terça-feira, 27 de agosto de 2019

AVENTURA POLÍTICA DE MARIANO NHONGO E CEGUEIRA PSICOLÓGICA DE OSSUFO MOMADE


AVENTURA POLÍTICA DE MARIANO NHONGO E CEGUEIRA PSICOLÓGICA DE OSSUFO MOMADE
Por: Bernardino Tomo
Todos políticos são diferentes uns dos outros, mas existem padrões de comportamentos típicos que se repetem com destaque para a rejeição de liderança. Estamos em pleno ano eleitoral caracterizado por muita agitação desnecessária.
A eleição de Ossufo Momade (em Janeiro deste ano, no VI Congresso da Renamo, em Gorongosa) para o cargo do presidente da Renamo foi mais forte que as décadas de convivência entre os guerrilheiros: semeou a ganância, frustração e rivalidade, rompeu os laços de afinidade entre os membros da Renamo…enfim, gerou o desconforto.
O surgimento de Mariano Nhongo, um paraquedista político que ganhou fama num curto espaço de tempo, está ofuscar o brilho da paz que os moçambicanos tanto precisam. Nhongo contesta a presidência de Ossufo Momade, invalida o acordo de paz definitiva assinado recentemente, em Maputo e exige a renúncia de Ossufo que é acusado de isolar os oficiais que estiveram sempre ao lado do antigo líder do maior partido da oposição, Afonso Dhlakama. Nhongo reclama a exclusão de vários guerreiros das forças da Renamo do processo de Desarmamento, Desmilitarização e Reintegração (DDR).
A luta pelo trono é tão renhida que até fez nascer a famosa Junta Militar (retalho do partido Renamo) liderada pelo Nhongo, que desde o seu surgimento tem vindo a criar um clima que suscita recheio de ameaças. Modéstia à parte, mas o nosso processo eleitoral não deve ficar condicionado por causa de disputa de dois irmãos.
Ossufo já está envolvido em passeatas que marcam o arranque da sua pré-campanha e finge que desconhece as reais motivações da fragmentação do seu partido. Enquanto isso, Nhongo está empenhado em criar terror e não esconde a sua intenção de candidatar-se às eleições presidências porque até exige o adiamento das eleições de 15 de Outubro próximo.
Nas rixas de políticos todos saem prejudicados quando não se aposta no pedido de desculpas e reconhecimento dos erros cometidos. É importante que o desconforto existente dentro da Renamo cesse, o mais rápido possível, de modo que todos (guerrilheiros) vivam em harmonia e num ambiente de verdadeira reconciliação.
O fim do actual panorama de luta pelo tacho que se vive na Renamo depende da necessidade de uma das partes dar os primeiros passos e passar por cima de tudo. Portanto, Ossufo e Nhongo devem conversar francamente para cada um expressar os seus sentimentos, compreender o posicionamento do outro e perceber que o erro é humano (como se diz na gíria popular).
NO DIA 15 DE OUTUBRO QUEREMOS VOTAR EM PAZ!
Comentários
  • Sebas DA Paz Maculuve palavra sabias
  • Miro Julio Julio REALMENTE
  • Orlando Chirrinze Bravo! E mais: cabe ao Ossufo Momade (re)unir a família Renamo e provar que é um presidente que merece dirigir um partido atípico (constituído pela ala política e pela ala militar). A bem da Paz, que os dois se entendam ou, se Nyongo decidir agir individualmente, será abatido como um cão tinhoso.
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  • Mbito Mazive NHONGO VAI MORER DA MESMA FORMA COMO MOREU KHADAFE COM A SUA RAZAO
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  • Rogerio Sizwa Muianga Bela reflexão meu caro, mais e importante tomar em conta o seguinte a RENAMO sempre que se a vizinha eleições ha sempre um ruido ou uma crise. No que tange ao actual cenário julgo eu que o Nhonga esta por em causa um acordo de duas partes. Cabe apenas a uma parte por fim a este bem como? Mais do que isso tomando em conta ameaça que ele representa como se explica esta acessibilidade por parte da imprensa?
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  • Nelto Luís Boa reflexão do irmão. 
    A RENAMO como qualquer outro partido político sempre teve problemas, mas não até este nível. Realmente é preocupante que os dois não tenham ainda que sentar e terem um debate político, reconhecerem que são diferentes, que Ossufo
     Mamade se (re)afirme como verdadeiro e merecido líder porque, se ele não fizer isso, parece que existem dois presidentes do mesmo partido (RENAMO). Nhongo pode ter razão, mas se ele estiver mesmo a agir sozinho, não poderá vencer esta luta.
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  • Morbid Baelish São pessoas diferentes com mesmas ambições, O PODER.
    O mais caricato é que estas rivalidades não são para melhorar o ambiente social, mas sim para pregar as suas garras nos benefícios financeiros acordados no processo reconciliação. 
    Todos estes querem
     paz financeira, somente isto. 
    Não existe empatia, não existe amor ao próximo. A política é somente jogo de poder para beneficiar uma camada ínfima. 
    É uma maldição que Moçambicano vai carregar até o dia em que o povo decidir acordar. 
    Mas como acordar? Todos temem, alguns não sabem como mudar este cenário. 
    Não importa quem votarmos, obscuras ambições abraçam estes senhores. Esta sede pelo poder revela nitidamente os objetivos de cada um.

1 comentário:

Grevilha disse...

Para os que já evoluiram socialmente,sabem que nem todo lixo é lixo,pois recicla se para outros fins sociais,quer dizer, a sabedoria, inteligência e esperteza em excesso prejudicam a sociedade. Então, em cada deve se capturar o que é ideia positiva e aglutinar para o bem social do optar por eliminar,pois cada ser é um e único com suas particularidades.