quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Jovem detido em Manica por causar cegueira ao primo após arrancár-lhe os olhos


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Destaques - Newsflash
Escrito por Emildo Sambo  em 22 Dezembro 2016
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Um jovem identificado pelo nome de João Luís, de 28 anos de idade, encontra-se privado de liberdade nas celas da 1ª esquadra da Polícia da República de (PRM), na província de Manica, acusado de aliciar o seu primo para um local previamente escolhido, onde lhe foi retirado os olhos, facto que causou cegueira irreversível na vítima.
O crime aconteceu numa noite, em Novembro deste ano, na cidade de Chimoio, mas o suspeito caiu nas mãos das autoridades policiais há menos de 72 horas, no distrito de Muxúngwè, província de Sofala, onde supostamente estava foragido.
O ofendido, que responde pelo nome de Júlio Vasco, de 22 anos de idade, não sofre de nenhum problema de pigmentação da pele e frequentava a 12ª classe.
Em contacto telefónico com o @Verdade, nesta quarta-feira (21), Elsídia Filipe, porta-voz da PRM em Manica, condenou a atitude do familiar da vítima e qualificou o caso como sendo tráfico de órgãos humanos.
A agente da Lei e Ordem explicou ainda que, na altura do crime, o acusado, que frequentava o ensino superior, não estava sozinho. “Estamos a trabalhar para neutralizar os outros dois criminosos” a monte.
No dia em que Júlio Vasco perdeu a visão, foi convidado pelo primo para uma bebedeira. Mas foi conduzido para um outro lugar isolado onde João Luís e os seus dois amigos arrancaram-lhe, violentamente, um dos olhos.
Sentindo-se ameaçada e a sua vida em perigo, a vítima ofereceu resistência e teve o segundo olho desfeito de tal sorte que não houve possibilidade de os médicos devolvê-los a visão.
Elsídia Filipe disse que a situação resultou do facto de os indivíduos acusados acreditarem que os olhos de Júlio continham mercúrio e, por via disso, podiam obter dinheiro.
A nossa interlocutora sublinhou que este caso não envolve cidadãos com problemas da pigmentação da pele, mas a sociedade deve continuar a denunciar todos os actos que atentem contra a vida ou integridade física das pessoas.
“As comunidades estão a colaborar e estamos satisfeitos, mas se puderem fazer mais, o crime pode reduzir drasticamente em Manica, pese embora esteja controlado", rematou a policial.

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