quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

Surpresa e choque: a Igreja prega sobre sexo

IGREJA CATÓLICA

Surpresa e choque: a Igreja prega sobre sexo

  • Miguel Pinheiro
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Se o facto de um cardeal pregar sobre sexo é algo tão terrível, tão castrador e tão absurdo, então porque é que todas as grandes religiões - todas - o fazem? Porque será?
Se não se importam, começo este texto com a tradicional e obrigatória declaração de interesses espiritual: infelizmente, não sou crente; de resto, tanto quanto me lembro, nunca fui crente. Quer isto dizer que a minha vida não se alteraria um milímetro se D. Manuel Clemente decretasse que os católicos tinham de adoptar o veganismo, que ficavam obrigados a rezar o terço enquanto contemplavam o último artigo sobre “economia” do dr. Louçã, ou que eram forçados a acordar todas as manhãs ao som de Tony Carreira.
De qualquer forma, mesmo com esse distanciamento em relação à Igreja, fiquei perplexo com o excitado alvoroço provocado pela nota do cardeal patriarca sobre a vida sexual dos recasados. As perguntas dos indignados foram todas variações de uma mesma formulação: porque é que a Igreja se quer meter num tema tão importante para as pessoas como o sexo?
A questão, obviamente, está de pernas para o ar: a Igreja não se mete nesse tema apesar de ele ser importante — mete-se nesse tema precisamente porque ele é importante. Nos temas irrelevantes, a Igreja não tem por que se preocupar e os crentes não têm por que hesitar.
Além de estar de pernas para o ar, a pergunta está equivocada nos seus fundamentos. Parte do princípio de que os católicos aspiram ao individualismo religioso e rejeitam qualquer intromissão de um pretenso pastor na sua vida alegremente atomizada. Mas, na realidade, um católico que pretende viver a sua vida na Igreja (repito: na Igreja) procura uma orientação que, pela sua própria natureza, terá que ser colectiva e — terrível palavra para os não crentes, como eu — superior.
E isto não se passa apenas na Igreja Católica. Os críticos de D. Manuel Clemente deviam atentar no seguinte: se o facto de um cardeal pregar sobre sexo é algo tão terrível, tão castrador e tão absurdo, então porque é que todas as grandes religiões — todas — o fazem? E porque é que o fazem, esmagadoramente, de forma restritiva? Porque será?
Não pretendo explicar dois mil anos de História em dez linhas (até porque já houve quem o fizesse aqui no Observador), mas talvez não seja ocioso lembrar que a religião é, entre outras coisas, uma permanente tentativa de superação do corpo pelo espírito. Porque, como sabemos, o primeiro desaparece, mas o segundo, para os crentes, não. E, para que essa superação seja possível, é preciso que o ser humano seja capaz de se libertar dos desejos e dos instintos.
E não se trata apenas de “continência” no sexo. As grandes religiões também recomendam, a espaços, o jejum como forma de purificação e demonstração de fé. E no caso da Igreja Católica há ainda, por exemplo, a abstenção de comer carne na Quaresma e na Quarta-feira de Cinzas. Isto não é feito porque se gosta de sofrer, mas porque se pretende atingir um estado onde o sofrimento não existe.
Tudo isto é impopular? Talvez. Mas há um facto subtil que escapa a muitos críticos: a Igreja não é um partido político. Não procura mais votos, mais mandatos, mais poder. Procura e aspira à verdade, chegue ela a 10 milhões de fiéis, a 10 mil ou a 10. Isso não significa que a Igreja deva ignorar o mundo onde vive, como é evidente. Mas significa, seguramente, que não se deve intimidar com as indignações recorrentes dos tempos modernos. Até porque essas indignações são potencialmente intermináveis. Por estes dias, a pergunta que é feita à Igreja é: “Porque é que se mete no sexo?”. Mas, depois desta, poderiam vir outras:
1) Com que legitimidade é que a Igreja quebra a separação de poderes e se mete na aplicação do Código Penal, com o 5.º mandamento (“Não matarás”)?
2) A que propósito é que a Igreja se imiscui no conflito laboral da Autoeuropa, com o versículo 10 do capítulo 20 do livro do Êxodo (“Mas o sétimo dia é o sábado consagrado ao Senhor, teu Deus. Não farás trabalho algum, tu, o teu filho e a tua filha, o teu servo e a tua serva, os teus animais, o estrangeiro que está dentro das tuas portas”)?
3) Porque é que a Igreja dá opinião sobre a melhor forma de distribuição da propriedade, com o 7.º mandamento (“Não roubarás”)?
4) Quem é que a Igreja se julga para tentar regular as reuniões de condomínio, com o versículo 20 do capítulo 5 do livro do Deuteronómio (“Não prestarás falso testemunho contra o teu vizinho”)?
5) Com que autoridade é que a Igreja se envolve na forma como os adeptos de futebol se dirigem aos árbitros, com o 4.º mandamento (“Honrar pai e mãe”)?
Tudo perguntas legítimas, tudo questões mobilizadoras. Alguém, por favor, obrigue imediatamente o cardeal patriarca a explicar-se sobre estes assuntos.
IGREJA CATÓLICA

