segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Hoje não há negociações entre o Governo e a Renamo

As delegações do Governo e da Renamo não se vão reunir hoje, segunda-feira, na sequência da reunião da Comissão Política da Renamo, que decorre no distrito da Gorongosa, na província de Sofala.
Fontes da Renamo e da mediação confirmaram que as partes não se vão reunir, sem contudo confirmar uma nova data para o encontro negocial.
A Comissão Política da Renamo está reunida desde domingo (21 de Dezembro) até hoje, segunda-feira, num encontro alargado aos chefes de departamentos, delegados provinciais e outros quadros, para analisar as recentes eleições presidenciais, legislativas e provinciais, realizadas a 15 de Outubro passado.
Ao fim do dia de hoje, segunda-feira, a Renamo deverá emitir uma declaração sobre as conclusões do encontro.
A reunião da Comissão Política da Renamo alargada a outros quadros está a analisar as recentes eleições gerais e provinciais, o desempenho desse partido e a situação política, económica e social do país.
A Comissão Política da Renamo deverá tornar uma decisão poucas horas antes de o Conselho Constitucional anunciar o seu acórdão de validação ou anulação da fraude eleitoral do passado dia 15 de Outubro, cujos resultados são contestados pela oposição. 
Na semana passada, as partes saíram da 89.a ronda sem nenhum acordo sobre o modelo de enquadramento e integração dos homens da Renamo.
O Governo exige que a Renamo entregue a lista dos seus homens, mas este partido insiste que só a poderá entregar depois da adopção do modelo de integração e enquadramento e depois da colocação dos oficiais que actualmente considera como estando marginalizados nas Forças Armadas de Defesa de Moçambique.
A adopção do modelo de enquadramento como documento de base está estabelecida no Memorando de Entendimento, na sua alínea h).
Por outro lado, a Renamo continua a exigir a partilha de responsabilidades nas Forças Armadas e na Polícia e a sua participação em todos os ramos da PRM (Polícia de Protecção, Unidade de Intervenção Rápida), na Força de Guarda-Fronteira e na Força de Protecção de Altas Individualidades.
A mediação ficou por trabalhar uma proposta harmonizada sobre a administração pública, para sobre ela se buscar um consenso entre as partes. (Bernardo Álvaro)

CANALMOZ – 22.12.2014

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