04/07/2012
Jornalistas de Moçambique colaboram nos "Feitos de Nachingwea" 1975
A Rússia de Estaline (1879-1953) teve os trágicos “Processos de Moscovo” na década de 1934-1944, com milhões de “desaparecidos.” Contraditoriamente e três décadas depois em território de outro país – Tanzânia, elementos de uma «Frente de Libertação de Moçambique» encenariam uma “paródia trágica” aos “Processos de Moscovo” – os seus “Processos de Nachingwea” de 1975. Esboçava-se assim ‘a justiça’ do futuro regime político no Moçambique pós-colonial. Os repórteres de Moçambique aspirantes a jornalistas e a futuros escribas de Moçambique tiveram um papel muito importante na propaganda desses processos ou “Feitos de Nachingwea” 1975, e na promoção do culto da personalidade do “grande líder” do País. A prestação de serviços dos escribas – jornalistas ao futuro regime seria decisiva.
Leia tudo em Download Maneno dossier3 nachingwea
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29/06/2012
NACHINGWEA 1975 (TANZANIA): “LABORATÓRIO” DE TORTURA DA FRELIMO, COM “COBAIAS” HUMANAS MOÇAMBICANAS.
REPOSIÇÃO [reciclada pelo colunista de maNENO, com o distanciamento consciente e lúcido, necessários, ainda que doloroso in Relatos de Nachingwea, Tanzania, onde foi preso político nessa altura. Trata-se de um testemunho inédito, na primeira pessoa. JK©].
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“OS QUE ESQUECEM O PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETI-LO”
Escreveu George Santayana (1863-1952), filósofo espanhol / norte-americano.
O Autarca – Jornal Independente, Quinta-feira - 28/06/12, Edição nº 2371 – Página 3-4
Leia aqui Download Maneno Dossier2 Nachingwea
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“OS QUE ESQUECEM O PASSADO ESTÃO CONDENADOS A REPETI-LO”
Escreveu George Santayana (1863-1952), filósofo espanhol / norte-americano.
O Autarca – Jornal Independente, Quinta-feira - 28/06/12, Edição nº 2371 – Página 3-4
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16/06/2012
NACHINGWEA 1975 (TANZANIA): “LABORATÓRIO” DE TORTURA DA FRELIMO, COM “COBAIAS” HUMANAS MOÇAMBICANAS.
Tanzania, Nachingwea (Nachingu-eia) 11 a 12 de Maio 1975. África oriental. Vésperas da Independência de Moçambique, a 25 Junho. Quartel-general da Frente de Libertação de Moçambique – FRELIMO. Samora Machel, Presidente da FRELIMO, recebia os Presidentes da Tanzânia Julius K. Nyerere e Kenneth Kaunda da Zâmbia. Desse encontro ficariam registados para a História os discursos dos quais transcrevemos alguns excertos proferidos pelo Presidente do Movimento de Libertação moçambicano, Samora Moisés Machel, no dia 12 de Maio de 1975:
Veja em: Download Maneno Dossier2 Nachingwea
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15/06/2012
Filho quer saber onde está o pai preso pela Frelimo
José Zitha desapareceu após famosos julgamentos de "reaccionários" em Nachingwea
Pode ter a resposta. Presidente Armando Guebuza
“Mesmo agora talvez a situação tenha melhorado mas é muito difícil."
O filho de uma cidadão moçambicano que desapareceu após ter sido preso pela FRELIMO durante o período de transição para a independência do país diz que tenciona levantar o caso junto das instâncias jurídicas do país.
Isto depois da Comissão de Direitos Humanos da União Africana ter rejeitado um pedido para decidir sobre o caso afirmando que não tinham ainda sido esgotados os recursos jurídicos moçambicanos sobre o caso.
José Zitha foi preso em finais de 1974 durante o período de transição em Moçambique. Sabe-se que foi levado para o campo de Nachingwea na Tanzânia onde juntamente com centenas de outros foi alvo de um julgamento da Frelimo (o actual partido no poder em Moçambique) sob acusações de colaboração com o regime colonial ou de actividades contra revolucionárias.
O seu filho Pacelli Zitha, com a ajuda de uma advogada holandesa, levou o caso á Comissão de Direitos Humanos da União Africana.
10/06/2012
Processo de Nachingwea (3ª Parte)
Como a PGR induziu a Comissão Africana de Direitos Humanos em erro
Casos de José Eugénio Zitha (Primeira Vítima) e Pacelli Zitha (Segunda das Vítima)
Conforme referimos na edição anterior (nr. 150 – 2.a do Processo de Nachingweia, que começámos a publicar na edição 149), ao defender os autores do crime de Nachingwea perante a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) serviu-se de dois argumentos. No primeiro argumento, a PGR considerava que a Comissão Africana não possuía competência ratione temporis (1) para lidar com a Queixa apresentada contra o Estado moçambicano pela advogada Liesbeth Zegveld em nome de José Eugénio Zitha (Primeira Vítima) e Pacelli Zitha (Segunda das Vítima). No segundo argumento, escorado, tal como no anterior, no Artigo 6 da Carta Africana dos Direitos Humanos, a PGR argumentou que ambas as vítimas não haviam “esgotado os mecanismos de Direito nacionais” e que por esta razão a Queixa não devia sequer ter sido aceite pela Comissão Africana.
Ressalta da leitura da decisão da Comissão Africana que ao longo dos seus argumentos a PGR projectou uma imagem distorcida do regime político instaurado em Moçambique e da realidade concreta do sistema jurídico nacional, mormente durante a fase em que a Primeira Vítima começou por ser presa sem o amparo de qualquer mandado judicial e, depois, à margem dos tribunais e sem o conhecimento dos familiares, levada à força para uma base militar num país estrangeiro tendo aí sido submetida, juntamente com centenas de outros cidadãos moçambicanos, a um simulacro de julgamento que se pautou pela ausência de advogados de defesa.
Casos de José Eugénio Zitha (Primeira Vítima) e Pacelli Zitha (Segunda das Vítima)
Conforme referimos na edição anterior (nr. 150 – 2.a do Processo de Nachingweia, que começámos a publicar na edição 149), ao defender os autores do crime de Nachingwea perante a Comissão Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, a Procuradoria-Geral da República (PGR) serviu-se de dois argumentos. No primeiro argumento, a PGR considerava que a Comissão Africana não possuía competência ratione temporis (1) para lidar com a Queixa apresentada contra o Estado moçambicano pela advogada Liesbeth Zegveld em nome de José Eugénio Zitha (Primeira Vítima) e Pacelli Zitha (Segunda das Vítima). No segundo argumento, escorado, tal como no anterior, no Artigo 6 da Carta Africana dos Direitos Humanos, a PGR argumentou que ambas as vítimas não haviam “esgotado os mecanismos de Direito nacionais” e que por esta razão a Queixa não devia sequer ter sido aceite pela Comissão Africana.
Ressalta da leitura da decisão da Comissão Africana que ao longo dos seus argumentos a PGR projectou uma imagem distorcida do regime político instaurado em Moçambique e da realidade concreta do sistema jurídico nacional, mormente durante a fase em que a Primeira Vítima começou por ser presa sem o amparo de qualquer mandado judicial e, depois, à margem dos tribunais e sem o conhecimento dos familiares, levada à força para uma base militar num país estrangeiro tendo aí sido submetida, juntamente com centenas de outros cidadãos moçambicanos, a um simulacro de julgamento que se pautou pela ausência de advogados de defesa.
MEMÓRIAS DE UM REBELDE, de António Disse Zengazenga(4)
Desta obra, a publicar dentro de pouco tempo, com prefácio do Dr. Máximo Dias, transcrevo mais o seguinte texto:
… …
Em linhas gerais, todos os centros de reeducação se assemelhavam.
Eram campos de trabalhos forçados, organizados em moldes militares, com reedcandos divididos em pelotões de vinte e cinco homens cada um com dois reeducandos-chefes.
O castigo mais comum era o de «chamboco». Com toda a gente na formatura, o comandante divulgava as causas da punição e decidia o número de chicotadas. Depois mandava que o prisioneiro se despisse de toda a roupa e se estendesse na areia de barriga para baixo, com os braços amarrados em cruz. Em seguida, os algozes açoitavam-no com chambocos, varas flexíveis ou com bengalas, sulcando-lhe as costas. O desgraçado retorcia-se na poeira, pedia clemência, dizendo: «Ai mamanô, desculpa, camarada comandante. Juro, palavra de honra, nunca mais».
Apesar de toda essa rogação humilhante e contínua, o comandante não dava ordem para parar com as batidas.
… …
Em linhas gerais, todos os centros de reeducação se assemelhavam.
Eram campos de trabalhos forçados, organizados em moldes militares, com reedcandos divididos em pelotões de vinte e cinco homens cada um com dois reeducandos-chefes.
O castigo mais comum era o de «chamboco». Com toda a gente na formatura, o comandante divulgava as causas da punição e decidia o número de chicotadas. Depois mandava que o prisioneiro se despisse de toda a roupa e se estendesse na areia de barriga para baixo, com os braços amarrados em cruz. Em seguida, os algozes açoitavam-no com chambocos, varas flexíveis ou com bengalas, sulcando-lhe as costas. O desgraçado retorcia-se na poeira, pedia clemência, dizendo: «Ai mamanô, desculpa, camarada comandante. Juro, palavra de honra, nunca mais».
Apesar de toda essa rogação humilhante e contínua, o comandante não dava ordem para parar com as batidas.
07/06/2012
“NÃO QUEREMOS FUZILAMENTOS”, : 27.05.1975. Nachingúea. Tanzânia. (Nachingwea, Tanzania)
Nachingueia, Farm 17, sul de Tanzânia. Manhã de um dia diferente no mês de Janeiro de 1975. Alguns Homens e mulheres abatidos estão perfilados perante Samora Machel, e o então 1º Ministro Joaquim Chissano (do Governo de Transição com os portugueses, 20 Setembro 1974 - 24 Junho 1975) passando revista e verificando até que ponto a “sessão” da noite anterior no mato (tortura até ao amanhecer) tinham causado danos físicos aos apresentados (o cronista desta coluna estava num desses grupos).
