quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Turistas obrigados a virar as costas às prostitutas

As novas regras do Red Light District pretendem incutir o respeito pelas mulheres e entram em vigor em abril
Uma das principais atrações de Amesterdão, o Red Light District (Bairro da Luz Vermelha), tem novas regras. A Câmara Municipal da cidade determinou que os turistas fiquem de costasPARA as janelas onde estão as prostitutas, quando param para ouvir as explicações do guia. O objetivo é mostrar respeito e evitar olhar para as mulheres de forma continuada. Também não é permitido tirar fotos ou conversar com as prostitutas.
As diretrizes foram anunciadas esta quarta-feira e entram em vigor em abril, conta o El País, e pretendem ainda evitar o congestionamento de turistas na área e evitar que as multidões intimidem as profissionais do sexo.
Pelo De Wallen ou Bairro da Luz Vermelha, famoso por ser uma zona de prostituição legalizada, passam cercam de 31 mil visitantes por semana, e a Câmara Municipal quer que os residentes do bairro e os turistas possam continuar a conviver. As novas regras são um reforço daquilo que já tinha sido decidido em 2017: "Já então era aconselhado aos turistas que permanecessem de costasPARA as janelas [onde estão as mulheres] enquanto ouviam as explicações dos guias turísticos. Podem olhar, claro. Não é uma lei, mas um regulamento", afirmou Vera Al, porta-voz municipal.
No entanto, apenas 40% dos guias, privados e corporativos, assinaram um acordo internoPARA incluir estes conselhos e foi por isso que as autoridades decidiram tomar medidas efetivas.
A partir de abril, todos os guias - que não podem levar grupos de mais de 20 pessoas - necessitam de uma licença para passear pelo bairro que tem mais de 3000 residentes e 293 janelas dedicadas à prostituição. A licença custa 100 euros e tem a validade de um ano e meio.
"Se são guias ilegais, pagam uma multa de 190 euros. Se o fizerem em nome de uma empresa, serão 950 euros [de coima]. Depois de três sanções, perdem a licença. Se queremos que De Wallen continue a ser um bairro habitável, os grupos de turistas não podem ser grandes ", disse Udo Kock, vice-prefeito da Economia.

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