O Presidente angolano, José Eduardo dos Santos, classificou hoje em Luanda a situação prevalecente na Guiné-Bissau, Mali, e nas repúblicas Democrática do Congo e Centro-Africana como um "retrocesso no processo de democratização" em África.
José Eduardo dos Santos, que intervinha na tradicional cerimónia de apresentação de cumprimentos de Ano Novo do Corpo Diplomático, condenou o retorno à violência e o aparecimento de rebeliões como via de resolução de conflitos internos.
Para José Eduardo dos Santos, os governos eleitos nas urnas apenas devem ser substituídos por via eleitoral e não por "processos antidemocráticos", considerando ainda "inaceitável" o facto de atualmente África ter novos casos de refugiados.
José Eduardo dos Santos, que intervinha na tradicional cerimónia de apresentação de cumprimentos de Ano Novo do Corpo Diplomático, condenou o retorno à violência e o aparecimento de rebeliões como via de resolução de conflitos internos.
Para José Eduardo dos Santos, os governos eleitos nas urnas apenas devem ser substituídos por via eleitoral e não por "processos antidemocráticos", considerando ainda "inaceitável" o facto de atualmente África ter novos casos de refugiados.
José Eduardo dos Santos aludiu igualmente ao agravamento da situação no Médio Oriente, defendeu como sendo um "imperativo" que sejam abertas as portas do diálogo e da concertação política entre os principais atores e que se procurem os entendimentos internos e internacionais conducentes à preservação da paz e da segurança internacional.
Nesse sentido, defendeu a consagração e realização do princípio da existência e reconhecimento dos dois Estados soberanos de Israel e da Palestina.
Relativamente a Angola, destacou a "constatação que Angola está a progredir e a resolver, com sagacidade, os seus problemas".
Em Angola, continuou, o Estado e as instituições democráticas estão a consolidar-se, alicerçados no princípio do direito e da soberania popular, através dos quais se promove a convivência pacífica, a participação cívica na resolução dos problemas nacionais, num continente onde os conflitos e crises políticas começam a ressurgir.
"Nós nunca nos deixamos influenciar pelo afropessímismo que certa elite propagou no passado. Acreditamos sempre na mudança e na renovação de África e na forma de conceber e fazer política neste continente", acentuou.
EL // ARA.
Lusa – 10.01.2013
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