DURANTE GUERRA CIVIL
Revela antigo membro de milícia privada da Lomaco
Antigo comando pára-quedista rodesiano, Jake Harper-Ronald, foi contratado em Agosto de 1989 para integrar a milícia que protegia os empreendimentos agrícolas da empresa Lomaco no Distrito de Chókwè de ataques da Renamo. Antes, Jake Harper-Ronald era funcionário da segurança zimbabweana, CIO (Central Intelligence Organization).
Durante a guerra da independência do Zimbabwe, Jake Harper-Ronald fez parte da unidade de comandos pára-quedistas, SAS (Special Air Service) e mais tarde dos Selous Scouts, operando em Moçambique contra bases do ZANLA.
Aquartelado em Chilembene, sede da milícia privada no Distrito de Chókwè, Jake Harper-Ronald trabalhou em estreita colaboração com o Major General Domingos Fondo das FAM-FPLM.
Durante a guerra da independência do Zimbabwe, Jake Harper-Ronald fez parte da unidade de comandos pára-quedistas, SAS (Special Air Service) e mais tarde dos Selous Scouts, operando em Moçambique contra bases do ZANLA.
Aquartelado em Chilembene, sede da milícia privada no Distrito de Chókwè, Jake Harper-Ronald trabalhou em estreita colaboração com o Major General Domingos Fondo das FAM-FPLM.
Narrando sobre o massacre de Chaimite, vila situada a uns escassos 4 km da sede da milícia privada, Harper-Ronald afirma que, na companhia de dois
polícias, deslocou-se ao local tendo aí visto “a pior atrocidade que jamais havia
testemunhado”. E prossegue o autor:
No original Download Massacre_frelimo_gaza
polícias, deslocou-se ao local tendo aí visto “a pior atrocidade que jamais havia
testemunhado”. E prossegue o autor:
“Espalhados em redor da vila estavam corpos desmembrados, os membros decepados. Por todo o lado, o sangue manchava a terra, pedaços de carne infestadas de moscas apodreciam ao sol matinal. Era como se fosse um matadouro ensanguentado e não pude precisar o número exacto de pessoas que haviam aí morrido. Após a recolha de partes dos corpos, havia membros a mais para o número de troncos e cabeças que havíamos recuperado. Entre os mortos encontravam-se velhas e crianças. Um dos milícias carregava um bebé morto pelos tornozelos, os braços sem vida arrastados pelo chão.
Transpirou que os “bandidos” haviam entrado na aldeia, e para não alertar a FRELIMO e as milícias, executaram a orgia silenciosa de matança usando catanas e facas. Espalhados no local, estavam cartazes do líder da Renamo, Afonso Dhlakama. Pareceu-me estranho que as pessoas anunciassem com orgulho que haviam sido responsáveis pela hedionda carnificina. Definitivamente, não era uma forma de se conquistar o apoio do povo.
Fiz saber o que pensava junto do chefe da polícia que havia chegado ao local,
esquecendo-me momentaneamente de que não devia culpar os seus próprios homens pelo acto de barbárie. Eu estava certo de que não havia sido obra da Renamo, mas antes uma atrocidade cuidadosamente orquestrada para culpá-la do sucedido. Parecia-me que a selvajaria havia sido encenada para manchar o nome da Renamo. Felizmente, não creio que o comandante da polícia me tivesse escutado, ou então fez passar-se por despercebido por razões pessoais.
esquecendo-me momentaneamente de que não devia culpar os seus próprios homens pelo acto de barbárie. Eu estava certo de que não havia sido obra da Renamo, mas antes uma atrocidade cuidadosamente orquestrada para culpá-la do sucedido. Parecia-me que a selvajaria havia sido encenada para manchar o nome da Renamo. Felizmente, não creio que o comandante da polícia me tivesse escutado, ou então fez passar-se por despercebido por razões pessoais.
Ao interrogar as minhas milícias, fui informado que os sobreviventes de Chaimite tinham ouvido viaturas a atravessar o canal quando eram cerca das 19 horas. Uma hora depois, chegavam os "bandidos", começando com a matança. Aposto que Chaimite foi vítima de jogo sujo. Esfarrapados que eram. os da Renamo raramente, ou até mesmo nunca, faziam-se transportar em viaturas."
No seu livro. Fíarper-Ronald relata ainda casos de envolvimento de tropas Govemamentais em actos de banditismo, levando-o a questionar a lealdade delas para com o regime no poder em Maputo.
O autor de «Sunday Bloody Sunday. menciona uma escaramuça envolvendo uma unidade comandada por Jim Young oficial britânico sob cuja alçada estava a milícia da Lomaco, acrescentando: "O grupo de Young havia causado duas baixas ao inimigo. Ao se revistarem os bolsos dos rebeldes mortos, foi encontrada uma guia de marcha da Frelimo para além dos bilhetes de identidade dos rebeldes, todos eles com os nomes dos falecidos. Não restavam dúvidas de que estes bandidos em particular possuíam identidade dupla - o que causaria enorme desconfiança”.
