Era membro da Comissão Política (CP) até à entrada para o X Congresso.
Pemba (Canalmoz) – Se para uns Rogério Utui (presidente da Comissão Eleitoral) trazia a boa nova, que regra geral era recebida com pulos de alegria entre abraços e habituais palmadinhas nas costas, para outros Utui foi o “pássaro de más notícias”.
Assim foi para Teodoro Waty, actual Presidente do Conselho de Administração (LAM) das Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) e presidente da Comissão dos Assuntos Constitucionais Direitos Humanos e da Legalidade, a comissão numero um, no parlamento, que teve uma noite negra em Muxara. Não conseguiu renovar o mandato no Comité Central. Obteve 799 votos (tinha que ter no mínimo 804 votos) e terá que se contentar com a vaga de suplente.
Waty que à entrada para o Xº Congresso era membro da Comissão Política (órgão que delibera questões chaves da vida do partido e sua linha política) concorreu na chamada “lista azul” que de resto era muito renhida a avaliar pelo peso político dos outros candidatos.
Ao sair do Comité Central Waty perde todo o seu poder político e volta a ser militante de base, com poucas chances de ocupar cargos de topo na administração do Estado, enquanto a Frelimo continuar no poder.
Nos corredores do Congresso, a “queda” de Waty não era muito lamentada. Segundo se dizia, Waty nunca se identificou com as massas e “é uma pessoa muito fechada” e de “difícil acesso”. Os mais radicais diziam que Waty foi penalizado pela sua “fineza”.
Outros que não conseguiram renovar
Não conseguiram renovar pela “lista azul” nomes sonantes como António Hama Thai (antigo ministro da Defesa), Jorge Rebelo (antigo ideólogo do partido), Jacinto Veloso (antigo Chefe dos Serviços Secretos), Ivo Garrido (ex ministro da Saúde), António Sumbana (actual ministro na Presidência para assuntos da Casa Civil), Isaú Meneses (ex deputado), Roberto Chitsondzo (deputado), António Fernando (ex ministro da Indústria e Comércio), Marcelino Pita (secretário da associação dos antigos combatentes), Jaime Neto (deputado), Sérgio Eduardo Chone (presidente do Conselho Jurisdicional da OJM), Edmundo Galiza Matos Júnior (deputado e ex director da Rádio do partido Frelimo), , Alcido Nguenha (ex ministro da Educação), Alfredo Gamito (deputado), Lázaro Mathe (antigo governador de Cabo Delgado), Ildefonso Muanathatha (ex governador de Tete), Virgílio Mateus (ex primeiro secretário do partido Frelimo em Cabo Delgado), e Jaime Himedi (vice ministro da Energia). (Matias Guente, enviado do Camal de Moçambique/Canalmoz a Pemba)