19/09/2012
Tribunal Constitucional considerou improcedentes recursos de CASA-CE e PRS
A decisão foi publicada na terça-feira à noite na página do TC na Internet, na qual se salienta que o anúncio da deliberação sobre o recurso apresentado pela UNITA, o segundo partido mais votado no escrutínio, será divulgado hoje, dia em que termina o prazo legal para a decisão, irrecorrível, daquele órgão judicial.
As três formações partidárias alegam que cerca de 35 por cento dos mais de 9,5 milhões de eleitores foram impedidos de votar, através do que classificam de "manipulação fraudulenta" dos cadernos eleitorais, e contestam o alegado impedimento a representantes seus nas assembleias de voto, para fiscalização da votação e do apuramento dos votos.
Nas eleições gerais de 31 de agosto, o partido mais votado foi o MPLA, que governa o país desde a independência, em 1975, tendo obtido 71,84% dos votos e eleito 175 deputados.
14/09/2012
COMUNICAÇÃO DO EXMO. SR. PRESIDENTE DA UNITA SOBRE AS ELEIÇÕES DE 31/8/12
O povo angolano foi convocado pelo actual Presidente da República para exercer o poder político, através da eleição, no passado dia 31 de Agosto.
Esta eleição foi o último acto de um processo já em si eivado de vícios de violação da lei que, ao longo do seu curso, denunciamos e contestamos. No culminar desse processo, outras ilegalidades foram cometidas. Uma parte significativa do Povo votou. Outra parte, igualmente significativa, ficou privada do direito de votar.
Nos termos do artigo 4º da Constituição, “o poder político é exercido por quem obtenha legitimidade mediante processo eleitoral livre e democraticamente exercido”, nos termos da Constituição e da lei.
Em nome da UNITA e do Povo Angolano a quem a UNITA dá voz há várias décadas, cumpre-me o dever de informar todos os angolanos, a opinião pública nacional e internacional e os senhores jornalistas de que o processo eleitoral não foi nem livre nem democrático, nos termos da Constituição da República de Angola e da lei.
Leia aqui Download COMUNICAÇÃO UNITA 10.09.2012
NOTA:
Atenção máxima para as próximas eleições em Moçambique.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
12/09/2012
Dois partidos de oposição vão recorrer para Tribunal Constitucional
Fontes partidárias contactadas pela Lusa coincidiram na decisão de recorrer para a última instância judicial, que terá de ser concretizada nas próximas 48 horas para ter efeitos legais.
Para a CNE, as reclamações, apresentadas pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), que elegeu 32 deputados (18,66%), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral, com oito deputados (6%) e o Partido de Renovação Social, com três deputados (1,70%), foram feitas de "má-fé" e fora do período legal previsto.
LUSA – 12.09.2012
11/09/2012
Depois de impugnar escrutino, UNITA avança para processos judiciais
No documento, aprovado na reunião extraordinária da Comissão Permanente da Comissão Política do partido do "Galo Negro" realizada segunda-feira, destaca-se que "a natureza das violações à lei é tão grave que, após a impugnação dos Atos Administrativos da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), a UNITA irá processar judicialmente todos os crimes eleitorais registados".
Segundo os resultados definitivos anunciados sexta-feira pelo presidente da CNE, André Silva Neto, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência, em 1975, venceu com maioria qualificada, elegendo 175 deputados e obtendo 71,84 por cento dos votos.
LUSA – 11.09.2012
10/09/2012
Deputado da UNITA insiste em questionar nacionalidade do Presidente
Após a decisão do Parlamento angolano Deputado Makuta Nkondo desafia dos Santos em demonstrar as suas origens.
Censura registada foi a decisão saída do Gabinete de Paulo Kassoma, presidente da Assembleia Nacional, segundo o despacho que conclui o processo 01/2012 contra o Deputado da Bancada Parlamentar do Galo Negro, Augusto Pedro Makuta Nkondo, que questionou em sessão parlamentar a nacionalidade do Presidente reeleito para o cadeirão máximo da República de Angola, José Eduardo dos Santos e o eleito para Vice-presidente, economista Manuel Vicente.
Após a decisão final daquele Parlamento, o também candidato ao reino do Congo, Makuta Nkondo desafia Eduardo dos Santos em demonstrar a sua cédula narrativa ou a certidão de nacimento “a censura registada é a medida disciplinar aplicável se outra mais grave não couber ao deputado que: a) usar de expressões atentatória ao decoro parlamentar, assim entendidas mormente as que constituem ofensas à honra.
Eu não ofendi ninguém!” Disse também “porque que o dos Santos não venha hoje desafiar-me ou desafiar o povo angolano dizendo que epá! Vocês falam muito! Eis aqui a minha certidão de narrativa completa para a minha identidade, eis aqui a minha cédula, eis aqui a cédula pessoal da minha mãe do meu pai, dos meus avôs e bisavós” disse.
09/09/2012
Partidos da oposição abriram processo legal de contestação dos resultados
Com a deposição dos três requerimentos, no 2º Cartório Notarial da Comarca de Luanda, a Comissão Nacional Eleitoral (CNE), dispõe agora de 48 horas para responder àqueles partidos, que poderão recorrer da decisão para o Tribunal Constitucional.
Segundo os resultados definitivos anunciados sexta-feira pelo presidente da CNE, André Silva Neto, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), no poder desde a independência, em 1975, venceu com maioria qualificada, elegendo 175 deputados e obtendo 71,84 por cento.
08/09/2012
Hegemonia do MPLA continua a impedir competição política, dizem analistas
A vitória expressiva do MPLA nas eleições da semana passada, está a levantar receios e preocupações nalguns sectores que questionam a abrangência do programa de governação do regime no poder.
Para nos falar sobre o assunto, ouvimos o jornalista Félix Miranda e o politólogo, Alberto Bula.
Para os nossos entrevistados, o MPLA não explicou de forma convincente aos angolanos o fracasso das promessas feitas nas eleições de 2008.
De acordo com Félix Miranda, repetiu-se o que sucedeu em 1991/1992 quando “ a expectativa do povo foi defraudada”.
Para aquele jornalista, em Angola não há ainda uma função pública despida de partidarismo e é patente a falta de honestidade e de transparência dos dirigentes.
Quanto a Alberto Bula, a maioria do MPLA vai reflectir-se de um modo negativo no desempenho do parlamento angolano. Com uma maioria de mais de dois terços, disse Bula, o MPLA poderá continuar a aprovar apenas as suas leis.
Para aquele analista o país não poderá ganhar enquanto não houver competição política entre os deputados. “ As ideias da oposição nunca poderão passar no parlamento hegemónico do MPLA”, disse ainda Alberto Bula.
Ouça na íntegra a mesa-redonda moderada pelo Arão Ndipa.
VOA – 08.09.2012
06/09/2012
Cerca de 30% dos militantes do MPLA não votaram no seu partido
Os resultados provisórios das eleições já divulgados indicam que o MPLA é o vencedor das eleições... com cerca de quatro milhões de votos.
Outro facto muito apregoado pelos seus responsáveis, é que o número dos seus militantes e simpatizantes já atingiu os seis milhões.
Ora, seis milhões menos quatro milhões (que é o numero de votos conseguidos pelo MPLA) restam cerca de dois milhões. O que se terá passado com estes militantes e simpatizantes?
Terão traído o seu partido e votado na concorrência? Ou terão ficado entre os que se abstiveram de votar?
UNITA apresenta formalmente queixa de fraude eleitoral no Huambo
A UNITA apresentou formalmente a sua primeira contestação dos resultados das eleições de 31 de Agosto. Foi na província do Huambo, onde diz que lhe foram negados 177 mil votos. A ser verdade, a UNITA ficaria, na mesma, em segundo lugar, mas praticamente empatada com o MPLA.
O maior partido da oposição diz que os resultados são fraudulentos e ameaça sair às ruas caso as autoridades não aceitem as suas reivindicações.
Liberty Chiyaka, secretário provincial do maior partido na oposição disse que dos mais de 746 mil eleitores registados na província, 217.841, foram “estruturalmente e intencionalmente” excluídos das eleições pela administração eleitoral. Alega que desse número 177.580 são militantes do seu partido.
Se estes 177 mil votos fossem acrescentados aos 134 mil que o partido já obteve, a UNITA teria um total de aproximadamente 312 mil votos, contra 324 mil do MPLA.
“Reclamámos junto da Comissão Provincial Eleitoral, se não atender as nossas reclamações, vamos recorrer ao plenário da Comissão Nacional Eleitoral, se a CNE também não atender as nossa reclamações que estão devidamente fundadas com provas, vamos ao Tribunal Constitucional” disse Chiyaka afirmando que “se este último não atender as nossas reivindicações vamos recorrer à lei para o direito de manifestação."
03/09/2012
Resultados da UNITA surpreendem analistas face ao "fenómeno Chivukuvuku"
A União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) segue, já perto do fim da contagem provisória dos resultados, com 18,59 por cento dos votos, num total de 1.020.393 de eleitores, um aumento, valores muito acima dos alcançados nas legislativas de 2008, quando obteve 10,39 por cento dos votos, num total de 670.363 eleitores.
Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Associação cultural Chá de Caxinde, Jaques dos Santos, ex-deputado do MPLA, partido no poder, manifestou-se "surpreso com a subida da UNITA".
Angola resgata ex-colonizador Portugal
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM LISBOA
Desde que tomou posse há um ano, o governo português já realizou 12 visitas oficiais a um único destino: Angola.
A mensagem oficial do país europeu em crise financeira para a ex-colônia africana tem sido clara. "O capital angolano é muito bem-vindo", afirmou o premiê Pedro Passos Coelho, em novembro.
Portugal acompanha nesta sexta com atenção, portanto, a eleição que deve dar novo mandato de cinco anos para o presidente José Eduardo dos Santos, no poder desde 1979.
Apesar de criticado por corrupção, falta de transparência e autoritarismo, Santos é agora visto como salvador. Seu país tem índices enormes de pobreza, mas, grande produtor de petróleo, também tem capital sobrando.
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02/09/2012
José Eduardo dos Santos ganha e oposição cresce no Parlamento
Contagem preliminar aponta para uma maioria qualificada do MPLA e confere um novo mandato de cinco anos ao Presidente. UNITA duplica votação e desiste de impugnar resultados
A Comissão Nacional Eleitoral de Angola anunciou ontem a reeleição de José Eduardo dos Santos para a presidência de Angola e confirmou o seu Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o partido que governa há 33 anos, como a maior força política do país, quando estavam apurados os resultados de 60% das assembleias de voto do país.
Quando os primeiros resultados preliminares foram divulgados pela comissão eleitoral, ao início da tarde, a vantagem expressiva de 74,46% dos votos atribuída ao MPLA já era mais do que suficiente para garantir ao partido do Presidente a vitória nas eleições, as terceiras desde a independência do país, em 1975. "São resultados provisórios, mas extremamente positivos para nós, uma vez que nos dão uma nova maioria qualificada no Parlamento", reagiu o porta-voz do MPLA, Rui Falcão.
01/09/2012
Foto montagem põe MPLA em pé de guerra
Uma foto montagem publicada no semanário Folha 8 colocou o partido no poder em Angola, o MPLA, em pé de guerra.
Os meios de informação estatais levaram a cabo uma intensa campanha de desacreditação daquele semanário e do seu director William Tonnet, condenando a foto montagem que mostra o presidente José Eduardo dos Santos e dois dos seus colaboradores mais próximos como estivessem algemados e com cartazes alegando terem sido presos por roubo.
Os meios de informação estatais levaram a cabo entrevistas feitas através do país condenando o Folha 8.
31/08/2012
O Presidente vai ser reeleito, a dúvida é se cumpre o mandato
José Eduardo dos Santos pediu a maioria absoluta. Não deverá tê-la. Angola está a mudar e ele, um "político inteligente", sabe-o. 2012 pode tornar-se o ano do seu ocaso.
Na política, o que é verdade agora já não o é dentro de algumas horas, lembra o professor universitário Eugénio Costa Almeida. José Eduardo dos Santos deu sinais de querer que as eleições de hoje em Angola sejam também a abertura do processo da sua sucessão, mas a realidade pode vir a ser diferente. É Presidente de Angola há 33 anos e a nova Constituição, em vigor desde 2010, permite-lhe mais duas legislaturas. Se for tudo como parece, cumprirá dois anos do seu novo mandato. E sairá, deixando no seu lugar um homem que ele escolheu, Manuel Vicente, esperando que conquiste o país e o MPLA (Movimento Popular para a Libertação de Angola), e mantenha o partido à frente do segundo produtor de petróleo de África.
Hoje é o primeiro dia desta história de fim incerto. É o dia em que se realizam as terceiras eleições do país, independente desde 1975 mas onde mal acabou a guerra colonial começou a civil, que durou até 2002. As primeiras eleições, em 1992, acabaram em conflito e nas segundas, em 2008, o MPLA obteve mais de 80% dos votos e elegeu 197 deputados, uma maioria esmagadora.
29/08/2012
Polícia investiga morte de empresário luso-angolano encontrado morto em Benguela
O comandante provincial de Benguela da Polícia Nacional, António Maria Sita, disse à Lusa que a polícia foi avisada por vizinhos da vítima.
"Foi encontrado morto na sua residência, na Restinga, na tarde de ontem (terça-feira), pela empregada, deitado na cama", disse António Maria Sita.
LUSA – 29.08.2012
28/08/2012
Portugueses diferenciam-se de outras comunidades na transmissão de conhecimentos
Para António Direitinho, nascido há 63 anos em Minas do Lousal, concelho de Grândola e antigo funcionário do Banco de Portugal, de que foi representante em Angola, esta é a terceira experiência em Angola e, de comum a todas, tem o trabalho de formação em que se envolveu.
"A diferença dos portugueses e outras nacionalidades é que nós fazemos a diferença porque ajudamos a formar. Portugal, inicialmente no tempo colonial, sempre fez desta terra a sua terra e, como sua terra, construiu para ficar", afirmou.
26/08/2012
Crónica de uma vitória anunciada
A capital angolana sempre foi uma soma de contradições. Europeia e africana. Rica e pobre. Urbana e camponesa. Moderna e tradicional. Arrojada e convencional. Progressista e reaccionária. Bela e horrível. Algumas destas contradições têm vindo a acentuar-se, sobretudo o abismo social. Os ricos vivem cada vez mais alto, nos modernos arranha-céus erguidos sobre a baía, ou cada vez mais à margem, nos condomínios de Talatona. Os pobres acotovelam-se nos musseques. Mas, diz também o escritor José Eduardo Agualusa, a quem a revista 2 pediu, a uma semana das eleições, o testemunho que se segue, o país avançou: na saúde pública, na reconstrução de estradas e caminhos-de-ferro, na novíssima marginal da capital, na massa jovem que sai à rua em manifestações a favor da democracia. Resta saber se José Eduardo dos Santos, que sobreviveu ao "fraccionismo", à queda do Muro de Berlim e à longa guerra civil, sobreviverá (ou por quanto tempo) à "democracia" que afirma, agora, defender
José Eduardo dos Santos é um homem reservado e silencioso. Raras pessoas têm acesso à sua intimidade. Menos ainda o terão ouvido falar, em privado, sobre as suas ideias para o país ou a sua filosofia política. Paradoxalmente, foi esta opacidade que lhe permitiu alcançar o poder total em Angola.
21/08/2012
Ex-militares agendam manifestações de rua para os próximos dias 25, 28 e 31
No anúncio, feito em conferência de imprensa, Silva Mateus disse que a primeira manifestação, que coincide com outra anunciada pela União Nacional para Independência Total de Angola (UNITA, oposição) para o mesmo dia, é de caráter nacional pelo que, defendeu, os ex-militares descontentes deverão nesse dia sair às ruas em todo o país.
"Esta manifestação coincide somente com outras convocadas por alguns partidos, nomeadamente a UNITA. Quero aqui deixar claro que a nossa saída à rua no dia 25 é somente coincidente com a data que a UNITA também proclamou", disse Silva Mateus.
LUSA – 21.08.2012
20/08/2012
UNITA não permitirá realização de eleições se CNE não respeitar a lei - Isaías Samakuva
"Não vamos permitir que se realizem eleições fora dos marcos da lei. Penso que estou a ser claro", disse Isaías Samakuva, em conferência de imprensa, em Luanda, para divulgar o documento entregue na passada sexta-feira pela UNITA ao presidente da CNE.
O documento, de 17 páginas e intitulado "Memorando Sobre os Vícios e Desvios à Lei que Enfermam o Processo Eleitoral", contempla múltiplas denúncias do partido do "Galo Negro" sobre os problemas e alegadas ilegalidades detetadas no registo eleitoral, mapa de assembleias de voto, cadernos eleitorais, entrega das atas de voto e transmissão dos resultados eleitorais.
18/08/2012
“Terceira alternativa”, campanha eleitoral e eleições-2012(Angola)
Trazendo para aqui uma interpretação autêntica da minha “Angola: a terceira alternativa”, em conjugação com tudo que venho afirmando, desde que apenas foi anunciado o “golpe político e jurídico-institucional” de José Eduardo dos Santos, contra a Constituição histórica de Angola, as eleições de 31 de Agosto são, desde logo, um jogo num plano inclinado, a favor do golpismo. Se se quisesse uma metáfora olímpica mais esclarecedora, diria que estamos perante um jogo em que há uma baliza de um metro de largura para o país marcar (não falo só da oposição político-partidária) e outra com, por aí, uns dez metros, para Sª Excelência o Senhor Presidente-candidato enfiar os seus estrondosos golos, calmamente.
Foi efectivamente um golpe de mestre, se analisado sob um ponto de vista daqueles que vêm a política como a “arte do possível” e quando nesse “possível”, tudo é permitido, mesmo que seja contra consensos arduamente elaborados por uma sociedade durante todo um processo histórico anterior, contra o Direito, contra toda a moral e contra qualquer tipo de ética.
17/08/2012
Deputado da UNITA questiona de novo nacionalidade de PR José Eduardo dos Santos
Na sessão de 19 de julho, Nkondo desafiou José Eduardo dos Santos a apresentar prova documental da nacionalidade angolana, considerando que caso o chefe de Estado não o fizesse deveria, em consequência, ser "destituído" e "detido de imediato".
Na sequência do burburinho suscitado pela sua intervenção, o presidente da Assembleia Nacional, Paulo Kassoma, anunciou a instauração de um processo disciplinar contra Makuta Nkondo.
09/08/2012
Avião para os Vinhos de Manuel Vicente
Por Carlos Duarte
O candidato a vice-presidente da República da República de Angola, Manuel Vicente, tem um gosto refinado por vinhos e conhaques caríssimos.
Periodicamente, Manuel Vicente envia, a França e Portugal, um avião executivo (o luxuoso Falcon-900 ou o sofisticado Falcon X-7), como cargueiro para o transporte exclusivo dos seus vinhos e conhaques. Os voos são operados pela VipAir, uma empresa comparticipada pela Sonangol, e não são permitidos passageiros durante as referidas viagens.
Alguns casos recentes demonstram como o actual ministro de Estado para a Coordenação Económica e putativo sucessor de José Eduardo dos Santos na presidência da República e do MPLA, vive indiferente à maioria da condição dos cidadãos angolanos que nem sequer têm acesso a água potável.
06/08/2012
O “prédio dos angolanos” no Estoril Sol
Nos últimos anos, o novo-riquismo angolano tornou-se lendário em Portugal. Dirigentes angolanos, suas famílias e associados de negócios têm estado a adquirir, nesta parte da península ibérica, alguns dos principais símbolos da opulência local.
Caso paradigmático é o do complexo residencial de luxo Estoril Sol Residence, que comporta três edifícios de uma arquitectura singular e controversa, em Estoril, na orla marítima de Lisboa. O complexo tem dos apartamentos mais caros de Portugal, que variam de milhão a cerca de cinco milhões de euros por unidade. O complexo é bem conhecido como o “prédio dos angolanos”, por serem estes os principais clientes do referido projecto imobiliário, inaugurado há dois anos, com a titularidade de perto de 30 apartamentos.
Numa breve investigação, Maka Angola apurou quem são os ricos angolanos com propriedades no Estoril Sol Residence.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/23388-o-predio-dos-angolanos-no-estoril-sol.html
05/08/2012
Independentistas cabindas querem negociar futuro do território com Governo que sair das eleições gerais
Assinado pelo presidente da Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), Nzita Henriques Tiago, o comunicado salienta que a organização, que mantém há 38 anos uma luta de libertação do enclave, "tomará as medidas necessárias sobre as possibilidades de explorar contactos oficiais e diretos com o Executivo angolano que sairá das urnas nas eleições de 31 de agosto".
A FLEC acrescenta desejar que essas negociações sejam do domínio público em prol de, destacam, "um diálogo franco, honesto e inclusivo para o fim da guerra e a resolução final do conflito em Cabinda".
A RAINHA NZINGA, RUMO A PATRIMONIO DA HUMANIDADE
E, a dinâmica que anuncia a publicação, há dias, em Lisboa, das atas do Coloquio Internacional sobre a Dizonda, realizado em Roma, em Marco de 2010, sinergia completada, coincidentemente, pela recente implementação pela UNESCO do seu programa Women Figures in African History: an E-learning Tool, projeto que beneficia da colaboração do perito desta organização onusiana, o memorialista angolano, Simão Souindoula.
Reagrupadas em 223 páginas e patenteada pelas edições Colibri, sob o título: “ A Rainha Nzinga Mbandi. Historia, Memoria e Mito”, a compilação reúne a quinzena de comunicações apresentadas na Cidade Eterna.
Nota-se, ai, a nota de abertura, a introdução, o depoimento e o posfácio de, respectivamente, Cornelio Caley, Inocência Mata, Ana Maria de Mascarenhas e Manuel Pedro Pacavira.
25/07/2012
Ex-militares admitem novos protestos devido a falta de respostas de Eduardo dos Santos
"O comandante-em-chefe, Presidente José Eduardo dos Santos, ainda não respondeu às nossas preocupações, pelo que vamos agora definir quais os passos a dar", disse o coordenador da Comissão dos Ex-Militares Angolanos (COEMA), general na eforma Silva Mateus.
