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Todo o sucesso que ele factura, é capitalizado pelas contradições mudas internas no seio da própria Frelimo.
Por exemplo, há vozes na Frelimo que afirmam categoricamente que os órgãos do Partido Libertador, nunca reuniram para estudar o fenómeno Dlhakama e os sucessivos sucessos do seu movimento!
Há determinadas mentalidades na Frelimo que não usam luto pelos sucessos ameaçativos do movimento de Dlhakama, quando ele triunfa sobre as conquistas do movimento libertador!
O signatário deste comentário, foi um dos documentalista do movimento de libertação na frente de combate na então Província de Manica e Sofala!
Os valores políticos e morais que a Frelimo pregava durante a Luta Armada de Libertação Nacional, ainda estão tão intactos e válidos por mais de um século, como agenda de gestão política e económica da vida dos moçambicanos, do País e simultaneamente do Estado!
Infelizmente, a direcção da actual Frelimo, não está interessada em resgatar esse capital político que sempre cimentou os interesses dos cidadãos com a inacaducavel causa de Libertação da Terra e do Homem!
Todavia, o estranho abandono das capacidades de comunicação e mobilização que autrora a Frelimo detinha durante o processo da luta de libertação, criou brechas bastantes graves para Dlhakama e o seu movimento penetrar no seio do Povo, e passar a criar expectativas e a esperança das populações, um dia voltar a ser dono dos seus recursos e da sua soberania política.
Infelizmente Dlhakama não tem aproveitado, este vento a favor do seu jogo, para constituir uma verdadeira força de oposição à actual Frelimo, que pelos vistos já abandou a sua tradição de ser peixe que vive na água.
A Frelimo, ambiciosa de consolidar a classe da Burguesia Capitalista, afim de fortificar as disputas eleitorais numa democracia capitalista, acabou abandonando o Povo, a exemplo dum peixe que decide viver fora das águas!
Dlhakama perde a oportunidade de educar as multidões que arrasta com uma doutrina, patriótica e nacionalista que a própria Frelimo no passado usou como a arma potencial para derrotar o colonialismo e imperialismo! E simultaneamente resgatar a soberania económica que o País está perdendo dia após dia, a favor duma burguesia fantasma de rendimentos duvidosos!
O PIMO, surge na sequência destas contradições dialécticas e históricas, consubstanciados num desvio sistematico dos valores da Independência e da ausência de um discurso correcional para obrigar a Frelimo a olhar o povo como seu verdadeiro parceiro no processo da consolidação da democracia e do desenvolvimento sustentável de Moçambique, rumo a Independência económica, assegurada por um sistema de capitalismo social onde as 3.600.000 de famílias moçambicanas seriam como a base para a distribuição equilibrada da riqueza entre os mais de 23 milhões de cidadãos! A Luta Continua!!!
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