terça-feira, 5 de junho de 2018

Primeiro-ministro da Jordânia demite-se depois de protestos contra a austeridade


Durante o fim-de-semana milhares de pessoas saíram à rua em Amã para protestar contra uma reforma fiscal com medidas de austeridade para os próximos três anos.
PÚBLICO 4 de Junho de 2018, 13:13

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O primeiro-ministro da Jordânia, Hani Mulki, entregou o pedido de demissão ao rei Abdullah nesta segunda-feira na sequência de protestos, que duraram vários dias, e que juntaram milhares de pessoas na capital Amã contra várias medidas de austeridade.

A notícia da demissão de Mulki está a ser avançada pela Reuters, que cita fontes oficiais.

Durante o fim-de-semana organizaram-se os maiores protestos dos últimos cinco anos na Jordânia contra uma reforma fiscal proposta pelo Governo de Mulki, elaborada com o apoio do Fundo Monetério Internacional. Estas medidas faziam parte de um pacote legislativo de austeridade para os próximos três anos.

O primeiro-ministro manteve-se irredutível, enviando a legislação para a aprovação dos deputados.

Registaram-se alguns confrontos entre manifestantes e as forças de segurança. As autoridades informaram que foram detidas 60 pessoas e que 42 polícias ficaram feridos.

Fazendo fronteira com a Síria, Iraque e Arábia Saudita, a Jordânia tem sido afectada pelas guerras nos países vizinhos e consequente instabilidade na região. A economia jordana sofreu uma série de sobressaltos nos últimos anos, registando sucessivos défices.

As autoridades políticas têm culpado a instabilidade regional para explicar a recessão económica mas cada vez mais cidadãos, como se viu nos protestos dos últimos dias, responsabilizam a corrupção e a falta de controlo na despesa pública.

Antes do pedido de demissão, foi noticiado que Abdullah convocou Mulki para uma audiência no palácio real. É desconhecido o teor da reunião.

Antes, o monarca apelou apenas ao “diálogo nacional” entre o Governo e o parlamento, indicando que apoiava o executivo.

O argumento de Mulki para manter o pacote legislativo era, por um lado, de que a decisão cabia aos deputados que o poderiam rejeitar e, por outro, de que o país necessitava de dinheiro para financiar os serviços públicos, sendo que a reforma fiscal protegia também os mais pobres, aumentando a contribuição dos que mais têm.

Mulki subiu ao poder em Maio de 2016, com a responsabilidade de recuperar a economia e de voltar a atrair investimento estrangeiro. No entanto, na base da sua política económica esteve a subida de impostos, que provocou um decréscimo acentuado na sua popularidade que culminou com estes protestos.
Nuno Proenca 04.06.2018 20:17


Um que nao mandou disparar sobre manifestantes. e culpar os EUA?!?
Jose Rodrigues Londres (Aprendendo portugues. Peço desculpas por erros antecipadamente.)04.06.2018 15:07


No Al Jazira ontem os membros do painel disserem: para a primeira vez os cidadãos está zangado com o rei Abdulá II; os Sauditas estão cortando financiamento ao Jordânia por causa de Abdulá II apoiar os Palestinianos (Jerusalém); agora que os sionistas fascistas falem que o islâmicas wahhabistas o papel de mediador acabou; Jordânia têm mais do que um milhão de refugiados de Síria, mas do que dois milhões de Palestinianos e milhares e milhares de Iraquianos com muito obrigando aos Imperialistas, Sionistas, Wahhabistas entre outros (UE); ilhes bem sabe o que significa "reformas" e a introdução do FMI; sem esperança de sair disto labirinto;... Jordânia é um pequeno pais quase cercado totalmente pelo Síria, Iraque, Arábia Suadita, Israel e Palestina com Egito muito perto.

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