“Não era finalizador, jogava muito como médio atacante”, |
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Escrito por Adérito Caldeira em 05 Janeiro 2017 |
O melhor marcador do Moçambola de 2016 nasceu a 25 de Julho de 1995 na cidade da Beira, na província de Sofala. Terceiro de quatro irmãos, Luís cedo perdeu ambos progenitores(Quetina Equissone e José Miquissone) o que lhe levou a mudar-se para o distrito de Angónia, na província de Tete, de onde a sua família é natural. “A irmã da minha mãe foi a pessoa que me criou desde criança e considero de mãe agora”, conta ao @Verdade.
Luís conta que nessa altura, embora fizesse muitos golos, “não era finalizador, jogava muito como médio atacante”, mas os seus 16 golos no provincial de 2012 chamaram a atenção do zambiano Wedson Nyirenda, que na altura treinava a equipa da HCB do Songo, e o levou para a principal prova do futebol moçambicano, o Moçambola.
O pequeno, grande goleador, lembra-se que o seu primeiro jogo no Campeonato nacional foi na capital, diante do Matchedje, no campo da Afrin, em 2013. “Ganhamos 1 a 0 mas não marquei, foi minha assistência para o golo. O meu primeiro golo foi contra o Têxtil do Púnguè, no Songo, marquei com o pé direito, ganhamos 5 a 1”, foi a 8 de Setembro de 2013.
Mas na altura Luís Miquissone continuava a jogar como médio ofensivo, os goleadores da equipa eram os zambianos Jacob Mupeta e Lewis Macha.
“Isso de avançado comecei praticamente no ano passado(2015) com o mister Semedo(Artur) quando chegou no Songo. Ele perguntou-me se eu jogava a frente, tinha ouvido dizer que marcava lá em Angónia”, revela Luís.
“Gostaria de ir para a Europa”
Entretanto a pontaria do pequeno goleador tinha chamado a atenção das equipas técnicas da selecções nacionais, começou por jogar nos sub-20 depois nos sub-23 e não passou muito tempo até João Chissano, então seleccionador nacional, fazer-lhe estrear com a camisola vermelha dos “Mambas”, num jogo amigável contra o Botswana onde acabou por marcar o seu primeiro golo como internacional moçambicano.
Luís é solteiro, mas tem uma namorada que conheceu em 2010 e está em Angónia, “muitas vezes namoramos ao telefone”. Não gosta da cidade de Maputo e quer estudar engenharia florestal para um dia voltar para a terra onde cresceu, onde vive-se da agricultura.
A estrela do futebol moçambicano não revela o segredo para marcar golos mas diz que é preciso “treinar muito e ter talento”, aconselha aos jovens como ele a “não se deixarem levar por essas coisas que andam por aí, eu bebo mas não sou viciado” disse.
O melhor marcador do Moçambola de 2016 revela que dedica todos os seus golos a sua família, “sempre quando acaba o jogo ligo para eles em Angónia”.
Depois de ter estado perto de conquistar o campeonato nacional, na época passada a União Desportiva do Songo(antiga HCB) ficou na 2ª posição e conquistou a Taça de Moçambique em futebol, Luís Miquissone deixa um desejo: “gostaria de ir para a Europa”.
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