De Mondlane a Guebuza: 50 anos de história contada nas páginas do “O País”
25 de Junho: Retrospectiva dos marcos históricos da nossa história.
Quando
foram lançadas as celebrações dos 50 anos da Frente de Libertação de
Moçambique, a 3 de Fevereiro do ano em curso, o jornal “O País”
desafiou-se a ir ao encontro da história colectiva dos moçambicanos,
procurando trazer factos até aqui desconhecidos pelo grande público.
Trazemos, para a memória do caro leitor, o resumo das principais
reportagens publicadas por este jornal, ao longo dos últimos cinco
meses, sobre a história da Frelimo, num suplemento especial denominado
“50 anos da Frelimo”.
“O
País” enviou para a Tanzania uma equipa de reportagem que percorreu os
locais mais marcantes da história do movimento naquele país, por sinal, o
berço da FRELIMO. Visitámos um enorme salão, situado no centro da
cidade de Dar-es-Salaam, designado Arnataglo, onde foi fundada, a 25 de
Junho de 1962, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). O
nascimento da Frelimo naquele salão foi graças à fusão de três
organizações nacionalistas então existentes, nomeadamente: União
Democrática Nacional de Moçambique (UDENAMO), União Nacional para
Moçambique Independente (UNAMI), União Africana Nacional de Moçambique
(MANU). O nascimento da FRELIMO contou com o testemunho do
vice-presidente da Tanzania. Na ocasião, decidiu-se que, num espaço de
três meses, deveria acontecer o I Congresso do recém-criado movimento
libertador - a Frelimo. Foi assim que, a 23 de Setembro do
mesmo ano, iniciou o congresso histórico da FRELIMO, que durou seis
dias, isto é, decorreu até ao dia 28. Basicamente, o primeiro dia foi
marcado por discursos de abertura de diversas personalidades de vários
quadrantes do mundo para tomar parte do evento. Contudo, o discurso
emocionante e marcante, segundo o militante da FRELIMO Pascoal Mocumbi,
teria sido de Eduardo Chivambo Mondlane, que, na ocasião, apelou à
unidade dos moçambicanos como caminho para alcançar a independência. Os
dias subsequentes foram marcados por debates, criação de estatutos,
entre outros aspectos vitais para os objectivos do movimento libertador.
A eleição dos dirigentes da Frente de Libertação de Moçambique teria
sido por voto secreto. No pleito, Eduardo Mondlane distanciou-se na
frente da contagem, num acto que também elegeu Urias Simango como
vice-presidente. Dentre as figuras presentes no congresso, destaca-se
Marcelino dos Santos, Feliciano Gundana, Pascoal Mocumbi, Lopes Tembe e
João Munguambe.
Os escritórios da Frelimo
A
escassos metros do local onde a Frelimo foi criada e exactamente na
mesma avenida, encontram-se os escritórios onde trabalharam os
dirigentes do movimento libertador. A antiga sede da Frente de
Libertação de Moçambique situa-se na Nkrumah Street Plot n.o 2242, no
pleno coração da cidade de Dar-es-Salaam, num edifício de quatro pisos.
Ainda que de pequenas dimensões, foi ali onde saíram importantes
decisões, algumas das quais traduzidas nos estatutos da Frelimo, aquando
da sua criação em 1962. A primeira sede da Frelimo, no território
tanzaniano, teve a honra e o privilégio de ter acolhido, nos seus
compartimentos, gabinetes de algumas importantes figuras da luta de
libertação nacional e que ocuparam sucessivos cargos de destaque nos
diversos governos de Moçambique independente. Funcionaram naquele
edifícios, os gabinetes de Eduardo Mondlane, presidente e membro
fundador da Frente de Libertação de Moçambique; do Reverendo Uria
Simango, vice-presidente; de Joaquim Chissano, ex-chefe da Segurança; de
Marcelino dos Santos; de Silvério Nungo, das Finanças; e de Miguel
Marrupa. Fora estas figuras, trabalharam ainda naqueles escritórios,
John Kachamila e Francisco Cabo.
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1 comentário:
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