08/06/2012
Presidente cabo-verdiano vai agraciar músico Bana
A distinção, a mais alta atribuída pelo Estado cabo-verdiano a personalidades ligadas à cultura, é a primeira outorgada por Jorge Carlos Fonseca desde que assumiu funções de Presidente de Cabo Verde, há nove meses, e será atribuída numa cerimónia integrada na visita privada, de hoje a domingo, e oficial, segunda e terça-feira, que efetua a Portugal.
"Temos quadros importantes em Portugal que representam Cabo Verde, na música, nas artes, na formação profissional, nas profissões liberais, e, por isso, vou aproveitar e ter um gesto simbólico e importante, que é a primeira condecoração como chefe de Estado que vou atribuir a uma grande figura da música cabo-verdiana, que é o nosso Adriano Gonçalves 'Bana'", disse.
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12/04/2012
EUA negam vistos à selecção de futebol de Cabo Verde
A selecção de futebol de Cabo Verde cancelou uma digressão aos Estados Unidos depois do consulado americano ter recusado vistos a 8 jogadores e ao médico da equipa.
Perante este cenário, o organismo que rege o futebol oficial cabo-verdiano disse que não restava outra alternativa, senão suspender a deslocação do combinado nacional a terras americanas, já que a selecção não podia viajar apenas com 50% de futebolistas convocados.
Para esta digressão o seleccionador nacional, Lúcio Antunes, convocou 20 jogadores, sendo 11 residentes no arquipélago, 6 que jogam na Europa e 2 que vivem nos Estados Unidos.
Embora possa respeitar as legislações americanas sobre o pedido de vistos, o presidente da Federação cabo-verdiana de futebol, Mário Semedo, lamentou a situação. Segundo o responsável máximo da estrutura federativa, a selecção de Cabo Verde e o próprio país deviam merecer uma atenção diferente.
19/12/2011
12/12/2011
Adriano Moreira elogiado por reformas educacionais nas antigas colónias e pelo apoio à parceria Cabo Verde-UE
É raro que um doutoramento honoris causa possa causar controvérsia politica.
Mas foi isso que aconteceu em Cabo Verde com a decisão da Universidade do Mindelo de conceder o titulo de doutor honoris causa a Adriano Moreira, ministro do ultramar no governo do ditador Oliveira Salazar e que muitos acusam de ter mandado reabrir o campo do Tarrafal por onde passaram presos políticos de Portugal e das suas antigas colónias.
Mas Adriano Moreira foi também um reformador e instituiu reformas educacionais e politicas nessas colónias.
O Presidente da Associação dos Ex Presos Politicos do Tarrafal, Pedro Martins considerou no entanto a decisão de um insulto à memoria dos nacionalistas africanos que estiveram no campo.
10/10/2011
Pedro Pires recebe prémio Mo Ibrahim
Maputo, Terça-Feira, 11 de Outubro de 2011:: Notícias
Primeiro-ministro durante os primeiros 16 anos da independência (1975/91) e chefe de Estado nos últimos dez (2001/11), Pedro Pires saiu da vida política há apenas um mês, quando Jorge Carlos Fonseca lhe sucedeu como Presidente da República em Setembro.
A escolha de Pedro Pires coloca fim a dois anos sem a atribuição do prémio por opção do júri, composto por sete elementos.
Presidido por Salim Ahmed Salim, ex-primeiro-ministro da Tanzania, fazem também parte Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Aïcha Diallo, ex-ministra da Educação da Guiné, Martti Ahttisaari, ex-presidente da Finlândia, a ex-presidente da República da Irlanda Mary Robinson e Mohamed El-Baradei, director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica e Festus Gontebanye Mogae, presidente do Botsuana entre 1998 e 2008.
A escolha de Pedro Pires coloca fim a dois anos sem a atribuição do prémio por opção do júri, composto por sete elementos.
Presidido por Salim Ahmed Salim, ex-primeiro-ministro da Tanzania, fazem também parte Graça Machel, presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Comunidade (FDC), Aïcha Diallo, ex-ministra da Educação da Guiné, Martti Ahttisaari, ex-presidente da Finlândia, a ex-presidente da República da Irlanda Mary Robinson e Mohamed El-Baradei, director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica e Festus Gontebanye Mogae, presidente do Botsuana entre 1998 e 2008.
22/09/2011
Morreu Aristides Pereira
Aristides Pereira, o primeiro presidente da República de Cabo Verd,e morreu quinta-feira em Portugal, nos Hospitais da Universidade de Coimbra, depois de ter sido operado pela segunda vez, no espaço de um ano, a uma fractura no colo do fémur.
Aristides Pereira, que contava 87 anos de idade e era diabético, fundou com Amílcar Cabral, em 1956, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e foi presidente de Cabo Verde, desde a sua independência em 1975, até 1991.
O actual presidente cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca, decretou cinco dias de luto nacional. As cerimónias oficiais fúnebres de Aristides Pereira vão ter lugar segunda-feira na Cidade da Praia e o seu funeral privado realiza-se terça-feira na Ilha da Boavista, sua terra natal.
Leia em http://www.voanews.com/portuguese/news/Morreu-Aristides-Pereira-130356408.html
24/08/2011
Cabo Verde na Linha da Frente!
Jorge Carlos Fonseca, independente, ganhou as Presidenciais e põe em cima da mesa, da política de expressão portuguesa, o que se releva como o anseio de muito falantes em Português - a Livre Circulação das Pessoas e a transformação da CPLP numa Comunidade de Povos " mais do que numa comunidade de Estados"!
Lancei nos idos anos 90 do século XX o Movimento CPLP com Cidadania, precisamente também com esse objectivo, mas na altura, como era membro da UNITA e porque pugnava também pela Democracia em todos os Estados da CPLP, o Movimento foi visto como mero instrumento de agitação da UNITA.
22/08/2011
Jorge Fonseca eleito presidente de Cabo Verde
Maputo, Terça-Feira, 23 de Agosto de 2011:: Notícias
Candidato do Movimento para a Democracia (MpD), Jorge Fonseca tinha já vencido a primeira volta a 7 de Agosto, com 37,3 porcento dos votos, enquanto Manuel Inocêncio Sousa, do Partido Africano da Independência de Cabo Verde, obteve 32 porcento.
Advogado, jurisconsulto e constitucionalista, Jorge Carlos Fonseca, de 60 anos, torna-se assim no quarto Presidente de Cabo Verde depois de Aristides Pereira (1975-1991), António Mascarenhas Monteiro (1991-2001) e Pedro Pires (2001-2011).
Advogado, jurisconsulto e constitucionalista, Jorge Carlos Fonseca, de 60 anos, torna-se assim no quarto Presidente de Cabo Verde depois de Aristides Pereira (1975-1991), António Mascarenhas Monteiro (1991-2001) e Pedro Pires (2001-2011).
09/08/2011
Jorge Carlos Fonseca e Manuel Inocêncio Sousa na segunda volta
Jorge Carlos Fonseca e Manuel Inocêncio Sousa na segunda volta
Quando faltavam 134 das 1.140 mesas por apurar, JCF vencia os seus adversários nas ilhas de Santiago (40%), São Nicolau (39,3%), Sal (39%), Maio (51,5%), Brava (44.5%) e Santo Antão (39%).
05/08/2011
Cabo Verde/São Tomé e Príncipe: Cultura aproxima os dois arquipélagos, mas os patamares são diferentes
Ambrósio Quaresma, jornalista e proprietário de "O Parvo", jornal satírico e crítico, criado em 1994 no balanço da abertura gerada pelo fim do regime de partido único, evidencia logo à partida o que tem sido o papel dos políticos dos dois países.
"Os cabo-verdianos são patriotas. Lutam mais pelo seu país. O são-tomense é diferente: é egoísta, é preguiçoso. Não quer trabalhar, quer mais vida fácil", frisou.
João Carlos Silva, impulsionador da divulgação da cultura são-tomense e tornado figura pública em Portugal pelos programas de divulgação da gastronomia na televisão portuguesa, aponta que, ao fim de 36 anos de independência, os dois países se encontram em "patamares diferentes".
"É verdade de Cabo Verde está num outro patamar. Tem tido resultados muito acima da média em relação à maior parte dos países africanos e tem um projeto muito bem desenhado de desenvolvimento com base, sobretudo, nos recursos humanos e na vontade férrea em ultrapassar, vencer, erradicar a pobreza e dar saltos quantitativos e qualitativos em direção ao desenvolvimento. Cabo Verde, quando ascendeu à independência, dizia-se que era um país inviável, e hoje dá exemplos", afirmou.
João Carlos Silva destaca, por isso, a diferença fundamental entre os dois arquipélagos: "São Tomé e Príncipe está num outro patamar ainda, muito próximo dos primeiros anos da independência, para não dizer que tem regredido com a instabilidade política, que é uma das marcas de São Tomé".
Lusofonia/Eleições: Cabo-verdianos e são-tomenses em Portugal votam no domingo para as presidencias nos seus países
A Embaixada de Cabo Verde em Lisboa divulgou que em Portugal irão funcionar 49 mesas de voto.
Na região de Lisboa e Vale do Tejo, as mesas de voto estarão localizadas em Agualva, Alfornelos, Amora, Arrentela, Barreiro, Buraca, Carnaxide, Casal de São Brás, Cova da Piedade, Damaia, Mina, Monte da Caparica, Odivelas, Porto Salvo, Queluz-Monte Abraão, Reboleira, Restelo, Rio de Mouro, Sacavém, São Domingos de Rana, Setúbal, Unhos, Vale da Amoreira, Vialonga, e Zambujal.
Na região Norte funcionarão mesas de voto em Aveiro, Braga, Caminha, Coimbra, Leiria e Porto; e na região Sul ficarão em Beja, Évora, Faro, Portimão e Sines.
Na Região Autónoma dos Açores irão localizar-se em Angra do Heroísmo, na Ilha Terceira; Madalena do Pico, na Ilha do Pico; e Ponta Delgada, na Ilha de São Miguel.
Segundo a embaixada, os cabo-verdianos devidamente recenseados devem fazer-se acompanhar do respetivo passaporte ou bilhete de identidade cabo-verdianos, mesmo que se encontrem caducados, ou do título de residência ou passaporte português válidos.
Cabo Verde/São Tomé e Príncipe: Presidenciais de domingo precisam mais dos cabo-verdianos do que de são-tomenses
A análise é do jornalista, historiador e escritor cabo-verdiano José Vicente Lopes, também partilhada pelo diplomata Corsino Fortes, em que ambos, em entrevistas separadas à Agência Lusa, lembram a grande presença, de há longos anos, de cabo-verdianos em São Tomé e Príncipe.
"A influência dos cabo-verdianos é muito grande. Basta reparar que 40 por cento da população da ilha de São Tomé é cabo-verdiana ou de ascendência cabo-verdiana, percentagem que sobe para cerca de 60 por cento na ilha do Príncipe", disse Vicente Lopes, corroborado por Corsino Fortes.
No sentido inverso, diz o jornalista cabo-verdiano, os são-tomenses residentes em Cabo Verde "não têm qualquer influência" nas presidenciais das ilhas da "morabeza", justamente porque são muito poucos.
04/07/2011
Fuga dos estudantes feita com “ingenuidade” e “ousadia” dos jovens 29 Junho 2011
O quinquagésimo aniversário da fuga de Portugal, rumo à luta, dos estudantes africanos das colónias portuguesas é assinalado nesta quinta-feira, 29 de Junho, com um encontro com os jovens da altura, na cidade da Praia, no auditório da Universidade Jean Piaget.
Pedro Pires, entretanto, recebeu no Palácio do Plateau o ex-Presidente da República de Moçambique Joaquim Chissano e o ex-primeiro-ministro de Angola Fernando Van-Dunem, companheiros do chefe de Estado cabo-verdiano na fuga de Lisboa. Um acto que “deve ficar registado para dar a conhecer a história aos jovens”, defendem.
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09/04/2011
Estados Unidos consideram turismo sexual problema crescente em Cabo Verde
O documento, que não aponta dados sobre o fenómeno, sublinha ainda que, além de ser um "problema crescente", não existem, neste arquipélago do Oceano Atlântico, leis para lidar com a questão do turismo sexual.
Um outro problema que persiste em Cabo Verde é o assédio sexual, um fenómeno comum, mas que, culturalmente, não é percebido como um crime, embora proibido por lei com pena de um ano de prisão. O Governo cabo-verdiano não faz cumprir eficazmente esta lei, constata o relatório.
PANA CS/DD - 9abr2011
19/03/2011
Cabo Verde tem novo Governo
Este Governo surge na sequência da vitória do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) de José Maria Neves nas eleições legislativas de fevereiro último.
Um dos factos mais relevantes do novo Governo, onde figuram oito membros do anterior Executivo, é o aumento de 15 para 21 membros, justificado por José Maria Neves pela necessidade de acabar com a acumulação de pastas do passado e de reforçar áreas, como a económica e social, para atingir os objetivos do seu mandato.
13/02/2011
Primeiro-ministro de Cabo Verde diz que este é o seu último mandato
Menos de 24 horas depois de ter conseguido uma inédita terceira maioria absoluta consecutiva, o líder do PAICV falou dos desafios do próximo Governo
José Maria Neves está optimista. Líder do PAICV (Partido Africano da Independência de Cabo Verde) e primeiro-ministro nos últimos dez anos, acredita que o país tem condições para gerar milhares de postos de trabalho e acelerar o desenvolvimento. Garante que só estará mais cinco anos no Governo, porque "três mandatos são mais do que suficientes" para que "uma pessoa seja líder". Mas não exclui uma candidatura à Presidência dentro de dez anos. A entrevista decorreu no seu gabinete da sede nacional do partido, na zona do Plateau. Na parede, à esquerda da mesa de trabalho, uma foto de Amílcar Cabral.
No discurso de vitória, disse que vai abrir o Governo à sociedade civil. Vai incluir independentes, ou membros de outros partidos?
08/02/2011
PAICV renova maioria absoluta
Primeiro-ministro José Maria Neves deverá continuar a liderar governo
Praia- O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV, no poder) renovou a maioria absoluta que detinha na Assembleia Nacional, ao eleger 37 dos 72 deputados nas eleições legislativas de domingo passado, confirmou a Direção Geral de Apoio ao Processo Eleitoral (DGAPE).
No entanto, constata-se que, relativamente à anterior composição da Assembleia Nacional, o PAICV perdeu três deputados para o Movimento para a Democracia (MpD), principal partido da oposição, que tinha um grupo parlamentar formado por 30 deputados.
07/02/2011
Partido histórico da independência vence pela terceira vez consecutiva
Os cabo-verdianos optaram pela continuidade. A maioria ignorou o apelo do MpD, que governou nos anos 1990, para uma mudança
O PAICV, antigo partido único, renovou a maioria de deputados na Assembleia Nacional de Cabo Verde e vai continuar a governar nos próximos cinco anos, indicavam os primeiros resultados provisórios divulgados ontem à noite, quando o escrutínio estava ainda longe do fim.
Depois de uma campanha renhida, o histórico partido da independência, liderado por José Maria Neves, primeiro-ministro há dez anos, obteve, segundo os resultados disponíveis, um inédito terceiro mandato para governar, depois dos triunfos de 2001 e 2006.
05/02/2011
Somos um país tranquilo. Não somos o país de Laurent Gbagbo
O histórico PAICV pede uma inédita terceira maioria absoluta. O MpD, que governou nos anos 1990, tenta regressar ao poder
Os ecos da campanha ainda se ouvem em Cabo Verde, que amanhã, pela quinta vez em 20 anos, elege democraticamente o seu Parlamento. O calor da luta eleitoral e mesmo as trocas de acusações mais duras, que passaram por denúncias recíprocas de compra de votos, não parecem beliscar o modo sereno como as eleições estão a ser encaradas.
"Somos um país tranquilo. Não há essas coisas de violência. Nós não somos como o país de Laurent Gbagbo", respondeu ontem José António, um motorista cabo-verdiano da Cidade da Praia, quando questionado sobre o dia seguinte às eleições. Gbagbo, Presidente cessante da Costa Marfim, recusa-se a deixar o poder, apesar de ter perdido as eleições de Novembro do ano passado.
22/12/2010
Num ranking de 165 países, Cabo Verde é o 27º mais democrático do mundo
Cabo Verde ocupa a 27ª posição no ranking dos países mais democráticos do mundo num universo de 165 países e dois territórios, indica o relatório do "Economy Intelligence Unit - Democracy Index (EIU-DI)" da revista britânica «The Economist».
No EIU-DI 2010, Cabo Verde subiu sete posições ao melhorar a sua pontuação de 7,81 para 7,94, passando assim do 34º para o 27º lugar, o que coloca o arquipélago à frente de países de destaque a nível mundial como a Itália (29º), a África do Sul (30º), França (31º) e o Brasil (47º).
26/11/2010
OS PROBLEMAS COM O MFA E A DESCOLONIZAÇÃO
P: Pretendia uns esclarecimentos pontuais em relação ao período, decorrido entre o 25 de Abril e o 25 de Novembro de 1975, em complemento da entrevista que concedeste a Maria João Avillez, há uns anos atrás. Um dos aspectos, seria recolher o teu comentário em relação à posição de Freitas do Amaral, publicada no seu livro de memórias, de apoio à descolonização imediata, mesmo antes da Lei 7/74 estar aprovada em Conselho de Estado...
R: Não tenho presente essa atitude. Mas parece-me que ele não era apóstolo de uma descolonização apressada. Tenho a ideia de Freitas do Amaral, como líder do Partido mais à direita do espectro político, ter a preocupação de se apresentar e afirmar, como fazendo parte do bloco dos partidos que se integravam na revolução.
Como te recordarás, nessa altura, ele pediu para ser recebido por Álvaro Cunhal, por ser considerado como o papa da resistência antifascista. A Comunicação Social assim apresentava este líder comunista; não lhe dou quaisquer direitos de exclusividade em termos de resistência, já que uma coisa foi lutar contra a ditadura e, outra, pela liberdade. Ele pugnava pela liberdade para os seus correlegionários, mas defendia um projecto totalitário, do tipo soviético. Assim, não lutava pela liberdade, mas sim por conseguir uma hegemonia em Portugal. Embora tenha muito respeito por tantos que lutaram de acordo com os seus ideais, nomeadamente no campo comunista; esta verdade deve ser dita...
30/07/2010
A história de Zany, a baronesa cabo-verdiana da droga
Tráfico internacional de cocaína
Por Ana Cristina Pereira
Coordenava a saída da cocaína de Cabo Verde para diversos países europeus, Portugal incluído. Por causa dela, outros membros de topo da organização estão presos e um irmão do primeiro-ministro chegou a ser detido. A história de Zany é um percurso pelo tráfico internacional de cocaína, droga em expansão na Europa.
Era um entre tantos. Vestia umas calças de ganga de um azul acinzentado e uma camisola azul-celeste com o número 29 estampado nas costas. Calçava umas sapatilhas pretas como a maleta que trazia na mão. Gelou ao ouvir um polícia, na sala de trânsito do Amílcar Cabral, então o único aeroporto internacional de Cabo Verde, pedir-lhe para a abrir.
Por Ana Cristina Pereira
Coordenava a saída da cocaína de Cabo Verde para diversos países europeus, Portugal incluído. Por causa dela, outros membros de topo da organização estão presos e um irmão do primeiro-ministro chegou a ser detido. A história de Zany é um percurso pelo tráfico internacional de cocaína, droga em expansão na Europa.
Era um entre tantos. Vestia umas calças de ganga de um azul acinzentado e uma camisola azul-celeste com o número 29 estampado nas costas. Calçava umas sapatilhas pretas como a maleta que trazia na mão. Gelou ao ouvir um polícia, na sala de trânsito do Amílcar Cabral, então o único aeroporto internacional de Cabo Verde, pedir-lhe para a abrir.
04/07/2010
CEDEAO falha eleição de órgãos directivos
Maputo, Segunda-Feira, 5 de Julho de 2010:: Notícias
O Comité deverá “continuar as reflexões sobre a implementação de um sistema”, cujas recomendações serão submetidas ao presidente em exercício da CEDEAO, Goodluck Jonathan, igualmente chefe de Estado da Nigéria, durante uma sessão extraordinária antes do final do ano.
18/04/2010
"Cabo Verde não deveria ter sido independente"
O ex-Presidente da República Mário Soares defendeu hoje que Cabo Verde "não deveria ter sido independente" e que o arquipélago "teria muito a ganhar" em ter evitado a separação em relação a Portugal.
"Eu sempre achei que Cabo Verde não deveria ter sido independente, não assisti à independência de Cabo Verde por isso mesmo", disse, no colóquio "Vozes da Revolução: Guerra Colonial e Descolonização", no Instituto Superior das Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE).
Na opinião do antigo Chefe de Estado, Cabo Verde "teria muito a ganhar" caso se tivesse mantido parte do território nacional.
"Eu pensava que Cabo Verde não é propriamente África porque Cabo Verde é um arquipélago do norte do Atlântico e que há uma relação que deveria ter sido mais explorada entre os três arquipélagos existentes que são Europa, ou seja, Açores, Madeira, depois Canárias e podia ser Cabo Verde", argumentou.
Nas viagens que realizou como membro do Governo após a revolução de Abril de 1974, Mário Soares disse ter contactado muitos cabo-verdianos, nomeadamente nos Estados Unidos "onde havia uma colónia muito poderosa e rica", que "não queriam de maneira nenhuma a independência de Cabo Verde".
Admitindo que "era muito difícil" que o caminho seguido não tivesse sido a independência, Mário Soares explicou que não explicitou "no momento exacto" o seu pensamento sobre o assunto porque interrompeu a sua participação directa no processo que conduziu à independência - "nessa altura em já estava fora do combate", disse.
Lusa - 2010-04-16
14/04/2010
Luxemburgo vai ajudar cabo-verdianos residentes em São Tomé e Príncipe
A cooperação luxemburguesa vai apoiar Cabo Verde com vista a melhorar a situação dos seus nacionais em São Tomé e Príncipe, garantiu o primeiro-ministro cabo-verdiano em declarações a um jornal luxemburguês.
José Maria Neves proferiu estas declarações ao jornal Asemanaonline após um encontro com o seu homólogo Jean Claude Juncker.
De acordo com José Maria Neves, o Luxemburgo vai disponibilizar a Cabo Verde um fundo para financiar a formação profissional e superior, bem como programas específicos a nível da agricultura, pecuária e pescas de cabo-verdianos e seus descendentes em São Tomé e Príncipe.
“Trata-se de uma cooperação tripartida entre os três países e os recursos serão geridos conjuntamente”, explicou aquele diário digital daquele grão-ducado.
José Maria Neves proferiu estas declarações ao jornal Asemanaonline após um encontro com o seu homólogo Jean Claude Juncker.
De acordo com José Maria Neves, o Luxemburgo vai disponibilizar a Cabo Verde um fundo para financiar a formação profissional e superior, bem como programas específicos a nível da agricultura, pecuária e pescas de cabo-verdianos e seus descendentes em São Tomé e Príncipe.
“Trata-se de uma cooperação tripartida entre os três países e os recursos serão geridos conjuntamente”, explicou aquele diário digital daquele grão-ducado.
04/04/2010
PM Cabo Verde evocou responsabilidade de Portugal com cabo-verdianos radicados em São Tomé
Cabo Verde e São Tomé e Príncipe vão intensificar os esforços para alcançar um acordo com Portugal relativo à situação dos cidadãos cabo-verdianos radicados em São Tomé, disse hoje à chegada à capital são-tomense, o primeiro ministro cabo-verdiano.
José Maria Neves, que iniciou hoje uma visita oficial de três dias a São Tomé, adiantou que a deslocação visa ainda reforçar os laços de amizade, de cooperação e as relações comerciais bilaterais, e para cumprimentar a comunidade cabo-verdiana ai radicada.
"Cada pais tem a sua responsabilidade neste processo, por isso vamos trabalhar em comunhão de ideias com o governo são-tomense para alcançar um acordo tripartido com Portugal, no sentido de resolvermos as questões pendentes", disse o chefe do Governo cabo-verdiano.
LUSA – 02.04.2010
22/03/2010
Os revolucionários segundo Pedro Pires
Tanglomanglo
Por Fernando Manuel
Da Capital do Império
Por Jota Esse Erre
Eu sei que a memória tem a sua própria verdade. Selecciona, elimina, altera, exagera, minimiza, glorifica e claro está vilifica. Há quem diga que o acabado de publicar “calhamaço” do Sérgio Vieira é bem exemplo disso.
Mas de qualquer modo acho que Pedro Pires, antigo maquisard, hoje presidente devia escrever as suas memórias. Digo isto porque outro dia, quase que despercebidamente Pires falou no seu país e abordou aquilo que em meados da década de 1970 deixou pasmado os revolucionários( entre aspas talvez?) que tinham tomado o poder no Maputo e em Luanda.
