Eleições 2019
Frelimo e Nyusi na Dianteira
Contra factos não há argumentos. Se a oposição no seu todo toca a cassete de campanhas anteriores com meia dúzia de gatos pingados presente em comícios, o mesmo não acontece com Nyusi e a sua entourage. Cada comício é um espectáculo, com multidões a aderirem em massa. Voluntariamente, milhares de eleitores – homens, mulheres e crianças – enchem estádios, praças públicas e aeroportos. Apesar de uma ou outra falha técnica, o cenário é no mínimo hilariante, galvanizante e empolgante - e desafiante também, obviously -, deixando perplexo um Steve Banon, gerenciador da campanha eleitoral de Trump.
O trunfo de Nyusi e do seu glorioso partido, referem especialistas, reside no facto de ter granjeado as simpatias da fina-flor da intelectualidade nacional, desde historiadores, analistas políticos, consultores, encenadores, dramaturgos, para além de conhecidas figuras do Jet Set.
A oposição acaba de sofrer duro golpe. O adversário tirou da cartola mais um trunfo. Inesperado: a incontornável Matilde Conjo. Um gesto bem calculado. Quando nas mentes do eleitorado adormecia a figura carismática de Francisco.
No seio da oposição reina o confusionismo. Os mais lúcidos começam a planear a edição de 2023. Os xipfukelani assimilam os ensinamentos de Lausana (antes tarde do que nunca). Juntos, estudam o fenómeno Nyusi, pondo de parte insignificâncias, pequenas gotículas de agá dois ó no oceano, como recenseamentos viciados, desvio de urnas, troca de cadernos eleitorais, boletins de voto pré-preenchidos, urnas com boletins extra e outras especialidades do legado Frelimo, sem olvidar o deployment no terreno dos mocetões da FIR/UIR
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