O parto da muito falada coligação entre os partidos
políticos com a Renamo demora a acontecer e os lideres partidários começam a
mostrar ares de preocupação.
Aliais, não é para menos, uma vez que os prazos
encontram-se mesmo colados aos joelhos, pois é já amanhã que inicia a inscrição
dos partidos políticos que pretendam concorrer às eleições municipais de 10 de
Outubro próximo.
Em outras palavras: o calendário eleitoral bateu a
porta e urge a tomada de decisões e posições.
O processo tem seu fim quinze dias depois, ou seja,
termina em 15 de Junho e até agora desde que começou uma corrente para suscitar
a referida coligação nem água vem nem água vai.
A Renamo que suscita cobiça dos demais partidos que
alegam que só com uma coligação é que será possível derrotar a frelimo no
pleito eleitoral, ainda não se pronunciou formalmente apesar das movimentações
ao que tudo indica terem iniciado há já algum tempo nos bastidores.
A coligação denominada E-Povo encabeçada por Yaqub
Sibindy e Miguel Mabote ( PIMO e PT, respectivamente) foi a que até ao momento
manifestou interesse formal sobre a intenção, tendo inclusive Miguel Mabote
reunido com o Coordenador da Comissão política da Perdiz Ossufo Momade.
Muinto antes o Presidente do Movimento Democrático de
Moçambique, Daviz Simango, deixou em aberto essa possibilidade apesar de que
durante o congresso de Nampula ter-se mostrado contrário a ideia depois de
alguns membros terem colocado em cima da mesa.
O político Magalhães Ibramugy explica que "se
Afonso Dhlakama estivesse vivo existiriam condições do MDM coligar-se a Renamo,
pois o líder falecido tinha um espírito de perdão e aceitaria perdoar a traição
de Daviz Simango".
João Massango presidente do Partido Ecologista é um
dos rostos que aparenta estar desesperado com o atraso de uma posição da Renamo
em relação ao incentivo a tão falada coligação política.
Massango terá passado mesmo para a sua página do
Facebook o amargurado desespero, tendo inclusive dado um ultimato a caravama
política que nos bastidores aguarda um sim da perdiz.
"Se até 10 de junho, se os Partidos mostrarem-se
Indiferente deste processo que é o pedido do povo a união da oposição, o
Partido Ecologista, avança com a Inscrição para posterior avançar com a sua
lista, estamos preparado para batalha de outubro como revolução", esabafou.
Yaqub Sibindy quase que vaticina uma possível nega da
Renamo, por isso remata.
"Reconhecemos que a Renamo não está tão carente,
chegando ao ponto de precisar de votos dos partidos não parlamentares, mas à
decisão suicida seria aconselhar a Renamo para rejeitar o nosso apoio
incondicional, porque se nós avançarmos com mais um Candidato no Boletim de
Voto, será uma botija de oxigénio para a Frelimo dispersar votos e ganhar
fraudentemente às eleições", garantiu o político.
No contra ponto são várias vozes que dizem que a
Renamo não pretende coligar-se a nenhuma formação política, o que pode fazer
cair à esperança dos diversos partidos da oposição que defendem a ideia.
Entretanto, a acontecer a alinça política, esta não
seria a primeira vez, pois em 2004 sete partidos políticos juntaram-se a Renamo
e formaram a coligação RENAMO-UNIÃO ELEITORAL (RENAMO-UE), que saiu derrotada
nas eleições. Isto é conseguiu 29,7%
para eleições parlamentares, colocando 90 deputados dos 250 existentes na
Assembleia da República.
Já Afonso Dhlakama, candidato presidencial na altura,
conquistou 31,7% de votos.
A referida coligação foi dissolvida por vontade da
Renamo em 2007.
Contudo a luta por uma vaga na Renamo parece ser
renhida, uma vez que vozes populares e que circularam na impresnsa também lutam
por uma vaga na boleia da Renamo.
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