As respostas surgiram depois de Manuel Augusto, que se deslocou a Paris para consultas políticas entre França e Angola, ser questionado, durante uma entrevista à RFI, sobre as mais recentes declarações da deputada nas redes sociais em que afirma, por exemplo, que o actual Presidente da República está a fazer um "golpe de Estado às instituições" em Angola, e em que diz que está "involuntariamente" fora do país devido à doença da filha e que há vários meses está a ser "intimidada" por dirigentes do partido.
Durante a entrevista à RFI, Manuel Augusto, também questionado sobre a data do funeral do fundador da UNITA, afirmou que ao Governo de Angola cabe apenas fazer a entrega dos restos mortais e que "o Governo está pronto para fazê-lo a todo momento".
"A definição da data e local do funeral é da inteira responsabilidade da família e do partido que Jonas Savimbi fundou", afirmou.
Sobre a substituição do presidente do conselho de administração da Sonangol, realizada pelo Chefe de Estado, João Lourenço, no dia 8 de Maio, o ministro respondeu que se tratou apenas de um acto de gestão.
"O Presidente entendeu que, para o alcance de alguns objectivos, agora estabelecidos, era melhor mudar os gestores", declarou.
"Como numa equipa de futebol, o treinador sabe quem é que, em cada momento do jogo, melhor pode contribuir para a equipa", acrescentou.
Segundo o diplomata," tal como o País, a Sonangol está a mudar, principalmente no que toca ao limite das suas funções, filosofia de actuação e sua inserção no aparelho económico de Angola".
"É natural que, ao longo deste percurso de transição, seja necessário fazer-se alguns ajustes", sublinhou.
Manuel Augusto acrescentou que, com a criação da Agência Angolana do Petróleo, Gás e dos Bioquímicos, muitas das antigas atribuições da Sonangol deixam de existir, o que, "naturalmente, implica mudanças na filosofia e objecto da companhia".