Ao fim e ao cabo o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo verde, o PAIGC, tinha-se apresentado na luta de libertação nacional como um partido seguindo uma linha política de combate e ideologia semelhante à da Frelimo em Moçambique. Contudo após a tomada do poder em Cabo Verde o PAIGC seguiu uma via que causou inquietação entre os revolucionários mas que resultou hoje, tantas décadas depois, em que o país tenha saído oficialmente da lista internacional de países pobres. Um dos poucos países africanos em que na verdade se avançou
Pois Pires disse a semana passada que quando o PAIGC assumiu o poder em Cabo Verde cedo se apercebeu que o país “reunia todas as condições para que não desse certo” tanto em termos de “condições materiais, como em termos de factores objectivos e naturais”.
“Naquele momento depois da independência precisávamos para a direcção do país de homens do Estado,” disse Pires para depois acrescentar: “Há uma diferença entre o chamado revolucionário e o homem de Estado.”
Recordando que ele e os outros dirigentes do PAIGC tinham “chegado pela via revolucionária”, Pires descreveu depois o revolucionário como alguém “impaciente e que tem um mal de fundo”.
“É um irrealista. Não pensa nas consequências dos seus actos ou se os seus desejos mais nobres são realizáveis ou capaz de execução,” disse.
Para Pedro Pires o verdadeiro estadista é aquele que é “paciente, realista e sensato” e ainda “persistente”.
Para Pires havia pois uma diferença entre que aqueles que pensavam “ que é possível mudar o mundo de um dia para o outro” e aqueles que sabem que “é preciso construir o futuro passo a passo, degrau a degrau com desafios acrescidos todos os dias”.
Pedro Pires recordou que o PAIGC era “uma elite política” mas cedo se apercebeu que tinha que ir “buscar a parte técnico/operativa” para poder pôr o país a funcionar.
“Só havia um sítio onde a ir buscar: na administração colonial,” disse o actual presidente.
“Daí a nossa opção de guardar no país todos os funcionários públicos que quisessem cá ficar. Se não tivéssemos feito isso teríamos o Estado mas não teríamos a administração do Estado. São esses quadros que estão na base da construção do estado de Cabo Verde e principalmente da administração pública,” acrescentou.
Pedro Pires foi diplomata quanto aos outros PALOPs.
“Cada processo é um processo. Não somos donos da verdade,” disse ele.
Para Pedro Pires a pergunta a fazer é “se descobrimos em Cabo Verde homens de Estado” que conseguiram dar prioridade “aos interesses comuns”.
Boa pergunta.. Que talvez se deva estender a outros PALOPs. É por isso que estou desejoso de ler o “calhamaço” do Sérgio Vieira para ver o que é que ele revela a este respeito sobre si mesmo.
SAVANA – 19.03.2010
15/03/2010
Ortografia do português : Acordo importante para promover a língua
Maputo, Segunda-Feira, 15 de Março de 2010:: Notícias
Aristides Lima, que falava no plenário da II Reunião da Assembleia Parlamentar do bloco lusófono (AP-CPLP), em Lisboa, exigiu também dos oito Estados-membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) “maiores esforços” financeiros para o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), que considerou fundamental para a promoção, a valorização e a internacionalização do português como língua global.
Para o presidente da Assembleia Nacional cabo verdiana, toda a estratégia de promoção e difusão da língua deve passar pelo IILP, sedeado em Cabo Verde, que, apesar “dos constrangimentos, tem feito um “trabalho notável”.
A língua portuguesa, o novo Acordo Ortográfico e o papel do IILP foram alguns dos principais temas em debate na sessão plenária da AP-CPLP, que decorreu semana passada no Parlamento português.
15/03/2010 in Cabo Verde, CPLP - LUSOFONIA, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (0)
07/03/2010
Film Exposes Portugal's Exploitative Labor Practices in Africa
Msia Kibona Clark
The 2010 Pan African Film Festival (PAFF) in Los Angeles featured the world premier of Contract by Cape Verdean filmmaker Guenny K. Pires.
Contract is a documentary film that tells the story of thousands of Cape Verdean contract workers who traveled to the Portuguese colony of Sao Tome and Principe to work in the 19th and 20th Centuries. Cape Verdeans, and workers from Portugal's other African colonies, were forced or coerced into contracts obligating them to work on coffee and cacao plantations on the islands of Sao Tome and Principe. After decades of brutally hard labor, contract workers were often forced to stay in Sao Tome and Principe, unable to secure passage home.
Many of the Cape Verdean contract workers featured in the film still hold on to memories of home. Filmmaker Guenny Pires blends the stories of Cape Verdean families affected by the contract labor system with interviews with experts to tell this little known chapter in Africa's history. The Cape Verdeans interviewed, including Pires' own uncle, share that after decades in Sao Tome and Principe, many have maintained their spiritual ties to their home. After marriages, children, and new lives established in Sao Tome and Principe, many of the Cape Verdean contract workers shown in the film expressed a strong desire to return home.
The 2010 Pan African Film Festival (PAFF) in Los Angeles featured the world premier of Contract by Cape Verdean filmmaker Guenny K. Pires.
Contract is a documentary film that tells the story of thousands of Cape Verdean contract workers who traveled to the Portuguese colony of Sao Tome and Principe to work in the 19th and 20th Centuries. Cape Verdeans, and workers from Portugal's other African colonies, were forced or coerced into contracts obligating them to work on coffee and cacao plantations on the islands of Sao Tome and Principe. After decades of brutally hard labor, contract workers were often forced to stay in Sao Tome and Principe, unable to secure passage home.
Many of the Cape Verdean contract workers featured in the film still hold on to memories of home. Filmmaker Guenny Pires blends the stories of Cape Verdean families affected by the contract labor system with interviews with experts to tell this little known chapter in Africa's history. The Cape Verdeans interviewed, including Pires' own uncle, share that after decades in Sao Tome and Principe, many have maintained their spiritual ties to their home. After marriages, children, and new lives established in Sao Tome and Principe, many of the Cape Verdean contract workers shown in the film expressed a strong desire to return home.
15/02/2010
Caboverdianos 'discriminados' no seu próprio país
Descendentes de caboverdianos nascidos em São Tomé e Príncipe, e mesmo naturais daquele arquipélago do Equador residentes em Cabo Verde, denunciaram este fim-de-semana, na cidade da Praia, que estão a ser discriminados pelas autoridades caboverdianas.
A denúncia surgiu durante uma reunião com o líder do MpD, Carlos Veiga, que prometeu interceder, inclusive, junto do governo de São Tomé, para ajudar a resolver os problemas desses indivíduos.
Poucos dias depois de um seu deputado ter visitado São Tomé e Príncipe, o MpD – através agora do seu líder – voltou a colocar a situação dos caboverdianos em São Tomé e Príncipe na ordem do dia.
Desta feita, são cidadãos descendentes de caboverdianos em São Tomé e Príncipe, ou mesmo cidadãos oriundos desse país do Equador, a dizerem que estar a ser alvo de discriminação.
Estes alegam dificuldades para obter um cartão de residência, passaportes e outros documentos, o que acaba por lhes dificultar a vida em Cabo Verde.
Alguns são, curiosamente, estudantes bolseiros pelo Estado de Cabo Verde.
Carlos Veiga, cujo governo, nos anos noventa, criou a lei do cidadão lusófono, diz não compreender a alegada discriminação de que são alvo os santomenses ou filhos de caboverdianos em São Tomé e Príncipe.
Independentemente disso, pelo número de santomenses em Cabo Verde, para Carlos Veiga, já se faz sentir a necessidade de o Estado de São Tomé e Príncipe fazer-se representar em terras caboverdianas, nem que seja por um consulado honorário.
BBC – 15.02.2010
07/01/2010
Cabo Verde prepara candidatura do Campo de Concentração do Tarrafal a Património Mundial
Na última fase, que se prolongou por 13 anos, estiveram no Tarrafal 238 combatentes da luta pela independência das colónias portuguesas.
O governo de Cabo Verde está a preparar a apresentação à Unesco da candidatura do ex-Campo de Concentração do Tarrafal, no norte da ilha de Santiago, a Património Mundial da Humanidade.
De acordo com declarações do presidente do Instituto de Investigação e Património Cultural (IIPC), a documentação do sítio histórico, já Património Nacional de Cabo Verde, será entregue à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), para apreciação em 2011 ou 2012.
As autoridades cabo-verdianas pretendem instalar no antigo campo de concentração do regime fascista e colinialista português um "Museu da Resistência". A candidatura a patrimônio mundial foi lançada em Abril do ano passado pelo primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves.
De acordo com declarações do presidente do Instituto de Investigação e Património Cultural (IIPC), a documentação do sítio histórico, já Património Nacional de Cabo Verde, será entregue à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), para apreciação em 2011 ou 2012.
As autoridades cabo-verdianas pretendem instalar no antigo campo de concentração do regime fascista e colinialista português um "Museu da Resistência". A candidatura a patrimônio mundial foi lançada em Abril do ano passado pelo primeiro-ministro cabo-verdiano José Maria Neves.
11/12/2009
Cabo Verde único país seleccionado pelos EUA para segundo "compacto" do Millennium Challenge Corporation
Cabo Verde foi o único país seleccionado pelos Estados Unidos para o segundo compacto de apoio financeiro ao desenvolvimento do arquipélago, disse quinta-feira na Praia a embaixadora norte-americana em Cabo Verde.
Marianne Myles sublinhou que a decisão, tomada quarta-feira em Washington pela administração do Millenium Challenge Corporation (MCA), confere «grande credibilidade» pela transparência da acção governativa, facto que ficou «provado» pela execução quase total do primeiro pacote, no valor de 110 milhões de dólares, e que termina em 2010.
Segundo a diplomata norte-americana, o organismo de assistência pública internacional do governo dos Estados Unidos acabou por reconhecer o «esforço» do governo cabo-verdiano «na procura de um desenvolvimento sustentado, no quadro de Estado de Direito Democrático, da Boa Governação e dos Direitos Humanos».
Em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa, Marianne Myles adiantou que o novo compacto (o primeiro teve início em 2004) começará a ser analisado a partir de Janeiro de 2010, em Washington, realçando que Cabo Verde «cumpriu todos os requisitos» na execução do primeiro pacote.
Marianne Myles sublinhou que a decisão, tomada quarta-feira em Washington pela administração do Millenium Challenge Corporation (MCA), confere «grande credibilidade» pela transparência da acção governativa, facto que ficou «provado» pela execução quase total do primeiro pacote, no valor de 110 milhões de dólares, e que termina em 2010.
Segundo a diplomata norte-americana, o organismo de assistência pública internacional do governo dos Estados Unidos acabou por reconhecer o «esforço» do governo cabo-verdiano «na procura de um desenvolvimento sustentado, no quadro de Estado de Direito Democrático, da Boa Governação e dos Direitos Humanos».
Em declarações à agência noticiosa portuguesa Lusa, Marianne Myles adiantou que o novo compacto (o primeiro teve início em 2004) começará a ser analisado a partir de Janeiro de 2010, em Washington, realçando que Cabo Verde «cumpriu todos os requisitos» na execução do primeiro pacote.
30/11/2009
Cabo Verde poderá aderir ao TPI
A adesão de Cabo Verde ao Tribunal Penal Internacional, TPI, está em vias de se tornar possível em breve, graças à revisão da Constituição da República.
Neste sentido começaram já os primeiros contactos entre a Cidade da Praia e aquele tribunal.
Tanto a Ministra da Justiça de Cabo Verde, Marisa Morais, como o constitucionalista Wladimir Brito destacam a importância de tal adesão.
Apesar de Cabo Verde ter aderido desde a primeira hora ao Tribunal Penal Internacional em 1998, o parlamento deste arquipélago continua por ratificar o chamado Tratado de Roma.
Isto porque a Constituição cabo-verdiana não permite a extradição de seus nacionais. Esta é, contudo, uma situação que se encontra em vias de ser ultrapassada com a revisão para dentro de dias da Constituição da República.
Para a Ministra cabo-verdiana da Justiça, Marisa Morais, o acordo assinado há dias pelo PAICV e MpD, com vista àquela revisão, vem, ao que tudo indica, resolver o problema da adesão plena de Cabo Verde ao TPI.
Entusiasta desde a primeira hora de um tribunal internacional para julgar os crimes contra a humanidade, o constitucionalista cabo-verdiano Wladimir Brito entende a adesão plena de Cabo Verde chega em boa hora.
Para Wladimir Brito, embora com alguns problemas pelo meio, o TPI constitui um grande passo para a humanidade, daí o seu apoio à adesão de Cabo Verde ao tribunal.
BBC – 30.11.2009
14/11/2009
Primeiro-ministro de CaboVerde sofre de dengue
Espera-se que José Maria Neves possa regressar ao serviço na próxima semana, mas entretanto são mais de 14 mil os casos suspeitos desta febre, 102 dos quais tiveram hemorragias. Já se registaram pelo menos seis óbitos.
Um segundo grupo da Assistência Médica Internacional (AMI) seguiu ontem de Lisboa para o arquipélago, onde uma equipa já se encontrava a actuar na ilha do Fogo, e está lá também, entre outros médicos portugueses, o chefe do Serviço de Infecciologia do Hospital de Egas Moniz, de Lisboa, Kamal Mansinho.
O Brasil, a França e a Holanda são países que também estão a ajudar Cabo Verde a combater esta doença causada por quatro vírus e que costuma ocorrer normalmente nas zonas tropicais.
A OMS afirma que 2500 milhões de pessoas (dois quintos da população mundial) se encontram em risco de contrair dengue, transmitido essencialmente pelo mosquito Aedes aegypti, mas também pelo Aedes albopictus.
PUBLICO - 14.11.2009
06/11/2009
Cabo Verde pede apoio internacional para combater epidemia da dengue
O Governo de Cabo Verde solicitou o apoio de vários países, entre eles Portugal, para fazer face à epidemia da dengue, que já provocou seis mortos e cerca de 9.000 infectados.
Segundo o primeiro-ministro José Maria Neves o arquipélago já solicitou ajuda aos "países amigos", por não dispor de meios suficientes para controlar a epidemia. "O Governo decidiu solicitar em regime de urgência apoio humano e de equipamentos a Portugal, Espanha, Brasil e Cuba para melhorar a capacidade de atendimento do Hospital Central da Praia, dos centros de saúde da Praia e do Hospital regional de São Filipe (Fogo) onde também há uma tendência crescente de casos da dengue".
José Maria Neves diz ainda que o Governo apresentou aos parceiros as necessidades do país neste momento, designadamente em termos de disponibilização de clínicos gerais, epidemiologistas e enfermeiros, equipamentos clínicos e de laboratório. "Há quase 9.000 casos, há necessidade de pormos todos os centros de saúde a funcionar e não temos pessoal suficiente", acrescenta.
Segundo o primeiro-ministro José Maria Neves o arquipélago já solicitou ajuda aos "países amigos", por não dispor de meios suficientes para controlar a epidemia. "O Governo decidiu solicitar em regime de urgência apoio humano e de equipamentos a Portugal, Espanha, Brasil e Cuba para melhorar a capacidade de atendimento do Hospital Central da Praia, dos centros de saúde da Praia e do Hospital regional de São Filipe (Fogo) onde também há uma tendência crescente de casos da dengue".
José Maria Neves diz ainda que o Governo apresentou aos parceiros as necessidades do país neste momento, designadamente em termos de disponibilização de clínicos gerais, epidemiologistas e enfermeiros, equipamentos clínicos e de laboratório. "Há quase 9.000 casos, há necessidade de pormos todos os centros de saúde a funcionar e não temos pessoal suficiente", acrescenta.
18/10/2009
Contributo para a História (Guiné-Bissau e CaboVerde)
Portugueses utilizaram divergências entre guineenses e cabo-verdianos para assassinar Amílcar Cabral
As autoridades militares portuguesas conseguiram liquidar Amílcar Cabral, dirigente do PAIGC, só à segunda tentativa e aproveitando-se das contradições existentes dentro do movimento de libertação nacional da Guiné Bissau e de Cabo Verde, escreve nas suas memórias o diplomata soviético Pavel Danilov.
Pavel Danilov, na altura 1º Secretário e Conselheiro da Embaixada da URSS na Guiné-Conacry considera que o general Spínola recebeu ordens para realizar uma operação militar contra a Guiné-Conacri com dois objectivos.
“O objectivo consistia em liquidar o estado-maior do PAIGC…Também era importante o facto de o PAIGC manter em Conacri presos de guerra portugueses, entre os quais havia parentes de influentes famílias portuguesas”, escreve Danilov em “Meses Agitados em Conacri”, publicado em Moscovo.
As autoridades militares portuguesas conseguiram liquidar Amílcar Cabral, dirigente do PAIGC, só à segunda tentativa e aproveitando-se das contradições existentes dentro do movimento de libertação nacional da Guiné Bissau e de Cabo Verde, escreve nas suas memórias o diplomata soviético Pavel Danilov.