O destino desses homens e mulheres está em jogo. Samora Machel dirige-se ao veterano nacionalista Adelino Gúambe (Gwambe) com a saudação (em shangane): - “Kundjane uá ly kaya?” (Como estás patrício da terra?). Adelino Gúambe responde com altivez de mãos nos bolsos: - ”Chaúane mufana uá mina”… (olá meu miúdo) …
Valentim o Pide tetense, mestre da tortura “reconvertido,” e os guardas de capacete de imediato tiram-lhe as mãos dos bolsos com brusquidão. Mas Adelino uá kaGúambe coloca-as de novo nos bolsos, em desafio. Samora sorri condescendente.
Veja em
Download Maneno Dossier Nachingwea-1
O destino desses homens e mulheres está em jogo. Samora Machel dirige-se ao veterano nacionalista Adelino Gúambe (Gwambe) com a saudação (em shangane): - “Kundjane uá ly kaya?” (Como estás patrício da terra?). Adelino Gúambe responde com altivez de mãos nos bolsos: - ”Chaúane mufana uá mina”… (olá meu miúdo) …
Valentim o Pide tetense, mestre da tortura “reconvertido,” e os guardas de capacete de imediato tiram-lhe as mãos dos bolsos com brusquidão. Mas Adelino uá kaGúambe coloca-as de novo nos bolsos, em desafio. Samora sorri condescendente.
Veja em
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08/05/2012
05/03/2012
Contribuições para a história de Moçambique por Uria Simango (Novembro, 1974)(Repetição)
Um alerta que o mundo desconheceu
Situação actual em Moçambique De modo a informar todos aqueles que se interessam pelos acontecimentos em Moçambique, decidi escrever estas breves linhas na esperança de que elas possam vir dar uma visão geral da situação. O golpe de estado de 25 de Abril em Portugal, foi seguido de promessas dadas pela junta militar dirigida pelo General Spínola de que às colónias iria ser conferida a liberdade de escolherem o seu futuro. Deste modo, a independência seria concedida após eleições gerais, nos princípios de 1975, em que todos os partidos políticos poderiam participar. Com efeito, foi concedida uma amnistia a todos os políticos e aos movimentos de libertação, autorizando-se o seu regresso aos seus respectivos países de forma a terem a oportunidade de expressar os seus ideais antes das eleições.
Leia tudo:
Download contribuies_para_a_histria_de_moambique_por_uria_simango.doc
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 28.02.2006
NOTA:
Repete-se esta entrada a propósito de um comentário colocado por "Simango" em "Compulsando o que não se disse do comportamento político de Samora (Conclusão)", qundo diz que "entre outras coisas, que as forças que ele comandava haviam já morto mais de 500 soldados da Frelimo". Não é essa a minha interpretação.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Situação actual em Moçambique De modo a informar todos aqueles que se interessam pelos acontecimentos em Moçambique, decidi escrever estas breves linhas na esperança de que elas possam vir dar uma visão geral da situação. O golpe de estado de 25 de Abril em Portugal, foi seguido de promessas dadas pela junta militar dirigida pelo General Spínola de que às colónias iria ser conferida a liberdade de escolherem o seu futuro. Deste modo, a independência seria concedida após eleições gerais, nos princípios de 1975, em que todos os partidos políticos poderiam participar. Com efeito, foi concedida uma amnistia a todos os políticos e aos movimentos de libertação, autorizando-se o seu regresso aos seus respectivos países de forma a terem a oportunidade de expressar os seus ideais antes das eleições.
Leia tudo:
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CANAL DE MOÇAMBIQUE - 28.02.2006
NOTA:
Repete-se esta entrada a propósito de um comentário colocado por "Simango" em "Compulsando o que não se disse do comportamento político de Samora (Conclusão)", qundo diz que "entre outras coisas, que as forças que ele comandava haviam já morto mais de 500 soldados da Frelimo". Não é essa a minha interpretação.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
05/03/2012 in 25 de Abril de 1974, História, M'Telela - Niassa e outros, Uria Simango | Permalink|Comments (0)ShareThis
02/02/2012
FRELIMO – Mais revelações do Inferno (Repetição)
Como já é do conhecimento de todos, a morte de Filipe Magaia foi planeada e mandada executar pelo Samora Machel, por dois motivos essenciais, o primeiro de ambição do poder, a fim de ser nomeado pelo Eduardo Mondlane chefe do dispositivo militar e de segurança da Frelimo e o segundo, ficar com a viúva de Filipe Magaia, Josina Muthemba, mais tarde, Josina Machel.
De acordo com vários historiadores, cuja credibilidade nunca foi posta em causa, este foi o primeiro passo dado pelo Samora Machel para a tomada, a prazo, do poder na Frelimo e é, neste fase, que entra a facção marxista-leninista e maoísta desta organização. Havia necessidade de eliminar todos aqueles que se opunham à tomada do poder por esta facção liderada pelo Samora Machel e que tinha, na sua retaguarda, homens como Joaquim Chissano, Marcelino dos Santos, Alberto Chipande, Mariano Matsinhe, Armando Guebuza, Castiano Zumbiri, Sérgio Vieira, Sebastião Mabote, Jacinto Veloso e tantos outros.
01/02/2012
Reeducação e legalidade fabricam homem novo
“Há, por outro lado a questão da legalidade. Devemos também ser severos na defesa da legalidade contra aqueles que abusam do poder, que utilizam o Governo para satisfazer os seus interesses mesquinhos e secundários” é uma das afirmações de Samora Machel que poderão ler abaixo no Notícias de 29 de Agosto de 1981:
Download Reeducacao_e_legalidade_noticias_1981
Download Reeducacao_e_legalidade_noticias_1981
Trabalho de reeducação foi positivo, constata II Seminário efectuado em Maputo
Da revista Tempo, de 27 de Janeiro de 1980, leia sobre o II Seminário dos campos de reeducação e veja as suas conclusões. Tire depois as suas, neste ano de 2012.
Leia aqui:
Download II_seminario_campos_1980
Leia aqui:
Download II_seminario_campos_1980
O que hoje somos: dois factos
Um artigo da revista Tempo, de 24 de Junho de 1979, sobre os campos de reeducação.
Leia aqui:
Download O_que_hoje_somos_Tempo_1979
Leia aqui:
Download O_que_hoje_somos_Tempo_1979
Alarm spreads as executions continue (inglês)
Um texto de José Ramalho no The Point em 1 de Junho de 1979, que tambem refere uma carta em que os Bispos Católicos pedem o encerramento dos campos de reeducação.
Leia aqui:
Download Alarm_over_executions_1979
Leia aqui:
Download Alarm_over_executions_1979
16/01/2012
URIA SIMANGO - Um homem, Uma causa de Barnabé Lucas Ncomo (já à venda)
Para quem quer conhecer a História recente de Moçambique (onde muitas vezes se entrelaça com a de Portugal) já encontra esta obra disponível em ebook ou livro em:
http://www.macua1.org/blog/livriuria.html
Na contracapa do livro pode ler-se:
“Uria Simango - Um homem, Uma causa” é um livro de história da história de Moçambique. Um início do rescrever há muito esperado. A consistência das provas que o autor apresenta é de tal modo irrefutável, que não só a confirmam também alguns dos instrumentalizados de então, que hoje se dizem arrependidos, como mesmo os seus mandantes, bajuladores e cúmplices o fazem, quando, em depoimentos transcritos nesta obra de Barnabé, não negam os ignominiosos factos que lhes são imputados, limitando-se a hercúleos esforços visando rescrever agora a História desse período, para, em vão, a todo o custo se auto-justificarem!
Trata-se de uma obra apaixonada, onde o autor não esconde a simpatia que nutre pela figura do Rev. Uria Simango e pela causa da sua luta, o que, aos olhos de alguns, pode, de certa forma, ferir o princípio de imparcialidade exigido na pesquisa e relato de fenómenos sociais de natureza histórica. Contudo, nada retira à grandeza da obra. Barnabé Lucas Ncomo apresenta documentos inéditos ou no passado recente, por conveniência, escamoteados, a par de depoimentos de testemunhas credíveis, identificadas e presenciais, sobre a natureza, a evolução e o desfecho da crise que, em momento decisivo, se desenrolou na direcção da Luta Armada de Libertação Nacional de Moçambique. Penetra de forma impressionante nas amálgamas do processo da luta de um povo e da singular descolonização portuguesa; cruza factos de forma jamais vista em pesquisas sobre a história recente de Moçambique e, com segurança, conclui: Os moçambicanos vivem uma “longa mentira”, que se perpetua a bem dos interesses de um certo grupo de indivíduos.
Grande é o mérito desta obra pela susceptibilidade de vir a espevitar a memória colectiva dos estudiosos da História Nacional do Moçambique mais recente, de modo a que, no caminho dos Acordos de Roma de 04 de Outubro de 1992, se marche para um genuíno processo de Paz e de Reconciliação Nacional, reconhecendo, sem mentiras nem ódios reacendidos, as páginas trágicas na gesta gloriosa dos Libertadores da Pátria moçambicana.
Benedito Marime
http://www.macua1.org/blog/livriuria.html
Na contracapa do livro pode ler-se:
“Uria Simango - Um homem, Uma causa” é um livro de história da história de Moçambique. Um início do rescrever há muito esperado. A consistência das provas que o autor apresenta é de tal modo irrefutável, que não só a confirmam também alguns dos instrumentalizados de então, que hoje se dizem arrependidos, como mesmo os seus mandantes, bajuladores e cúmplices o fazem, quando, em depoimentos transcritos nesta obra de Barnabé, não negam os ignominiosos factos que lhes são imputados, limitando-se a hercúleos esforços visando rescrever agora a História desse período, para, em vão, a todo o custo se auto-justificarem!
Trata-se de uma obra apaixonada, onde o autor não esconde a simpatia que nutre pela figura do Rev. Uria Simango e pela causa da sua luta, o que, aos olhos de alguns, pode, de certa forma, ferir o princípio de imparcialidade exigido na pesquisa e relato de fenómenos sociais de natureza histórica. Contudo, nada retira à grandeza da obra. Barnabé Lucas Ncomo apresenta documentos inéditos ou no passado recente, por conveniência, escamoteados, a par de depoimentos de testemunhas credíveis, identificadas e presenciais, sobre a natureza, a evolução e o desfecho da crise que, em momento decisivo, se desenrolou na direcção da Luta Armada de Libertação Nacional de Moçambique. Penetra de forma impressionante nas amálgamas do processo da luta de um povo e da singular descolonização portuguesa; cruza factos de forma jamais vista em pesquisas sobre a história recente de Moçambique e, com segurança, conclui: Os moçambicanos vivem uma “longa mentira”, que se perpetua a bem dos interesses de um certo grupo de indivíduos.
Grande é o mérito desta obra pela susceptibilidade de vir a espevitar a memória colectiva dos estudiosos da História Nacional do Moçambique mais recente, de modo a que, no caminho dos Acordos de Roma de 04 de Outubro de 1992, se marche para um genuíno processo de Paz e de Reconciliação Nacional, reconhecendo, sem mentiras nem ódios reacendidos, as páginas trágicas na gesta gloriosa dos Libertadores da Pátria moçambicana.
Benedito Marime
08/01/2012
URIA SIMANGO - Um homem, Uma causa, de Barnabé Lucas Ncomo
Em breve estará à venda através da AMAZON o livro "URIA SIMANGO - Um homem, uma causa", de Barnabé Lucas Ncomo, em edição internacional.
O seu custo será de $ 30.00 (trinta dólares USA) mais portes.
Em Moçambique esgotou três edições.
Não perca pois a oportunidade de conhecer esta personagem da história de Moçambique e também de Portugal.
O seu custo será de $ 30.00 (trinta dólares USA) mais portes.
Em Moçambique esgotou três edições.
Não perca pois a oportunidade de conhecer esta personagem da história de Moçambique e também de Portugal.
31/10/2011
SOBRE A FUNDAÇÃO DA FRELIMO EM ACCRA, GHANA(2)
Tradução dos comentários colocados por Jaime Khamba em
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2011/10/sobre-a-funda%C3%A7%C3%A3o-da-frelimo-em-accra-ghana.html
Por favor moçambicanos, o dia 25 de Junho não foi o dia em que a Frelimo foi fundada. O dia 25 de Junho de 1962 foi o dia de eleições da Frelimo e não da fundação da Frelimo. Surpreenderemos os senhores que insistem naquela data como a data da fundação da Frelimo um dia quando vos apresentaremos os documentos originais e as assinaturas das pessoas que os assinaram em Acra, Ghana, no dia 2 de Fevereiro de 1962. Mais uma vez: notem que o 25 de Junho de 1962 foi o dia da eleição na Frelimo.
Há três pessoas presentemente em Moçambique que sabem o que aconteceu e onde isto aconteceu. Estas pessoas são Marcelino dos Santos, Lopes Tembe Ndiramba e João Brito Munguambe. Munguambe foi também escolhido como oficial da Frelimo. Quanto a Lopes Tembe Ndiramba, ele foi um dos coordenadores da Udenamo em 1960 na Casa Família Mandlate antes da Udenamo mover para a Tanzânia em 1961. Estas pessoas sabem daquilo que o Nota Moisés escreve, daquilo que o malogrado Boaventura Lemane escrevia e daquilo que Maurício Khamba tem dito, mas receiam que se se pronunciarem, a Frelimo lhes cortará o apoio financeiro que agora recebem.
Os que querem saber algo sobre Jaime Khamba, consultem, por favor, vejam « HISTORIA DE MOÇAMBIQUE, volume 2, publicada na UEM (Universidade Eduardo Mondlane), nas páginas 239-245 e 256.
--------------------------------
O que me chateia com a Frelimo é que os homens da Frelimo não tem remorso ou não pensam de homenagear as pessoas que mataram em Mitelela dando a algumas estradas em Moçambique os nomes de Mahluza, Simango, Gwenjere, Gumane, (Narcisio) Mbule, (Adelino) Gwambe. Foram estes indivíduos que abriram as portas para que eles fossem lideres que hoje gozam dos frutos da independência. Deram nomes de Karl Marx e Vladmir Lenine, mas esqueceram-se dos seus irmãos que os puseram no poder. Adelino Gwambe iniciou a luta moderna em Moçambique na idade de 24 quando estes senhores hoje no poder estiveram na Universidade de Coimbra em Portugal. Vocês lideres da Frelimo são uma vergonha.
Jaime Maurício Khamba
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2011/10/sobre-a-funda%C3%A7%C3%A3o-da-frelimo-em-accra-ghana.html
Por favor moçambicanos, o dia 25 de Junho não foi o dia em que a Frelimo foi fundada. O dia 25 de Junho de 1962 foi o dia de eleições da Frelimo e não da fundação da Frelimo. Surpreenderemos os senhores que insistem naquela data como a data da fundação da Frelimo um dia quando vos apresentaremos os documentos originais e as assinaturas das pessoas que os assinaram em Acra, Ghana, no dia 2 de Fevereiro de 1962. Mais uma vez: notem que o 25 de Junho de 1962 foi o dia da eleição na Frelimo.
Há três pessoas presentemente em Moçambique que sabem o que aconteceu e onde isto aconteceu. Estas pessoas são Marcelino dos Santos, Lopes Tembe Ndiramba e João Brito Munguambe. Munguambe foi também escolhido como oficial da Frelimo. Quanto a Lopes Tembe Ndiramba, ele foi um dos coordenadores da Udenamo em 1960 na Casa Família Mandlate antes da Udenamo mover para a Tanzânia em 1961. Estas pessoas sabem daquilo que o Nota Moisés escreve, daquilo que o malogrado Boaventura Lemane escrevia e daquilo que Maurício Khamba tem dito, mas receiam que se se pronunciarem, a Frelimo lhes cortará o apoio financeiro que agora recebem.
Os que querem saber algo sobre Jaime Khamba, consultem, por favor, vejam « HISTORIA DE MOÇAMBIQUE, volume 2, publicada na UEM (Universidade Eduardo Mondlane), nas páginas 239-245 e 256.
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O que me chateia com a Frelimo é que os homens da Frelimo não tem remorso ou não pensam de homenagear as pessoas que mataram em Mitelela dando a algumas estradas em Moçambique os nomes de Mahluza, Simango, Gwenjere, Gumane, (Narcisio) Mbule, (Adelino) Gwambe. Foram estes indivíduos que abriram as portas para que eles fossem lideres que hoje gozam dos frutos da independência. Deram nomes de Karl Marx e Vladmir Lenine, mas esqueceram-se dos seus irmãos que os puseram no poder. Adelino Gwambe iniciou a luta moderna em Moçambique na idade de 24 quando estes senhores hoje no poder estiveram na Universidade de Coimbra em Portugal. Vocês lideres da Frelimo são uma vergonha.
Jaime Maurício Khamba
28/09/2011
Extermínio pela Frelimo, em M’telela, Niassa
Caso da vala comum descoberta na Líbia suscita reclamação das ossadas dos presos políticos moçambicanos
•O autor do livro “Uria Simango: Um Homem uma causa”, Barnabé Ncomo, chama à atenção para nos abstrairmos a partir do caso líbio e olharmos o que sucedeu aqui em Moçambique
•Daviz Simango indignado por um crime contra a humanidade na Líbia, recorda que também os seus pais foram vítimas de um caso idêntico a que o mundo tem fechado os olhos
Leia em
Download Extreminiomtelela_canalmoz28.09.2011
Saiba tudo em http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/mtelela_niassa/
•O autor do livro “Uria Simango: Um Homem uma causa”, Barnabé Ncomo, chama à atenção para nos abstrairmos a partir do caso líbio e olharmos o que sucedeu aqui em Moçambique
•Daviz Simango indignado por um crime contra a humanidade na Líbia, recorda que também os seus pais foram vítimas de um caso idêntico a que o mundo tem fechado os olhos
Leia em
Download Extreminiomtelela_canalmoz28.09.2011
Saiba tudo em http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/mtelela_niassa/
05/06/2011
URIA SIMANGO - Um homem, uma causa (1/2/3)(Repetição)
Dialogando
Por: João Craveirinha
E-mail: joaocraveirinha@yahoo.com.br
AMICUS PLATO, SED MAGIS AMICA VERITAS
(Estimo Platão, mas estimo ainda mais a verdade)
Exórdio
Desde o lançamento do livro de Barnabé Lucas Ncomo em 2004 que o cronista desta coluna tem recebido inúmeras mensagens a pedirem um comentário. Insistência essa, por saberem da presença de João Craveirinha em alguns desses últimos momentos históricos de 1967 a 1976, com um intervalo de Junho 1972 a Julho 1974, em Zâmbia, Tanzânia e Quénia, referidos no livro.
É quebrado o silêncio. Mas, escrever sobre o livro é uma tarefa um pouco ingrata por conhecer de relance o Barnabé Ncomo que tem o mérito de ter colocado a “descoberto” um período conturbado da Luta de Libertação Moçambicana, ainda que numa embrulhada de elementos. No entanto, os meus temores se concretizaram –, do livro se ter transformado num panfleto contra a essência da própria Independência em si mesma, por todos aqueles que até hoje estão contra a legitimidade de ter sido conduzida pela FRELIMO (não a herdeira no Poder), mas a Frente de Libertação de Moçambique.
Conjecturar hoje que haveria outra via é extemporâneo.
O colonialismo Português era reticente a qualquer tipo de Independência e ainda hoje tem os seus herdeiros em Moçambique, em Portugal e na diáspora Portuguesa.
Evidentemente que um dia quando se escrever sobre a via político – militar do Comandante FILIPE MAGAIA, talvez aí, sim, o processo tivesse sido outro e mais regiões Moçambicanas teriam sido atingidas pela guerrilha.
02/03/2011
Roubo, exílio, paz e justiça adiada (*)
Carta aberta ao Presidente da República
Por Maria José Moreno Cuna (*2)
Cuamba, 27 de Fevereiro de 2011
Gostaria de confessar-lhe, Senhor Presidente da República que me perturbam profundamente os insistentes convites para nos filiarmos no Partido Frelimo, como condição para a devolução do nosso património.
Uma vez mais lhe escrevo, Senhor Presidente da República. Por um lado para reagir ao despacho exarado por Vossa Excelência que nos remete para a Justiça, “querendo”. Por outro, porque necessário se torna que não se passe por cima de alguns aspectos ligados à minha petição, aspectos esses que se não forem analisados à luz da história deste País, nunca serão cabalmente entendidos.
O historial breve de meus pais:
1. O cidadão português José Caetano Moreno, meu pai, chegou a Moçambique no longínquo ano de 1951, tendo-se fixado em Niassa.
Por Maria José Moreno Cuna (*2)
Cuamba, 27 de Fevereiro de 2011
Gostaria de confessar-lhe, Senhor Presidente da República que me perturbam profundamente os insistentes convites para nos filiarmos no Partido Frelimo, como condição para a devolução do nosso património.
Uma vez mais lhe escrevo, Senhor Presidente da República. Por um lado para reagir ao despacho exarado por Vossa Excelência que nos remete para a Justiça, “querendo”. Por outro, porque necessário se torna que não se passe por cima de alguns aspectos ligados à minha petição, aspectos esses que se não forem analisados à luz da história deste País, nunca serão cabalmente entendidos.
O historial breve de meus pais:
1. O cidadão português José Caetano Moreno, meu pai, chegou a Moçambique no longínquo ano de 1951, tendo-se fixado em Niassa.
20/02/2011
Quem são os heróis? (Repetição)
Contribuições para a História de Moçambique por Marcelino Síthole
É uma pergunta, que vem ao espírito de quem acaba de ler o relatório de Fanuel Guidion MAHLUZA, que o «Canal de Moçambique» publicou há dias.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 16.03.2006
Leia tudo em:
Download contribuies_para_a_histria_de_moambique_quem_so_herois.doc
Mahluza apressou-se a escrever (em inglês) e enviar para «Amnesty International» (Amnistia Internacional) este relatório, pouco depois de chegar a Nairobi, em proveniência do campo de "reeducação" de «Ruarua», planalto de Mueda de onde se tinha evadido, a 27 de Agosto de 1977, com Artur Janeiro da Fonseca, Atanásio Filipe Muhate e Lumbela.
Cansado pela viagem e traumatizado pelas privações e a perda de dois dos companheiros de evasão, a principal preocupação de Mahluza era a sorte dos numerosos combatentes da liberdade, estudantes e intelectuais, que a FRELIMO tinha internado nos seus campos de concentração, oficialmente designados por campos de "reeducação". Como se sabe, também o governo de Hitler, na Alemanha, tinha designado os seus campos de concentração e exterminação por campos de "trabalho": Die Arbeií machlfrei! (O trabalho liberta!), era a divisa destes campos.
Veja a Sétima Parte NA MÃO DOS ALGOZES de URIA SIMANGO - UM HOMEM UMA CAUSA em:
http://www.macua.org/livros/NASMAOSDOSALGOZES.htm
Conheça em:
http://fotw.fivestarflags.com/mz-polit.html
Recorde em:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/03/contribuies_par.html
É uma pergunta, que vem ao espírito de quem acaba de ler o relatório de Fanuel Guidion MAHLUZA, que o «Canal de Moçambique» publicou há dias.
CANAL DE MOÇAMBIQUE - 16.03.2006
Leia tudo em:
Download contribuies_para_a_histria_de_moambique_quem_so_herois.doc
Mahluza apressou-se a escrever (em inglês) e enviar para «Amnesty International» (Amnistia Internacional) este relatório, pouco depois de chegar a Nairobi, em proveniência do campo de "reeducação" de «Ruarua», planalto de Mueda de onde se tinha evadido, a 27 de Agosto de 1977, com Artur Janeiro da Fonseca, Atanásio Filipe Muhate e Lumbela.
Cansado pela viagem e traumatizado pelas privações e a perda de dois dos companheiros de evasão, a principal preocupação de Mahluza era a sorte dos numerosos combatentes da liberdade, estudantes e intelectuais, que a FRELIMO tinha internado nos seus campos de concentração, oficialmente designados por campos de "reeducação". Como se sabe, também o governo de Hitler, na Alemanha, tinha designado os seus campos de concentração e exterminação por campos de "trabalho": Die Arbeií machlfrei! (O trabalho liberta!), era a divisa destes campos.
Veja a Sétima Parte NA MÃO DOS ALGOZES de URIA SIMANGO - UM HOMEM UMA CAUSA em:
http://www.macua.org/livros/NASMAOSDOSALGOZES.htm
Conheça em:
http://fotw.fivestarflags.com/mz-polit.html
Recorde em:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2006/03/contribuies_par.html
Contribuições para a história de Moçambique (Repetição)
A carta que mais abaixo ides ler é prova mais que provada que o conluíu MFA (Melo Antunes/Mário Soares/Almeida Santos) com a FRELIMO já há muito existia.
Sempre pelos descolonizadores portugueses foi referida apenas a existência de um único movimento armado em Moçambique quando existiam dois: a FRELIMO e a COREMO.
Eis agora a explicação de como a COREMO foi silenciada, com a ajuda da Zambia e da Tanzânia.
Já faleceu o autor da carta e está sepultado em Moçambique.
Quanto ao destino de muitos dos nomes referidos, sabemos o que lhes aconteceu no campo de Mtelela e em outros locais: FORAM ASSASSINADOS SEM JULGAMENTO.
Leia a carta publicada hoje no CANAL DE MOÇAMBIQUE em:
Download contribuies_para_a_histria_de_moambique_mahluza.doc
NOTA:
A foto da esquerda é de Mahluza na Gorongoza e a da direita de Irene Buque
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Sempre pelos descolonizadores portugueses foi referida apenas a existência de um único movimento armado em Moçambique quando existiam dois: a FRELIMO e a COREMO.
Eis agora a explicação de como a COREMO foi silenciada, com a ajuda da Zambia e da Tanzânia.
Já faleceu o autor da carta e está sepultado em Moçambique.
Quanto ao destino de muitos dos nomes referidos, sabemos o que lhes aconteceu no campo de Mtelela e em outros locais: FORAM ASSASSINADOS SEM JULGAMENTO.
Leia a carta publicada hoje no CANAL DE MOÇAMBIQUE em:
Download contribuies_para_a_histria_de_moambique_mahluza.doc
NOTA:
A foto da esquerda é de Mahluza na Gorongoza e a da direita de Irene Buque
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
14/11/2010
Mozambique re-Educates Prisoners in Remot Camps, Los Angeles Times (28.08.1980)
Veja aqui e também as afirmações de José Luís Cabaço.
Download Remote_camps[1980]
Download Remote_camps[1980]
TRABALHO DA REEDUCAçÃO FOI POSITIVO - constata ll Seminário efectuado em Maputo
Era assim que se avaliava o seu desempenho
Download Seminario_reeducação(1980)
Download Seminario_reeducação(1980)
Le repaire du «monstre»
Uma reportagem da Revista Afrique-Asie de 17 de maio de 1976.
Veja aqui Download Repaire_du_monstre[1976]
Veja aqui Download Repaire_du_monstre[1976]
02/11/2010
Que ligará M'telela a Wiriamu? (Repetição)
Mão amiga fez-me chegar o livro de Barnabé Lucas Ncomo "URIA SIMANGO Um homem, uma causa".
Aproveito para transcrever o capítulo abaixo:
Do Pelotão Maldito ao efeito boomerang
Manuel Mapfavisse era um dos mais temidos carrascos de M'telela desde a abertura do Centro em 1975. Estava à testa de um pelotão de guardas e, por ser mais instruído literariamente do que a maioria de outros guardas, servia de correio entre M'telela e Lichinga.
Natural de Ampara, no distrito de Búzi em Sofala, Mapfavisse havia recebido a alcunha de "o Bazuca", dada a sua estatura latagónica. Tal como o comandante e a grande parte dos que integravam a Companhia de 150 homens que guarnecia o Centro, Mapfavisse vivia com a família nas cercanias do mesmo.
A páginas tantas, a situação dos presos começou a preocupar um certo grupo de guardas. Condoía-lhes a situação de alguns presos doentes e particularmente da Dra. Joana Simeão. Como esta era ainda muito jovem, chegado o período menstrual, viam-na na sua cela a contorcer-se de cólicas sem poderem ajudá-la. Aos trapos que lhe atiravam como pensos para conter o fluxo sanguíneo, cabia a eles voltar a recebê-los através da portinhola da cela e desembaraçarem-se dos mesmos.
17/10/2010
Malhuza: Sobre Simango, Coremo e Renamo
Fanuel Malhuza continua a desafiar as teses da Frelimo sobre a História:
"Urias Simango foi vítima da demagogia do tsonga"
Por Salomão Moyana
"Urias Simango nunca foi reaccionário. Foi apenas vítima da demagogia tsonga.Quer dizer, os estatutos da Frente de Libertação de Moçambique diziam que, em caso de morte do presidente, o vice-presidente, automaticamente, ascendia à presidência. Mas, quando morreu Mondlane, três tsongas vão a casa de Simango pedir-lhe para não tomar o poder, alegando que era preciso mais tempo para se organizar uma tomada mais pomposa do poder. Simango comete o grande erro de aceitar a proposta dessas pessoas, não tomando o poder, o que deu campo para todas as manobras que culminaram com a sua expulsão da Frelimo, com nomes feios de reaccionário, traidor, etc.".
É o nosso entrevistado da semana passada, Fanuel Guidion Mahluza, que nos diz estas coisas, as quais não são muito diferentes das que já ouvimos doutros moçambicanos, igualmente, participantes da libertação nacional.
Ele fala o resto.
Uma vez o senhor disse-me que Urias Simango tinha sido vítima de demagogia do tsonga. Pode explicar isso melhor para o público conhecer a sua versão?
"Urias Simango foi vítima da demagogia do tsonga"
Por Salomão Moyana
"Urias Simango nunca foi reaccionário. Foi apenas vítima da demagogia tsonga.Quer dizer, os estatutos da Frente de Libertação de Moçambique diziam que, em caso de morte do presidente, o vice-presidente, automaticamente, ascendia à presidência. Mas, quando morreu Mondlane, três tsongas vão a casa de Simango pedir-lhe para não tomar o poder, alegando que era preciso mais tempo para se organizar uma tomada mais pomposa do poder. Simango comete o grande erro de aceitar a proposta dessas pessoas, não tomando o poder, o que deu campo para todas as manobras que culminaram com a sua expulsão da Frelimo, com nomes feios de reaccionário, traidor, etc.".
É o nosso entrevistado da semana passada, Fanuel Guidion Mahluza, que nos diz estas coisas, as quais não são muito diferentes das que já ouvimos doutros moçambicanos, igualmente, participantes da libertação nacional.
Ele fala o resto.
Uma vez o senhor disse-me que Urias Simango tinha sido vítima de demagogia do tsonga. Pode explicar isso melhor para o público conhecer a sua versão?
17/10/2010 in 25 de Abril de 1974, História, M'Telela - Niassa e outros | Permalink|Comments (6)ShareThis
15/10/2010
Não ao regresso dos “Campos de Reeducação”
Editorial, Haja, no mínimo, vergonha!
O tristemente célebre “sistema de reeducação”, que o regime da Frelimo pretendia que servisse de modelo prisional da nação moçambicana independente, caracterizou-se desde sempre por atropelos flagrantes à lei e ao desprezo pelos mais elementares direitos humanos consagrados em diversos instrumentos jurídicos. A reeducação começou por servir de capa de execuções sumárias decretadas por uma certa ala da Frelimo a partir de 1966, prática denunciada no seio da própria Frente de Libertação de Moçambique e que continuou depois de 25 de Junho de 1975, arrastando como corolário o nome do Estado moçambicano para os corredores de instâncias jurídicas internacionais onde algumas das vítimas começam agora a fazer valer os seus direitos em processos em curso.
Muitos dos “campos de reeducação” surgidos formalmente após a independência já vinham a funcionar como centros prisionais nas zonas controladas pela guerrilha da ala que se guindou ao poder na FRELIMO. Funcionavam em Cabo Delgado e no Niassa. Era aí que se executavam guerrilheiros, quadros dirigentes, e foi para aí e para vários outros redutos criados após a independência, que milhares de cidadãos foram desterrados, à revelia dos tribunais. Os familiares de muitas dessas vítimas continuam até hoje sem saber do seu paradeiro. Os familiares das vítimas dos ditos “Campos de Reeducação” desconhecem ainda hoje onde estão os restos mortais dos que foram assassinados por quem o mundo dito civilizado hoje aplaude fazendo-se esquecido de que por aqui também ainda existem khmers.
O tristemente célebre “sistema de reeducação”, que o regime da Frelimo pretendia que servisse de modelo prisional da nação moçambicana independente, caracterizou-se desde sempre por atropelos flagrantes à lei e ao desprezo pelos mais elementares direitos humanos consagrados em diversos instrumentos jurídicos. A reeducação começou por servir de capa de execuções sumárias decretadas por uma certa ala da Frelimo a partir de 1966, prática denunciada no seio da própria Frente de Libertação de Moçambique e que continuou depois de 25 de Junho de 1975, arrastando como corolário o nome do Estado moçambicano para os corredores de instâncias jurídicas internacionais onde algumas das vítimas começam agora a fazer valer os seus direitos em processos em curso.
Muitos dos “campos de reeducação” surgidos formalmente após a independência já vinham a funcionar como centros prisionais nas zonas controladas pela guerrilha da ala que se guindou ao poder na FRELIMO. Funcionavam em Cabo Delgado e no Niassa. Era aí que se executavam guerrilheiros, quadros dirigentes, e foi para aí e para vários outros redutos criados após a independência, que milhares de cidadãos foram desterrados, à revelia dos tribunais. Os familiares de muitas dessas vítimas continuam até hoje sem saber do seu paradeiro. Os familiares das vítimas dos ditos “Campos de Reeducação” desconhecem ainda hoje onde estão os restos mortais dos que foram assassinados por quem o mundo dito civilizado hoje aplaude fazendo-se esquecido de que por aqui também ainda existem khmers.
15/10/2010 in História, M'Telela - Niassa e outros, Opinião, Política - Partidos | Permalink|Comments (2)ShareThis
14/10/2010
SOBRE A RENAMO, O APARTHEID E A GUERRA CIVIL EM MOÇAMBIQUE (Repetição)
Por: Barnabé Lucas Ncomo
Recentemente, reflectindo sobre o Ser e o Estar de algumas pessoas no nosso país, escreviamos que um dos grandes males que grassam na nossa sociedade é o fazer de conta, descambado este na institucionalização do acto de saber fingir colectivamente.
Numa comunicação feita na Suíça por ocasião do 30° aniversário da independência nacional, o jornalista/escritor moçambicano Mia Couto, a certa altura da sua dissertação afirmou:
“Hoje fala-se da guerra civil em Moçambique como se esse conflito tivesse tido apenas contornos endógenos. É preciso não esquecer nunca: essa guerra foi gerada no ventre do apartheid, estava desde o início inscrita na chamada estratégia de agressão total contra os vizinhos da África do Sul” (Mia Couto, 16 de junho de 2005. o sublinhado é nosso).
Em última análise, Couto tenta transferir as responsabilidades do regime da Frelimo no surgimento da guerra civil mocambicana para terceiros. Concretamente, defende a tese de que a determinação dos mocambicanos em lutar pelo estabelecimento duma ordem democratica foi inspirada no apartheid e não nas condições específicas criadas em Mocambique na sequência do estabelecimento de um regime totalitário de índole marxista-leninista. Tal como Salazar, que repetia amiúde que durante a vigência do regime fascista não havia uma oposição em Portugal, também a Frelimo e os seus “acólitos” defendiam a mesma posição relativamente a Moçambique no pós-independência. Mia Couto apenas apresenta-a de uma forma diferente.
13/10/2010
OS CAMPOS DA VERGONHA - A história inédita dos "centros de reeducação" em Moçambique(Repetição)
Castigos corporais, humilhações colectivas, assassínios. Pela primeira vez, os "centros de reeducação" surgem em público em toda a extensão da tragédia que representaram, durante quase uma década de poder absoluto da FRELIMO em Moçambique. Dados a conhecer por quem neles esteve. Acompanhados de fotografias inéditas, tiradas entre 1975 e 1984. Um documento a que ninguém poderá ficar indiferente. In MAGAZINE, suplemento do Jornal Público, nº 277 de 25.06.1995 Veja em:
Download MAGAZINE1995CAMPOSFRELIMO
P.S.: Aguarde, pois pode demorar um pouco a baixar.
Download MAGAZINE1995CAMPOSFRELIMO1
P.S.: Só de leitura(mais rápido)
Recorde este artigo de Ya-qub Sibindy, últimamente tão chegado à FRELIMO, em: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2004/04/srgio_vieira_gi.html
NOTA:
Repito para lembrança ao Sr. 1º Ministro Aires Aly.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
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P.S.: Aguarde, pois pode demorar um pouco a baixar.
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P.S.: Só de leitura(mais rápido)
Recorde este artigo de Ya-qub Sibindy, últimamente tão chegado à FRELIMO, em: http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2004/04/srgio_vieira_gi.html
NOTA:
Repito para lembrança ao Sr. 1º Ministro Aires Aly.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
13/10/2010 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink|Comments (7)ShareThis
12/10/2010
Campos de Reeducação devem inspirar novo Sistema Prisional (2)
O primeiro Ministro (PM), Aires Ali, considera que as polémicas experiências dos centros de reeducação que caracterizaram alguns anos do pós independência devem servir de base para o novo sistema prisional, cuja proposta esteve em debate até ontem na cidade do Maputo.
Leia o seu discurso, na íntegra:
Venerando Presidente do Tribunal Supremo,
Senhor Procurador-Geral da República,
Senhora Ministra da Justiça,
Senhores Embaixadores,
Senhora Presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos,
Caros Convidados,
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Permitam-nos que, em primeiro lugar, saudemos a todos quantos se dignaram a marcar presença nesta Conferência Naciona sobre a Reforma do Sistema Prisional no nosso país.
Saudamos e enaltecemos a parceria, que hoje testemunhamos, entre o Ministério da Justiça e a Liga Moçambicana dos Direitos Humanos na realização desta importante Conferência Nacional, com o lema “Repensando sobre a Reforma Prisional em Moçambique”.
Esta iniciativa constitui, para nós, um gesto de encorajamento e um sinal de uma genuína vontade de cooperação entre o Governo e as instituições da Sociedade Civil, bem como outros parceiros, nacionais e internacionais, todos aqui representados, para uma reflexão conjunta sobre o sistema prisional em Moçambique.
