Em eleições, tal como em qualquer outro processo competitivo, não basta que o vencedor o seja só por ter conseguido obter o maior número de votos. A vitória torna-se mais credível e menos suspeita quanto mais se com a maior transparência possível, se puder provar a legitimidade e justeza do escrutínio.
Este não é, infelizmente, o caso com as recentes eleições gerais de 15 de Outubro. Subsistem muitas dúvidas sobre elas. É verdade que a Comissão Nacional de Eleições (CNE) já anunciou os resultados que deram vitória ao candidato presidencial da Frelimo, Filipe Nyusi, ao mesmo tempo que atribuiu a maioria parlamentar a este partido.
Mas com toda a polémica em torno dos editais, que pouco se sabe onde é que se encontram ou cujos originais não são achados, permanece sempre na memória a ideia de um processo rocambolesco, se não mesmo totalmente viciado.
E nesta fumaça toda, abre-se espaço para se conferir credibilidade às suspeitas da afluência de quase 100 por cento em regiões rurais pobres, ultrapassando a média de pouco menos de 50 por cento nas zonas urbanas, onde as condições de mobilidade dos eleitores para se dirigirem aos postos de votação sugerem ser mais lógico que a afluência seja maior.
E ninguém deve ser culpado desta ausência de confiança pública na integridade do processo como um todo, se os próprios órgãos de administração eleitoral não se esforçam em demonstrar, para além de qualquer margem de dúvida, que realizaram um trabalho honesto, profissional, objectivo e isento.
As eleições são um processo político extremamente sensível, e delas depende a estabilidade do país e a segurança de todos os seus cidadãos. Se elas forem mal conduzidas, mesmo que tal seja ao nível de percepções, não há nada que obrigue os perdedores a reconhecerem honestamente que perderam num jogo altamente competitivo, e de que o vencedor o é de uma forma justa.
Se quisermos recorrer a uma analogia desportiva, os adeptos da equipa perdedora não têm a obrigação de manterem um comportamento de civismo se estiverem convencidos de que o árbitro favoreceu a equipa adversária. Caberá ao árbitro esforçar-se em ser o mais isento possível.
No caso das eleições de 15 de Outubro, os editais são um imprescindível elemento de prova, de tal forma que a sua ausência torna todo o processo absolutamente nulo. É inconcebível que se tenha gasto tanto dinheiro para produzir tais editais como elementos críticos no apuramento dos resultados eleitorais, simplesmente para no fim dizer que estes mesmos resultados podem ser validados, ainda que os editais não estejam disponíveis, ou se estiverem, que denotam sinais de terem sido ficticiamente produzidos. E não é menos visível o esforço de propaganda para convencer os eleitores de que as suas suspeitas são infundadas.
A reportada ausência de clareza sobre onde se encontram (ou se encontravam) localizados os editais é, no mínimo, uma aberrante falta de responsabilidade da parte de quem tem a obrigação de saber, com exactidão, onde estão localizados estes importantes documentos. Na versão mais gravosa, estamos a falar de uma acção criminosa, sobre a qual a lei deve tomar o seu curso.
Esperemos para ver o que diz o Conselho Constitucional.
SAVANA – 19.12.2014
Vossa Senhoria sabe que todos os conselhos se regem por normas, entre essas as TEMPESTIVIDADES dos recursos interpostos.
Ora pois, quando da verificação de fraudes durante as eleições, os partidos RENAMO e MDM imediatamente deveriam apresentar IMPUGNAÇÃO urna por urna sob suspeição! ESSA IMPUGNAÇÃO DEVERIA SER FEITA "IN LOCO" na seção/mesa receptora dos votos, rqeuisitada uma cópia (obrigatória) da reclamação/impugnação feita.
Terminadas as votações, tais urnas conteriam as assinaturas dos fiscais patidários, delegados etc, no LACRE DE FECHAMENTO dessas, e seriam separadas, recolhidas à justiça eleitoral, sendo abertas sómente por um oficial de justiça quando da contagem dos votos em juizo.
Talvez tenha sido esse o caso!
Poucos tem os seus conhecimentos sobre Brasil.
Todavia, para alguns que se sentem em dúvida, vai aqui uma explicação, iniciando por dizer que econômicamente Moçambique não tem relevância tal, que faça o Brasil aproximar-se pela cobiça nos seus minérios ou na eventual produção agrícola do país: O Brasil é autosssuficiente nesses quesitos.
Já a Europa, essa sim, carece de minérios, petróleo, gás, carvão e alimentos, e vêem em Moçambique uma garantia de abastecimento futuro, tanto de produtos agrícolas quanto de minérios, para o caso de um colapso mundial. MOÇAMBIQUE TEM MUITO, MUITO AINDA A SER EXPLORADO!
Quando nos idos de 1964, Moçambique ainda lutava pela liberdade política ATRAVÉS DA GUERRILHA DE ESQUERDA COMUNISTA, o Brasil mergulhava numa DITADURA MILITAR DE DIREITA, portanto situações antagônicas para ambos!
Foram 20 anos de ditadura militar no Brasil, iniciada em 1964 e terminada pela metade de 1985. Nesse período, seria inimaginável uma aproximação do gigante direitista sulamericano, com o novo país do leste de África, de orientação comuno-marxista-repressivo.
Terminada a ditadura militar de direita, a desconfiança mútua persistiu por longos anos, até datas recentes.
O que faz o Brasil, de repente virar um olho para a África?
1 - O Brasil quer ser ator principal nas decisões mundiais. Isso pela sua importância comercial, tecnológica, populacional.
2 - O Brasil tem consciência de ser o celeiro mundial de alimentos, capaz de ditar regras quando isso for necessário, num futuro bem próximo quando a escassez começar a afetar o mundo. Por isso, o Brasil procura aliar-se a países POTENCIAIS PRODUTORES no futuro, pelas condições climáticas e disponibilidade de áreas que possuem. África e América Latina estão nessa geopolítica, visando uma união de produtores agrícolas (Brasil à frente), tal como o foi a OPEP para o petróleo.
3 - O Brasil almeja um ASSENTO EFETIVO no Conselho de Segurança da ONU. Pelo sua importância geográfica, pela sua importância estratégica, pela sua importância de mercado, pela sua tecnologia, pela sua autossuficiência interna de energia, pela sua POPULAÇÃO e pela sua importância no cultivo da paz. Assim, mostra-se afetivo com a África, aproxima-se da África e facilita para sí o voto dessas nações nesse propósito, quando precisar.
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Porque espera a RENAMO e o MDM para disponibilizar os resultados que apuraram, talvez com base no Distrito?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE”
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- governos da América do Norte, mormente dos USA,...;
- governos da América do Sul, mormente do Brasil,...;
- governos da Oceania, mormente da Austrália,...;
- governos de África, mormente RSA, Angola,...
É BOM ACORDAR DE VEZ.
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