Pavel Danilov, na altura 1º Secretário e Conselheiro da Embaixada da URSS na Guiné-Conacry considera que o general Spínola recebeu ordens para realizar uma operação militar contra a Guiné-Conacri com dois objectivos.
“O objectivo consistia em liquidar o estado-maior do PAIGC…Também era importante o facto de o PAIGC manter em Conacri presos de guerra portugueses, entre os quais havia parentes de influentes famílias portuguesas”, escreve Danilov em “Meses Agitados em Conacri”, publicado em Moscovo.
30/06/2009
Cabo Verde obtém de Portugal crédito de 500 milhões de euros
Os três acordos irão permitir o financiamento de projectos de infraestruturas habitacionais e portuárias, bem como de energias renováveis no arquipélago.
Os governos de Portugal e de Cabo Verde assinaram, segunda-feira, em Lisboa, os acordos que formalizam a criação de três linhas de crédito para o arquipélago num valor global de 500 milhões de euros.Os três acordos, assinados pelos ministros das Finanças de Portugal, Teixeira dos Santos, e de Cabo Verde, Cristina Duarte, irão permitir o financiamento de projectos de infraestruturas habitacionais e portuárias, bem como de energias renováveis no arquipélago.
18/05/2009
Governo e Geocapital criam Centro de Investigação para biocombustível
A criação do centro surge na sequência do projecto do Instituto Nacional de Investigação e Desenvolvimento Agrário (INIDA), no estabelecimento de parcerias público/privadas para o fortalecimento da linha de investigação de plantas oleaginosas fornecedoras de biocombustíveis.
Biocombustível é qualquer combustível de origem biológica que não seja fóssil e é criado pela mistura de uma ou mais plantas, como a cana-de-açúcar, mamona, soja, cânhamo, canola, babaçu, lixo orgânico, entre outros tipos.
No caso de Cabo Verde, a planta em causa é a purgueira (ou jatrofa), que cresce espontaneamente em todo o arquipélago e que pode ser semeada em qualquer lugar fora dos 10 por cento de terras aráveis (apenas cerca de 45.000 hectares).
Com a parceria, o INIDA aprovou, paralelamente, a retoma da investigação em culturas não-alimentares, com especial incidência em oleaginosas produtoras de biocombustíveis, iniciada nos anos 80, e permite a valorização das áreas marginais à produção agrícola em zonas áridas e semi-áridas.
Criada em Macau para “potenciar” o contexto económico e comercial do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), através da actual Região Administrativa Especial da China, a Geocapital tem uma presença “muito forte e relevante” nesses Estados e está a estudar um investimento na área financeira em Timor-Leste.
Ainda na área dos biocombustíveis com recurso ao aproveitamento da purgueira, a Geocapital acredita que a plantação desta espécie vegetal na Guiné-Bissau e em Moçambique deverá ser iniciada no final de 2009 ou início de 2010, acção que permitirá iniciar a produção de biocombustível em dois ou três anos.
(macauhub) - 18.05.2009
03/05/2009
Tarrafal: "Há distorções a corrigir"
Discursando sexta-feira na sessão de encerramento do Simpósio Internacional sobre o Campo de Concentração do Tarrafal, que decorreu na vila homónima situada no norte da ilha de Santiago, Pedro Pires sustentou que os historiadores terão de a ver "de modo realista, objectivo e descomprometido com conveniências patrióticas".
"Coloca-se a necessidade de, num acto de memória e sob um ângulo científico, crítico, descomplexado e despido de apologias justificantes, revisitar frequentemente a História", referiu.
Pedro Pires aludia às frequentes discrepâncias na história das independências dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP - Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e São Tomé e Príncipe), cujas "conveniências patrióticas" distorcem os factos reais.
"A história deve ser reelaborada, ou melhor, aperfeiçoada, de forma sistemática, porque há distorções a corrigir, omissões a regular e esquecimentos ou vazios premeditados a rememorar. Cabe aos historiadores de hoje rever a situação, na medida em que não precisam de justificar os factos, devendo, tão-somente, narrá-los de forma objectiva, realista e científica", frisou Pedro Pires.
Repensar a história
"Para os africanos, é crucial repensar a sua história. Para isso, devem usar a sua própria lente: olhar para nós mesmos, com a nossa própria visão da História e do Mundo. Há que ver o nosso percurso histórico, as nossas forças e fraquezas, através da nossa percepção de nós mesmos e não recorrer à percepção dos outros, mesmo que sejam as mais eruditas", sustentou.
Para uma melhor compreensão da questão, Pedro Pires recorreu a um provérbio africano: "Enquanto os leões não tiverem os seus próprios historiadores, as histórias da caça continuarão a glorificar o caçador".
Na ligação feita do tema da sua intervenção ao Simpósio, o chefe de Estado cabo-verdiano lembrou que foram patriotas de Cabo Verde que, uma semana após a Revolução dos Cravos em Portugal (25 de Abril de 1974), "decidiram enfrentar e derrubar o símbolo mais significativo e mais temido", no arquipélago, "do sistema opressivo colonial e da ditadura salazarista: o presídio do Tarrafal".
"A decisão e a determinação dos nacionalistas cabo-verdianos surpreenderam as autoridades coloniais. A inteligente antecipação das várias consequências do 25 de Abril e no seu imediato aproveitamento colocaram as autoridades coloniais em estado de desorientação, na defensiva e perante um dilema irresolúvel: reprimir ou não reprimir. Qualquer das opções tinha consequências desfavoráveis para o poder colonial", contou.
"(A autoridade colonial), impotente, optou pela cedência, pois já se encontrava extremamente abalada com a derrocada dos principais pilares do regime e com as derrotas políticas e militares. Naquelas circunstâncias, a alternativa de repressão não seria praticável. Assim, começou, nestas ilhas, o desmoronamento do sistema de dominação colonial", reivindicou.
Para Pedro Pires, o encerramento do "Tarrafal", a 01 de Maio de 1974, há precisamente 35 anos, revestiu-se de um "forte simbolismo", pois permitiu "mostrar a impotência e o esgotamento a que tinha chegado o domínio colonial, sendo, por essa razão, "um marco relevante no processo de conquista da independência" de Cabo Verde.
LUSA - 02.05.2009
09/04/2009
Uma ‘história de sucesso’ de uma economia dependente do exterior
Cabo Verde é “uma história de sucesso africana”, sobretudo pela estabilidade e funcionamento das instituições, mas também uma economia muito dependente do exterior que, por isso, sofrerá com a actual crise, afirma a Standard & Poor s, a agência internacional de notação de crédito.
“As instituições políticas e a estabilidade cabo-verdianas estão entre as mais fortes de África e são uma boa plataforma para enfrentar os desafios relacionados com os desequilíbrios da economia. As autoridades demonstram forte e sustentado empenho na reforma económica, que contribuiu para uma robusta expansão económica nos últimos anos”, refere a Standard & Poor´s no seu mais recente relatório sobre o arquipélago, datado de Março.
Leia em: http://www.canalmoz.com/default.jsp?file=ver_artigo&nivel=1&id=8&idRec=5452
29/09/2008
Cabo Verde condiciona nova ortografia a acordo com Portugal
No Brasil, Lula promulgou hoje o Acordo Ortográfico, que vai vigorar no país a partir de janeiro e que terá implantação gradual até 2012, quando se torna obrigatório.
Cabo Verde, São Tomé e Portugal já promulgaram o Acordo mas o governo do arquipélago cabo-verdiano entende que “a calendarização da entrada em vigor” deve ser combinada entre Portugal e os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (Palop).
Manuel Veiga entende que o Brasil, se assim o quiser, pode fazê-lo sozinho, porque é nesta matéria “auto-suficiente” (produz por exemplo os seus próprios livros escolares).
“Mas nós não somos. Sobretudo os Países Africanos de Língua Portuguesa têm muita cumplicidade com Portugal, não só na parte gráfica mas também em matérias científicas e acadêmicas”, disse o ministro, defendendo por isso “uma concertação para uma calendarização”, tendo também de haver em Cabo Verde acordo entre o Ministério da Cultura e o da Educação.
“Portugal e os Países Africanos de Língua Portuguesa devem andar em sintonia, dada a cumplicidade e a cooperação nesta matéria. Precisamos dessa harmonização porque se o Acordo fracassar é um fracasso para todos”, reafirmou Manuel Veiga à Lusa, lembrando que antes do final do ano haverá uma reunião de todos os ministros da Cultura dos países de Língua Portuguesa, precisamente para debater o Acordo Ortográfico.