Sexo é bom, senhor Cardeal

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Esta crónica sem moral se calhar até é imoral. Mas é a minha forma de dizer que sexo faz bem. Faz bem ao corpo e ao espírito. Não fazer sexo faz mal.
Na semana passada, o Cardeal Patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, incendiou as redes sociais e dividiu os católicos com a sua Nota Pastoral sobre o caminho que os católicos recasados devem percorrer para aceder aos sacramentos católicos. O caminho mais directo, explica o Cardeal, é o da “continência” sexual. Perante tão inusitado conselho, as reacções foram imediatas. As mais violentas terão sido mesmo dentro do seio da Igreja, como a de Frei Bento Domingues, que chama à Nota Pastoral de Manuel Clemente um “acto da teologia das palavras cruzadas”, dizendo que, em vez de se estar perante uma orientação pastoral, se está perante um “delírio mental”.
Não serei eu, naturalmente, quem explicará aos casais católicos portugueses como devem viver a sua vida sexual. Para esses assuntos, há cardeais mais qualificados do que eu. Mas não consigo deixar de me interrogar sobre de onde vem toda esta obsessão com a abstinência sexual. Quem leu a Bíblia sabe que não há nenhuma especial obsessão com este assunto nos textos sagrados. Pelo contrário, lá podemos encontrar bela poesia erótica e grandes rebaldarias, também.
Na semana passada, João Miguel Tavares escreveu que há um teólogo alemão, Eugen Drewermann, que argumenta que a obsessão da Igreja Católica com o sexo é resultado do peso do celibato dos padres (as freiras também devem sofrer, claro, mas não têm a mesma influência na doutrina). E que outras religiões em que os seus sacerdotes não são obrigados a um voto de castidade têm uma atitude bem mais saudável em relação a este assunto. Bem, aqui há que dar um passo atrás e reconhecer que os imãs podem coisar, mas lá há muitos a defender coisas perfeitamente atrozes.
Mas voltemos à abstinência católica: como imaginam, não sou grande estudioso da teologia das consequências da continência sexual dentro da hierarquia católica, mas esta explicação não é de todo implausível. Afinal, já todos nós quando estamos perante um colega que está mais irritadiço comentámos (ou, vá lá, pensámos) este gajo está a precisar de mandar umas quecas, gajo ou gaja, claro. Felizmente, nunca tive de passar por períodos muito longos de abstinência, mas pude observar alguns efeitos ligeiros enquanto estive a fazer o meu doutoramento nos Estados Unidos. Os primeiros efeitos senti-os logo na minha primeira semana. Não em mim, mas nos meus colegas, que tinham ido quatro semanas antes, para fazerem uma disciplina de Matemática para economistas de que eu tinha sido dispensado. Ao fim de um dia de aulas, fui com eles a uma cervejaria ali perto. Eu era ainda um corpo estranho, mas já se conheciam uns aos outros. Depois do primeiro jarro de cerveja, a propósito de nada, começa tudo a falar em sexo. Imediatamente pensei que se estavam a falar era porque não estavam a praticar e não me enganei. Quando dei conta, estavam a contar quantas vezes se masturbavam por dia e fiquei a saber pormenores como aqueles que se vêem nos filmes, do género de como sinalizar aos roommates que não devem entrar no quarto ou coisas assim.
Uma das raparigas — chamemos-lhe, ficticiamente, Elsa — parecia um pouco mais desesperada do que os restantes. A dada altura já me estava a dizer quantas vezes por dia se masturbava. Eu ainda não sabia o nome dela e já conhecia com algum detalhe a sua vida erótica. Foi um fim de tarde um pouco perturbador. Uns anos mais tarde, percebi o quão desesperada estava a Elsa. Foi numa cheese and wine party em casa da Ching-Mei.
(Por falar nisso, devo dizer aos nossos empreendedores que há alguma coisa no vinho da Madeira que deixa os chineses loucos, absolutamente loucos. Mal provaram o que levei, não o largaram e não deixaram mais ninguém sequer provar de nenhuma das garrafas.)
