A Renamo quer a partilha de responsabilidades no comando das FADM e da PRM

A Renamo quer a partilha de responsabilidades no comando das Forças Armadas de Defesa de Moçambique e da Polícia da República de Moçambique através da aprovação de um modelo de integração e enquadramento dos seus oficiais.
O dado foi avançado ontem em Maputo em mais uma ronda negocial entre o Governo e a Renamo.

Segundo Saimon Macuiana, a exigência da Renamo sobre a partilha de responsabilidade no comando das FADM e da PRM através da aprovação de um modelo de integração e enquadramento dos seus oficiais fundamenta-se com base no memorando assinado entre o Presidente da República, Armando Guebuza e o líder do maior partido da oposição, Afonso Dhlakama. 

Para a Renamo só depois de aprovado o modelo de integração e enquadramento dos seus oficiais, há mais de vinte anos nas FADM é que se pode avançar com a lista das Forças Residuais do Partido de Afonso Dhlakama.

O vice-chefe da Delegação do Governo, diz que o modelo de integração e enquadramento dos oficiais que a Renamo exige é uma máscara para a partilha de comando, posições de chefia e de direcção nas FADM e na PRM. Para Gabriel Muthisse, a exigência da Renamo equivale organizar as forças de defesa e segurança com base em cores partidárias.
A matéria sobre a paridade ou não nas FADM e na PRM, principal ponto de discussão na ronda oitenta e sete é um dos pontos contidos, no relatório apresentado, segunda-feira, na ronda oitenta e sete pela Equipa Militar de Observação das Cessações das Hostilidades.

TVM – 03.12.2014