sábado, 31 de dezembro de 2016

Segundo a Associação de Jornalistas Turcos, estão atualmente presos no país 148 jornalistas

JORNALISMO

Número de jornalistas assassinados desce em 2016

Durante o ano de 2016 foram mortos 93 jornalistas e mais 29 morreram em dois acidentes de avião. No ano passado o número de jornalistas vítimas de ataques direcionados tinha-se fixado nos 112.
Jornalistas no Egipto protestam contra os ataques à liberdade de imprensa no país
AFP/Getty Images
Morreram menos jornalistas em 2016, vitimas de ataques diretos, do que em 2015 mas, segundo o Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ, em inglês), 2016 foi o pior ano para a liberdade de imprensa desde que a organização começou a registar o número de profissionais presos, em 1990. Neste momento estão presos 259 jornalistas em todo o mundo. O ano passado o número fixou-se nos 199.
Em 2016 foram assassinados 93 jornalistas e mais 29 morreram em desastres de avião: nove na Rússia e, mais recentemente, 20 na Colômbia. Segundo a Federação Internacional de Jornalistas (IFJ, em inglês), que publicou os números, 15 jornalistas foram mortos no Iraque, 13 no Afeganistão, 11 no México, oito no Iémen, seis na Guatemala e na Síria e cinco tanto na Índia como no Paquistão.
Apesar da ligeira redução no número de assassinatos, o presidente do IFJ, Philippe Leruth, disse que estas conclusões “oferecem pouco espaço para conforto e poucas razões para termos esperança no fim da atual crise para a segurança dos profissionais do jornalismo”.

Turquia é o país que mantém mais jornalistas presos

A Turquia encarcerou mais jornalistas do que qualquer outro país este ano. Segundo a Associação de Jornalistas Turcos, estão atualmente presos no país 148 jornalistas. “No passado eram mortos jornalistas na Turquia, agora estão a matar o jornalismo completamente”, disse um jornalista que não se quis identificar à organização de defesa dos Direitos Humanos Human Rights Watch.
Além do número de jornalistas presos por suspeitas de “associação terrorista”, “espionagem” ou “insultos ao Estado e às suas instituições”, o governo da Turquia mandou encerrar, no seguimento da tentativa de golpe de Estado em julho de 2016, mais de 170 meios de comunicação.
A Turquia ultrapassa assim a China, que tinha encabeçado a lista nos últimos oito anos e atualmente mantém 38 jornalistas na prisão. Logo a seguir está o Egito com 25 profissionais atrás das grades.

1 comentário:

Unknown disse...

Os jornalistas são fundamentais para vivermos num Estado de Direito e em Democracia. Não convém a ditadores,opressores e filhos da mãe.