Mas voltemos à vida de Elsa. A dada altura, ela começa a discutir com alguma violência com o Patrick, o católico do nosso grupo. Eu sou um agnóstico radical, mas, enquanto estive emigrado, senti a cultura católica como minha e entrei na discussão defendendo o Patrick. Ao fim de 10 minutos ficou tudo claro. O namorado da Elsa tinha-a trocado por outra. Mas o problema não era esse. Ela estava muito frustrada porque há cinco anos que não fazia sexo, precisamente porque ele era católico e, como bom católico, não fazia sexo antes do casamento.
Já agora, devo dizer, não percebi logo o problema, porque, para descrever esta atitude de preservar a virgindade até ao casamento, as palavras escolhidas eram peculiares: “he did not believe in sex before marriage!” Não acreditava em sexo antes do casamento? É doido ou faz-se? O que há para não acreditar?! Ou se faz ou não se faz. Pois, ele não fazia e a Elsa, como mulher leal, ficou entregue às suas próprias mãos durante todos aqueles anos. Não consigo imaginar o stress acumulado da pobre. Na altura, eu pensava que a moça andava muito nervosa por ter medo de não conseguir acabar a tese. Afinal era por não ter como libertar o stress acumulado. Até a pele estava baça.
Enfim, a falta de discernimento causada pela privação era tanta que ela culpava o catolicismo e, portanto, não servia de nada ao Patrick alegar inocência pessoal. Bem que lhe tentei explicar que, na verdade, o namorado queria mesmo fazer sexo com ela e que aquilo de “não acreditar em sexo antes do casamento” era apenas uma desculpa de alguém nervoso com a sua primeira vez e que, claro, ao fim de 5 anos, o rapaz a havia trocado por outra que fosse para a cama com ele. O que fui dizer… não vos conto o resto da conversa, fica apenas esta nota: uns anos de abstinência deixam algumas mulheres à beira de um ataque de nervos.
Também devo ter sofrido alguma coisa com estas provações. Regra geral, ao fim de dois meses seguidos nos EUA, os meus amigos começavam a queixar-se de mim: que estava impossível de aturar e que precisava de estar com a minha mulher. Houve um Verão em que não vim a Portugal, por causa de um estágio que fiz no FMI. É verdade que a minha mulher me foi visitar a Washington, mas umas semanas não dão para matar tantas saudades como um Verão inteiro. Resultado, ainda estávamos em Setembro e eu já estava impossível de aturar. As raparigas começaram a ter medo de ficar sozinhas comigo e, repito, estávamos em Setembro. Só em Dezembro é que regressaria a Portugal. Ainda bem que o movimento #metoo não é dessa época ou seria expulso da universidade acusado de assediar tudo o que mexia.
Perante isto, e na perspectiva de a coisa piorar, os meus colegas juntaram-se todos e decidiram pagar à minha mulher uma ida aos Estados Unidos para me ver. A ideia foi da Debbie, uma das minhas melhores amigas. Fizeram uma vaquinha entre eles, falaram com mais algumas pessoas — até um dos meus orientadores entrou — e compraram um bilhete de ida e volta para a minha mulher me ir visitar. Fizeram tudo em segredo, o Patrick foi buscar a Sandra a Boston e levou-a de carro até Ithaca, uma viagem de 6 horas. Não sei se alguma vez vos disse, mas tenho os melhores amigos do mundo.
Bem, esta crónica sem moral se calhar até é imoral. Mas é a minha forma de dizer que sexo faz bem. Faz bem ao corpo e ao espírito. Não fazer sexo faz mal. Os recasados já sabem como um casamento falhado pode ser doloroso. Recusarem-se a ter sexo por motivos religiosos é meio caminho andado para arruinarem esta nova tentativa de serem felizes. E, sempre que sentirem a reprovação da hierarquia católica, leiam a Bíblia e um dos mais belos poemas eróticos jamais escritos, o Cânticos dos Cânticos, de Salomão:
«Eu sou para o meu amado,
e os seus desejos voltam-se para mim.
Vem, meu amado,
saiamos para o campo,
passemos a noite nos pomares;
madrugaremos para ir às vinhas,
e ver se a vinha lançou rebentos,
se já se abrem as suas flores,
se brotam as romãzeiras.
Ali te darei os meus amores»
josé maria
1 m
Quando se vê Manuel Clemente na TV, com o seu ar desalentado, monocórdico e triste, facilmente se percebe como ele gostaria de ter uma vida sexual repleta de prazeres eróticos.

