quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Sékou Touré mandou matar Amílcar Cabral - afirma Investigador cabo-verdiano SEKU_TOUREO INVESTIGADOR e professor universitário cabo-verdiano Daniel Santos lança amanhã, na Cidade da Praia, o livro "Amílcar Cabral - Um Novo Olhar", defendendo que Ahmed Sékou Touré, antigo presidente da Guiné-Conacry, terá sido o "provável mandante" do assassinato. "O livro veio confirmar que os portugueses nada têm a ver com a morte de Amílcar Cabral. Pelos dados que reúne, tudo se encaminha para que tenha sido Sékou Touré, antigo presidente da Guiné-Conacry, o mais provável mandante do crime", revelou Daniel dos Santos, indicando que a obra será apresentada pelo antigo ministro das Infra-estruturas de Transportes cabo-verdiano, Armindo Ferreira. Numa entrevista à Agência Lusa, o investigador recordou que no dia em que o “pai” das independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde foi assassinado, Sékou Touré preparou um jantar no seu gabinete para os “40 cabecilhas” que estiveram envolvidos na morte de Cabral, a 20 de Janeiro de 1973, em Conacry. "As pessoas já estão identificadas. Só falta oficializar quem mandou matar Amílcar Cabral", prosseguiu o investigador cabo-verdiano, dizendo que a obra, de 600 páginas e sem prefácio, serve para "reavivar a memória" e fazer uma "ruptura" de tudo o que já se escreveu sobre Cabral. INCONCLUSIVOS A morte de Cabral nunca foi devidamente esclarecida, havendo dúvidas sobre os mandantes do crime que o vitimou, reinando também o silêncio dos antigos companheiros no Partido Africano de Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), cuja sede durante a luta de libertação (1963/74) estava precisamente em Conacry. Vários livros já deram pistas sobre o contexto que levou à morte de Cabral, como os do historiador guineense Julião Soares Sousa, do jornalista e investigador português José Pedro Castanheira, dos escritores são-tomense Tomás Medeiros e angolano António Tomás, mas todos são inconclusivos sobre um envolvimento do PAIGC ou de Portugal. Sabe-se apenas que o autor dos disparos que o vitimaram foi Inocêncio Kani, guerrilheiro do PAIGC, entretanto falecido, alegadamente a mando de outro alto dirigente do então movimento independentista, Morno Touré, em conluio com Mamadou Ndjai, chefe da guarda de Cabral. Para Daniel Santos, segundo a LUSA, Amílcar Cabral continua uma "figura marcante e emblemática" na história da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, uma pessoa com "defeitos e virtudes", defendendo ser necessário colocá-lo "no lugar que conquistou por mérito próprio". O investigador cabo-verdiano diz que tem "muitas coisas na gaveta" e que já escreveu 90 por cento de outro livro sobre a história das ideias políticas do fundador do PAIGC. Daniel dos Santos, 57 anos, nasceu na Cidade da Praia, é jornalista - não está em exercício -, politólogo e professor nas universidades Lusófona de Lisboa, Jean Piaget e Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais (ISCJS), as duas últimas em Cabo Verde. NOTÍCIAS – 11.09.2014 Poderá também gostar de:

Sékou Touré mandou matar Amílcar Cabral - afirma Investigador cabo-verdiano

SEKU_TOUREO INVESTIGADOR e professor universitário cabo-verdiano Daniel Santos lança amanhã, na Cidade da Praia, o livro "Amílcar Cabral - Um Novo Olhar", defendendo que Ahmed Sékou Touré, antigo presidente da Guiné-Conacry, terá sido o "provável mandante" do assassinato.
"O livro veio confirmar que os portugueses nada têm a ver com a morte de Amílcar Cabral. Pelos dados que reúne, tudo se encaminha para que tenha sido Sékou Touré, antigo presidente da Guiné-Conacry, o mais provável mandante do crime", revelou Daniel dos Santos, indicando que a obra será apresentada pelo antigo ministro das Infra-estruturas de Transportes cabo-verdiano, Armindo Ferreira.
Numa entrevista à Agência Lusa, o investigador recordou que no dia em que o “pai” das independências da Guiné-Bissau e de Cabo Verde foi assassinado, Sékou Touré preparou um jantar no seu gabinete para os “40 cabecilhas” que estiveram envolvidos na morte de Cabral, a 20 de Janeiro de 1973, em Conacry.
"As pessoas já estão identificadas. Só falta oficializar quem mandou matar Amílcar Cabral", prosseguiu o investigador cabo-verdiano, dizendo que a obra, de 600 páginas e sem prefácio, serve para "reavivar a memória" e fazer uma "ruptura" de tudo o que já se escreveu sobre Cabral.
INCONCLUSIVOS
A morte de Cabral nunca foi devidamente esclarecida, havendo dúvidas sobre os mandantes do crime que o vitimou, reinando também o silêncio dos antigos companheiros no Partido Africano de Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), cuja sede durante a luta de libertação (1963/74) estava precisamente em Conacry.
Vários livros já deram pistas sobre o contexto que levou à morte de Cabral, como os do historiador guineense Julião Soares Sousa, do jornalista e investigador português José Pedro Castanheira, dos escritores são-tomense Tomás Medeiros e angolano António Tomás, mas todos são inconclusivos sobre um envolvimento do PAIGC ou de Portugal.
Sabe-se apenas que o autor dos disparos que o vitimaram foi Inocêncio Kani, guerrilheiro do PAIGC, entretanto falecido, alegadamente a mando de outro alto dirigente do então movimento independentista, Morno Touré, em conluio com Mamadou Ndjai, chefe da guarda de Cabral.
Para Daniel Santos, segundo a LUSA, Amílcar Cabral continua uma "figura marcante e emblemática" na história da Guiné-Bissau e de Cabo Verde, uma pessoa com "defeitos e virtudes", defendendo ser necessário colocá-lo "no lugar que conquistou por mérito próprio".
O investigador cabo-verdiano diz que tem "muitas coisas na gaveta" e que já escreveu 90 por cento de outro livro sobre a história das ideias políticas do fundador do PAIGC.
Daniel dos Santos, 57 anos, nasceu na Cidade da Praia, é jornalista - não está em exercício -, politólogo e professor nas universidades Lusófona de Lisboa, Jean Piaget e Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais (ISCJS), as duas últimas em Cabo Verde.
NOTÍCIAS – 11.09.2014
Poderá também gostar de:

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu não creio que foi Sekou Touré quem mandou assassinar Amílcar Cabral.

Adriel Batista Correia de Melo