quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

Quando nos permitimos ter uma falha de memória e ação coletiva!...

Quando nos permitimos ter uma falha de memória e ação coletiva!...
(Roberto Tibana, 6 de Fevereiro de 2018)
Compatriotas,
Amigos,
Permitam-me começar esta conversa de hoje relatando um episódio da minha vida que me marcou profundamente.
Deu-se em 1989 (ou 1990; não tenho os arquivos escritos comigo, e passam trinta anos!). Eu era docente na Faculdade de Economia da Universidade Eduardo Mondlane. A fim de suplementar o salário magro de docente na altura, usava as férias de Julho para fazer pequenas atividades de consultoria remunerada. Uma dessas vezes fui contratado por uma ONG de um país europeu (vou omitir o nome para não levar a associações desnecessárias) para fazer parte de uma equipa junto com elementos enviados pela sua sede. A missão era andar pelo país a fazer a avaliação dos impactos da ajuda que a organização canalizava para assistir as populações vítimas da guerra entre a RENAMO e as forças do Governo da FRELIMO, a tal chamada “guerra dos 16 anos”.
Fomos a três províncias: Niassa, Zambézia e Manica, num périplo que seguiu esta ordem.
Em Niassa sobrevoamos Nipepe no dia em que foi queimada. Na Zambézia, a medida que íamos voando a caminho de Mocuba, olhando para baixo, víamos pessoas em filas longas caminhando em direção a sede do distrito. Chegados lá, encontramos um outro grupo de pessoas esqueléticas, quase nuas, com sinais claros de terem saído das florestas poucas horas antes. Estavam sentadas a volta de uma árvore na sede distrital. No meio delas, estava um avelha sentada. Era uma Raínha. É ela que havia “comandado” uma marcha longa, desde a aldeia de onde vieram, até a sede do Distrito, fugindo da guerra.
Fomos falar com as pessoas. Para nós, este era o objecto principal e a razão de ser da nossa estadia naquele lugar. Disseram-nos que haviam caminhado durante mais de uma semana no meio de floresta. Eram cerca de cinquenta pessoas. Disseram-nos que quando iniciaram a marcha fugindo dos combates eram cerca de 200 pessoas. Outras haviam perecido pelo caminho, vítimas de minas, cobras, leões, doenças, e fome. No lugar aonde as encontramos, haviam chegado na noite anterior. Já era tardinha quando falamos com eles. Não haviam ainda comido nada, nem recebido qualquer assistência médica. Tudo o que aconteceu com eles até aquele momento eram serem sujeitos a interrogatórios de triagem. Naturalmente que quando as autoridades que estavam a lidar com elas viram a nossa presença (sobretudo por causa dos estrangeiro que estavam comigo), o cenário mudou. As pessoas começaram a receber outro tratamento.
Fomos para uma outra aldeia, não me recordo bem se no mesmo distrito de Mocuba ou um outro, mas ainda na Zambézia. A aldeia também havia sido palco de combates em que a população havia sofrido cevícias de ambas partes beligerantes. Mas os combates já se haviam deslocado para outras zonas. Estranhamente, nesse lugar aparentemente não havia autoridade nenhuma. Era um descampado. Não havia sombra, as casas eram pequenas tocas de capim. No fundo havia montanhas em semicírculo. Em caso de temporal as grutas das montanhas provavelmente seriam os únicos lugares onde as pessoas se poderiam ir abrigar. Não havia escola. Não havia posto de saúde. Não havia loja. Não havia nenhum sinal de civilização do século XX. Era uma “Aldeia Comunal”. Não havia sombra quase nenhuma. Aquelas pessoas foram postas alí por alguém para conseguir controlar que elas não caíssem nas mãos do “inimigo”. Mas também já não havia soldados perto (pelo menos não no momento em que lá chegamos. Mas o terreno denotava ter havido por alí combates intensos.
Nessa aldeia havia muitas crianças pequenas, entre os três e sete ou oito anos. Os mais velhinhos não os vi tantos. Homens também eram poucos. Havia muitas mulheres, muitas delas velhas.
Dentre as crianças, chamou-me atenção um menino de sete ou oito anos. Tinha a idade um pouco abaixo de meu filho que eu havia deixado em Maputo. O menino era muito robusto. Contrariamente a maioria das crianças, ele não aparentava muita subnutrição ou fome. Conversei com ele com alguma dificuldade de língua. O que ele queria era ir para a escola. Pensei o que poderia fazer com ele. Mas o problema era não só dele, mas de muitas outras crianças na mesma aldeia e em outras por onde passamos. Era evidente que a solução não poderia ser individual para aquela criança. Mas sempre que olhava e pensava nele a mente se virava para trás e trazia a imagem do meu filho em Maputo e me perguntava: que tal se este fosse o meu filho nestas condições.