Silva Mateus frisou que a COEMA ainda não recebeu qualquer resposta de José Eduardo dos Santos à carta que lhe enviou no passado dia 25 de junho, em que eram inventariados os problemas que afetam ex-militares, veteranos e antigos combatentes, alguns dos quais sem receberem as pensões que consideram ser-lhes devidas.
Nessa carta referia-se que, "tendo em conta a urgência dos assuntos aflorados, e as questões colocadas e outras que porventura não tenham sido aqui colocadas", se solicitava a José Eduardo dos Santos "celeridade" na questão, considerando que um pronunciamento do chefe de Estado contribuiria para impedir "as intenções de manifestações públicas dos militares".
17/07/2012
Moçambique e Angola são governados por ditaduras comunistas
Advogado e político angolano em Grande Entrevista ao Canal de Moçambique
Durante o tempo colonial nunca tinha ouvido falar de fuzilamentos, mas o primeiro impacto depois da independência foi o fuzilamento em praça pública. Foi assim em Angola e em Moçambique também. A vida não tem valor para o MPLA e a Frelimo.
Não estou preocupado que da próxima vez, quando chegar ao aeroporto de Maputo, digam-me: não pode entrar. Nós temos de afastar a Frelimo e o MPLA do poder. Os indivíduos do partido comunista angolano, o MPLA, e os indivíduos do partido comunista de Moçambique, a Frelimo, devem ser afastados, para os nossos países se desenvolverem de uma forma mais democrática e equitativa.
Vocês aqui têm os serviços de segurança e nós também os temos, como havia a PIDE-DGS.
Andam a perseguir pessoas. Não dão liberdade às pessoas. Estes têm um comportamento pior do que os colonos.
Borges Nhamirre
Manuel David Mendes, ou simplesmente David Mendes, advogado e político, presidente do Partido Popular de Angola, é conhecido como “advogado dos pobres”, mas ficou célebre ao processar criminalmente o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, acusando-o de crime de peculato. Encontrámo-lo numa estância hoteleira da capital moçambicana e depois de muita negociação, aceitou abrir a boca e falar… e falou mesmo. Descreveu o regime de medo e exclusão social e económica, implantado em Angola pelo Governo do MPLA.
Leia tudo em Download CMC_156_davidmendes
Durante o tempo colonial nunca tinha ouvido falar de fuzilamentos, mas o primeiro impacto depois da independência foi o fuzilamento em praça pública. Foi assim em Angola e em Moçambique também. A vida não tem valor para o MPLA e a Frelimo.
Não estou preocupado que da próxima vez, quando chegar ao aeroporto de Maputo, digam-me: não pode entrar. Nós temos de afastar a Frelimo e o MPLA do poder. Os indivíduos do partido comunista angolano, o MPLA, e os indivíduos do partido comunista de Moçambique, a Frelimo, devem ser afastados, para os nossos países se desenvolverem de uma forma mais democrática e equitativa.
Vocês aqui têm os serviços de segurança e nós também os temos, como havia a PIDE-DGS.
Andam a perseguir pessoas. Não dão liberdade às pessoas. Estes têm um comportamento pior do que os colonos.
Borges Nhamirre
Manuel David Mendes, ou simplesmente David Mendes, advogado e político, presidente do Partido Popular de Angola, é conhecido como “advogado dos pobres”, mas ficou célebre ao processar criminalmente o presidente angolano, José Eduardo dos Santos, acusando-o de crime de peculato. Encontrámo-lo numa estância hoteleira da capital moçambicana e depois de muita negociação, aceitou abrir a boca e falar… e falou mesmo. Descreveu o regime de medo e exclusão social e económica, implantado em Angola pelo Governo do MPLA.
Leia tudo em Download CMC_156_davidmendes
17/07/2012 in 25 de Abril de 1974, Angola - Cabinda, História, Política - Partidos | Permalink | Comments (2)
16/07/2012
Relações de Angola com EUA em curva descendente
por Xavier de Figueiredo, Editor Africa Monitor Intelligence
1. Contas da Embaixada de Angola em Washington foram bloqueadas em Maio/Junho por decisão interna dos próprios bancos. Casos análogos haviam já sido registados no passado, mas por decisão das autoridades competentes – Departamento de Tesouro e/ou uma entidade adstrita, OFAC-Office of Foreign Assets Control.
Os bancos, três (3), justificaram a medida invocando razões “preventivas” derivadas da detecção, pelos seus próprios mecanismos de controlo, de operações e/ou procedimentos considerados menos regulares, nomeadamente em matéria de transferências de fundos para as referidas contas.
É uma prática corrente, de salvaguarda da posição dos próprios bancos face ao cumprimento de normas legais a que estão sujeitos; supletivamente, a evitar investigações do OFAC, descritas como “onerosas” e, geralmente, susceptíveis de dar lugar a repercussões públicas causadoras de embaraço – para bancos e clientes.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/23262-relacoes-de-angola-com-eua-em-curva-descendente.html
12/07/2012
Marcello admitiu Angola independente
Poucos dias antes de a Revolução dos Cravos eclodir em Lisboa, o governador-geral de Angola, Fernando Santos e Castro, reuniu, em Luanda, os membros do seu executivo e revelou-lhes, sem entrar em grandes pormenores, que o Presidente do Conselho, Marcello Caetano, planeava visitar o território no final de Abril de 1974.
"Não tenho a certeza se seria a 28, a 29 ou a 30 de Abril, mas seria por aí", recorda, três décadas depois, o economista Walter Marques, que no início de 1973 tinha substituído Jorge Costa Oliveira na pasta das Finanças de Angola.
"Foi o próprio governador-geral que nos disse isso. Mais ou menos por volta do dia 20 de Abril ou coisa parecida, pedindo-nos, como é óbvio e como era natural, o maior dos sigilos e a maior das reservas sobre o assunto."
