sábado, 5 de outubro de 2019

Filho de Armando Guebuza com um pé fora da cadeia!


Há muito que temos vindo a dizer que a prisão dos implicados nas famigeradas dívidas ocultas tinha fins eleitoralistas. Tratou-se de um expediente da Frelimo e de Filipe Nyusi para conquistar o eleitorado. E muitos caíram como patinhos. São esses que seguem a Frelimo em tudo. Exaltam o nome do partido e fazem vista grossa ao seu mau desempenho como partido do Governo. A corrupção protagonizada por membros seniores da Frelimo é um facto. Relatórios internacionais dizem o mesmo. A verdade prova isso.
A corrupção não é só da Frelimo, mas encontra neste partido os seus mestres, os ladrões graúdos!
E agora o Tribunal Supremo, num acórdão de Agosto último, diz que é ilegal a manutenção da prisão de Ndambi Guebuza e Inês Moiane, filho primeiro de Armando Guebuza e sua secretária particular, respectivamente. Então por que não os solta? Para não embaraçar a provável reeleição de Filipe Nyusi. Mesmo os que seguem o partido cegamente iriam despertar. Iriam perceber que estas prisões eram teatrais. Não houve nenhuma intenção de se fazer justiça. Foi manipulação política. Houve acordo entre cavalheiros. Não é à toa que Armando Guebuza disse que há muita poeira. Ele sabia do acordo. Fingir que estamos a prender para depois soltar quando a vitória nas eleições for consumada. Maquiavelismo!
O tempo de prisão preventiva de Ndambi Guebuza esgotou. A sua prisão é ilegal. Deve ser restituído à liberdade. É de Lei. O Tribunal Supremo, no seu acórdão, não diz que Ndambi Guebuza e Inês Moiane devem ser soltos. Porquê? Quer salvaguardar interesses políticos e a própria imagem da justiça. Uma eventual soltura, antes das eleições, dos arguidos ligados às dívidas ocultas teria os mesmos efeitos que o napalm para a Frelimo. Os camaradas não sobreviveriam.
Contudo, é só questão de dias. Depois das eleições, Ndambi Guebuza e companhia irão para casa. A culpa será tua, caro eleitor, que terá legitimado esses bandidos. Aqui não houve falha do tribunal em não seguir com os prazos para acusar esses ladrões. Tratou-se de uma acção desenhada a pormenor. Premeditada. Aliás, dá para perceber porquê querem Manuel Chang aqui.
Aqui não há justiça. Há, sim, homens e mulheres de togas que recebem ordens do poder político para agirem. São moços de recados da Frelimo. Aqui não existe nenhuma Beatriz Buchili com poder para mandar prender Helena Taipo ou qualquer outro governante da Frelimo. Tudo depende, a esta altura, de Filipe Nyusi. E como prender esse mesmo Filipe Nyusi se ele tem a faca e o queijo na mão? Ele não está, até prova em contrário, implicado nas dívidas ocultas? Isto é uma merda!
Justiça Nacional

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