A inveja não faz parte dos pecados mortais ?
Lucas De Santa Maria
45 m
Sexo será bom… A menos que a sua mulher o faça com outros ou a sua filha já o tenha experimentado com a turma inteira. Não é caríssimo?
Manuel DominguesLucas De Santa Maria
36 m
Resposta sem qualquer nexo ,que ofende o autor a mulher e a filha.

Havia necessidade?
Lucas De Santa MariaManuel Domingues
25 m
Ninguém foi aqui ofendido. Trata-se de uma mera suposição e exercício retórico para evidenciar que algo de que podemos gostar muito pode, por vezes, ter o seu reverso da medalha. Sim, houve necessidade.
Oh lucas vai levar no cu que de certeza que gostas!
Hyro Kou MattaLucas De Santa Maria
17 m
Ai Lukinhas... andas aflito.
Como o autor da crónica sugere, insinua, ou prescreve, umas punhe*** iriam fazer-te bem.
E lembra-te, Lukinhas, Hyro Kou, Matta!
Pirolito
1 h
Poema que dedico a todos os hipócritas e falsos moralistas

Já que o coito - diz Morgado -
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;
e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.
Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração! -
uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.

Por Natália Correia
... Ler mais
chegaparali chegaparali
1 h
Mau..... A tentar o cardeal? "eles não sabem nem sonham que o s... comanda a vida e sempre que o fazemos o mundo pula e avança...."
Lucindo Montrond
1 h
Excelente artigo, este de Luís Aguiar-Conraria, transbordante de um humor inteligente, capaz de deixar bem-dispostos muitas daquelas pessoas, para quem o sexo é uma dádiva da natureza, ou melhor: é uma dádiva dos deuses. As “orientações” – orientações, “aquilo”? – sexuais do senhor cardeal patriarca de Lisboa só vêm enfatizar a faceta sexofóbica da Igreja Católica, que, na sua arrogância bimilenar, acha que pode modificar a natureza humana, através de dogmas, mas a verdade é que já se demonstrou que é incompetente nisso.  E logo com o sexo, que é apenas a energia que mantém e renova o mundo vivo. Prova disso mesmo são aqueles que são coagidos a absterem-se de praticar o sexo, nomeadamente os padres celibatários. Muitos destes, em desespero total, mandam às urtigas o “mandamento” do celibato, entregando-se a verdadeiros desmandos sexuais, nomeadamente a pedofilia. Lá que pratiquem sexo entre adultos, é lá com eles e não tenho nada a opor, mas que desgracem a vida de milhares e milhares de crianças indefesas e inocentes, isso já representa um crime hediondo contra a humanidade. 
Na linha do raciocínio esclarecido e bem-humorado de Luís Aguiar-Conraria, acrescentaria que a importância da prática sexual regular, no equilíbrio mental e emocional da maioria de pessoas adultas, é quase tão essencial como o ar que se respira. Qualquer tentativa de domar a energia sexual – por natureza indómita – está votada ao insucesso. 
Aliás, tal como na alimentação, também no sexo existem os “praticantes-padrão”, e os extremos. A grande maioria pratica o sexo q.b., enquanto entre os “bulímicos” sexuais contam-se os insaciáveis pelo prazer do sexo. Existem homens e mulheres – as ninfomaníacas – viciados pelo sexo. No outro extremo, encontram-se os “anoréticos” – homens e mulheres – sexuais. Para estes, a indiferença em relação ao sexo é praticamente total. Entre estes últimos, enquadrar-se-iam perfeitamente os celibatários voluntários. Que também os há.
Carlos Carvalho Rodrigues
1 h
Um verdadeiro rol de vulgaridades superficiais, com a citação do Cântico do Cânticos no final, para dar uma pincelada de erudição. Só faltou mesmo o "eh pá, até os animaisinhos gostam, pá!".
J Sm
1 h
O tema é o recasamento. Não é o sexo. O articulista escusa de se masturbar com palavras para dizer que o sexo é bom pois já percebemos que se está a referir ao sexo individual, fora do contexto da reprodução. Uma diversão que pode ir do erotismo à pornografia. No contexto reprodutivo quem comanda é a espécie.e portanto não faz sentido dizer que o sexo é bom.As outras espécies se soubessem escrever e fossem inteligentes não o diriam. Até porque as regras são inflexíveis e só o macho ou a fêmea alfa acedem a esse prazer imperativo. O discurso muda quando acreditamos em Deus e nos organizamos numa religião. Uma ligação a Deus feita a partir da terra. Aí as regras são outras e podem contrariar as leis da natureza. É uma questão de fé. O articulista só poderá perceber isso se quiser pertencer a determinada religião.
Paulo Alexandre
2 h
Duas notas:
1 - O Cântico dos Cânticos é uma espécie de plágio de um poema / canto de um outro povo. Ou seja, convém reter a ideia de que não se trata de uma originalidade hebraica mas sim uma cópia mal amanhada de uma "obra" de um outro povo / de uma outra cultura.
2 - A bíblia está cheia de limitações e de constrangimentos de natureza sexual, pelo que não vale a pena invocar o Cântico dos Cânticos para alegar que a mesma é mais permissiva do que os cardeais dos nossos tempos.
Maria Machado
2 h
Como disse o profeta Amós: Andarão dois juntos se não concordam?
Eu Mesmo
4 h
Enfim, quem não é católico não tem propriamente de se pronunciar sobre as regras deles, desde que estas não violem a lei. Sei que é in  e hi-la-ri-an-te gozar com eles em certos círculos, mas aquilo é um clube de entrada livre (a contrario por exemplo da Maçonaria) portanto quem não aceita só tem que deixar de lá ir.
De livre vontade quer pertencer à igreja católica e ter em consideração as palavras do Cardeal, força, quer ser Muçulmano e poder casar com um rancho de mulheres, em frente, quer ser um judeu ortodoxo e não poder comer fiambre ou gambas, está no seu direito, quer ser comunista e acreditar que um dia a humanidade vai evoluir para uma espécie de formigueiro de bots humanos, tenha fé.
Podia estar aqui o dia inteiro, o caso é, a religião católica está separada do estado e espanto dos espantos, quem não quiser fazer parte dela por causa das suas regras ou preceitos, não faz.
Pirolito Eu Mesmo
2 h
" quem não é católico não tem propriamente de se pronunciar sobre as regras deles"

