segunda-feira, 4 de junho de 2018

CALENDÁRIO ELEITORAL: TODOS A ESPERA DA CARAVANA DA RENAMO







O parto da muito falada coligação entre os partidos políticos com a Renamo demora a acontecer e os lideres partidários começam a mostrar ares de preocupação.

Aliais, não é para menos, uma vez que os prazos encontram-se mesmo colados aos joelhos, pois é já amanhã que inicia a inscrição dos partidos políticos que pretendam concorrer às eleições municipais de 10 de Outubro próximo.

Em outras palavras: o calendário eleitoral bateu a porta e urge a tomada de decisões e posições.


O processo tem seu fim quinze dias depois, ou seja, termina em 15 de Junho e até agora desde que começou uma corrente para suscitar a referida coligação nem água vem nem água vai.


A Renamo que suscita cobiça dos demais partidos que alegam que só com uma coligação é que será possível derrotar a frelimo no pleito eleitoral, ainda não se pronunciou formalmente apesar das movimentações ao que tudo indica terem iniciado há já algum tempo nos bastidores.


A coligação denominada E-Povo encabeçada por Yaqub Sibindy e Miguel Mabote ( PIMO e PT, respectivamente) foi a que até ao momento manifestou interesse formal sobre a intenção, tendo inclusive Miguel Mabote reunido com o Coordenador da Comissão política da Perdiz Ossufo Momade.

Muinto antes o Presidente do Movimento Democrático de Moçambique, Daviz Simango, deixou em aberto essa possibilidade apesar de que durante o congresso de Nampula ter-se mostrado contrário a ideia depois de alguns membros terem colocado em cima da mesa.

O político Magalhães Ibramugy explica que "se Afonso Dhlakama estivesse vivo existiriam condições do MDM coligar-se a Renamo, pois o líder falecido tinha um espírito de perdão e aceitaria perdoar a traição de Daviz Simango".


João Massango presidente do Partido Ecologista é um dos rostos que aparenta estar desesperado com o atraso de uma posição da Renamo em relação ao incentivo a tão falada coligação política.


Massango terá passado mesmo para a sua página do Facebook o amargurado desespero, tendo inclusive dado um ultimato a caravama política que nos bastidores aguarda um sim da perdiz.

"Se até 10 de junho, se os Partidos mostrarem-se Indiferente deste processo que é o pedido do povo a união da oposição, o Partido Ecologista, avança com a Inscrição para posterior avançar com a sua lista, estamos preparado para batalha de outubro como revolução", esabafou.


Yaqub Sibindy quase que vaticina uma possível nega da Renamo, por isso remata.

"Reconhecemos que a Renamo não está tão carente, chegando ao ponto de precisar de votos dos partidos não parlamentares, mas à decisão suicida seria aconselhar a Renamo para rejeitar o nosso apoio incondicional, porque se nós avançarmos com mais um Candidato no Boletim de Voto, será uma botija de oxigénio para a Frelimo dispersar votos e ganhar fraudentemente às eleições", garantiu o político.

No contra ponto são várias vozes que dizem que a Renamo não pretende coligar-se a nenhuma formação política, o que pode fazer cair à esperança dos diversos partidos da oposição que defendem a ideia.


Entretanto, a acontecer a alinça política, esta não seria a primeira vez, pois em 2004 sete partidos políticos juntaram-se a Renamo e formaram a coligação RENAMO-UNIÃO ELEITORAL (RENAMO-UE), que saiu derrotada nas eleições. Isto é conseguiu  29,7% para eleições parlamentares, colocando 90 deputados dos 250 existentes na Assembleia da República.

Já Afonso Dhlakama, candidato presidencial na altura, conquistou 31,7% de votos.

A referida coligação foi dissolvida por vontade da Renamo em 2007.

Contudo a luta por uma vaga na Renamo parece ser renhida, uma vez que vozes populares e que circularam na impresnsa também lutam por uma vaga na boleia da Renamo.

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