Minhas Senhoras,
Meus Senhores,
O Programa do Governo para o quinquénio 2010-2014 estabelece que a justiça constitui o elemento fundamental na protecção dos direitos e liberdades dos cidadãos, na consolidação da paz, da democracia e do Estado de Direito.
Neste sentido, a actuação do Estado deve ser orientada pelos princípios de um Estado de Direito Democrático, respeito pelos direitos humanos, justiça social, pluralismo jurídico e acesso à justiça para todos.
Leia o seu discurso, na íntegra:
Venerando Presidente do Tribunal Supremo,
Senhor Procurador-Geral da República,
Senhora Ministra da Justiça,
Senhores Embaixadores,
Senhora Presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos,
Caros Convidados,
Minhas Senhoras e meus Senhores,
Permitam-nos que, em primeiro lugar, saudemos a todos quantos se dignaram a marcar presença nesta Conferência Naciona sobre a Reforma do Sistema Prisional no nosso país.
Saudamos e enaltecemos a parceria, que hoje testemunhamos, entre o Ministério da Justiça e a Liga Moçambicana dos Direitos Humanos na realização desta importante Conferência Nacional, com o lema “Repensando sobre a Reforma Prisional em Moçambique”.
Esta iniciativa constitui, para nós, um gesto de encorajamento e um sinal de uma genuína vontade de cooperação entre o Governo e as instituições da Sociedade Civil, bem como outros parceiros, nacionais e internacionais, todos aqui representados, para uma reflexão conjunta sobre o sistema prisional em Moçambique.
Minhas Senhoras,
Meus Senhores,
O Programa do Governo para o quinquénio 2010-2014 estabelece que a justiça constitui o elemento fundamental na protecção dos direitos e liberdades dos cidadãos, na consolidação da paz, da democracia e do Estado de Direito.
Neste sentido, a actuação do Estado deve ser orientada pelos princípios de um Estado de Direito Democrático, respeito pelos direitos humanos, justiça social, pluralismo jurídico e acesso à justiça para todos.
09/10/2010
Campos de Reeducação devem inspirar novo Sistema Prisional
- Defende PM na abertura da Conferência Nacional sobre Reforma do Sistema Prisional
O primeiro Ministro (PM), Aires Ali, considera que as polémicas experiências dos centros de reeducação que caracterizaram alguns anos do pós independência devem servir de base para o novo sistema prisional, cuja proposta esteve em debate até ontem na cidade do Maputo.
“Esta prática que desde os primórdios da nossa independência nacional conheceu um incremento significativo, deve constituir fonte de experiência para o desenvolvimento do sistema prisional que pretendemos, de modo a transformar os Centros Prisionais em Unidades Produtivas”, disse Aires Ali, no seu discurso da abertura da Conferência Nacional sobre o Sistema Prisional.
O PM considera que o sistema prisional é complexo de tal forma que não deve ser visto apenas como uma reprodução mecânica daquilo que terá acontecido no passado, mas sim, como uma resposta aos desafios actuais.
O primeiro Ministro (PM), Aires Ali, considera que as polémicas experiências dos centros de reeducação que caracterizaram alguns anos do pós independência devem servir de base para o novo sistema prisional, cuja proposta esteve em debate até ontem na cidade do Maputo.
“Esta prática que desde os primórdios da nossa independência nacional conheceu um incremento significativo, deve constituir fonte de experiência para o desenvolvimento do sistema prisional que pretendemos, de modo a transformar os Centros Prisionais em Unidades Produtivas”, disse Aires Ali, no seu discurso da abertura da Conferência Nacional sobre o Sistema Prisional.
O PM considera que o sistema prisional é complexo de tal forma que não deve ser visto apenas como uma reprodução mecânica daquilo que terá acontecido no passado, mas sim, como uma resposta aos desafios actuais.
12/09/2010
Simango: de reaccionário a herói (Repetição)
DEMOS(Maputo)
19 de Maio de 2004
Para as gerações mais jovens, educadas num ambiente em que com devoção se cantava: "Simango,reaccionário..." a obra de Barnabé Lucas Ncomo é verdadeiramente o resgate de uma figura histórica deste país. Com efeito, "Uria Simango: Um homem, uma causa" é, uma obra: que estava a faltar ao imaginário político moçambicano. Aliás, quando colocado face desta imagem tão sinuosa quanto emblemática, uma das questões que se erguem é de saber se estamos perante um herói ou perante um mercenário.
Relegado para a condição de reaccionário, Simango, hoje resgatado por Barnabé Lucas Ncomo, começou a despertar interesse enquanto tal através de um questionamento suscitado pela interrupção do som de
uma emissão televisiva alusiva aos vinte anos da morte de Eduardo Mondlane. Ia Janeth Mondlane a dizer que, antes da sua morte, todo o povo moçambicano saberia quem matou Mondlane descartando a teoria que liga o pastor Simango ao assassinato do primeiro presidente da Frelimo, quando houve corte do som por um período suficientemente longo e não seguido de alguma explicação como sempre acontecia.
19 de Maio de 2004
Para as gerações mais jovens, educadas num ambiente em que com devoção se cantava: "Simango,reaccionário..." a obra de Barnabé Lucas Ncomo é verdadeiramente o resgate de uma figura histórica deste país. Com efeito, "Uria Simango: Um homem, uma causa" é, uma obra: que estava a faltar ao imaginário político moçambicano. Aliás, quando colocado face desta imagem tão sinuosa quanto emblemática, uma das questões que se erguem é de saber se estamos perante um herói ou perante um mercenário.
Relegado para a condição de reaccionário, Simango, hoje resgatado por Barnabé Lucas Ncomo, começou a despertar interesse enquanto tal através de um questionamento suscitado pela interrupção do som de
uma emissão televisiva alusiva aos vinte anos da morte de Eduardo Mondlane. Ia Janeth Mondlane a dizer que, antes da sua morte, todo o povo moçambicano saberia quem matou Mondlane descartando a teoria que liga o pastor Simango ao assassinato do primeiro presidente da Frelimo, quando houve corte do som por um período suficientemente longo e não seguido de alguma explicação como sempre acontecia.
27/08/2010
Sérgio Vieira prendeu Joaquim Chissano quando Samora Machel governava
Biografia de José Chicuarra Massinga na Internet
Como consequência das maquinações de Vieira, Chissano foi levado para a Ilha da Xefina tendo aí sido interrogado por Lagos Lidimo, refere o autor da biografia de Massinga. Na cadeia de máxima de segurança, vulgo BO (Brigada de Operações), na Machava, reduto do SNASP (Serviço Nacional de Segurança Popular), Massinga foi “torturado, chamboqueado e electrocutado” por Sérgio Vieira, afirma também o autor da obra publicada na internet, Solomon Mondlane, moçambicano nascido em Chinonanquila, Província de Maputo
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27/08/2010 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink|Comments (9)ShareThis
24/08/2010
A History of the Mozambican Civil War, by David Alexander Robinson, BA (Hons)
This thesis is presented for the degree of Doctor of Philosophy of History for The University of Western Australia School of Humanities
Discipline of History
2006
NOTA:
Muito interessante, pena ser em inglês e com a colaboração de várias personalidades sobejamente conhecidas. São 373 páginas que aconselho a imprimir.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
23/08/2010
The Life and Walks of Dr. José C. Massinga (1930-2010) (2)
Foi com texto abaixo que o NOTÍCIAS noticiou a morte do Dr. José Massinga:
MORREU no final da tarde da última quinta-feira, em Maputo, o Presidente do Partido Nacional Democrático de Moçambique (PANADE), José Chicuarra Massinga. Vítima de prolongada doença, Chicuarra Massinga foi o primeiro presidente desta formação política, fundada em 1991, logo após a assinatura do Acordo Geral de Paz para Moçambique entre a Frelimo e a Renamo.
Natural do distrito da Massinga, província de Inhambane, Chicuarra Massinga iniciou-se muito cedo nas lides políticas nacionais. Militou em vários movimentos nacionalistas, incluindo a Frelimo, até 1974, altura em que decidiu ir viver nos Estados Unidos da América, onde cursou Ciência Política e dedicou-se à docência.
22/08/2010
FANUEL MAHLUZA em entrevista à TVM (Em finais dos anos 90?) (2)
Destaco os comentários de Francisco Nota Moisés:
"Aquela gente da Frelimo não são seres humanos, são animais" -- José Vilanculos, um escapado do Campo de Concentração de Ruarua. A Vida de Fanuel Mahluza em suas próprias palavras contada ao autor "Entre as coisas que fazíamos, que devíamos fazer, diariamente era ir buscar água para os chefes do campo, Monsieur Mba," disse-me Mahluza falando da sua fuga do campo de Ruarua, usando o nome que ele me chamava a partir do nome dum carácter fictício que aparecia num livro senegalês de ensino de francês que se usava nas escolas secundárias no Quénia. Ele me chamava monsieur Mba visto que eu falava francês. "Éramos sempre escoltados por um soldado -- um guarda armado de ak-47 marchando atrás de nós com a sua arma e baioneta apontadas a nós. Mas naquele dia, o soldado marchava em frente de nós com a sua arma nos ombros, coisa que este soldado nunca fazia. Éramos dois prisioneiros. Foi então que assaltei o soldado, arranquei-lhe a sua arma. Engatilhei-a logo, apontando-a ao soldado e disse-lhe: tu és agora prisioneiro. Se gritas ou não obedeces as minhas ordens disparo e mato-te logo. O soldado começou a tremer antes de eu lhe dizer para andar a nossa frente na direcção que lhe íamos indicando, ao que obedeceu sem mais fanfarrada. Metemo-nos na mata e andamos e andamos. Quando estivemos muito longe da base, disse ao soldado para se despir e entregar-me toda a sua roupa. Isto ele fez e dissemos lhe que regressasse ao campo, nu como estava, enquanto eu e o meu colega continuamos em direcção ao Rovuma com a intenção de atravessarmos o rio para a Tanzânia e irmos ao Quénia.
