quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Calor mata 30 mil galinhas poedeiras em três dias na Quantum


Empresa perdeu em média 26 mil ovos nesse período
Nos três dias de calor, registados na província de Maputo, concretamente, no distrito de Boane, a empresa Quantum deixou de facturar mais de 10.9 milhões de meticais por causa da perda de 26 mil ovos e a morte de 30166 galinhas poedeiras. No dia 10 morreram cerca de 10 mil galinhas, no dia 22, mais de 15800 galinhas e no dia 24, pouco mais de 4300.
Este é apenas um exemplo de uma empresa com perdas de produção devido a factores climáticos. É uma situação que está a prejudicar também a outras empresas do sector. Apesar das perdas, os gestores da Quantum, que acabam de adquirir a empresa da Galovos, dizem que não vão desistir do negócio.
“Estamos a lutar no sentido de introduzir mais poedeiras. Por exemplo, no dia 02 de Janeiro vamos poder receber cerca de cinco mil poedeiras para preencher o aviário que se encontra na metade. No próximo mês, vamos acrescentar mais dois aviários para tentarmos voltar a melhorar a nossa produção”, disse o responsável pelo aviário, Freek Homan.
Os gestores da empresa queixam-se ainda de cortes sucessivos e sem pré-aviso de energia pela Electricidade de Moçambique, que também tem contribuído para a morte das galinhas e perda de ovos. Estes estragos foram apresentados ao ministro da Agricultura e Segurança Alimentar durante uma visita que efectuou, ontem, ao distrito de Boane.
Nos dias de calor, a água consumida pelas galinhas fica quente, porque os tubos de água usados aquecem e as aves não conseguem beber a água, facto que lhes leva à morte, explicou o responsável do aviário.
“Quando o pessoal da Electricidade de Moçambique trabalha nas linhas de energia, não somos avisados. A falta de aviso faz com que a empresa não se prepare atempadamente, isto é, não compre combustível suficiente para abastecer seus geradores. Precisamos de ter o tempo no qual eles vão reestabelecer a corrente eléctrica, para planificarmos a nossa actividade”, considera o representante da empresa.
Actualmente, a empresa tem 180 mil poedeiras, mas pretende aumentar essa capacidade até Abril do próximo ano, de modo a começar a operar em pleno.
Para repor os danos causados por situações climáticas desde a altura que a empresa era chamada Galovos, foi necessário investir mais 21 mil milhões de meticais.

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