Como se hierarquia católica não estivesse sempre a deixar recados e a sugerir comportamentos a propósito de tudo e de todos sem falar em "circuito fechado",  apenas para o público deles.
Manuel Domingues
4 h
Mas se o Cardeal falou somente para os catolicos,porque sera que os ateus e similares,saem das suas "madrassas"para vir criticar?
Isidoro Cabrita
4 h
Tantos puritanos por aqui! E as figuras que os padres têm andado a fazer? Não seria melhor que se casassem como fazem as outras pessoas?
João Rodrigues
4 h
Meu caro, não precisa de informar o cardeal sobre sexo, pode ter a certeza que ele sabe muito sobre o assunto....
Vasco Almeida Ribeiro
4 h
Talvez este seja o artigo mais sonso, nojento e desrespeituoso que li por parte dos cronistas do Observador. 
Só espero que o autor tenha a coragem de o retirar, nem que seja pela forma como expôs a sua vida íntima e a de outros.

Em relação ao tema em si, e pela ousadia em citar o belíssimo Cântico dos Cânticos, sugiro o estudo da Teologia do Corpo de S. João Paulo II, 129 catequeses dadas entre 1979 e 1984 precisamente sobre este tema.

E pasme-se o autor: não é que JPII teve a ousadia de dizer que o homem é capaz do autodomínio?!
Autodomínio ? .....Deve ser deve, só que depois acorda de noite com os lençóis todos encharcados.

Você é homem, por acaso, ou uma amiba falante ?
João Paulo santo? O Karol Wojtyla, agente dos serviços secretos americanos, o papa mais retrógrado dos últimos séculos? 
Jorge Madeira Mendes
4 h
Parabéns a Luís Aguiar-Conraria por este texto corajoso.
João Lopes
5 h
Há desonestidade intelectual nalguns inquisidores: jornalistas, comentadores ou pseudo-teólogos. As pessoas devem ser responsáveis e livres na sua vida e nas suas escolhas. Ninguém é obrigado a ser católico. Se o querem ser, deverão ter formação adequada sobre o que significa ser católico. E o mínimo que se pode exigir, é que sejam coerentes com a sua fé (em que dizem acreditar) e sigam, responsavelmente, o seu caminho: dentro ou fora da Igreja!
Jorge Madeira MendesJoão Lopes
5 h
Ninguém é obrigado a ser católico!? Em teoria, talvez não. Mas eu sou ainda do tempo em que a nefastíssima instituição que dá pelo nome de «Igreja Católica Apostólica Romana» tinha carta branca das autoridades civis para «modelar» a sociedade portuguesa. Fechem-se em conventos, castrem-se se lhes aprouver, mas remetam-se a um papel de pastores de quem for suficientemente abúlico para aceitar pertencer ao «rebanho».
Fernando Manuel RodriguesJorge Madeira Mendes
4 h
E por acaso andam a incomodá-lo? Vão a sua casa, bater-lhe à porta? Telefonam-lhe? Mandam-lhe mensagens por qualquer outra via? A quem acha que o Cardeal Patriarca se dirigiu? A si?

Ora tenha lá paciência e remeta-se à sua insignificância. Um pouco de humildade (uma qualidade cristã) faz bem a todos.


Fernando Dias Duarte
6 h
Se o articulista é um "agnóstico radical", que exponha as suas ideias mas não as misture com as palavras de D. Manuel Clemente. Quem não acredita na verdade do Evangelho, na existência de Deus, ou na vida eterna, decerto não as pode compreender. Que se abstenha então, de comentar pontos específicos da doutrina católica, já que se confessa ignorante ("agnóstico") em religião.
Agnóstico,  para o senhor comentador,  é sinónimo de ignorante? Está justificado o seu comentário.
Manuel QuintanaPirolito
5 h
Agnóstico é exatamente ignorante... Gnose vem de conhecimento e o "a" é um prefixo de negação. Agnóstico significa pessoa sem conhecimento, ou seja, ignorante.
Manuel DominguesPirolito
4 h
Sim,agnostico,ignorante em religiao.
Pirolito Manuel Quintana
4 h
Agnóstico é aquele que considera os fenómenos sobrenaturais inacessíveis à compreensão humana. A palavra deriva do termo grego agnostos que significa “desconhecido" ou "não cognoscível”.

Não há por isso ignorância, mas sim incompreensão derivada da condição humana. 
Errado. Os ateus não acreditam em um deus e negam sua existência, enquanto agnósticos afirmam que ele (ou eles) pode ou não existir, mas nós não somos capazes de saber com certeza.
Pirolito
6 h
Um janela aberta para a vida, uma crónica cheia de humor,  profunda e honesta; uma lufada de ar fresco neste pasquim mofento, cheio de gente  hipócrita e salazarista.
Dr. FeelgoodPirolito
6 h
..............essa de lufada de ar fresco não tem nada a ver com o facto de você ter praticado sexo oral com uma compatriota desleixada em termos de higiene íntima que em pleno acto deixou escapar uma flatulência, pois não ?

É que dessas " aragens " estamos dispensados, obrigadinho.
Pirolito Dr. Feelgood
6 h
A esta hora  já tão escatológico? Está num retiro espiritual rodeado de santarrões de batina preta,  imberbes do CDS, com acne impenitente e missal no sovaco, algures longe de casa? 
Dr. FeelgoodPirolito
6 h
Não . Estou já a celebrar o data dos namorados, o dia começa de manhã.
Pirolito Dr. Feelgood
6 h
Lembrei-me da anedota do "É hoje, é hoje, é hoje!!!"
Dr. FeelgoodPirolito
6 h
'Tá a ver? 'Tá a ver ?.......quem é amigo, quem é, logo in da mornin' ?
Jorge Trindade
6 h
Sem pontinha por onde se lhe pegue... valha-me um burro aos coices!
Dr. Feelgood
7 h
Pobre estagiário que precisa duma vaquinha dos rooms mates para mandar avançar a concubina, caraças...................Casam-se e logo se separam - para nobres fins, supostamente - e depois é isto ao qual deveríamos ser poupados, nós, os ímpios leitores.

Bem mas voltando à vaca fria, ele há 2 temas que mexem comigo para cacete: - 1 é o sexo com professoras. o outro o sexo com freiras. That's it.
Artur Costa
8 h
Sem querer desrespeitar o cronista, proponho-lhe que reflita sobre a relevância e o interesse de utilizar este espaço para partilhar as suas experiências de vida (há outras formas de o fazer sem ser numa coluna de jornal, em círculos mais pessoais) ou para falar sobre temas avulsos, como um surfista a aproveitar as ondas. Eu creio que começa a parecer mais um no meio do rebanho e deixa de ter interesse visitá-lo.
Bruno Guedes
13 h
Caro Conraria, na Igreja Católica existem padres casados, e não é desde ontem. E não me refiro aos padres “casados” com aspas; refiro-me sim aos padres das igrejas católicas orientais, onde a disciplina do celibato não tem tradição. O celibato só é obrigatório na Igreja latina, e esta disciplina pode ser abandonada a qualquer momento, basta o Papa assim decidir, pois não se trata de um dogma. Já aprendeu alguma coisa comigo sobre o catolicismo. Depois, recomendo-lhe a não citar a Bíblia da mesma maneira que fazem os Testemunhas de Jeová. Que o sexo é uma coisa boa a Igreja já sabe há muito tempo, e a Bíblia nunca o proibiu. Os católicos não são gnósticos. Recomendo que não se fique pelo Cântico dos Cânticos e que leia Marcos 10: 2-12 e I Coríntios: 7, e ficará a perceber melhor as palavras do Cardeal. Leia também “Teologia do Corpo” de João Paulo II.
Maria JesusBruno Guedes
7 h
Subscrevo
Pirolito Bruno Guedes
6 h
A hipocrisia já foi inventada. Não vale a pena correr a registar a patente. 
Jorge Madeira MendesBruno Guedes
4 h
Ler epístolas do aborto do S. Paulo, os textos mais retrógrados e castrativos da cultura ocidental?! Outra vez, nem obrigado, que me bastou o tempo em que a padralhada e as freiras entendiam conhecer o caminho para a «alimentação da minha alma». Já fizeram mal que chegue. Viva uma sociedade portuguesa crítica, laica e racionalista. 
 ATENÇÃO: é o dito Paulo que a si próprio se classifica de «aborto».
Paulo Monteiro
14 h
Uma nota do Cardeal-Patriarca pôs toda a gente a falar de sexo. Será que o pessoal andava um bocado retraído à conta do #metoo?
Luís Aguiar-ConrariaPaulo Monteiro
5 h
Eh eh eh. Grande verdade. Só por isso já valeu a pena a Nota Pastoral. Importante seria que não nos ficássemos no falar.
Guilherme de Souza-Girão O sexo é essencial á saúde e ao bem estar. Tão simples como isto. Ainda não consegui descobrir a obsessão que a Igreja Católica tem em relação ao sexo. De onde vem ? Com que base ? E porquê ? E também qual o fundamento do celibato dos padres , que nunca existiu no início do catolicismo e veio a ser imposto muito , mas muito mais tarde. Aliás séculos depois. O Cardeal Basil Hume , que foi Primaz Católico da Igreja de Inglaterra, e eu conheci muito bem , pois foi quem crismou meu filho Manuel Bernardo, quando este estava em Harrow School, declarou na BBC que a lei do celibato não é divina, mas eclesiástica e portanto passível de ser mudada. Aliás só nos séculos VI e ViI começou a tornar-se regra o celibato, ainda que muitos quebrassem essa regra a começar pelos próprios Papas. O Papa Alexandre VI teve vários filhos , o Papa Sérgio III - 898- teve um filho com uma italiana que veio a ser Papa , João XI. Enfim questão controversa que leverá anos a ser resolvida, mas sê-lo-á, de certeza.
Gerir
Responder4 h
Ana Carvalho Alves Ana Carvalho Alves
Gostei MT da sua crónica. É saudável, equilibrada e não tem nada de imoral, antes pelo contrário. Concordo consigo: o sexo é natural na vida dos seres humanos, faz parte de uma vida saudável. Condena-lo, em qualquer das circunstâncias invocadas é que faz mal: pode contribuir para a tristeza ou depressão. Libertem-se de tantos fantasmas. Sejam felizes! Tenham uma vida sexual activa,! saudável
Gerir
Responder2 h
Rui Costa O Cardeal insiste na abstinência porque ele sabe muito bem a porcaria que os pais dele, geraram há uns anos. Se se tivessem abstido, não teria saído esse aborto cá para fora.
Gerir
Responder3 h
Ana Crespo de Carvalho Este artigo é um festival de boçalidades, trivialidades e lugares comuns. Pena porque ainda este sábado ouvi o autor falar de economia do trabalho na renascença e bem falou do que sabe. Depois cumpriu o princípio de Peter ...
Gerir
Responder3 hEditado
Manuel Amaro O Bispo disse isso mesmo, por outras palavras, mas para bom entendedor... Quando alguém quer castigar alguém proibi-o de fazer uma "coisa boa"... é o que o Bispo diz...
Gerir
Responder3 h
Odilia Borges Escrever tanto a saber tão pouco...é assustador. Não sendo especialistas nem eu nem o senhor...o melhor que tinhamos a fazer era abstermo-nos de opinião. Ou será que quem não acha o mesmo do que nós é mesmo tão estúpido ( o senhor cardeal por exemplo)? Não consigo ver gente como ele, aos milhares em todo o mundo a serem tão ignorantes. Eles obviamente SABEM do que falam. Desculpa se não são tão infelizes como a sua amiga Elsa por exemplo. Basta olhar para o sorriso e tranquilidade de quem vive em abstinência. Porque será?
Gerir
Responder3 h
José Martins Zé Caro Luís, discutir o que não interessa para esquecer denunciar o importante, é postura dos "sei tudo" mesmo que não saibam nada. Você acha que o Senhor Cardeal não sabe que o sexo é bom? Não façam dos outros parvos e ignorantes. Deixem a religião, seus seguidores e suas regras. A política, os políticos, a violação de dados e até de identidades, etc, etc, esperam por reflexões dos "sabichões" de serviço e não há maneira!...
Gerir
Responder3 h
José Oliveira Carvalho Estando de acordo ou não com a posição que o sr. Cardeal assumiu, em nome da Igreja Católica Romana, não se deve contrapor com ataques pessoais à igreja e ao próprio, isso é característica de pessoas limitadas. É necessário ir mais fundo e perceber porque razão tem essa posição e rebater ou concordar com as mesmas de forma a não ferir os sentimentos de ninguém.
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Lito Sousa Gostava de tentar entender o estigma que o sexo constitui para a igreja.Desde sempre esta associou o sexo ao pecado, à tentação.Qual a verdadeira razão?Se Deus criou o homem,dando-lhe a capacidade de procriar e introduzindo nessa "tarefa" o pormenor do prazer,da satisfação física, porque o fez?Não bastava ter feito o oposto,fazer do acto da procriação um momento complicado para o ser humano? Uma obrigação física apenas? Então dá-nos o prazer do acto,mas exorta os seus representantes a considerar um pecado? Que contradição tão estranha.Aliás,a contradição é uma recorrência nas religiões.A começar por esta aberração de todas elas advogarem o amor entre as pessoas,e em nome delas acontecerem quase todas as guerras mais sangrentas da humanidade...
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Catarina MatosCorreia NicolauCampos E que tal uma opinião sobre física nuclear? Com toda a certeza seria com maior conhecimento de causa do assunto, do que aquele que demonstra ter o autor neste texto sobre a Igreja
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Henrique Neves Ao contrário do que tu pensas no que escrevinhas, a questão não é, para a Igreja, o sexo fazer bem ou mal, o sexo é o mal!
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João António Guedes A Igreja tem os seus princípios desde sempre é terá que os respeitar ; só assim sobreviverá a todos os iluminados , com solução para tudo, conforme se tem visto .O mundo nunca esteve tão bem. Quem quiser seguir os princípios e orientação , segue.Quem não aceitar não os segue . Não me consta que sejam perseguidos e castigados .O que não pode é dar atenção e adaptar-se a outros caminhos , traçados por quem quer enfraquecer e dominar , utilizando todos os meios de influência para o efeito. Só assim se manterá sempre viva.
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Felipe Amadio O ponto é sempre atacar a igreja! As regras são dirigidas aos católicos e pronto.
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Álvaro Vieira Sexo é ridículo, primitivo mesmo. Não se justifica sob todas as perspetivas e análises.
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Célia Gomes Ferreira E ele não sabe disso?
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Bastos Viegas Para ele não é lamentável
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António Morais Rodrigues .....muito bom. 
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Jorge Artur Vieira O Cardeal falou para o povo católico. Nada mais.

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