O que, aparentemente, foi cumprido por todos.
Tido como "muito próximo" de Marcello Caetano, que o nomeara governador-geral no final de 1972, o certo é que Fernando Santos e Castro pouco, ou nada, adiantou sobre as razões que levavam o (então) presidente do Conselho a querer visitar Angola, um mês depois da frustrada tentativa de golpe protagonizada pelo Regimento de Infantaria das Caldas da Rainha.
Leia tudo em Download Marcelo admitiu Angola Independente_DN27.05.2005
A este propósito leia também Download O PLANO CAETANISTA PARA A DECLARAÇÃO UNILATERAL DE INDEPENDÊNCIA DE ANGOLA E MOÇAMBIQUE
04/07/2012
Documentos da fraude de 2008 embaraçam MPLA
Veja aqui: http://club-k.net/index.php?option=com_content&view=article&id=11863:documentos-da-fraude-de-2008-embaraca-mpla-&catid=11:foco-do-dia&Itemid=130
03/07/2012
Makuta Nkondo - Os 10 anos da paz 19.04.12-Benguela(Angola)
29/06/2012
Reinaugurado Centro de Investigação da doença do sono
"Em 1974, os portugueses em Angola detetaram apenas três casos da doença do sono. Esperamos assim que nos próximos tempos revertamos o quadro como nos anos anteriores", disse José Van-Dúnem.
O CRIV-DT, que está vocacionado para o atendimento das doenças do sono, malária, filarioses, shistosomíases e parasitoses intestinais, foi restaurado e comporta agora dois laboratórios, três salas para técnicos, oito enfermarias, uma sala de cuidados intensivos, três consultórios médicos, lavandaria, cozinha e refeitório.
Depois das obras, avaliadas em cerca de 20 milhões de dólares (15,7 milhões de euros), o centro foi reforçado com quatro unidades móveis de exames e assistência médica.
Em 2006, foram diagnosticados 600 casos entre as 3.400 pessoas examinadas, enquanto em 2011 apenas foram referenciados 37 entre os 811 submetidos a testes.
EL.
Lusa – 29.06.2012
26/06/2012
Um comunicado ou uma insensatez
por William Tonet, director do jornal angolano FOLHA 8
Angola
Em 1965, no Congo - Brazzaville na base do Movimento, por orientação de Agostinho Neto, o ex-vice-presidente do MPLA, Matias Miguéis, foi enterrado vivo, tendo ficado a cabeça por dois dias de fora, para receber todo tipo de humilhações até sucumbir. O actual bp do MPLA sabe, quantas crianças soldados e guerrilheiros assistiram aquela barbárie?
Em 1975 em Luanda fiz parte do grupo de contra-informação, que “invadiu” o então hospital universitário de Luanda (actual Américo Boavida) e de lá retiraram, crianças mortas, corações, fígados e outros órgãos humanos, que serviam de objecto de estudo, aos alunos do curso de medicina, para os colocar nas Casas do Povo da FNLA, acusando-os de canibalismo e de comerem pessoas. Tese que vingou e perdura por muitos anos. Será que o actual bp do MPLA já pediu desculpa aos angolanos e a FNLA, sobre essa mentira? Eu penitenciei-me, ainda Holden Roberto estava em vida e junto da actual direcção da FNLA. Ngola Kabangu e pares podem confirmar?
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/23128-um-comunicado-ou-uma-insensatez.html
25/06/2012
Como o MPLA "organiza" as suas manifestações
Só não sabíamos que as milhares de crianças e jovens das nossas escolas são forçados a participar por ordens escritas baixadas para as escolas.
Melhor prova não há. Não venham cá dizer que a assinatura do Senhor Director provincial da Educação é falsa.
(Click na imagem para ampliar)
20/06/2012
Manifestação de ex-militares em Luanda, polícia efetua disparos
O trânsito está cortado nesta zona da cidade e no chão podem-se ver pedras.
A polícia estava a tentar cercear o trabalho dos jornalistas no local, tentando inclusive impedir que falassem ao telefone.
LUSA – 20.06.2012
15/06/2012
Angola: Activistas das Lundas julgados e condenados sem advogado
Sem a presença de advogados dois cidadãos angolanos foram condenados Quarta-feira por um tribunal da Luanda Norte a penas de prisão de um ano e seis meses por actividades contra a segurança do estado.
Os dois haviam sido detidos em Fevereiro deste ano juntamente com um terceiro homem que foi posteriormente libertado.
José Mateus Zecamutchima da Comissão do Protectorado das Lundas uma organização que luta pela autonomia da região disse á Voz da América que o advogado dos acusados não foi notificado do julgamento. O advogado está agora a preparar um recurso.
A Queda de Um Regime: Centraleiros na mira da morte
O Mano Luamba foi raptado hoje 14 de junho de 2012 as 12h na Universidade Jean Piaget em Viana por 4 indivíduos não identificados e mantido refém durante 3h. Os seus raptores o interpelaram dentro da universidade enquanto este terminava de fazer uma prova. Mandaram-no chamar e quando este chegou, procuraram confirmação da identidade “é mesmo o Luamba?” questionaram, o nosso mano por neste estar na universidade sentiu-se seguro e assumiu a identidade perguntando se havia algum problema, os raptores responderam “ainda não tens, mas terás dentro em breve, acompanha-nos”. O mano retorquiu “para onde me levam?” um dos raptores desferiu-lhe duas bofetadas e disse-lhe para não apresentar resistência. Algum pessoal ao ver o sucedido, saiu em alvoroço contra os raptores ao que agilmente conseguiram escapar empurrando o Luamba num Prado e sair a zunido.
CHISSOIA (Relato verídico extraído do livro "Kinda", de Carlos Acabado, colecção "Fim do Império" Nº3 - Portugal)
Do alto do pedestal a estátua do navegador, erguida no centro do largo, olhava a baía a que os raios do sol nascente douravam já as águas tranquilas, como se aguardasse ainda a chegada das naus, deslizando suaves e silenciosas, como cisnes negros de asas brancas.
Nesse tempo, a população descia dos morros e barrocas sobranceiras á zona ribeirinha, esperando que os nautas varassem os botes na praia para o encontro dos mundos que "o mar já unia". Agora, a baía, que se recorta como um sensual dorso de mulher, foi pudicamente coberta com o manto verde das palmeiras da marginal, e na comunhão dos mundos só as naus estão ausentes. Portugal e o mar ali estavam, marcando presença perante uma população que, a pouco e pouco, tomou a cor da mestiçagem de sangue e vivência, deixando perplexo, quem se interrogasse, de que raça se iriam enaltecer as virtudes naquele dia!
A praça fora enchendo. As cadeiras da tribuna tinham sido ocupadas e um general, em voz monocórdica e enrouquecida, lia o discurso onde salientava que quinhentos anos de esforço, e querer, uniam o herói que, ali imortalizado em pedra, olhava absorto o oceano sem fim, aos heróis de hoje que, frente á tribuna, aguardavam o agradecimento da Pátria reconhecida.
13/06/2012
José Eduardo dos Santos e Manuel Vicente encabeçam lista de deputados do MPLA
Segundo o comunicado final da reunião, a escolha de José Eduardo dos Santos foi aprovada por unanimidade e aclamação, enquanto a referência à escolha de Manuel Vicente não mereceu qualquer adjetivação.
A ordem dos seguintes nomes da lista não foram divulgados, mas a fonte partidária disse à Lusa que em terceiro lugar aparece o nome de Roberto de Almeida, atual vice-presidente do MPLA e antigo presidente do parlamento.
O atual vice-presidente da República, Fernando Piedade Dias dos Santos, que chegou a alimentar ambições de ser o número dois da lista e, ao mesmo tempo, manter o cargo de vice de José Eduardo dos Santos, surge num indistinto 14º lugar.
10/06/2012
Últimos militares angolanos deixaram Bissau
Com o fim da missão ficam também cancelados os apoios que Angola estava a dar à Guiné-Bissau, nomeadamente na construção e remodelação de infraestruturas de defesa e segurança.
"Todos os financiamentos que tinham sido preparados para o projeto militar com a Guiné-Bissau estão interrompidos", disse hoje aos jornalistas, na sede da Missang, o encarregado de negócios de Angola em Bissau, Luís dos Santos.
O governo angolano interrompeu a Missang (missão técnico-militar na Guiné-Bissau de apoio à reforma do setor de Defesa e Segurança) na sequência de atritos com as forças armadas guineenses.
04/06/2012
Kissinger admite que errou em Angola
Em livro de memórias, ex-secretário de Estado dos EUA elogia política brasileira para o país africano Kissinger admite que errou em Angola
ELIO GASPARI
Colunista da Folha de S.Paulo - Foram necessários 24 anos e as memórias do ex-secretário de Estado norte americano Henry Kissinger para se confirmar que na crise angolana de 1975, quando o Brasil e os EUA passaram por período de inéditas divergências, o Itamaraty estava fazendo o certo e Washington, bobagens. Em seu livro "Anos de renovação", Kissinger dedica um capítulo à crise ocorrida em 1976. Nela, os EUA tentaram impedir que o MPLA do médico Agostinho Neto assumisse o governo independente de Angola. Conta como foi enganado pelo presidente de Zâmbia, Kenneth Kauda, como acreditou em quem não devia (a CIA) e duvidou de quem sabia (os africanistas do Departamento de Estado). Reconhece uma actuação desastrada e elogia o chanceler brasileiro da época, Azeredo da Silveira. Admite até que lhe faltou tempo para tratar direito do assunto. Silveira, que era chamado de esquerdista em panfletos militares, já morreu. Morreu também o artífice da política do Brasil na África, o embaixador Ítalo Zappa. O reconhecimento do êxito só chegou a um diplomata. Aos 73 anos, aposentado, Ovídio de Mello vive no Leblon. Por causa de Angola foi desterrado para a Tailândia e a Jamaica. Sofreu 90 preterições, até que o presidente José Sarney o promoveu a embaixador. Não reclama do passado, mas da abulia diplomática do presente.
Duelo com Padre Tati aos microfones da Voz da América (VOA) expõe desavenças entre FLEC e sociedade civil em Cabinda
O líder histórico da FLEC, Nzita Henriques Tiago, e o Padre Raúl Tati, a mais destacada figura da sociedade civil cabindesa, debateram-se num frente-a-frente informal, durante o programa Angola Fala Só, da Voz da América.
Nzita Tiago também atacou o líder de uma facção dissidente, Afonso Massanga, como um dos que "andam por ali a se aproveitar do suor dos outros" e de quem disse que "deram-te o diploma da 4ª classe e vai dizer 'sou líder político'".
Tiago era o convidado especial do programa Fala Só, mas aproveitando uma passagem por Washington de Tati e outros cabindeses - que vieram participar numa reunião da Chevron - a Voz da América convidou-o a estar no estúdio.
Raul Tati interpelou Nzita Tiago sobre as razões porque nomeou uma embaixadora de bons ofícios como intermediária com o regime Angola, Khendrah Silveribridge. Perguntou se confiava nela e porque escolheu uma pessoa cujas declarações sobre Cabinda foi obrigado a desmentir.
30/05/2012
Presidente pede "tolerância" nas próximas eleições gerais
José Eduardo dos Santos falava na cerimónia da tomada de posse de quatro juízes conselheiros do Tribunal Constitucional.