LUSA - 29.09.2008
29/09/2008 in Cabo Verde, CPLP - LUSOFONIA, Letras e artes - Cultura e Ciência | Permalink | Comments (1)
06/08/2008
Cabo Verde, quem diria, país de imigração
Gláucia Nogueira *
País de desenvolvimento médio a receber injecções de dinheiro do fundo norte-americano Millenium Challanger Account; «descoberto» e identificado como extremamente apetecível do ponto de vista turístico para os mercados europeus; na mira dos grandes grupos hoteleiros e imobiliários, Cabo Verde vive actualmente um boom no sector da construção e grandes obras públicas infra-estruturais.
Naturalmente, alguém tem de pôr a mão na massa. Como os cabo-verdianos continuam a emigrar para os países das suas já instaladas comunidades – onde trabalham nas obras, entre outras actividades – ou a esperar as remessas que de lá chegam, o mercado de trabalho que se abriu na construção está a ser preenchido por trabalhadores do continente africano – Guiné- Bissau e Senegal aparecendo como principais exportadores dessa mão-de-obra, mas também Mali, Serra Leoa, Guiné-Conacri, Gana e Nigéria, segundo dados dos Serviços de Fronteira.
Tanto é assim que já existem, na Praia, associações de imigrantes provenientes do Senegal e da Guiné-Bissau. E como todos os que mudam de país levam consigo a sua cultura e acabam sempre por imprimir elementos dela aos locais de acolhimento, já há, por exemplo, mesquitas em Cabo Verde, e as datas do Islão são assinaladas.
Mas não é só nas obras que trabalham os imigrantes africanos em Cabo Verde. É comum encontrá-los como vigilantes de obras ou guardas-nocturnos. Da paisagem urbana faz agora parte a figura do vendedor ambulante a circular carregado de relógios baratos, roupas, óculos de sol, colares e outras bugigangas. Há os que remendam sapatos e os que costuram num canto de rua, sob uma árvore ou marquise, e são das poucas pessoas cujo trabalho não é afectado pelos frequentes apagões na capital.
Como comerciantes de artesanato, têm um marketing imbatível face à timidez mercante dos nacionais e fazem grande concorrência aos produtos locais, que os artesãos cabo-verdianos produzem em pequena quantidade e que têm fraquíssima visibilidade lá onde é preciso tê-los à venda: nos locais onde circulam turistas. Nestes locais, a prostituição é outro item da concorrência que veio do continente, impondo- se no mercado das ilhas.
Além da situação económica favorável do país quando comparada com os locais de origem dos imigrantes, há ainda a considerar o processo em curso da Parceria Especial
Cabo Verde/União Europeia, no âmbito da qual surge a recente Declaração Conjunta incidindo sobre a mobilidade entre o país insular e o bloco europeu. Em perspectiva, novas condições na concessão de vistos para o Espaço Schengen, e Cabo Verde vai-se tornando cada vez mais apetecível. Naturalmente que a UE exigirá como contrapartida a colaboração de Cabo Verde no combate à imigração clandestina, o que, aliás, já vem acontecendo.
* Artigo publicado na edição de Julho da Revista África 21
03/07/2008
Primeiro-ministro de Cabo Verde denuncia governo de Mugabe
"As eleições não podem ser nenhuma farsa, têm que ser livres e transparentes", afirmou José Maria Neves, em Madrid.
O primeiro-ministro de Cabo Verde, José Maria Neves, disse nesta quinta-feira (3), em Madrid, que a comunidade internacional não pode pactuar com o regime do presidente do Zimbabwe, Robert Mugabe.
"É preciso que as eleições em todos os países africanos sejam livres e transparentes. Não considero que estas eleições no Zimbabwe tenham sido livres e transparentes. Espero que haja bom senso e que a democracia possa vingar no Zimbabwe", afirmou José Maria Neves em declarações à agência portuguesa de notícias.
"É preciso liberdade de expressão e de criação de partidos políticos. É isso que tem que acontecer e portanto as eleições não podem ser nenhuma farsa, têm que ser livres e transparentes", afirmou.
Sobre a posição de Cabo Verde face ao novo governo do Zimbabwe, o oprimeiro-ministro cabo-verdiano declarou-se "solidário com a oposição zimbabweana", afirmando que apesar do governo Mugabe "não precisar do reconhecimento de Cabo Verde", a comunidade internacional "não pode pactuar com atitudes desta natureza".
AFRICA21 - 03.07.2008
26/11/2007
Portugal vai conceder 140 milhões de euros em dois empréstimos
O ministro português das Finanças, Teixeira dos Santos, que se deslocou a Cabo Verde para a assinatura desses empréstimos, disse que os mesmos apresentam "condições favoráveis e vantajosas para Cabo Verde" sendo concedidos a uma taxa de juro abaixo da do mercado.
O primeiro empréstimo de 100 milhões destina-se aos portos da ilha do Fogo e de Santiago e o segundo, de 40 milhões de euros, irá financiar projectos de infra-estruturas rodoviárias nas ilhas de Santo Antão, S. Vicente, Maio e Fogo, de acordo com a ministra das Finanças de Cabo Verde, Cristina Duarte.
Durante a sua permanência na capital, Teixeira dos Santos juntou-se a membros do governo de Cabo Verde para inaugurar a Circular da Praia, uma rodovia financiada por Portugal.
A Circular liga a zona do aeroporto, a leste da capital, à saída oeste da Praia, a caminho da Cidade Velha. Com duas faixas, betonada, a circular vai permitir um melhor escoamento do trânsito na cidade.
Com um custo a rondar 27 milhões de euros e considerada a mais importante via rodoviária de Cabo Verde, a Circular tem uma extensão de 17 quilómetros e cada faixa de rodagem 3,25 metros, com um separador central de 1,5 metros.
(macauhub) - 26.11.2007
28/10/2007
O início do longo caminho para os padrões europeus
Por José Sousa Dias da Agência Lusa
Isso mesmo está expresso no documento que delimita os compromissos da Cidade da Praia e Bruxelas, na sequência do anúncio feito quarta-feira em Lisboa pelo presidente em exercício da UE, o primeiro-ministro português, José Sócrates, sobre a concessão do "Estatuto de parceria Especial junto da União Europeia" a Cabo Verde, .
O estatuto especial que Cabo Verde vai formalmente obter junto da União Europeia (UE) em Novembro tem um plano de acção, que congrega a lógica de aproximação entre a Europa e África, abrindo um precedente aos Acordos de Cotonou, entre os "27" e os países de África, Caraíbas e Pacífico (ACP).
Além de definir os processos de financiamento, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento (FED) e com o aval do Banco Europeu de Investimentos (BEI), o acordo prevê também a criação de uma comissão de acompanhamento da parceria especial.
Na quarta-feira, a Comissão Europeia, depois de aprovar a comunicação sobre o futuro estatuto de Cabo Verde junto da UE, remeteu o documento para o Parlamento Europeu (PE), que terá de o ratificar, e para o Conselho de Assuntos Gerais dos "27", que o aprovará definitivamente na sua reunião de 19 de Novembro próximo.
Ainda por definir estão os montantes em causa, ficando, para já, a certeza, de que as autoridades cabo-verdianas vão ter acesso a fundos europeus, em condições mais privilegiadas.
No que diz respeito às acções para o "pilar" da Boa Governação, ficaram definidos quatro objectivos principais, destacando-se a consolidação e aprofundamento da democracia, do Estado de Direito, do respeito pelos Direitos Humanos e das Liberdades Fundamentais e da participação da sociedade civil.
Por outro lado, haverá também acções para a promoção das reformas dos sectores da justiça, tendo como pano de fundo também a luta contra a corrupção, a reforma das finanças públicas e da administração e boa gestão dos recursos naturais, mais especificamente dos marinhos e haliêuticos (pescado).
Sete eixos fundamentais articulam o "pilar" da Segurança e Estabilidade, afinal, o principal objectivo do acordo de parceria especial - em contraponto com a estratégica pretendida entre os "27" e o continente africano - negociado com Cabo Verde.
O sector da segurança, aliás a principal preocupação de Bruxelas para a aceitação do Estatuto, beneficiou com o argumento apresentado pela presidência portuguesa, que se valeu sobretudo da garantia do arquipélago permitir a extensão da fiscalização das fronteiras marítimas europeias ao Atlântico Médio (Macaronésia).