O envolvimento do governo britânico na Guerra Civil moçambicana
A Lomaco é uma empresa multinacional que foi criada peia LONRHO
(London-Rhodesía) deTiny Rowlands e pelo regime da Frelímo durante a guerra civil moçambicana.
(London-Rhodesía) deTiny Rowlands e pelo regime da Frelímo durante a guerra civil moçambicana.
Dispunha de milícia privada que operava nas regiões de Chókwe. Metuchira e
Montepuez. Comandada por oficiais britânicos e do antigo exército do regime de Ian Smith, a milícia da Lomaco incluía ainda os chamados Gurkhas, mercenários originários do Nepal e que desde os princípios do século
dezanove têm vindo a lutar ao lado das Forças Armadas britânicas em diversos
conflitos militares, nomeadamente na índia. China, Afeganistão. Malásia, Chipre, durante as Guerras Munidas de 1914-1918 o 1939-I945 e mais recentemente no Iraque e Afeganistão. Em 1995, foi assinalada a presença de Gurkhas na Sena Leoa.
Montepuez. Comandada por oficiais britânicos e do antigo exército do regime de Ian Smith, a milícia da Lomaco incluía ainda os chamados Gurkhas, mercenários originários do Nepal e que desde os princípios do século
dezanove têm vindo a lutar ao lado das Forças Armadas britânicas em diversos
conflitos militares, nomeadamente na índia. China, Afeganistão. Malásia, Chipre, durante as Guerras Munidas de 1914-1918 o 1939-I945 e mais recentemente no Iraque e Afeganistão. Em 1995, foi assinalada a presença de Gurkhas na Sena Leoa.
Jake Harper-Ronald foi recrutado pelos serviços secretos britânicos, M16, para integrar a milícia da Lomaco. Conta o autor de «Sunday Blood> Sunday» que a milícia privada da Lomaco* designada de Força Especial, foi treinada em Nacala com fundos do governo britânico na altura dirigido por Margaret Thatcher. Harper-Ronald salienta que “para disfarçar os esforços feitos pelo
governo britânico, foi enviado pessoal da Defense Systems Limited (DSL)”
para aquela cidade portuária no norte de Moçambique.
“A Força Especial”, acrescenta Harper-Ronald no seu livro de memórias, “era um misto de ex-Flechas e de soldados da Frelimo”, e “estava equipada com espingardas automáticas usadas pelo exército britânico. Do tipo SA80, essas espingardas estavam dotadas de óculos de visão nocturna da última geração.” Harper-Ronald refere ainda que “para manter a aparência de que as tropas britânicas prestavam apoio ao governo moçambicano, todo o pessoal da DSL era constituído por membros do Regimento 22-SAS ou do Regimento de Pára-quedistas, e enquanto permanecessem em Moçambique tinham de envergar uniformes militares britânicos, mas na eventualidade do surgimento de situações embaraçosas para o Governo de Sua Majestade, a DSL poderia arcar com as responsabilidades” perante a opinião pública. A morte do oficial britânico, Jim Shand, em Gaza, nunca viria, porém, a ser noticiada. Shand seria substituído por um outro oficial britânico treinado na Academia Militar de Sandhurst. Por seu turno, esse oficial, que o autor não identifica, seria substituído por Allan Shaw, um ex-coronel do regimento de Infantaria Ligeira da Rodésia (RLI) e que depois da independência do Zimbabwe passou a comandante do 1° Batalhão de Comandos do Exército Nacional do Zimbabwe (ZNA).
governo britânico, foi enviado pessoal da Defense Systems Limited (DSL)”
para aquela cidade portuária no norte de Moçambique.
“A Força Especial”, acrescenta Harper-Ronald no seu livro de memórias, “era um misto de ex-Flechas e de soldados da Frelimo”, e “estava equipada com espingardas automáticas usadas pelo exército britânico. Do tipo SA80, essas espingardas estavam dotadas de óculos de visão nocturna da última geração.” Harper-Ronald refere ainda que “para manter a aparência de que as tropas britânicas prestavam apoio ao governo moçambicano, todo o pessoal da DSL era constituído por membros do Regimento 22-SAS ou do Regimento de Pára-quedistas, e enquanto permanecessem em Moçambique tinham de envergar uniformes militares britânicos, mas na eventualidade do surgimento de situações embaraçosas para o Governo de Sua Majestade, a DSL poderia arcar com as responsabilidades” perante a opinião pública. A morte do oficial britânico, Jim Shand, em Gaza, nunca viria, porém, a ser noticiada. Shand seria substituído por um outro oficial britânico treinado na Academia Militar de Sandhurst. Por seu turno, esse oficial, que o autor não identifica, seria substituído por Allan Shaw, um ex-coronel do regimento de Infantaria Ligeira da Rodésia (RLI) e que depois da independência do Zimbabwe passou a comandante do 1° Batalhão de Comandos do Exército Nacional do Zimbabwe (ZNA).