Saí dalí com uma decisão, que pelo menos por aquele menino eu iria fazer algo. Tracei um plano: assistir-lhe a partir de Maputo, ao mesmo tempo que criasse as condições para lhe trazer e viver com ele junto com os meus filhos até a guerra acabar e ele poder voltar seguramente a sua aldeia. Mas sempre pensei que mesmo que chegasse a fazer isso, haveria muitos outros meninos que não teriam essa possibilidade. E sempre pensei que a solução teria que ser uma que fosse mais abrangente.
Assim, chegados a Maputo, tomei providências. Arrumei uma maleta de roupas e material escolar, e fui pedir a tal ONG que encaminhasse para aquela aldeia para aquele menino. Mandei os meus endereços dentro da mala para a família manter contacto. Mas nunca mais tive resposta. Não sei se o menino e a família sobreviveram a guerra. Se o menino sobreviveu, hoje é homem de pouco mais de 40 anos, que é a idade de meu filho agora. Nessa altura ele era da idade que os meus netos têm agora.
Logo que iniciaram as aulas, e de volta a Facudade, pensei que deveríamos como comunidade fazer algo para levantar a consciência e a solidariedade dos estudantes e outros docentes para com as vítimas da guerra. E começar a fazer algo para pelo menos contribuir para minimizar os seus impactos. Fiz um pequeno cartaz anunciando um apelo para contribuições para as vítimas da guerra, e focalizei o assunto na história acima. Coloquei numa vitrina. Dias depois fui chamado a atenção para retirar o panfleto. O movimento de solidariedade que eu queria iniciar morreu assim. Estávamos ainda na era do regime de partido único, com SNASP (actual SISE) e “Grupos de Vigilância” (a extensão do SNASP ao teu vizinho).
Em 1989 já se realizavam contactos para negociar a maneira de terminar a guerra. Havia negociações secretas ou meio secretas (creio até que já se estava em Roma ou próximo de lá). Mas ainda era perigoso falar da guerra e do sofrimento que trazia. Poderia se gritar ”abaixo os bandidos armado”, mas falar do problema em si, era tabu. E definitivamente, no campus Universitário isso era tabu entre estudantes e professores, apesar de que a radio e a TVM nos bombardeavam com as notícias das matanças, sempre na perspetiva do governo, claro. Mesmo a leitura das Cartas Pastorais dos Bispos católicos (que era a minha melhor fonte de informação e de educação para pensar no assunto) era uma atividade semi-clandestina. Certamente nunca menciona-las em público ou conversas abertas.
Aquí perto, no Boquisso, hoje parte do Município da Matola, os meus pais haviam sido arrebanhados junto com outros camponeses e colocados numa aldeia próxima do quartel das forças governamentais que lá foi criado, supostamente para lhes proteger da RENAMO. Eu tinha lá a minha própria machamba que cultivava desde a infância. Durante os tempos de “se não fosse eu” (repolho e carapau) a machamba e as mangueiras nela me davam o feijão, o milho, o amendoim e as frutas para variar a dieta (e foi assim que criei os meus filhos). Mas durante a “guerra dos dezasseis anos” já não podia ir lá. Quando consegui retirar de lá os meus pais, somente a minha mãe poderia visitar para ir buscar lenha e alguns alimentos das machambas dela.
Caros Compatriotas,
Amigos,
Partilho estas memórias convosco não para dizer que sofri muito. Na realidade tenho vergonha de o fazer, sabendo que existem Moçambicanos que viram e/ou sofreram o pior incluindo último sacrifício deles ou de seus entes queridos (a morte, das mais horríveis maneiras). Sofrimento esse causado não só pela guerra, mas também pela repressão mesmo em anos em que tivemos uma relativa (e breve paz), sob o regime que nos governa desde a independência. Partilho estas memórias não para reavivar ódios e desenterrar machados de guerra. Partilho estas memórias para chamar a atenção das consequências duma falha de uma ação coletiva quando estamos perante um mal que todos reconhecemos que existe, mas viramos a cara para o outro lado somente porque cada um de nós pensa que pode sobreviver sozinho se se afastar co combate coletivo para a sua erradicação.
Foi o medo e a indiferença, combinados das mais diversas maneiras, que permitiram que aquela guerra e a má gestão e organização da sociedade fossem perpetuadas até aos dias de hoje. Foi por causa dessa indiferença e medo que depois de vinte anos de aparente paz, voltamos a ter os mesmos horrores de guerra entre as duas partes que se vêm confrontando desde praticamente a independência, mas sempre cada uma delas nas suas ações vitimando o povo inocente e instrumentalizando jovens e adultos numa epopeia de mútua destruição.