18/08/2010
FANUEL MAHLUZA em entrevista à TVM (Em finais dos anos 90?)
Fanuel Mahluza foi um dos fundadores da FRELIMO. Foi preso após a independência, passou por um "campo de reeducação" donde fugiu para a Tanzânia, fixando-se depois no Quénia. Esteve na RENAMO onde foi Secretário para as Relações Exteriores. Ouça aqui a entrevista dada à TVM (com algumas falhas de som imagem) mas que bem mostra como a FRELIMO era e sempre será.
Veja aqui http://www.macua1.org/blog/fanuelmahlusa.html
Veja aqui http://www.macua1.org/blog/fanuelmahlusa.html
18/08/2010 in História, M'Telela - Niassa e outros, Musica, vídeo, cinema | Permalink|Comments (25)ShareThis
16/08/2010
“The Mozambique Tragedy, por Daniel José Shitole de 23.08.1981”(2)
Destaco:
Li o depoimento do reverendo Daniel José Sithole mais uma vez. Em Outubro de 1981 gravei e traduzi o seu depoimento de português para inglês e não guardamos a fita de gravação. Então, para nós a versão portuguesa não era questão. Queríamos só colocar o material em inglês para uma transmissão massiva do documento pelo mundo fora -- o que conseguimos fazer com grande êxito. Isto explica porque este documento ainda flutua, e se encontra nos arquivos dos governos ocidentais, principalmente no governo americano, e nas organizações internacionais, enquanto outros tais como a Revolução moçambicana atraiçoada dos estudantes moçambicanos nos Estados Unidos contra Eduardo Mondlane e a sua liderança e outros estão extintos. Traduzir o documento de Sithole não reproduzira as palavras exactas de Sithole, mas é uma boa coisa para ajudar os historiadores que se engajam em pesquisas históricas para dados que nunca obterão da Frelimo que não revelará os seus malfeitos a quem quer que seja. A informação contida no depoimento faz parte da nossa herança historia, mesmo que a tal herança nos choque. O cidadão tem o direito de saber o que o seu governo, neste caso o governo da Frelimo, fez e tem feito. Dado o facto que a tradução do depoimento pode levar muito tempo, por eu andar muito ocupado com tarefas de varias ordens principalmente as académicas, pensei que seria genial fornecer alguns pontos salientes deste documento para o leitor da expressão portuguesa e para aqueles que não podem ler em inglês. O documento por mim não passado a maquina profissionalmente está num bom inglês -- num inglês de alto nível que não precisa de ser editado, quando tiver quer clarificar reescrever as palavras que agora já não se lêem bem. Fui capaz de ler tudo, mesmo as palavras que não aparecem bem. Uma grande parte documento contem detalhes que este resumo não pode abranger -- nem de longe. O que não entendo é o que a Frelimo esperava ganhar com este tipo de governação. Torna-se também claro que a Frelimo não estava de nenhum modo preparada para governar o pais -- o que explica a razão dela ter lançado o pais num estado de terror, impondo medo que era para ela ser temida e respeitada.
08/08/2010
The Mozambique Tragedy, por Daniel José Shitole de 23.08.1981
O "Moçambique para Todos" continua a receber depoimentos sobre a realidade vivida pelos que passaram por "campos de reeducação" instituídos pelo governo da Frelimo. Hoje divulgo um documento dramático datado de 23 de Agosto de 1981, de autoria do Reverendo Diácono Daniel José Sithole, intitulado "The Mozambique Tragedy". Fala da experiência dele no campo de reeducação conhecido por "Moçambique D", na Província de Cabo Delgado. Menciona também o campo de reeducação de Chaimite, na mesma província. À semelhança de outros campos, tratavam-se de antigas bases da Frelimo, criadas durante a luta armada.
O testemunho do Reverendo Sithole foi, na altura, amplamente divulgado através de missões diplomáticas em África e no resto do Mundo e junto de organizações como a Amnistia Internacional, Caritas Internacional. Como resultado disso, intensificaram-se as pressões sobre o governo da Frelimo, então dirigido pelo Presidente Samora Machel, para que pusesse cobro aos flagrantes abusos dos direitos humanos que vinham ocorrendo desde o governo da transição liderado pela Frente de Libertação de Moçambique. Insistiam essas chancelarias e organizações internacionais que fossem restituídos à liberdade os presos políticos, incluindo as vítimas do chamado Processo de Nachingwea, para além dos milhares de cidadãos que haviam sido ao longo dos anos desterrados para esses campos que uns insistem em rotular de "Campos da Morte da Frelimo”, por analogia com os “Killing Fields” dos Khmer Vermelhos no Camboja.
Cronologia
1974 -1979 Familiares de pessoas enviadas para campos de reeducação lançam apelos através de embaixadas e organizações, incluindo o Comité Internacional da Cruz Vermelha.
1980 O SNASP, pelo punho do respectivo ministro, publica a 29 de Julho a "Ordem de Acção 5/80" em preparação para uma encenação jurídica para tentar justificar as execuções sumárias de várias personalidades políticas.
1981 A 23 de Agosto o Reverendo Diácono Daniel José Sithole distribui o
documento, "The Mozambique Tragedy" junto de missões diplomática e
organizações humanitárias internacionais.
A 28 de Setembro o jornal Notícias informa que "o Presidente Samora Machel libertou ontem 684 reeducandos do centro de Chaimite em Cabo Delgado." Estava em curso a chamada "Ofensiva na Frente da Legalidade", em que o regime da Frelimo tenta lavar a imagem de que si próprio havia criado.
1982 Apesar da "Ofensiva na Frente da Legalidade", que culminou num
gigantesco comício em Maputo a 5 de Novembro de 1981, uma espécie
de mea culpa a dois tempos, o regime da Frelimo ordena a execução
sumária de Celina Simango e de Lúcia Casal Ribeiro, esposa de Raul
Casal Ribeiro, que se encontravam internadas no reduto de M'telela.
Leia aqui o depoimento: Download Tragedia_mocambicana_shitole
Obs:
Para melhor leitura, devido à fraca qualidade do original que me foi entregue, embora recuperado, aconselho a sua impressão.
NOTA:
Será que os historiadores moçambicanos se esquecerão deste documento e dos factos nele relatados? E a Fundação 25 de Junho?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
04/08/2010
CENTRO DE REEDUCAÇÃO DE MSAUÍZE
REPORTAGEM
TRANSFORMAR PELO TRABALHO MARGINAIS DA SOCIEDADE COLONIAL
«Naquele tempo, ao dizer “viva da Frelimo”, aqui ninguém ia levantar o braço» -- estas as palavras do Comissário Político do Centro de Reeducação para mulheres, em Msauíze, ao pretender traçar um paralelo entre a situação no Centro no início, e na fase actual. O Centro de Reeducação de Msauíze é um dos 5 centros existentes na Província do Niassa a funcionar na dependência do Comissariado Politico Provincial, que para este sector específico, tem criada uma estrutura de apoio. Encontra-se situado na parte norte da província, ainda no distrito de Mataca, mas também já muito próximo de Marrupa, que se encontra mais para leste.
Partimos para a viagem a este Centro da Base Central do Niassa Oriental, nas antigas zonas libertadas. O acesso ao local onde está implantado o Centro e feito por uma picada mal-alinhavada, onde despontavam os troncos das arvores que a mão humana teve de abater. Vinte e cinco quilómetros que demoraram 45 minutos a percorrer.
A pé, são duas horas e meio de caminho, informou o comandante da Base Central, nosso cicerone nesta deslocação.
04/08/2010 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink|Comments (10)ShareThis
03/08/2010
Msawize, outro campo de reeducação VIOLENTO, inaugurado pelo falecido Daniel Saul Nbanze
Pela sua importância, destaco mais este comentário:
Msawize, outro campo de reeducação VIOLENTO, inaugurado pelo falecido Daniel Saul Nbanze, vice-ministro do Interior, (Armando Guebuza, na altura , Ministro do Interior e Comissário Político Nacional da FPLM). Mbanze superintendia os campos de Reeducação, sendo o Responsável operacional o falecido Comandante Castiano Zumbire-ex Comissário do Snasp e Director do SISE-durante todo governo de Presidente Joaquim Chissano.
Quem esteve em Msawize, e tentava fugir, era comido pelos leões, conta o meu pai (ex-chefe da...na cidade da Beira e das FPLM/ SNASP, na reforma). Meu pai conseguiu "desenfiar-se" em missão de serviço-ajudado por Com.Tomé Eduardo "Omar Juma"-governador de Sofala, em 1977- (ano em que nasci) -, porque estava na reeducação uma prima dele, e foi até Msawize à procura dela, e também porque tinha lá alguns companheiros seus que com ele treinaram em Naschingweia-Tanzania, que eram os guardas. Quando voltou, ele lembra-se ter dito a minha mãe, "que com a Frelimo não se brinca".
A minha tia faleceu lá no campo de reeducação de Msawize, doente (motivado talvez em resultado dos castigos e punições).
03/08/2010 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink|Comments (7)ShareThis
15/07/2010
Destacados membros da Frelimo contradizem-se em público(2)
O documento do desacordo:
Veja http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/07/destacados-membros-da-frelimo-contradizem-se-em-p%C3%BAblico.html
(Click para ampliar)
Veja http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2010/07/destacados-membros-da-frelimo-contradizem-se-em-p%C3%BAblico.html
(Click para ampliar)
14/07/2010
Destacados membros da Frelimo contradizem-se em público
“Processo de Nachingwea”
Sérgio Vieira confirma existência da «Ordem de Acção n. 5/80»
É sabido que as execuções das vítimas do conhecido Processo de Nachingwea, tiveram lugar nas cercanias da estrada que liga M’telela a Chiputo, no Niassa. Quem conduziu os presos ao local foi o comissário político do Ministério da Segurança-SNASP, Major Abel Assikala. Este integrava uma delegação de alto nível que se deslocou propositadamente a M’telela em viaturas oficiais do governo provincial do Niassa, na altura tutelado por Aurélio Manave. As ordens foram transmitidas pelo então vice-ministro da segurança, Salésio Teodoro Nalyambipano, em cumprimento de uma decisão tomada pelo Bureau Político do Partido Frelimo.
