O Facebook está torna-se cada vez menos interessante, pelo menos para os adolescentes. Um relatório desta quinta-feira da Frank N. Magid Associates descobriu que o número de usuários de redes sociais na faixa de 13 a 17 anos no Facebook caiu de 95% em 2012 e 94% em 2013 para 88% neste ano. No mesmo período, o Twitter e os aplicativos de mensagem tornaram-se mais populares nessa faixa etária, de acordo com a pesquisa.
A empresa, com sede em Menlo Park, Califórnia, advertiu pela primeira vez que os adolescentes não estavam a utilizar o seu site com tanta frequência há um ano. O Facebook parou de falar sobre o uso entre adolescentes nas suas apresentações de resultados depois que a revelação do ano passado alarmou os investidores. Embora a questão tenha sido praticamente esquecida enquanto a receita da empresa com publicidade batia recordes, ela tornou-se uma preocupação maior agora, de acordo com Tero Kuittinen, director administrativo da Magid em Nova Iorque.
“É só olhar para o Facebook para ver que alguma coisa mudou mesmo em 2014”, disse Kuittinen. “Se as crianças estão a começar a passar grande parte do tempo a usar aplicativos de mensagens, isso com certeza vai prejudicar alguém”.
Entre os usuários na faixa de 13 a 17 anos, o uso do Twitter subiu 2 pontos porcentuais e chegou a 48%, de acordo com o relatório.
Embora mais pessoas usem o Facebook e o seu aplicativo de mensagem do que o de qualquer outro concorrente, a base de usuários da empresa tende a ser mais velha, pois 55% dos usuários do Facebook Messenger têm em volta de 37 anos. De acordo com o mesmo indicador, 86% dos usuários do Snapchat e 83% dos usuários do KikInteractive têm menos de 37 anos. O Facebook tentou comprar o Snapchat no ano passado por mais de US$ 3 bilhões, mas a oferta foi recusada. Vanessa Chan, porta-voz do Facebook, não quis fazer comentários sobre o relatório da Magid.
Confiança e diversão
Um dos motivos da diminuição do uso do Facebook entre adolescentes é a preocupação de que o serviço talvez não seja confiável. Apenas 9% dos consultados descreveram o site como “seguro” ou “confiável”, ao passo que quase 30% dos participantes disseram que usariam essas palavras para falar do Pinterest. O Pinterest também foi considerado o mais “divertido”, com 40%, contra 18% para o Facebook.
“O Facebook está tão profundamente arraigado na vida das pessoas que ele vai se esvair lentamente”, disse Kuittinen. “As pessoas começam a ficar vagamente insatisfeitas e, depois de um tempo, deixam de usar”.
O CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, tem estado a trabalhar para diversificar a oferta da empresa além do principal aplicativo do Facebook. Ele adquiriu o Instagram, aplicativo de compartilhamento de fotos, em 2012 e neste ano comprou o WhatsApp Inc., que tem um aplicativo de mensagens, por US$ 18 bilhões.
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