verdadeira reconciliação nacional entre nós (moçambicanos).

Por eu ter começado a pensar bem de Afonso Dhlakama e Joaquim Chissano, motivado pelos seus últimos actos, sinto que estou a conseguir superar que repulsa que eles me causam quando penso nas causas da instabilidade em Moçambique. Convido os meus compatriotas moçambicanos (de todos os sexos, raças, crenças e condição social) a fazerem o mesmo: pensar bem—sem desconfiança—de quem pratica bons actos, ainda que no passado tenha feito mal ou nos tenha iludido, pois só assim alcançaremos a verdadeira reconciliação nacional em Moçambique.

Chegado aqui, nesta reflexão, agora gostaria de me dirigir ao meu compatriota e Presidente, Filipe Nyusi…

Meu irmão, compatriota e Presidente, Filipe Nyusi, há reclamações de alguns compatriotas nossos, moçambicanos, que dizem que tu piscas à direita e viras para a esquerda. Se for houver algum pingo de verdade nesta reclamação, quero aconselhar-te a não recorreres ao engano para ganhar seja o que for. Ninguém gosta de ser enganado. Mesmo tu não gostas de ser enganado. Pior um povo. O engano é uma mentira. Quando descoberta, a mentira gera desconfiança e ira. Se queres suporta a desconfiança ou a ira de um povo, então não engana. Repara que não estou a dizer que tens que ser uma pessoa previsível. Longe disso. Ser previsível também não é bom para a tua segurança. O que estou a dizer é que tens que ser exemplarmente honesto e cumpridor exímio dos compromissos que assumes com todos aqueles com quem te relacionas, incluindo com Afonso Dhlakama, Joaquim Chissano e Armando Guebuza e todo o povo moçambicano, desde que assunção desses compromissos ocorra à luz lei. Não assume compromissos cujo cumprimento pode configurar ofensa à lei!

Entre as coisas que tens que fazer de imediato, meu irmão, manda investigar as alegações sobre existência de esquadrões de morte e traz a verdade para o teu povo. Eu confesso que não gostei de ouvir o Governo que diriges a repelir pura e simplesmente essas alegações, sem indicar as medidas que medidas estão em curso para o esclarecimento da verdade. Nota que é responsabilidade do Estado, por comando expresso na lei ou por ordem legal do gestor legítimo deste Estado—o Governo—investigar qualquer denúncia sobre incumprimento da lei. A alegada existência de esquadrões de morte é uma denúncia explícita de incumprimento da lei que requer uma investigação, juntamente com as mortes alegadamente associadas com a acção desses supostos esquadrões, para o esclarecimento da verdade.

Outra coisa que urge mandares acelerar é o processo de descentralização. A descentralização, entendida como processo de transferência de poderes e competências do poder político central para o poder local, visa fazer mais justiça aos cidadãos. Com efeito, com a descentralização, a exploração comercial dos recursos naturais vai passar a beneficiar da melhor maneira as comunidades locais do que actualmente, vai promover a competitividade produtiva e o desenvolvimento integrado do país, através da especialização na produção, o que, por sua vez, vai incrementar o comércio interno e externo, e alargar a base tributária nacional. Nas tuas conversas telefónicas com Afonso Dhlakama, vós dois deveis orientar a Comissão Mista para não andar brincar de conversar sobre a paz, mas dialogar proficuamente. Deveis orientar as vossas bancadas parlamentares na Assembleia da República para, a breve trecho, produzir uma resolução sobre a revisão da Constituição da República de Moçambique, de modo a acomodar um modelo de descentralização que torne Moçambique num país verdadeiramente independente, soberano, de Estado de Direito Democrático e justiça social genuína [Artigo 1, CRM].

Na minha opinião, os acordos que Afonso Dhlakama assinou com Joaquim Chissano e Armando Guebuza, conjugados com a CRM de 2004, aprovada por unanimidade, são os instrumentos oficiais necessários e suficientes para a pacificação efectiva de Moçambique. É apenas uma questão de revisitar esses acordos e ver o que não foi (ou não está sendo) devidamente cumprido e porquê, e corrigir os erros detectados. Assim, pessoalmente, eu não vejo necessidade de um terceiro acordo entre tu (Filipe Nyusi, PR) e o Afonso Dhlakama, excepto o exercício de revisitarem os acordos já alcançados e acordarem o que momento (não as vontades individuais!) impõe que seja alterado na CRM, para acelerar o processo de descentralização e de integração da guarda armada privada da Renamo nas forças de defesa e segurança da República de Moçambique.

No vosso diálogo sobre estas matérias (descentralização e integração dos homens armados da Renamo nas forças de defesa e segurança da República de Moçambique), vós dois deveis ter como farol a ordem constitucional actualmente vigente na República de Moçambique, para evitar precedentes que poderão tornar Moçambique num Estado arbitrário. É por isso que acho que não precisamos de um terceiro acordo sobre as matérias que nos dividem, pois sobre elas já há vários acordos, alguns dos quais já incorporados na CRM (de 2004). Aliás, é também minha opinião que, para evitar, futuramente, arbitrariedades na composição e gestão do Estado moçambicano, vós dois deveis apregoar a aprovação de uma CRM detalhada, mormente no que é fundamental para o funcionamento eficaz e eficiente do aparelho do Estado. Já basta de arbitrariedades na composição do aparelho do Estado da República de Moçambique! Não é bom, para o correcto funcionamento do aparelho do Estado, que cada um que chega à presidência da República de Moçambique crie os seus próprios ministérios ou agências governamentais, porque isso resulta, inevitavelmente, numa destruição parcial ou total da memória institucional.

Não vos importeis pelas vozes que questionam a forma como vós acordais quem vai dizer o quê ao povo, sobre o conteúdo das conversas que tendes vindo a manter via telefone. O importante é que dialogueis contínua e proficuamente, e chegueis a compromissos cuja cumprimento não coloque nenhum de vós a actuar fora da lei. A lei vigente (é que) deve ser o farol dos compromissos a que chegardes. É isso que o povo de vós espera. Se assim ocorrer, quiçá, finalmente, eu poderei pensar bem do Afonso Dhlakama ao ponto de poder relevar os sentimentos negativos que tenho por ele. E, quiçá, tu também (Filipe Nyusi, meu irmão, compatriota e Presidente) poderás desfazer as dúvidas que algumas pessoas têm sobre a tua pessoa e sobre a tua liderança (da República de Moçambique e da Frelimo).


Paro por aqui, desta vez.


Comentários


Hermes Sueia Assino por baixo Professor, ressalvando a parte em que chama malandro a um ex-Presidente..................
Gosto · 2 · 5/1 às 19:38


Julião João Cumbane E qual é o problema, Hermes? Como tratar alguém que tolera, impávido e sereno, malandros e malandrices? Quando é que a corrupção se enraíza e floresce, em Moçambique? Quem deixou a Renamo continuar ilegalmente armada, quando tinha mandato e poder para a desarmar?...
Gosto · Ontem às 9:57


Hermes Sueia Professor essas suas inquietações só encontram resposta na leitura do documento/versão completa dos Acordos. Faço minhas as palavras do nosso amigo Eusébio Gwembe.......o que sei é que vivemos duas décadas de tranquilidade e crecimento económico-social. O resto é mesmo resto como costuma dizer o mano Armando Cuna. A PAZ não tem preço............nem que seja por um fugaz e sublime momento. PAZ é PAZ.
Gosto · Ontem às 10:19


Armando Cuna JJC insiste que em 1994
Gosto · Ontem às 11:24


Armando Cuna ...em 1994 alguem tinha mandato e poder para desarmar a Renamo. Papo de marcianos. Nem nessa altura, nem agora ha capacidade para desarmar a Renamo. Com essa capacidade, a Frelimo nao hesitaria um segundo em faze-lo. Nao desarma porque nso consegue. Este eh que eh o ponto. Em 1994, de forma brilhante Chissano percebeu isso. Em 2016 Nyusi teima em nao perceber que nso tem capacidade para desarmar Dhlakhama. E continua nos arrastando para esta guerra burra, RJT.
Gosto · 1 · Ontem às 11:36


Eusébio A. P. Gwembe Julião João Cumbane, se os moçambicanos tivessem conhecimento de 15% dos Acordos de Roma talvez compreendessem por que Dhlakama aında mantem os seus homens armados. Talvez compreendessem a ınercıa da Procuradorıa em agır contra aqueles que estao constantemente aterrorızando o povo nas nossas estradas. Talvez compreendessem melhor o que de facto esta em jogo, hoje. Talvez compreendessem por que as amnıstıas sao feıtas a margem das vıtımas. Mas, felızmente, apenas 28 pessoas tıveram acesso de, pelo menos 60% de toda a dıscussao. Quanto ao assunto "esquadroes de morte e descentralızacao" estamos em sıntonıa.
Não gosto · 15 · 5/1 às 20:09


Vitorino David Sim senhor. Gostei mas vamos esperar para ver a acçãp
Gosto · 5/1 às 20:10


Wilson Profirio Nicaquela Quando o assunto é o bem todas cartatas valem a pena. Precisamos uma estabilidade social de facto....
Gosto · 3 · 5/1 às 20:10


Efraimo Neves Deve se propor a criação de até ao máximo de 16 ministérios com competências bem definidas tanto a nível nacional como provincial. E 60% das receitas de uma província deve ser usada nessa mesma província e 40% para o governo central
Gosto · 2 · 5/1 às 20:15


Arlindo Francisco João Vicente Enquanto isso eu estou a curtir os meus 60 dias da trégua.!
O resto é política
Gosto · 2 · 5/1 às 20:27


Herminio Ricardo É compreensível, porquê acham k o povo desconhece o AGP ?? Será pq a maioria são analfabetos ou porque interessa o Governo que o povo não o conheça ?? Realmente houve graves erros de ambas partes no cumprimento do AGP. Entretanto, quando AEG ascendeu o poder não teve astúcia suficiente para gerir este assunto recorrendo a violência e demagogia para Quem já estava acomodado.A história prova que foram muitos poucos governos que venceram guerrilhas internas. Em relação ao segundo ponto, concordo plenamente , ainda estamos a ser subgovernados !!!
Gosto · 1 · 5/1 às 20:34


Inacio Arnaldo Mazive Quem decidiu pela violência foi Armado Guebuza e/ou Afonso Dhlakama?
Gosto · 1 · Ontem às 10:26 · Editado


Joaquim Gove Muito boa reflexão sobre os principais eixos dos nossos destinos até aqui e grande é a atitude do convite à revermos os sentimentos, ressentimentos e tudo mais que não liberta o espírito.

Por acaso, igual ao Julião João Cumbane, não gosto do Afonso Dlakhama e não estou disposto a gostar, devido as razões que o JJC já apresentou e, devidos as inconstâncias, similares à infantlidades políticas quando são atitudes tomadas com maturidade e consciência motivadas por razões incofessas de poder e ódio.

Ainda assim, não sabendo se poderei gostar dele porque nem estou disposto a gostar, estou e estive sempre disposto e com discernimento para aceitar as boas acções dele em bem para Moçambique.

A minha visão sobre a questão de conquistar e estabelecer a confiança, é de que os acordos não podem ser celebrados por duas pessoas, especialmente se uma das pessoas só representa um partido político (deliquente, se diga), nem dois partidos e nem mesmo comissões "manipuláveis" por estes dois líderes ou seus partidos políticos.
Portanto, sou mais por um processo de uma Assembleia Constituente/Conferência Nacional sobre a paz, em moldes que possam permitir que todos, incluindo os que não militam em nenhum partido político possam ter os seus ensejos devidamente espelhados (in Roberto Julio Tibana), uma proposta que já chegou ao PR Filipe Jacinto Nyusi , do Afonso Dlakhama e das delegações das conversações.

Por outro lado, quero saudar a decisão sobre as tréguas (primeiro elemento proposto como chave para a referida Conferência - sessação imediata e incondicional das hostilidades). Foi boa decisão do Afonso Dlakhama e da referida colaboração do PR. Quero ainda acreditar que indo deste modo, estes 2 podem ser a chave para uma acção da referida conferência ou algo parecido, de forma lícita, imparcial, clara e muito transparente.

Ainda gosto e apoio as suas reflexões JJC, apesar de maior parte da nossa juventude preferir apoiar o que é anormal, continuemos a colocar as verdades e sinceridades até onde podemos.
Cpts
Gosto · 3 · 5/1 às 20:35


Dyne Silver
Traduzido do Inglês
Você descansou o seu caso, professor!Ver Original
Gosto · 1 · 5/1 às 20:37


Jose Cossa e ainda ha quem duvidava que quem da autoria dos ataques; mandou parar por 7+60.
Gosto · 5/1 às 20:49


Pedro Traivon Martin Rajá Vivemos 20 anos de uma paz paga a peso de ouro como eu já desconfiava. Bem haja professor Julião João Cumbane por nos ilucidar do se passou nos bastidores da nossa política
Gosto · 1 · 5/1 às 21:11


Pedro Traivon Martin Rajá Volto a pedir que o senhor crie seu canal no Youtube. Seria de uma utilidade inestimável para quem como eu aprecia a sua escrita e eloquência mesmo que nem sempre concorde consigo
Gosto · 4 · 5/1 às 21:16


Parménides Luis Mbutumas Problemas da gnose( conhecimento)?

Eu penso que o importante não é fazer de cada mente um gosto ou não mas sim de referências de identidade pelo que se deve promulgar. A necessidade de mentes relativas é que fazem nascer uma República Consciente, a título de exemplo alguém podia escrever eu não Gosto de Julião João Cumbane porque escreve a parte sonora do que lhe faz existir enquanto fazedor de política numa república sem democracia; alguém podia escrever eu não gosto de participar em ideias que não produzem efeitos; alguém podia escrever eu não gosto de partido Renamo e seu líder como o dono do Post adiantou, não gosto de MDM ; não gosto da Frelimo; etc. O que é importante aos fazedores da nova politica num país como este que se queira democraticamente é aceitação das diferenças. Para não ferir as palavras do post, vi por ai muita “apalavrada” que um ou outro pode considerar de asneira. Mas será que o senhor sabe mesmo do que queria escrever? Remeto a necessidade de que deve se antes de agente insultar ou lançar azagaias a uma gazela que não queremos que matamos fazer nascer consciências livres da velha República. Pelos erros que assisto na política da minha pátria eu atribuo isso ao não reconhecimento da nova modalidade da nova época. É preciso que haja renúncia da negação de formas de exploração (classes exploradas). A gestão interna da Nova República deve se basear em factos da nova sociedade. Um ou outro partido em qualquer dia, pode vir a fazer o que a Renamo fez e que continua a fazer se as coisas não estão a molde de uma humanidade. Não conheço a identidade do dono do Post, mas remeto urgentemente a uma observação concisa dos factos da sociedade em que a guerrilha da Renamo se encontra a fazer merecidos efeitos. Meu caro irmão, o povo já acordou, a nova República vai se desenvolver na medida em que a sociedade vai evoluindo. A educação falhada mas não se deve de ante mão que a sociedade também esteja falhada em diferentes moldes.
Gosto · 6 · 5/1 às 22:41 · Editado


Egidio Vaz Falou e disse, historiador Cumbane
Gosto · 2 · 5/1 às 22:47


Manuel Domingos J. Cossa Historiador. ..
Gosto · Ontem às 8:59


Pedro Banguine De facto, quando as instituições guardiãs da legalidade "assobiam" para o lado perante tamanhas arbitrariedades é muito chato. Como diz no seu post JJC, num Estado de Direito Democrático as acções das pessoas devem ser tratadas dentro do plasmado na lei. Porém, entre nós, pontapear as leis por quem (acha que) tem o poder "na mão" é coisa do dia-a-dia! Mas isto tem que parar, caso contrário, será difícil vivermos num Estado (plenamente) de Direito.
Gosto · 1 · 5/1 às 23:06


Pedro Jose Formigao Muita letra para nada...
Gosto · 2 · 5/1 às 23:57


Homer Wolf ???
Gosto · Ontem às 0:51


Eunicio Jeje His ass is definitely paid over this gibberishVer Tradução
Gosto · Ontem às 8:43


Lyndo A. Mondlane Povo indultado....
Gosto · Ontem às 1:00


Agostinho Augusto Não falou nada apenas insultos a pessoa que você não gosta. Estamos numa fase de treguas, pressupõe- se ter uma linguagem moderada e evitar uso de termos" malandros, terroristas, bandidos, etc", cadê a reconciliação. Por mais que não gostemos da pessoa temos que compreender a origem do problema. O maior problema disso tudo resulta de processos eleitorais mal geridos.
Gosto · 3 · Ontem às 1:09 · Editado


Hélder Nemésio Aí está!
Gosto · Ontem às 1:13


Casa De Moçambiqueuk Execelente Professor e tomara que os dos antagonistas possam ler este excerto.
Gosto · Ontem às 1:25


Gildo Mugabe Rhulani Infelizmente ainda há muitos moçambicanos na escuridão política. Ficaria preocupado se tivesse certeza absoluta de que sua Excia Presidente da República vê estas bajulação, creio que ele nem os seus assessores o fazem chegar está pouca vergonha. Por isso continuem a bajular, lamber a bota, um dia ficarão sem língua......!
Gosto · Ontem às 8:42


Carlos Paruque No começo parecia me daqueles ataques que não demonstram possibilidade de possível reconciliação entre nós (moçambicanos), o que no meu ponto de vista é importante antes de esperar a reconciliação entre as duas partes em conflito (forças governamentais e as forças da Renamo) mas no fim o Prof. encoraja as partes a avançar com o diálogo frutífero e ainda abre possibilidade de deixar de extremar as suas posições em relação à figura de Afonso D. Muitos parabéns Prof.
Gosto · Ontem às 9:32 · Editado


Marcos Cipriano Maulate Afinal o mandato das eleições de 15 de Outubro de 2014 é de quantos anos? E quantos anos já passaram e quantos restam? Em ciencias politicas a gestão de conflitos também é saber fazer passar o tempo e pelos vistos o nosso Estado está a fazer muito bem, parabens Estado Moçambicano, o Afonso acabará naturalmente ou por velhice ou por outras coisas.
Gosto · 1 · Ontem às 10:08


Raul Junior TEMOS DE SABER PERDOAR. CREIO QUE A MALANDRICE TEM QUE VER COM PARTE DA ATITUDE OU DECISOES TOMADAS NA ALTURA. HOJE, PRESIDENTE CHISSANO E PRESIDENTE DLAKAMA PENSAM DIFERENTEMENTE DO PERIODO EM REFERENCIA. EU APRECIO A TODOS OS MOCAMBICANOS, DESAPROVO AS ATITUDES E DECISOES QUE FEREM. VIVI OS 16 ANOS NO CENTRO GRAVITACIONAL DA GUERRA -MAQUEZE. ATE HOJE CONSIGO OUVIR DISPAROS NO MEU SUBCONSCIENTE, MAS NA CIDADE DE MAPUTO VIVIA-SE UM AMBIENTE DE FARRA E OS COITANDINHOS A MORRER. HAVIA TREGUAS APENAS NOS DIAS DOS EXAMES NACIONAIS. REPAREM QUE INJUSTICA. O EXAME ERA NACIONAL, MAS FICAVAMOS MUITOS MESES SEM AULAS! O MINISTERIO DE EDUCACAO FAZIA DE CONTAS QUE TUDO ESTAVA NORMAL. CREIO QUE ATE O PROFESSOR Julião João Cumbane TENHA PARTICIPADO NA ELABORACAO DE EXAMES DE MATEMATICA E DE FISICA NESSA EPOCA PARA MILHARES DE ALUNOS QUE SEQUER TINHAM TIDO AULAS DEVIDO A GUERRA. NESSA ALTURA, SUSPEITO QUE EM MOMENTO ALGUM SE RECORDOU EM DIZER A COMISSAO DOS EXAMES QUE ESTAVAM A ASSASSINAR INTELECTUALMENTE MUITAS PESSOAS. MAS VOS PERDOAMOS, SABEMOS QUE ESTAVAM A CUMPRIR ORIENTACOES SUPERIORES. NAO VOS ODEIAMOS, MAS SIM AMAMO-VOS MEU PROFESSOR. VOCES ENSINARAM-NOS A PERDOAR.
Gosto · 1 · Ontem às 11:01


Domingos Feniasse Excelente análise. Bem hajas camarada Professor Cumbane
Gosto · Ontem às 11:56


Jose Machado Prof. No geral gosto do que escreve, desta tambem gostei.
Gosto · 1 · Ontem às 12:29


Jafarito Faquirá Sao todos bandidos esses pah
Gosto · Ontem às 15:24


Gracio Abdula Nao subescrevo palavras mas a essencia do post. Devemos reflectir mais em termos de reconciliação com enfoque no perdão primeiro as vitimas inocentes.
Gosto · Ontem às 15:53


Jose Machado Jafarito . Nesse caso somos todos bandidos
Gosto · Ontem às 16:59


Jose Machado O objectivo da nossa conversa...atenção conversa, é reflectirmos sobre os processos e tentar fazer leituras da situação do país. fazer um comentário destes, faz lembrar Jesus quando pediu para alguém atirasse a primeira pedra "caso não tivesse nenhum pecado". Não é que ele concordasse com a atitude da "mulher adultera" mas como se deveria analizar e ver a solução do problema.Neste caso, o nosso, o professor fez uma abordagem cuja leitura chama em nós sentimento de algo que gostaríamos de dizer ou e que partilhamos. Não letra a letra tal como disse o Gracio, e muito bem, mas na essência.
Gosto · Ontem às 17:12


Jose Machado Não quero obriga-lo a pensar como eu ...mas penso que constribuindo desta forma seria mais salutar
Gosto · Ontem às 17:13


Jose Machado Vi as caretas... nao dizem nada. Que tal escreverm algo ?
Gosto · Ontem às 17:33





Ivan Maússe com Bitone Viage.
2/1 às 19:24 · Matola, Maputo, Moçambique · 



Ataques militares suspensos por mais 2 meses!

Assinantes: Bitone Viage & Ivan Maússe

De acordo com o JORNAL O PAÍS (versão digital) de 02 de Janeiro de 2017, o Acordo de Tréguas celebrado ao telemóvel pelo Presidente da República e pelo líder do maior partido da oposição do país, a Renamo, será estendido por mais dois (2) meses, até a abertura dos trabalhos da Assembleia da República.

Ademais, de acordo com a mesma fonte, a oficialização da prorrogação do Acordo de Tréguas celebrado há uma semana, no qual o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, decretou 7 dias de tréguas a título de celebração da quadra-festiva, será divulgada à imprensa por este, isso a partir das 9 horas de amanhã.

Lê-se no Jornal que a prorrogação do Acordo de Tréguas dos anteriores sete dias para dois meses deve-se, fundamentalmente, à evolução das conversações entre a Renamo e as autoridades moçambicanas, expectantes de que na primeira sessão da AR, sejam discutidos os pontos levantados pela Renamo.

A nosso humilde ver, essa informação agrada-nos bastante, pois há quase 4 anos que vivemos num clima de tensão político-militar, ou ainda, de guerra não-declarada, que, ainda a título localizado, destruiu centenas de vidas humanas, semeando luto nas famílias, desemprego, erosão da nossa economia, e etc.

1. Não à paz do móbil:

São notáveis os esforços encabeçados quer pelo Governo de Moçambique, quer ainda pelo partido Renamo no sentido de restabelecer a paz aos moçambicanos, mas que infelizmente, devido a desculpas como a necessidade de salvaguardar a LEGALIDADE (ou constitucionalidade), a paz é algo que não colhe.

Aliás, a nosso humilde ver, a fragilidade e a pouca transparência das nossas instituições como a Comissão Nacional de Eleições (CNE) coadjuvada pelo Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), passando pelo Conselho Constitucional (CC) até desembocar na Assembleia da República, retardaram a paz no país.

Por causa do empenho deficiente das instituições acima, que de democráticas ainda lhes falta muito, andamos desde 2012 metidos numa paz não efectiva, numa paz localizada, ou ainda em clima de hostilidades militares na zona do Rio Save com direito à excursões por outras partes da nossa bela Pérola.