De Chókwè, Jake Harper-Ronald foi transferido para uma outra unidade da milícia privada da Lomaco em Montepuez. Nesta região de Cabo Delgado a subsidiária da multinacional britânica, LONRHO, recrutou soldados mercenários Gurkha, através da Gurkha Security Guards Limited (GSG) para protecção de unidades agrícolas nas regiões de Montepuez e Nropa e guarnecimento de colunas militares que escoavam o algodão aí produzido para o porto de Pemba. Conta o autor de «Sunday Bloody Sunday» que as operações militares lançadas pela Força Especial contra a guerrilha da Renamo em regiões de Cabo Delgado integrando as concessões agrícolas da Lomaco careciam de autorização expressa da administração desta empresa.
CANAL DE MOÇAMBIQUE – 23.09.2009
Legendas fotos: Jake Harper-Ronald, o primeiro à direita, com membros da milícia privada da Lomaco em Xilembene. (Fonte: «Sunday Bloody Sunday, Galago Press») e Jake Harper-Ronald com o comandante da 8ª Brigada das FAM-FPLM em Chókwè. (Fonte: «Sunday Bloody Sunday, Galago Press»)
"A Frelimo continua a praticar crimes hediondos contra o Povo - basta seguir os acontecimentos, as notícias quotidianas".
Assino por baixo.
E, mais pergunto:
Em que guerra, mesmo entre vizinhos, que nao causa dor?
Em qual das guerras nao se recorreu a sabotagem?
Nas guerras deste pais so a de 16 anos e que matou. Boa licao!!!. As balas disparadas pela frelimo foram tao inteligentes que souberam escolher chingondos ou simplesmente, foram para o ar ou mar?!
Os mortos por falta de ar nas celas de Montepuez, Mocimboa da Praia, Mogincual, afinal foram mortos pela natureza??? E os de Fevereiro 2008 e setembro de 2010 foi obra divina?? Gulamo Nabil foi morto pela RENAMO?
Eduardo Mondlane, Samora M.Machel, Paulo Samuel Kamkhomba, Filipe Magaia, Uria Simango, Rafael Nungo, Joana Simeao, entre outros, foi a RENAMO que os matou?!
No que tange ao tribalismo de Umbhalane, notado por ilustre Freedom. Qual e o pior? A frelimo que pratica e o Umbhalane que denuncia???
"Perdoamos a RENAMO e aceitamo-lo como partido no nosso xadrez politico porque reconhecemos que foram traidos. Ficamos irfaos das matancas da Renamo e seus criadores". Machatine, ADDIS ABEBA. Fala de mortes que aconteceram em todo lado e praticadas pela FRENAMO mas a FRELIMO que talvez na base tribalista o deve ter o enviado, quem sabe, como parte dos representantes diplomaticos continuam a matar de varias formas os chingondos, povo do centro e norte de mocambique, como os do sul os trata.
ainda mais, quando os concursos para vagas no Estado se baseam na terra de origem, preferindo-se,prioritariamente os do sul, chama-se o que?
Quando os orgaos de soberania do Estado sao preenchidos por gente de uma regiao e tribo e familia, que nome se da??? E Umbhalene que pratica isso? Pode ser ja que nem o conheco!!
"OS CHINGONDOS NÃO ESQUECEM. A HORA VAI CHEGAR"- E MUITO VERDADE. PODE DEMORAR MAS CHEGARA.
E mais... a continuar assim, diga-se:
"O vadio perde-se, o escravo liberta-se"
De facto cansa ouvir sempre dos males que se diz a Frelimo fez. Mas ninguem quer falar do que a RENAMO e seus criadores fizeram. Mas meu apelo e que nao devemos abrir estorias que reabrem feridas profundas nas nossas mentes. Ficamos irfaos das matancas da Renamo e seus criadores. Mas perdoamos sem esquecer. Vamos tentar enterrar este passado triste e construirmos o nosso Mocambique novo em paz e harmonia.
Aquele abraco amigo
Machatine
Addis Abeba
da força aérea,dos blindados da RENAMO
e dos "mercenários" seus aliados (Zimbabué/Mugabe/ZANU)
que massacraram o Povo Moçambicano.
Salazar também ajudou muito a RENAMO.
Não esquecer.
OS CHINGONDOS NÃO ESQUECEM.
A HORA VAI CHEGAR.
Um abraço
Cansamos de saber.
A Frelimo continua a praticar crimes hediondos contra o Povo - basta seguir os acontecimentos, as notícias quotidianas.
Basta não temer a verdade,
querer, de querer mesmo, a verdade.