sexta-feira, 30 de agosto de 2019

Um texto que me apeteceu escrever sobre os ‘Dércios’ à solta e às familias “Marandza”

Um texto que me apeteceu escrever sobre os ‘Dércios’ à solta e às familias “Marandza”
Tinha por alto a informação de que os números do programa “Balanço Geral” do canal do bispo Edir Macedo, eram altissímos. Uma certa estatistica, certamente oficiosa, afirma com segurança de que o programa é o indiscutivél campeão das audiências no país. Confesso que não sou adepto daquele espectáculo de duas horas martirizantes diante de um televisor, onde os “Pivots” sob benções do Bispo empregador, derramam a critica social e expôem os crimes mais horrendos, em nome da manutenção dessa audiência (Maldito, o lucro. Maldito!!).
O bispo, fujão, outras vezes procurado pelos seus alegados “pecados” vende parcelas de terra no firmamento. Há quem pelos dizimos de$afiantes já tenha lá palacios em fase conclusiva.
Ontém por conta da explosão do “Caso Dercio”, o programa que estava sendo gravado pelos de plantão desaguou nos “WHA TI SAPI” como diria o meu arquinimigo de estimação Juma Aiuba. No meu “Whats” cairam de vinte e oito numeros diferentes. Mas porque a conversa fluia a meio de outros textos mais ou menos jornalisticos que tenha tentado escrever, tive mesmo que parar e entrar na conversa do dia. O “Caso Dercio”. Conversei com reservas por medo de ser inoportuno no meio dos meus colegas. Ao final da tarde bazei, peguei o chapa, senti no ar o cheiro nauseabundo do cosmos maputense, o fedor do esterco da última caganeira de um bebádo sem eira nem beira.
Por volta das 17 já estava casa e tive aquele papo conjugal de prestação de contas quando retorno da jornada laboral, que vão desde as crianças até desaguarmos na fábula da capoeira: as minhas três patas solteiras esperam pelo Duna prometido pelo amigo Amosse Mucavele para que possa finalmente emprenha-las. As patas. Para que se garanta a continuação da espécie. É biblico tambem que “Cria-vos e mulplicai-vos e enchei a terra”.
As 19. 30 depois do forum colectivo (do pai, da mãe, dos filhos) sob a mesa familiar esgotados os assuntos domésticos foi dada por encerrada a jornada do dia. Confesso pensei em dar uma volta à esquina. Mas algo me dizia que não valia apena que a conversa do dia estava em todos os lugares. E logo no final do mês... imaginem só a quantidade de alcoól nas barracas onde o Dercio já foi consagrado e crucificado se vai vender por estes dias???
Pelo enredo disposto, do noivado, do “casamento”, dos gastos, do “lobolo pré-pago”, senti inveja daquele escritor que adormece em mim. Um movimento de personagens que se move, de forma desenfreada, sem valores em nome do lucro e o personagem principal é um Freak de Angónia cujo bolso endinheirado é que determina o “porcus-vivendi” da grande pocilga. Quem sabe eu consiga escrever isso...
Voltemos ao Dercio. Ele é apenas o primeiro rosto da nossa nudez colectiva que teve direito a audiência. E por isso já julgado e condenado pelo tribunal popular. A núdez colectiva começou a chegar aos noticiários nos horarios nobres. É a degradação da familia na televisão, nua e crua.
Olhando para as fotos do casal que passaram pelo feed de noticias, as 20.35 decidi tentar escrever este testículo.
Quem é Dercio? Respondo, Dercio é apenas o rosto mais fraco de um grande esquema de bandidagem que assenta arràias na decandente e emergente familia moçambicana. As familias Maradzas.
O fenómeno “Maradzismo”, depois de ouvidos os audios novamente as 21.22, foi o “modus operandis” no silêncio da espera do lucro. Ninguém fez “cross checking” porque vislumbravam os Euros “ao câmbio do dia”.
Quem é Dercio? Quais são as suas referências?
Há quanto tempo está com a miúda?
Essas respostas tinham cobertura nas imaginárias telegraficas transferências da conta bancária virtual de um “TACUDO”, qual “genro de ocasião”. !!!!
A miúda, qual vitima revestida numa “Maradza em ascedência”, foi “casada” praticamente na rua em respeito ao “amor” do Dercio porque todos esperavam colher dividendos ainda que de forma indirecta. A moral, essa que se lixe...
É o preço que se esta a começar a pagar por em nome do lucro, delegamos a educação dos nossos filhos ao “escolar” e aos “empregados domésticos”. A instituição familiar extendida no programa foi apenas uma amostra da nossa decadência colectiva.
Hoje, amanhã e depois de amanhã e por ai em diante acossaçados pelo Maradzismo, muitas apresentações vão decorrer em nome do respeito do lucro de genros que podem ser narcotraficantes....
E quando a vergonha chegar aos rostos mais cintilantes da grande familia, pode ser que a essa hora coloquemos as mãos à consciência. E, numa homilia colectiva sentemos, conversemos e lembremo-nos do ensinamento basilar: A FAMILIA É A CÉLULA BASE DA SOCIEDADE.
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