Tivemos, nalguns casos, UMA PAZ DO MÓBIL. De 2012 à 2016 tivemos situações de suspensão das hostilidades militares, como em Setembro de 2014 com o Acordo de Cessão das Hostilidades, em Fevereiro de 2015 quando Nyusi manteve contactos com Dhlakama, e Dezembro de 2016 a paz de 7 dias.

Como moçambicanos, amantes da nossa pátria e orgulhosos da nossa história de luta pela independência, bem como dos frutos decorrentes da independência nacional, congratulamos o Governo e a Renamo pelo trabalho que vem realizando à volta da paz. Queremos uma paz efectiva e NÃO UMA PAZ DO MÓBIL!

2. Do papel das instituições (caso da imprensa e da Assembleia da República):

Esperamos que o ano de 2017 seja próspero para todos os moçambicanos, que a paz efectivamente seja devolvida aos moçambicanos, com vista a propiciar o desenvolvimento do nosso país. A nossa pobre e empobrecida economia precisa de um ambiente de paz para se salvar, do contrário, vamos ao martírio.

Esperamos que seja um ano em que as nossas instituições funcionem de forma democrática e transparente, e comprometidas com as causas do povo. Queremos uma imprensa (jornais, televisões, rádios) ISENTA DE BAJULADORES ou de beija-mãos que MALDIZEM as forças políticas da oposição do país.

Afinal, a realidade já nos provou que uma imprensa que não seja transparente e democrática no momento de informar contribui, sobremaneira, para o desencadeamento e ampliação do ódio entre as forcas políticas do país que, em muitos casos, termina em situações de conflito armado, local ou nacionalmente.

Em situações de debate político é preciso que haja igualdade de circunstâncias. Jamais convidar forças políticas da posição sem, no entanto, convidar as da oposição, e vice-versa. A ideia do direito à réplica deve prevalecer sempre. A imprensa não deve constituir em um meio de aproveitamento político de uns sobre outros.

Aspiramos uma Assembleia da República fiel aos interesses do povo moçambicano e não uma casa de ampliação de conflitos. Aspiramos uma casa em que as intervenções dos nossos deputados se desligam da especulação e da teatralização dos problemas do povo, ou ainda, da esfera privada de certas figuras.

Aliás, não podíamos aqui nos furtar de endereçar as nossas honras e vénias às forcas políticas da oposição moçambicanas com assento parlamentar, o MDM e a Renamo, pela disciplina mostrada em Dezembro de 2016 aquando do Informe Anual Sobre o Estado Geral da Nação pelo chefe do Estado. Foi inspirador!

3. Considerações finais:

Não queremos uma paz movediça. Queremos viver num ambiente paz, sobretudo, de uma paz que nos seja perene, que não seja objecto de alienação, de penhora ou de prescrição. Queremos circular de norte à sul, e vice-versa, apreciando as maravilhas do nosso país sem medo, regenerando a nossa economia.

Que as negociações continuem e nos levem a bom-porto. Muito obrigado ao Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, e ao líder da Renamo, Afonso Dhlakama, por estarem a entrar na história do país por nobres actos como este. Decerto, as presentes e futuras gerações muito se orgulharão de vossas figuras!

Paz efectiva para Moçambique, já!

À todos, continuação de festas felizes!

Bem-haja Moçambique, nossa pátria de heróis!




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Comentários


Aldemar Do Rosario Viva a Paz...
Vamos ver até onde isso vai dar, uma vez nós só vemos as coisas a acontecerem de longe, somos cobaias das politicas publicas, se a participação do povo não fosse tomada como quimérica e as suas solicitações constituissem realidade já teriamos uma paz efectiva, mas parece que na politica contemporânea, não é isso que importa.
Eis uma abordagem que gostaria de ver no presente artigo, " o papel do povo" ilustres autores tem algo a dizer sobre?
Gosto · Responder · 1 · 2/1 às 20:50


Raul Pontes Bom post bro
Gosto · Responder · 1 · 2/1 às 21:01


Ivan Maússe Muito grato, prezado Raul Pontes. 

Vamos aqui, com toda a humildade, fazer a nossa parte. Um fraterno abraço.
Gosto · Responder · 1 · 2/1 às 21:40


Raul Pontes Um abraço meu caro amigo
Gosto · Responder · 1 · 2/1 às 21:42


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Raul Pontes

Gosto · Responder · 1 · 2/1 às 21:01


Raul Pontes Prolongar a trégua? Queremos paz efectiva
Gosto · Responder · 1 · 2/1 às 21:02


Ivan Maússe Definitivamente.
Gosto · Responder · 2/1 às 21:40


Neves Nhavene Vamos manter a calma e firmeza.
Gosto · Responder · 2 · 3/1 às 3:53


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Anselmo Fernando Moiane Estao de paranbens os Mocambicano
Gosto · Responder · 1 · 2/1 às 21:23


Ivan Maússe Facto, prezado. 
Bem-haja Moçambique.
Gosto · Responder · 2/1 às 21:39


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Ivan Maússe Viva, meu caro Aldemar Do Rosario. Realmente o papel do povo é também relevante, todavia, sobre as matérias ligadas à paz, pouco se pode esperar do povo. 

Isso depende mais da vontade política dos nossos líderes políticos. E isso é quase válido para todos os países, incluindo os ditos desenvolvidos em termos de desenvolvimento humano.

No caso moçambicano, assistimos a várias marchas e manifestações de repudio a guerra e a favor da paz, mas porque não havia vontade política, pouco se fez para a paz.
Gosto · Responder · 2 · 2/1 às 21:39


Aldemar Do Rosario Entendido
Gosto · Responder · 2/1 às 21:44


Ivan Maússe Nisto, o povo pode até persuadir através de marchas, manifestações, textos e mais. Todavia, tudo vai depender da vontade política dos líderes políticos para restabelecer a paz.
Gosto · Responder · 2/1 às 21:46


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Aldemar Do Rosario As elites são conservadoras e inseguras, a Classe Média e competitiva e meritocrata.
O povo não é nada.

Concorda?
Gosto · Responder · 1 · 2/1 às 21:47


Aldemar Do Rosario Frase de Clovis de Barros Filho - Filósofo.
Gosto · Responder · 1 · 2/1 às 21:47


Daude Amade Eloquentes abordagens, muito lúcidas e focadas.
Parabéns aos autores!
Avante.
Gosto · Responder · 2 · 3/1 às 9:37


Ana Paula Paula Habibo Dois Meses é Pouco devia ser mais!
Gosto · Responder · 1 · 3/1 às 11:05


Ana Paula Paula Habibo A Paz devia Ser Eterna RENAMO e UNITA!kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Gosto · Responder · 1 · 3/1 às 11:06


Ivan Maússe Ana Paula Paula Habibo facto, ilustre. A paz é um bem que não pode caducar ou prescrever pelo tempo. Ela deve ser um bem eterno.
Gosto · Responder · 1 · 3/1 às 12:19


Ana Paula Paula Habibo Exatamente Ivan Maússe
Gosto · Responder · 2 · 3/1 às 12:30


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Ivan Maússe Grato, prezado Daude Amade.
Estamos juntos, sempre atentos.
Gosto · Responder · 2 · 3/1 às 12:20


Ana Paula Paula Habibo Ya Ivan Mausse!
Gosto · Responder · 2 · 3/1 às 12:29


Ivan Maússe Um patriótico abraço, prezada Ana Paula.
Gosto · Responder · 4/1 às 14:55


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Victor Muianga O Artigo é de louvar, parabéns ilustre Ivan Maússe & Bitone Viage pelo vosso olhar atento e contribuição.
P.S. Não somente Nyusi e Dlhakama serão lembrados (caso isso vá a bom Porto) mas vocês estão a escrever as paginas da historia do Pais. Feliz 2017
Gosto · Responder · 1 · 3/1 às 17:48


Ivan Maússe Muito grato, prezado Victor Muianga. Com toda a humildade continuaremos a fazer a nossa parte. Um bem-haja e bom ano de 2017 para ti, família e amigos.
Gosto · Responder · 1 · 4/1 às 14:52

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