Combate à criminalidade, reforço das capacidades de vigilância e da Zona Económica Exclusiva (ZEE), formação, criação de um sistema de informação, com capacidade de pesquisa, análise e tratamento em cooperação com congéneres europeias, são as principais áreas de intervenção, em que o objectivo é claro.
Trata-se da integração de cabo Verde nos sistemas colectivos de segurança, visando a luta contra o tráfico de droga, imigração ilegal, tráfico de armas e branqueamento de capitais, entre outros.
Na vertente da Transformação, Modernização e Convergência Técnica e Normativa pretende-se a criação de redes e parcerias estratégicas, aos mais variados níveis, o apoio à construção de infra-estruturas e aos transportes terrestres, aéreos e marítimos.
A promoção da investigação e do desenvolvimento e trocas científicas e tecnológicas, bem como a educação e formação profissional e ainda das tecnologias da informação e da comunicação assinalam o que de mais importante há a fazer no "pilar" da Sociedade do Conhecimento e da Informação.
Por fim, com a componente da Luta contra a Pobreza e pelo Desenvolvimento, a parceria com Cabo Verde visa apoiar o executivo cabo-verdiano nos programas de acção governamental no quadro do Documento Estratégico de Crescimento e de Redução da Pobreza (DECRP).
Por outro lado, os "27" prestarão todo o apoio ao plano de acção e à aproximação de Cabo Verde à Europa, sobretudo no que diz naturalmente respeito aos objectivos consignados no estatuto de parceria especial.
Momento histórico nas relações entre os dois continentes, tal como já consideraram os governos de Cabo Verde e de Portugal, a obtenção do Estatuto vai transformar-se num dos pontos fortes da agenda Cimeira UE/África, marcada para 08 e 09 de Dezembro próximo em Lisboa, restando agora saber se outros países africanos, ao abrigo deste precedente, quererão também ultrapassar a barreira da parceria estratégica para obter a "especial".
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 25.10.2007
27/10/2007
Cabo Verde ganha estatuto especial com União Europeia
O primeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, agradeceu ontem pessoalmente em Bruxelas ao presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, pelo seu empenho num processo de aproximação entre Cabo Verde e a União Europeia (UE). O processo, iniciado há uns anos UE para Cabo Verde, oficializada esta quarta-feira pela Comissão Europeia.
O anúncio foi feito em Lisboa pelo primeiro-ministro português, José Sócrates, na sua qualidade de presidente em exercício da UE.
Há dois anos, em Portugal, o ex-Presidente Mário Soares e o professor Adriano Moreira lideraram um movimento de defesa de adesão de Cabo Verde à UE, invocando a "identidade cultural" como critério de adesão para países como Cabo Verde ou a Turquia. Porém, a hipótese de adesão nunca foi assumida de forma oficial pelos governos português e cabo-verdiano, que privilegiaram sempre a opção mais consensual de parceria especial estratégica. Foi nesse caminho, e não no sentido de uma adesão plena, que Portugal teve um papel dominante dentro da UE.
"Foi com Durão Barroso enquanto primeiro-ministro de Portugal que se iniciou o processo" de aproximação, recordou José Maria Neves, citado pela Lusa, numa conferência conjunta no final de um encontro com o presidente da Comissão Europeia, em Bruxelas. "É um momento muito significativo na histórica relação entre a União Europeia e Cabo Verde", afirmou por seu lado Durão Barroso, explicando que esta parceria estratégica é "um sinal político forte" do reconhecimento da "especificidade" de Cabo Verde.
A parceria especial com a UE, e também com a NATO, é um dos principais objectivos da política externa do arquipélago, que vive com poucos recursos e uma grande dependência financeira externa. Apesar disso, Cabo Verde tem conseguido manter uma estabilidade política, atrair investimento e está entre os quatro países com a produção por habitante mais elevada dos 15 estados da região. Pelo bom desempenho, o arquipélago passará, a partir de Janeiro de 2008, da categoria de países menos avançados (PMA) para o grupo dos países de rendimento médio, deixando assim de ter acesso a apoios internacionais.
Em contrapartida, com este novo estatuto, Cabo Verde pode beneficiar do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional destinado às regiões ultraperiféricas da UE como os Açores, a Madeira e as Canárias.
A parceria especial com a UE era um objectivo da política do primeiro-ministro, José Maria Neves.
PÚBLICO - 26.10.2007
23/12/2006
Empresa americana prepara venda da companhia aérea cabo-verdiana
Ao conferir posse aos novos administradores da empresa, o ministro cabo-verdiano das Infra-estruturas, Transportes e Mar, Manuel Inocêncio Sousa, disse acreditar que a TACV, antes do final de 2007, "estará pronta para ser privatizada"
Inocêncio Sousa fundou o seu optimismo no facto de a nova empresa gestora, escolhida através de concurso internacional, possuir "um bom currículo e pessoas com uma experiência considerável neste tipo de trabalho".
A TACV atravessa actualmente uma prolongada crise financeira, situação que a Sterling Merchant e a sua parceira alemã Morz Transport Consult deverão contornar para que aquela possa ser privatizada em condições vantajosas para o Estado cabo-verdiano.
A primeira acção da Sterling Merchant será realizar um diagnóstico da situação actual da TACV, para traçar novas metas visando racionalizar os custos e definir um plano estratégico, que "a possa projectar no futuro como uma boa companhia, sólida e capaz de dar suporte" às necessidades de desenvolvimento de Cabo Verde.
O Canadiano Gilles Filiatreault, novo director-geral da TACV designado pela Sterling Merchant, acredita ter, nas próximas semanas, uma perspectiva clara da situação da empresa para fazer o diagnóstico.
"Creio que 12 meses é o período adequado para fazer a reestruturação da TACV. Nesta primeira etapa vou manter encontros com o pessoal da empresa e dentro de seis a oito semanas teremos uma visão da companhia", precisou.
A Sterling Merchant já trabalhou na reestruturação de várias companhias aéreas de África e Ásia, entre elas as da Mauritânia e Maurícias.
No seu palmarés consta também a gestão do processo que conduziu à "decomposição" da Air Afrique.
A reestruturação da TACV vai custar 950 mil dólares americanos a serem disponibilizados no âmbito do programa de Crescimento e Competitividade do arquipélago financiado pelo Banco Mundial.
Esta privatização é um compromisso assumido pelo Estado cabo-verdiano desde os finais dos anos 90 com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e com o Banco Mundial, mas que vem sendo sucessivamente protelado.
O actual Executivo liderado pelo primeiro-ministro José Maria Neves assumiu no seu programa que o processo de alienação da participação do Estado no capital da companhia aérea deverá estar concluído até meados do actual mandato que se prolonga até 2011.
16/06/2006
Cabo Verde vai ser vendido à NATO e aos Estados Unidos?
Foi grande a minha surpresa e apreensão ao saber há poucos dias através da imprensa cabo-verdiana que, segundo a ministra da Defesa, Cristina Fontes, Cabo Verde está em vias de negociar um acordo com os Estados Unidos que irá permitir à Guarda Costeira Americana patrulhar em permanência a sua Zona Económica Exclusiva (ZEE).
A notícia é tanto mais preocupante se tivermos em conta que Cabo Verde já autorizou a NATO a realizar este ano no arquipélago exercícios militares de grande dimensão, os exercícios Steadfast Janguar2006.
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12/04/2006
Força aerea brasileira inicia voos regulares para Guiné e Cabo-Verde
A Força Aérea brasileira iniciou hoje um voo regular para três países da África Ocidental - Cabo Verde, Guiné-Bissau e Senegal - com o objectivo de melhorar a cooperação e a assistência humanitária.
A iniciativa visa, segundo a Embaixada do Brasil na Cidade da Praia, o reforço da cooperação do Brasil com aquela sub-região da África Ocidental, sendo os voos «apenas o início».
A ligação aérea - cuja periodicidade ainda não está definida - vai servir ainda para dar apoio logístico e administrativo às embaixadas nestes três países, bem como às respectivas comunidades brasileiras, disse a mesma fonte.
O primeiro voo, que chegou ontem ao aeroporto da Praia, transportou material destinado ao Centro de Formação Profissional que o Brasil está a construir na Cidade da Praia, e«kits» de medicamentos.
No mesmo voo chegaram oito estudantes guineenses que terminaram os seus estudos superiores no Brasil, no âmbito da cooperação na área da educação, e não tinham meios para regressar ao seu país.
Além da área da cooperação e assistência humanitária, estes voos servirão para promover a cultura, transportando nomeadamente artistas.
EXPRESSO AFRICA - 11.04.2006