Amigos,
Antes de terminar, permitam-me referi-me a uma outra faceta do problema.
Quando chegamos a Niassa, durante o tal périplo, no aeroporto de Lichinga encontramos na placa um avião Antonov, um aparelho de carga da força aérea Moçambicana. Durante o tempo em que estivemos em Lichinda apercebemo-nos de uma intensa atividade desse aparelho. Isso poderia ser normal, pois na altura se estava em guerra.
Tínhamos um homem de ligação com as forças de segurança nacionais, por causa dos estrangeiros com que se viajava, e sabendo-se que o país estava em guerra. Este homem tinha a responsabilidade de saber junto das autoridades se podíamos ir sem grandes riscos para determinadas zonas que nós tínhamos no nosso mapa. Também voávamos em aviões pilotados por uns jovens missionários canadianos muito experientes e conhecedores do terreno. Foi a todos assegurado que poderíamos chegar seguramente a um Distrito que tínhamos no nosso mapa de lugares a visitar. E muito cedo numa manhã levantamos voo.
Quado já estávamos a pouco mais de meio caminho voando radiaram para o piloto a dizer que ao sítio aonde íamos afinal não havia pista de aterragem. Melhor, a pista de aterragem existia, mas nela não aterravam avionetas há meses, e por isso estava debaixo do capim, o que criava perigo pois as hélices da abvioneta (um Cessa Centurium de seis lugares, do tipo daqueles que se usaram na IIa Guerra Mundial) poderiam ser enroladas no capim alto e provocar acidente. Mas quando nos radiaram a dizer isso nós já não tínhamos combustível que nos desse autonomia de voo para dar meia volta e regressar a Lichinga. Era necessário estarmos em terra para o piloto usar a pequena reserva que tinha calculado para aumentar para o regresso. A única coisa que se poderia fazer era mobilizar as pessoas para limparem a pista enquanto nós estávamos a caminho para podermos aterrar. E foi o que se fez, com uma certa facilidade até, na medida em que por causa da guerra havia sempre muitos aglomerados de população junto as sedes distritais. A rapidez da acão das autoridades locais e da população e a perícia do jovem piloto permitiu-nos aterrar, embora a muito custo e não sem um grande risco de o pior acontecer. A saída ainda quase batemos numa mangueira pois o comprimento da parte limpa da pista não era suficiente para um levantamento de voo seguro mesmo para uma avioneta. Mas mais uma vez contou a perícia do jovem piloto.
Chegados a Lichinga as nossas fontes permitiram-nos apurar que a causa dessa trama toda era porque afinal havia alí “um negócio dos grandes”. O aparelho Antonov que alí vimos estava a fazer transporte de roupa Xicalamindade e batata para venda num país vizinho. Essa era a roupa usada que era enviada de fora do país para apoiar as vítimas da guerra no nosso pais. E as pessoas envolvidas pensavam que a nossa missão ia exatamente investigar esse caso em particular. O plano deles era que nós perecêssemos com essa informação. Algo que não era do nosso conhecimento, nem era nosso plano investigar!
Este era o outro lado daquela guerra, e que certamente tem acompanhado os confrontos que se seguiram depois do acordo de Roma (há sempre “um negócio dos grandes”!). Alguém sempre sai a ganhar com estas guerras e o sofrimento e a morte de pessoas inocentes. Alguém sai sempre a ganhar com estas trapalhadas tipo “dívidas ocultas e ilegais” e tipo “amizade e cooperação histórica com a Coreia do Norte”, que prejudicam a coletividade. Só resta saber quem!
Se nós falharmos na ação coletiva para parar com estes males, os nossos filhos e netos não nos irão perdoar. Seremos vistos como parte daqueles que beneficiaram dessas trapalhadas. O nosso silêncio e/ou inação tornam-nos cúmplices. Temos que perder o medo e agir para endireitar a nossa sociedade.
Costumo terminar perguntando quem põe o guizo ao gato. Nos próximos dias (semanas ou meses, mas certamente), virei com uma proposta de resposta.
Até lá, ni to zweé!
Roberto Tibana
GostoMostrar mais reações
26 comentários
Comentários
Paulo Soares Gostei desta alegoria tão coisa de Moçambique, enquanto ilhas que é preciso atravessar Oceanos, para ir conhecendo as ilha.
Continua hoje assim.
Ilhas sem pontes é um país, numa terra imensa?
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Jasmin Rodrigues Conte comigo!!! Por onde comecamos?? 
Estou cansada de ver tanta coisa podre! O crime compensa! Cresci com uma advertencia: quem nao vai a escola e marginal! Quem rouba e xiconhoca!! Mas temos o Pais governado por xiconhocas!!!! Ser honesto e trabalhad
or neste pais e crime!!! O certo e roubar e desviar!!! Nao se faz nada pelas pessoas!!!
Doi me ver que Mocambique virou um pais de roupa de 2a, sem industria, sem centros comerciais sem estradas e escolas em condicoes!!! Porque??? Estao busys a ROUBAR!!!
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
GostoMostrar mais reações
Ver Tradução1 dia(s)
Linette Olofsson Gostei! Assisti episódios desses década 80/ início 90. Devemos registar e publicar! Alguns não imaginam a desumanidade e sofrimento causado a este povo, sem piedade, em nome de uma revolução doentia, esquizofrenica e patológica pagou—se e paga—se caro pelo nosso silencio e medo!
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Mussa Abdula Sim senhor, nem mais! Acordar pela manhã e me deparar com um texto que só me faz lembrar as amarguras daqueles 16 anos. Dr Timbana, me parece que viveu a minha experiência. Parabéns professor.
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Vasco Adao Quem põe o guizo ao gato somos nós! Verdadeiramente falando, hoje estamos assistindo Moçambique a caminho da morte. 
O povo moçambicano foi abandonado pelo motorista num porch adando a velocidade de 200km por hora.
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Heelio Sive Marcos Muito interessante ....concluo mais tarde....
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Junior M Nkanone Há quem tenha medo que o medo (do povo) acabe. - adaptado de Mia Couto.
O nosso medo gera lucros, o nosso silêncio é um negócio. 
O "inimigo" fora da farda, é mais um irmão nosso, que padece dos mesmos medos que nós...e no final do dia, o verdadeiro inimigo é aquele de lá do alto, faz odiarmo-nos entre irmãos para seu benefício individual...!!!
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Alexandre E a saga continua... Em Janeiro ultimo o jornalista comunitário John Chekwa produziu um vídeo em parceria com a Freedom House que denuncia discriminacao dos moçambicanos que vivem no campo de Manica alegadamente porque apoiaram a Renamo no conflito 2015-16. Eles nao tem acesso a agua, servicos de saude, educacao etc... https://www.youtube.com/watch?v=jq7nkmJN8pg&feature=youtu.beGerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Linette Olofsson Consumi letra a letra...
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Euclides Da Flora " as pegadas do passado Não São apagadas pela poeira"
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Paulino Malendza Ai esta meu grande Professor.Quem poe guizo ao gato?
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Joaquim Tesoura A que pensa que lutou sozinho pela independência, liberdade, etc..
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Pedro Miguel Infelizmente, o mal e a infelicidade da população, é oportunidade de negócio próspero para alguns.
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Jossias Ramos Muito forte.
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Ivo Brito Interessante...vale a pena ler...
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Jossias Ramos Por onde andas, Ivo Brito Mendes, meu bro?
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Ivo Brito Jossias Ramos a quanto tempo?estou na Holanda
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Jossias Ramos Muito tempo. Dos tempos idos da Rua das Flores-Popotio-Napipine-Mutauanha e vice-versa. Falamos em PVT.
Gerir
GostoMostrar mais reações
23 h
Salvador Raimundo MUITOS TEMOS um bocadinho da experiência aqui sabiamente contada. Vakhite
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Adelino Branquinho O guizo há quem ponha, mas os gatos são bravios e predadores. Adorei as memórias. Uma realidade que deve ser consumida sem preconceitos. Abraço amigo Roberto
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Elisa Bila Li tudo Dr...
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Lito Heliodoro Mundlovo Sábias escrituras Doutor.
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Mariano Lampião A narrativa permite que cada 1 de nós possa reflectir e colocar o juízo no lugar de uma acçäo que se espera há anos para mudar "o martírio que os supostos ou ditos combatentes da patria" fazem com o povo moçambicano. Enquanto o povo continuar a viver escravizado psicologicamente e domado pela educaçäo do silêncio, "os grandes" väo continuar a enfiar os inocentes em grandes roubadas.
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Antonio A. S. Kawaria Foi o meu pão de cada dia lá em Netia, distrito do Monapo, na província de Nampula.
Gerir
GostoMostrar mais reações
1 dia(s)
Nito Ivo Ainda estamos à anos-luz de ver consciência coletiva em Moçambique. Os partidos políticos bem o sabem.
Não creio que seja pelo alto nível de analfabetismo. 75% de abstenção em Nampula mostra bem i grau de envolvimento dos moçambicanos em actos de cidadania.
Sinceramente não vejo saída e nem mudanças nos próximos anos.
Gerir
GostoMostrar mais reações
22 hEditado
Nelsoncarlos Tamele Dr. Roberto Julio Tibana as minhas vénias.
Momentos tristes, porem, de muitas licoes.

Sem comentários: