Ouvi através da Stv, excertos de um discurso do Sua Excelência o Senhor República República numa Conferência Nacional sobre Juventude ou com Jovens e não sei por qual motivo, fiquei preocupado.
Fiquei em silêncio por alguns segundos e confesso-vos, não gostei do que ouvi. O Presidente poderia ter dito mais e bem melhor contudo, compreendo que a Stv poderá ter trazido apenas a parte que lhe interessou e ter guardado a parte que interessava ao Presidente para si. Cada grupo de comunicação tem a sua linha editorial e a Stv tem a sua.
Pelo que ouvi, através da Stv, repito PELO QUE OUVI por que tenho fé, que terá dito outras coisas porém, vou comentar apenas sobre o que ouvi até que me venham contar o resto.
Antes, vou abrir um parênteses para elaborar uma crítica negativa à TVM partindo do pressuposto que ela deve também, a semelhança fo faz com outros eventos que não são do Estado mas de interesse público, passar a transmitir eventos desta natureza.
Se a TVM reparar, o tema Juventude é de interesse público neste momento, não só por ela se mostrar como maioria como também por representar o factor de continuidade daí que deve ser do interesse do Governo, de partidos políticos e do Público em Geral debater os temas/assuntos da Juventude.
Na minha opinião, é mais importante que debater questões do género que estão a ser promovidas pelas OSC, tema esse que já é vertido na Constituição da República e com implementação efectiva.
Na minha opinião, é mais importante que debater questões do género que estão a ser promovidas pelas OSC, tema esse que já é vertido na Constituição da República e com implementação efectiva.
Fechando os parênteses, o PR falou sobre a Paz, a exploração de Jovens para promover actos de instabilidade em Cabo Delgado e falou até onde ouvi, da necessidade de debater temas reais, da necessidade de serem os Jovens a denunciarem os recrutadores dos ataques em Cabo Delgado.
O PR deu exemplos sobre a questão da Paz que referi acima, dos recursos minerais e quase pediu elogios no que estão a fazer bem.
Para mim, a questão, salvo melhor entendimento, o discurso Presidencial andou deslocado e passou de lado daquilo que se esperava ouvir do mais alto magistrado da nação.
Não se trata de um problema deste discurso, é um discurso "tipo", um discurso "moda" daqueles que se tem já feito para ir lá e dizer e assunto resolvido.
Mas onde está o pecado?
O pecado presidencial reside na ausência de orientação, ausência de uma visão/perspectiva clara sobre o que se espera da Juventude e que perspetivas o Governo ou o Estado tem sobre essa Juventude.
O pecado presidencial reside na ausência de orientação, ausência de uma visão/perspectiva clara sobre o que se espera da Juventude e que perspetivas o Governo ou o Estado tem sobre essa Juventude.
Não vale falar de Paz ou de recursos minerais, esse não é, na minha opinião, o assunto da Juventude, é assunto do ESTADO, de todos embora a juventude por ser a maioria possa contribuir mas, sem poder influenciar muito. Os processos não estão montados para que ela possa ser tida ou achada como parte da solução e quem disser o contrário pode começar dizendo, como ou de que maneira?
Uma coisa é falar em Cabo Delgado sobre o que está a acontecer em Delgado outra bem diferente é falar sobre Cabo Delgado estabdo em Maputo ou na Beira por exemplo. Os efeitos podem ser diferentes e produzir resultados contraditórios.
Para Outubro, espero que o discurso mude, os problemas da Juventude são reais, factuais e não têm nada ver com recursos minerais ou com a Paz, os problemas da Juventude passam:
- pelo acesso ao primeiro emprego,
- habitação que não precise de ser tão condigna como à dos deputados;
- espaços para construção de uma habitação própria;
- linhas de financiamento para constituição de pequenas e médias empresas;
- apoio e facilitação de registo de sociedades empresariais detidas por jovens;
- financiamento à primeira habitação;
- financiamento oneroso de formaçoes ou capacitação técnica;
- melhoria de condições de transporte;
- aumento na transparência de processos do Estado/Governo entre outros;
- pelo acesso ao primeiro emprego,
- habitação que não precise de ser tão condigna como à dos deputados;
- espaços para construção de uma habitação própria;
- linhas de financiamento para constituição de pequenas e médias empresas;
- apoio e facilitação de registo de sociedades empresariais detidas por jovens;
- financiamento à primeira habitação;
- financiamento oneroso de formaçoes ou capacitação técnica;
- melhoria de condições de transporte;
- aumento na transparência de processos do Estado/Governo entre outros;
Enfim...
A pátria sempre!
A pátria sempre!
Dereck Mulatinho
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