De acordo com o chefe de Estado angolano, é preciso que "haja tolerância, respeito mútuo e civismo, a fim de que as eleições decorram de forma tranquila".
"O executivo está disponível para garantir a segurança e a ordem pública e para trabalhar com a Comissão Nacional Eleitoral nos aspetos logísticos do processo eleitoral", frisou José Eduardo dos Santos, reiterando que as eleições devem ser realizadas "sem perturbações de qualquer espécie".
25/05/2012
Angola e o "27 de Maio de 1977" - O genocídio comparável ao holocausto Nazi
Por Makuta Nkondo
makutankondo@yàoo.com.br
Maio de 2012 Na altura, encontrava-me no Luangu, uma das quatro aldeias das Zonas anexas de Matadi, a capital da Provincia do Zaire hoje Baixo Congo, na ex-República do Zaire, actual República Democratica do Congo (RDC).
Luangu era uma das bases militares do ELNA (Exercito de Libertação Nacional de Angola - braço armado da FNLA), a mais operacional.
Quando aconteceu a insurreição popular de 27 de Maio, Luangu fervilhava de milhares de soldados da FNLA que regressaram de Angola donde foram derrotadas e expulsas pelo MPLA.
Não vivi, não testemunhei nem senti os horrores da referida data.
Para evitar a especulação, este Sikama vai limitar-se a reproduzir alguns textos publicados nos livros referentes ao 27 de Maio de 1977.
Desculpem-me…mas eles não são somente Nossos Funcionários? (video)
Não Seria Conveniente Que Se Deixassem de Fazer Politica?
Fico seriamente incomodado quando o país que Amo, e que não me deixa ser seu Cidadão, Angola, se vê, e ainda por cima tão justamente, retratado com está no videoclip abaixo, por um jornalista argentino e quando, ainda por cima, o segundo país que Amo e onde vivo, com interrupções mas onde vivo, desde 1969, Portugal, se deixa maltratar como anda a deixar, por uns funcionários a quem pagamos, com os Nossos Impostos e com uma quota anual, da Comissão Europeia, do BCE e do FMI.
Já em 1983 protestei com a forma arrogante como uma senhora que por cá andou, vinda do FMI, nos tratou, pois sendo eu Soarista nunca fui de não criticar mesmo aquele Cidadão em quem Mais reconheço a Democracia onde vivo desde 1976, (ano da aprovação da Constituição da Republica Portuguesa).
E, note-se, sou forçado a reconhecer que a senhora em causa ao menos não era mal educada…
23/05/2012
UNITA diz que anúncio da data das eleições é mera formalidade
Alcides Sakala reagia em declarações à Agência Lusa ao anúncio hoje no final da reunião do Conselho da República, convocado pelo Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, da data de 31 de Agosto para as eleições gerais em Angola.
O Conselho da República no final da reunião pronunciou-se a favor da data de 31 de Agosto de 2012 para o dia da realização das eleições gerais em Angola, baseando-se num parecer da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), referente aos dados estatísticos do registo eleitoral.
Lusa – 23.05.2012
22/05/2012
II Congresso Internacional dos Advogados de Língua Portuguesa
De 24 a 26 de maio a União dos Advogados de Língua Portuguesa realiza o segundo congresso internacional. Sob o tema “Advocacia, Estado de Direito e Desenvolvimento” os juristas pretendem estudar e discutir as realidades nos diferentes países. «O desenvolvimento da justiça e a aproximação da legislação dos países lusófonos são catalisadores fundamentais para o crescimento económico destes países e das suas relações económicas internacionais», afirma Fernando Tonim, o representante da Union Internationale des Advocats para os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
O advogado pretende, neste congresso, chamar a atenção para o papel crucial dos meios extrajudiciais de resolução de conflitos no desenvolvimento dos países. «A mediação e arbitragem resolvem conflitos de forma muito mais célere do que os tribunais tradicionais e asseguram uma total confidencialidade. Criam assim um ambiente económico favorável ao investimento internacional», informa Fernando Tonim que também é presidente do ILMAI, Instituto de Mediação e Arbitragem Internacional.
16/05/2012
Angola inaugura nova barragem
Maputo, Quinta-Feira, 17 de Maio de 2012:: Notícias
A barragem, cujas obras de recuperação e ampliação da capacidade de produção eléctrica estiveram a cargo da empresa de construção civil GHCB – Angola, subsidiária do grupo chinês Guangxi Hydroelectric Construction Bureau (GHCB), conta com uma linha de transmissão de 60 kilovolts (Kv) para a província de Luanda.
As obras tiveram um custo de 21,7 milhões de dólares e duraram dois anos, tendo a barragem, tomadas de água, chaminé de equilíbrio e condutas forçadas sido as zonas do projecto que beneficiaram de obras de recuperação.
As obras tiveram um custo de 21,7 milhões de dólares e duraram dois anos, tendo a barragem, tomadas de água, chaminé de equilíbrio e condutas forçadas sido as zonas do projecto que beneficiaram de obras de recuperação.
11/05/2012
Cabinda: Possibilidade de conversações acentua divisões na FLEC
A possibilidade de conversações entre os separatistas cabindenses e o governo angolano continua a dividir as várias facções da FLEC.
De um lado o líder histórico Nzita Tiago que não afasta a hipótese de diálogo. Do outro o líder dissidente Afonso Massanga que acha que negociações seriam sinónimo de capitulação.
A VOA ouviu os dois líderes para se inteirar das suas leituras do momento actual em Cabinda.
A facção cabindense da FLEC liderada por Nzita Tiago voltou a propor a realização de conversações com o governo angolano acerca do futuro do território.