Contextualizando as lamentações de Filipe Nyusi!
Quando o Presidente da Republica disse há dias que está a ficar tarde para acabar com a insurgência em Cabo Delgado, não se enganou. De facto está a ficar tarde. Todavia, o Presidente devia fazer mais do que lamentar. Os ataques, naquela província, sucedem-se. Pessoas estão a morrer. São moçambicanos. Portanto, nossos compatriotas. E Filipe Nyusi diz simplesmente que está a ficar tarde? O povo não escolheu um líder para lamentar-se. Ele, em 2014, prometeu que ia resolver os problemas dos moçambicanos. Não conseguiu. Mas agora volta a dizer o mesmo. É de confiança? A nós nos parece que estamos a lidar com um charlatão, um tratante.
Filipe Nyusi devia ter entendido, primeiro, que o Moçambique que temos hoje não é o mesmo que foi liderado por Joaquim Chissano ou Armando Guebuza. O gás com que nos contentamos e falamos dele em toda a ocasião, trás consigo problemas. Um deles é a insegurança que se vive em Cabo Delgado, epicentro dessa riqueza. Ninguém assalta um pobre. Isto é elementar. Com a riqueza que se avizinha, Moçambique tornou –se um País de que se fala mundialmente. Isto desperta cobiça, ódio, aproveitamento e agressões como os que assistimos.
O Governo devia ter se preparado melhor para defender o País. Temos fronteiras frágeis. Todo mundo entra e sai de Moçambique como melhor lhe convier. Qual é a função do SISE? O que o Governo até aqui fez para proteger o País? A única informação que temos sobre alguma iniciativa de proteger a zona costeira moçambicana foi aquele projecto que terminou em descalabro: as dívidas ocultas. Quer dizer, ao invés de se canalizar o dinheiro para o que efectivamente interessava, banquetearam-se. E o Presidente também foi um dos ilustres convidados nessa festança. E agora lamenta.
Que lamentasse antes de deixar os barcos da Ematum enferrujarem. Que lamentasse antes de receber o quinhão das dividas ocultas. Dizemos isto porque tudo indica que Filipe Nyusi também meteu no bolso esse dinheiro. Ele nunca conseguiu provar o contrário. Quando é questionado sobre isto, zanga. Ameaça. Desvia a conversa…
Os ganhos de gás, Presidente, trazem também suas vicissitudes. Uma delas é isto: a instabilidade em Cabo Delgado. Antes de se falar nessa riqueza a paz reinava lá. Eram pobres, sim, mas não eram degolados. Devíamos ter nos preparado melhor e isso cabia a quem dirige o País. Qualquer individuo, só para usarmos isto como analogia, quando começa a ter um congelador em casa, um televisor, uma boa aparelhagem, um carro Vitz, etc., preocupa-se em gradear a casa. Sabe que o que tem vai despertar a cobiça do ladrão. Então, como é que um País que vai passar a produzir enormes quantidades de gás não apetrecha a sua segurança? Em que é que o Governo confiava?
Parte dos ganhos de gás devia servir para a nossa segurança e não para financiar eleições. Isto está errado e Filipe Nyusi precisa de aprender a governar. Isto lhe ultrapassa e a sua assessoria, avaliando pelo que transpira cá para fora, é medíocre. Moçambique não tem Governo!
E neste andar, corremos o risco de só nos concentrarmos na situação de Cabo Delgado quando amanhã Moçambique inteiro poderá estar desestabilizado. É impensável que até hoje ainda não se conheça o rosto do inimigo. Afinal o que faz a inteligência neste País? Negoceia em nome do Estado para fins obscuros, como o que aconteceu com malta Gregório Leão? É esta a sua vocação? Tu, Moçambique, estás na m*da!
E neste andar, corremos o risco de só nos concentrarmos na situação de Cabo Delgado quando amanhã Moçambique inteiro poderá estar desestabilizado. É impensável que até hoje ainda não se conheça o rosto do inimigo. Afinal o que faz a inteligência neste País? Negoceia em nome do Estado para fins obscuros, como o que aconteceu com malta Gregório Leão? É esta a sua vocação? Tu, Moçambique, estás na m*da!
(Justiça Nacional, siga-nos no Facebook)
Sem comentários:
Enviar um comentário