As recentes entrevistas que o jornalista Jeremias Langa da STV efectuou a destacados membros do Partido Frelimo trouxeram de novo à ribalta as execuções sumárias de vítimas daquilo que já é conhecido no país e no estrangeiro como o “Processo de Nachingwea”. Reproduzidas no diário «O País», edição de 25 de Junho do corrente, as entrevistas com Óscar Monteiro e Sérgio Vieira demonstram que, no fundo, o regime continua a actuar de forma dolosa em relação a uma das páginas mais negras da história contemporânea da nossa jovem nação.
Questionado sobre a «Ordem de Acção n.º 5/80» do Ministério da Segurança-SNASP (Serviço Nacional de Segurança Popular), da qual consta o seu nome no âmbito da execução sumária de destacadas figuras políticas nacionais, Óscar Monteiro começou por afirmar tratar-se de “um documento fictício inventado por Jorge Costa”, o ex-director nacional da segurança que pediu asilo político à África do Sul em 1982. Monteiro foi peremptório ao afirmar perante as câmeras de televisão, e uma vez mais referindo-se à referida “Ordem de Acção”, que “esse documento não existe”.
18/06/2010
FRELIMO EXALTA O HEROÍSMO DO MASSACRE DE MUEDA
DIÁRIO DA FRELIMO
DEPARTAMENTO DE MOBILIZAÇÃO E PROPAGANDA – SEDE NACIONAL
Edição Nº 880 de 15 de Junho de 2010 * Ano 5 *
CIDADE DE MAPUTO
FRELIMO EXALTA O HEROÍSMO DO MASSACRE DE MUEDA
Quadros e militantes da FRELIMO na Cidade de Maputo exaltaram recentemente o heroísmo do povo moçambicano, quando este tomou a atitude de exigir pacificamente a liberdade do seu solo pátrio, contestando desta forma a dominação do homem pelo homem perpetuado pelo regime fascista português que durou cinco séculos.
Importa lembrar que a resposta dada pelo regime fascista português perante a exigência justa daquele grupo de moçambicanos foi a tortura e detenção dos líderes do grupo, destacando-se Faustino Vanomba, Kibirite e outros.
Com esta postura do governo colonial português viria a obrigar a multidão dos
moçambicanos que se fazia presente em frente da sede da Administração da
Circunscrição de Mueda a agirem contra as ordens dadas pelo Administrador local, defendendo os seus líderes.
Por não ter conseguido conter os ânimos dos populares, o Administrador da Circunscrição ordenou a sua força armada a disparar contra os cidadãos indefesos. Foi assim que cerca de 600 moçambicanos, entre homens, mulheres e crianças foram barbaramente massacrados na tarde do dia 16 de Junho de 1960, semeando luto no Distrito de Mueda em particular e em Moçambique no geral.
10/06/2010
Devolução de ossadas de Uria Simango e outros às famílias é assunto do Governo
-Sérgio Vieira, quando instando a responder pelo Canalmoz e Canal de Moçambique sobre o “dossier Nhatchingweya”, dos presos políticos fuzilados pela Frelimo, à margem do lançamento, na Beira, do seu livro “Participei, por isso testemunho”
O coronel na reserva e presidente do Conselho de Administração do Gabinete do Plano do Zambeze (GPZ) Sérgio Vieria lançou na sexta-feira transacta, na Beira, num evento bastante concorrido pelo público, o seu livro “Participei, por isso testemunho” (Editora Ndjira). Sérgio Vieira foi um homem de mão de Samora Machel, o primeiro presidente de Moçambique, tendo desempenhado várias funções como ministro da segurança, governador do Banco de Moçambique, governador de Niassa. Entrevistá-mo-lo a respeito deste livro, e não só, para entendermos das razões que o levaram a preterir, neste livro, da abordagem do “dossier Nhatchingweya”. Segundo a ordem de acção número 5/80, com que a Frelimo fecha o referido dossier, ainda hoje mantido no segredo dos deuses, Vieira encabeçou o comité que preparou o dossier declarando supostamente a completa história criminal daqueles indivíduos, bem como suas confissões aos elementos da DD/SI que os interrogaram, declarações de testemunhas, autos do processo e sentença.
14/02/2010
11/02/2010
SITUAÇÃO SOMBRIA NA FRELIMO, por Uria. T. Simango (1969)
A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) foi formada em Junho de 1962 como resultado da fusão de três organizações políticas: UDENAMO, MANU e UNAMI. As pessoas que fi-nalmente trouxeram esta unidade, e que há quatro anos desertaram, são os senhores Mateus Mmole, presidente da MANU, Adelino Gwambe, presidente da UDENAMO e muitos outros que na época estavam em Dar-Es-Salam.
A unificação dessas organizações foi o mais importante acon-tecimento realizado pelo povo na luta contra o colonialismo portu-guês. Este acontecimento encontrou uma forte oposição de elementos individualistas que entendiam que este processo podia diminuir-lhes a possibilidade de alcançar posições importantes na política. Este processo, que visava juntar, fortificar e dar uma impressionante força a luta contra o colonialismo e o imperialismo, não agradou aos inimigos da liberdade e da independência. Contudo, apesar dos esforços empreendidos para evitar a formação da Frente de Libertação, o desejo do povo moçambicano realizou-se.
O objectivo a atingir - a independência de Moçambique do domínio colonial - era o princípio guia para aceitar membros na Frente. Isto quer dizer que todo o moçambicano, independentemente do seu credo, sexo ou ideais políticos, podia ser membro se aceitasse as regras e programa da Frente. Na opinião dos fundadores, a Frente visava conduzir as massas populares moçambicanas de raça negra que sofriam sob o jugo colonial português, na luta pela liberdade e independência. A unidade e luta, tinham como base o moçambicano e nacionalista africano. Esta orientação que guiou os fundadores da Frente de Libertação, ajudou a reunir todos os membros das organizações anteriores e outros na consolidação da Frente e da luta.
25/01/2010
GLOOMY SITUATION IN FRELIMO by Uria T. Simango (1969)(2)
Volto a destacar outro escrito de Francisco Nota Moisés:
Caro Mussandipata, APRESENTAÇAO DA HISTÓRIA E O PROBLEMA DE LEALDADE.
Apesar do erro que Simango cometeu de não estar com a revolta quando toda agente se revoltava e querer empreender a sua própria revolta quando não havia ninguém para apoia-lo, ele fica gravado na historia como um dos heróis moçambicanos como o foram Padre Mateus Pinho Gwenjere, Gumane, Kambeu, Basílio Banda e tantos outros. Simango é herói por duas razões: primeiro, foi um dos primeiros moçambicanos a se movimentar em prol da independência nacional, e segundo foi um daqueles que ousou combater a infiltração do tribalismo e totalitarismo na Frelimo, cancro este que veio a se alastrar por todo o corpo da nação moçambicana quando o país tornou-se independente sob o comando de Samora Machel, individuo cruel e mentalmente mal balançado. Machel: que a sua alma repouse em paz! Foi inimigo quando estava vivo e agora não é mais visto que não se pode ser o inimigo dum individuo morto. Sim, muito interessante que os seus colegas não estiveram com ele no avião seu pilotado por russos. Complot ou falta de confiança num avião russo pilotado por russos? Aurelio Manave deveria idealmente comparecer no tribunal internationacional por crimes contra a humanidade.
GLOOMY SITUATION IN FRELIMO by Uria T. Simango (1969)
Suponho nunca ter sido tornado publico, na sua totalidade, o documento apresentado por Uria Simango em Novembro de 1969 e que lhe valeu a expulsão da FRELIMO.
Para mais fácil impressão, no final, têm um link para formato doc. Espero, em breve, poder publicar a sua tradução em português.
GLOOMY SITUATION IN FRELIMO
by Uria T. Simango
Mozambique Liberation Front (FRELIMO) was formed in June 1962 as a result of fusion of three political organizations: UDENAMO, MANU e UNAMI. The persons who finally brought this unity which, for years was desired, are: Messrs Matew Mmole, president of MANU; Adelino Gwambe, president of UDEMANO and many others who were in Dar es Salam at that time.
The unification of these organizations was a very important achievement for the Mozambican people in their struggle against the Portuguese colonialism. This decision not with a strong opposition from individualist elements who thought this process would diminish possibilities of getting important positions in politics. This process aimed at bringing together and strengthening nationalist striking force against colonialism and imperialism did not please the enemies of freedom and independence. Despite all the efforts to prevent the formation of a Liberation Front the Liberation the desire of Mozambican people was realized.
The goal to be attained, independence of Mozambique from colonial rule was the guiding principle in accepting members into the Front. This means that every Mozambican irrespective of his creed or sex or political belief could be given membership if accepted, the rules and programme of the Front. In the opinion of the founders the Front was to lead the black masses of Mozambique yelling under the Portuguese colonialists in the struggle against them for freedom and independence. The unity and struggle were based on Mozambican and African nationalist.
This orientation which guided the founders of the Mozambique Liberation front helped to rally all members of former organizations and others in the consolidation of the Front and the struggle.
There were two main sources of difficulties: The Mozambique Institute and Cabo Delgado Province .
25/01/2010 in História, M'Telela - Niassa e outros, Política - Partidos | Permalink|Comments (7)ShareThis
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