Canal de Opinião por Noé Nhantumbo
Politólogos de todas a: estirpe: batem-se com tudo o que têm para impedir que a alternância democrática do poder aconteça em Moçambique.
Recrutam-se, como no passado, "experta internacionais para conferir credibilidade às suas pretensões hegemónicas.
A batalha é pelo poder e. mesmo que se façam alianças com o diabo, isso não conta.
Ciente com uma frescura descritível multiplica-se em intervenções convenientemente mediatizadas, para, mais uma vez, conferir uma credibilidade debilitada peto tempo e pelos factos.
Mais um ano está terminando sem que se vislumbre interesse genuíno em resolver os verdadeiros problemas dos moçambicanos.
Atiram pedras para supostos culpados da precariedade actual, como se isso fosse alterar a verdade, que é bem diferente.
Emerge de forma cada vez mais evidente a existência de um pacto informal, mas sólido, centrado na manutenção do poder. Negar a mu- dança através de artifícios, esmiuçando retórica mais ou menos, não vai apagar a verdade sobre a recorrente engenharia eleitoral fraudulenta.
Se uns apelam a que se realize uma Assembleia Constituinte, e outros defendem que sejam efectuadas emendas constitucionais no sentido de se aprofundar a democracia, porquê isso não é aceite e implementado com celeridade?
Por que se arrasta a situação para a beligerância?
Por que, sempre dos mesmos quadrantes, aparecem tendências obstrucionistas sobre assuntos relevantes de importância estratégica para a paz e o estabelecimento de um Estado de Direito consentâneo com os interesses dos moçambicanos? Por que recusar titanicamente a partilha do poder?
Vive-se uma realidade de imposição e forma clara acumulam-se sinais de que se pretende adiar, entreter, radicalizar tudo para que se chegue aos próximos ciclos eleitorais com tudo na mesma. Sem alterações no quadro legal, teremos eleições problemáticas. Será a mesma CNE'/STAE/CC, e os resultados serão obviamente ^cozinhados* segundo as instruções dos detentores do poder.
É preciso não ter ilusões* Há gente habituada e viciada em impor.
Um Moçambique diferente, alinhado numa perspectiva nacional de inclusão, humanidade, dignidade e trabalho, precisa de romper com as amarras de uma Comissão Politica que passeia a sua supremacia. Só esta comissão é que está acima da CRM, como se pode ver todos os dias.
Este grupo restrito de pessoas com poder ilimitado personifica um ataque permanente contra os direitos políticos e económicos dos moçambicanos.
Respeitamos o passado e a importância do desempenho que certas figuras tiveram. Mas isso não obsta a que todo um povo não enxergue que se querem perpetuar no poder.
A letargia e a cobardia não são características intrínsecas dos moçambicanos. Não somos míopes. (Noé Nhantumbo)
CANALMOZ – 03.01.2017
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