sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Tudo deve passar por um referendo


Alteração da forma de designação do presidente de autarquia deve passar por um referendo

Alteração da forma de designação do presidente de autarquia deve passar por um referendo
O jurista Vicente Manjate considera que sem uma proposta legal ainda é prematuro fazer uma avaliação detalhada ao acordo sobre a descentralização. Mas não tão prematuro para alertar sobre alguns aspectos, desde logo aqueles cuja revisão pressupõe um referendo.
É disso exemplo a forma de designação dos presidentes das autarquias. O jurista lembra que a alínea e) do número um do artigo 292 da Constituição impõe que as leis de revisão constitucional deverão respeitar o sufrágio directo, pessoal, igual na forma da designação dos órgãos eletivos do poder local. Ora, a ter que se concretizar a proposta de alteração da forma de designação do presidente da autarquia local, “então o número 2 do artigo 292 da Constituição impõe que quando a revisão, ainda que seja pontual, tenha de mexer com esta estrutura fundamental da participação do cidadão no exercício político, tem de se realizar um referendo”. É através do referendo que os cidadãos recenseados poderão se pronunciar a favor ou contra a alteração da forma de designação dos líderes das autarquias.
“É por isso que o referendo é um elemento que é chamado quando existem assuntos de relevante interesse nacional por serem decididos. E a Constituição decidiu que este é um assunto de relevante interesse nacional”, referiu.
Além de propor a revisão constitucional, o Presidente da República pode, porque competente, convocar o referendo. Mas o jurista vê dois desafios. O primeiro tem que ver com o tempo: “Considerando que as eleições autárquicas serão em Outubro, o refendo deve ser realizado até Julho. Não pode ser depois desse mês”.
O segundo tem que ver com os elevados níveis de abstenção que marcam os processos eleitorais.
É que o referendo só válido se tiverem participado mais de metade das pessoas recenseadas. Senão não é válido. “A não ser que o exercício seja rever primeiro a Constituição para eliminar este limite, o que não me parece. Mesmo com essa revisão seria muito difícil de se alcançar sem um referendo”, disse.
Vicente Manjate considera não existir um modelo de descentralização que seja perfeito, as circunstâncias de cada momento é que ditam as soluções. Ainda assim, ele diz que a proposta avançada parece não assentar de forma coerente com o actual quadro legal, pois altera profundamente a forma de organização, nomeação e funcionamento dos órgãos locais do Estado (a nível provincial e distrital) e das autarquias locais (poder local). “Isso pode implicar uma emenda constitucional e a revisão da diversa legislação que regula a organização e funcionamento da administração pública. Mas precisamos de propostas concretas para aferirmos a praticidade deste modelo, o seu grau de funcionamento, os mecanismos de check and balance entre os órgãos que serão criados. Quais serão as competências de uns e de outros órgãos? Como será feita a tutela e a fiscalização?”.
Lembrando: Propor vs Nomear
Esta cena de Governador Provincial ser proposto por uns e ser nomeado por outro, lembra-me da última comédia da U-Pé: Enquanto académicos de toga e capelo se "digladiavam" no Campus, o "nomeador" nomeava o seu cunhado para o cargo em disputa.
A experiência mostra que para 'nosotros' propor é simplesmente sugerir.
Foi apenas uma lembrancinha de nada.
- Co'licença!™
Comentários
Camilo Langa Eipaa,,,,ya mano....eu fiquei todo esperancoso numa de que o meu ex professor de comunicação, Boaventura Aleixo, seria o Reitor da UP....nem que o chefao chama o cunhado...
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Aurélio Bull Gza Dá me a impressão de que o Presidente Dhlakama fracassou.
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Moises Caetano Todos vão comer, os com estomago grande vão comer mais.
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Aurélio Bull Gza Eu gostava que fosse o povo a comer
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Moises Caetano O povo tem que virar politico, aliar-te a um dos dois. Porque a maquina do estado vai engordar, havera muitos chefes.
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Aurélio Bull Gza Hahaha hahaha. Prefiro apanhar merecas
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Homer Wolf Mas não é só para 'nosotros'😃. É que, de facto, propor é justamente sugerir...
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Juma Aiuba E como sugerir não passa disso, veremos muitos filmes.
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Homer Wolf Não duvido...
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Arnaldo Paulo Duvas Não sei porquê mas algo me diz que a massaroca espacou das garras da Perdiz mais uma vez

Alguem foi "burlado"!
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Marcolino Alexandre Zucula Porque o cabeça de lista do Partido vencedor não fica automaticamente o candidato natural a ocupar o lugar? Isso ainda vai dar barrulho.
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Responder23 h
Raposo Andrade Lógica leitura
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Nito Ivo Dhlakama vai apanhar outra rasteira. 
A guerra recomeça em 2020 quando ele descobrir
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Notiço D'Akeelaya Muhamad Yassine propor é sugerir certo? Não seria mais prudente aqueles que obtiverem a maioria logo elegerem o governador e etc?
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Responder22 h
Juma Aiuba O melhor seria os que têm a maioria indicarem e o PR empossar. Empossar para legitimar apenas. Está cena de propor é uma armadilha.
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Notiço D'Akeelaya E com ARMA...dilha o Dlakhama voltará as matas em 2020. Tic tac, tic tac...
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Nkulu Wa Munu Como bacela, agora não podemos indicar a dedo quem deve gerir o município. Sim senhora, tá tudo lixado!
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Andre Mahanzule Bem uma coisa é certa a unidade nacional começará a ser beliscada. Não mais um machangana irá governar Cabo Delgado, nem um macena ou ndau poderá ter voous para o sul ou para o norte. Kkk agora é q seremos mesmo daqui.
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Responder19 hEditado
Waka Chitlango "Foi só uma lembrancinha de nada"
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Responder21 h
Ernesto Nhaule Ta cheirar burla nessa cena... o que é secretário de estado, comparado ao governador???
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Responder20 h
Andre Manhique Nao sei nao mas segundo a minha analise, acho k o termo e os moldes nao desviam o proposito final como muitos dizem. Ja imaginaram se cada partido k ganhasse as eleiçoes num determinado canto do pais tivevesse 100% de legitimidade pra nomear e levar ao executivo qualquer individuo k achassem?
Nao nos esqueçamos que um Governador é orientado pela maquina central que é dirigido pelo PR cujo a sua missao sta alem da esfera politico partidario mas sim centrada numa naçao, dai a necessidade de se levar a essa escala, pessoas que reunam votos consensuais das partes envolvidas, preparacao politica, inteligencia, patriotismo e que ofereçam segurança nao apenas ao partido que o indica mas sim a nacao no geral.
É licito sim que seja o presidente a o legitimar depois de observadas todas condicoes que acredito k tenham sido estabelecidas de modo a evitarmos que o pais seja entregue aos mudos pelos cegos. 
Manos o nosso Pais tem um chefe de estado, que nao nos esqueçamos disso, pois tudo quanto for a acontecer futuramente lhe cabe toda a responsabilidade.
Nao quereiramos correr o risco de termos lideres armados e confusos como o que acabou preso em Nampula
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Ricardino Jorge Ricardo Este documento está cheio de lacunas e espero que ao chegar lá na "casa dos deputados" encontre alguns confusos para endireitarem essa bolada mal-parada.
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Responder19 h
Marla Silvestre Valeu a lembrancinha
"Jogo final ta na nomeação" Pode se sugerir e o nomeador não levar a peito
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Responder18 h
Muhamad Yassine Nao tem como se propor e ser diferente do proposto, isso porque o partido com maioria é que a avança com o nome, sem chances de se poder rejeitar, claro que quem vai dar posse será o PR do dia
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Responder9 h
Notiço D'Akeelaya Então há problemas de conceitos ou a nomeação a ser feita pelo PR é apenas p/ continuação daquilo que a maioria já terá feito.
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Responder7 h
Wild Antonio Alfredo Nao falha e mais nao disse!
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Catman Mandlazi Mundimua!Vocês não gostam de ver água limpa. Sempre a mexer pra ficar turva... kkkkk
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