quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

John Kerry diz que todos querem paz na Síria menos Assad e os seus aliados

CONFLITO NA SÍRIA


7
O chefe da diplomacia dos EUA disse em conferência de imprensa que Assad, com a colaboração da Rússia e do Irão, está a fazer um "massacre" em Aleppo.
John Kerry diz que os bombardeamentos em Alepo são parte de "uma política propositada e cínica de aterrorizar civis"
JULIEN WARNAND/EPA
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, acusou o regime de Bashar Al-Assad, a Rússia e o Irão de estarem a fazer um “massacre” na cidade sitiada de Aleppo. “O que nós temos visto é uma matança indiscriminada, não são acidentes de guerra, não são danos colaterais, é uma política propositada e cínica de aterrorizar civis”, disse na tarde desta quinta-feira, pouco tempo depois de Bashar Al-Assad se ter congratulado pela “libertação” daquela que antes da guerra era a maior cidade da Síria.
Nesta conferência de imprensa, o chefe da diplomacia norte-americana acusou o Governo sírio e os “seus aliados” russos e iranianos de serem os únicos que não querem chegar a um acordo de paz naquele país assolado por uma guerra que começou em 2011. “Todas as partes envolvidas com quem falei nos últimos dias disseram-me que estão prontas para voltarem a Genebra [para conversações de paz] e isso inclui a oposição legítima na Síria, inclui a Turquia, inclui o Catar e os estados árabes”, disse .”A única pergunta que resta é se o regime sírio, com o apoio da Rússia, está disposto a ir para Genebra preparado para negociar de forma construtiva e se querem ou não terminar esta matança do seu próprio povo.”
John Kerry referiu ainda que se “Alepo cair completamente e o seu povo for massacrado naquela pequena área [na zona Este da cidade], será ainda mais difícil poder juntar as pessoas e não vai colocar um fim na guerra”.
O chefe da diplomacia diz os EUA querem que a cidade possa ser evacuada de todos os “civis e combatentes que escolham sair da cidade”. E embora tenha reconhecido que “pelo menos durante algum tempo” os bombardeamentos tenham “parado”, denunciou que uma unidade de transporte que transportava pessoas feridas foi atingida a tiro “pelo regime ou pelos seus aliados” e também voltou a insistir no desconhecimento do paradeiro de vários homens civis e de também militares, entre os 18 e os 40 anos.

Sem comentários: