segunda-feira, 11 de junho de 2018

Saudamos todo esforço que tem feito para o alcance da paz efectiva e duradoira.


Carta Aberta ao mais alto Magistrado da Nação Moçambicana
Senhor Presidente da República,
Saudamos todo esforço que tem feito para o alcance da paz efectiva e duradoira.
Nos povo moçambicano, seu patrão como nos apelidou no primeiro dia da sua posse a si ficaremos gratos e nos lembraremos como obreiro da paz efectiva para Moçambique em tempos de desenvolvimento.
Senhor Presidente,
As suas mensagens são por nós encaradas como mensagem de Estado,
São encaradas como guia para todos nós Moçambicanos.
Nos últimos dias Senhor Presidente; as suas mensagens não estão a colher consenso no nosso meio, estão a dividir nos, o que pode levar a descredibilizarmos muito do que Senhor Presidente fala.
Teremos este sentimento porque pensamos que o Senhor presidente já não está a falar com respeito a todas classes, já não está a falar para nos confortar ou motivar.
Não esperamos que um Presidente se pronuncie a mandar um povo duma determinada cidade para que se mude.... Nos mudaremos para onde Senhor Presidente?
Nós nascemos em Moçambique, na cidade ou no campo, mas nascemos em Moçambique.
Nós nascemos na cidade de Maputo, não conhecemos outra cidade diferente da cidade de Maputo. Não sabemos como se prepara para viver numa cidade. Será pela condição social? Será pelo grau de habilitação? Será pela idade?
Nós nascemos aqui no Maputo, quando nascemos não sabíamos que está cidade deveria acolher somente cidadãos duma certa classe social.
Quando nascemos não sabíamos que está cidade seria somente para os académicos ou escolarizados,
Quando nascemos não sabíamos que para viver em Maputo deveria se ter esta ou aquela idade,
Porque só com estes atributos todos é que nos tornariamos cidadãos da capital igual a de outros países como nos quer comparar.
Senhor Presidente gostaríamos de lembrar a si que após a independência nos foi ensinado que Moçambique é de todos nós; e o povo estava livre para viver onde se sentisse bem. E foi a cidade de Maputo que recebeu grandes compatriotas vindos da luta armada de diferentes cantos. Muitos deles foi pela primeira vez que chegaram a uma cidade.
Os nossos pais acolheram e nunca os descriminaram.
Esses combatentes viraram donos do poder político e económico e nos empurraram para a miséria, para as lamentações e ficaram com os privilégios todos que Moçambique poderia oferecer de maneira equitativa a todos Moçambicanos.
Respeitamos as oportunidades que eles tiveram e em nome da Paz e democracia nos refugiamos a preferia (as nossas origens, Chamanculo, Maxaquene, Mafalala, Poland Caniço e outros bairros cá da Capital).
E para chamar a atenção de que nos existimos como povo deste país manifestamos a nossa maneira com os meios que dispomos. Nós só manifestamos quando a dor é profunda demais e não encontramos saídas.
Percebemos que não podemos encomendar os preparados para a cidade.
Manifestamos nos nossos bairros e vocês despertam e vem ter connosco e porque vocês sabem onde estão os meios para o nosso bem estar procuram solução.
Agora senhor Presidente, nos respeite nas suas comunicações.
Nós não sabemos para onde nos mudar, nascemos aqui em Chamanculo, Mafalala, Katembe; Polana Caniço, bairros da cidade de Maputo, hoje capital.
Não deixaremos de manifestar nos nossos bairros.
Pedimos Senhor Presidente que não nos divida em classes.
Pedimos que não incentive que se estabeleça critérios para viver aqui ou ali neste nosso belo e Vasto Moçambique.

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