População e autoridades moçambicanas abatem dois suspeitos atacar aldeias
A empresa mineira Syrah aumentou os níveis de vigilância e contacto com as autoridades face aos ataques de grupos armados a aldeias de Cabo Delgado, anunciou hoje em comunicado.
"Como precaução, a Syrah aumentou a vigilância e a interação com as autoridades governamentais e empresas de segurança, em linha com os protocolos estabelecidos", refere a firma numa informação aos investidores hoje divulgada na Bolsa de Valores de Sydney, Austrália.
A empresa realça o facto de operar em Balama, Montepuez, numa zona da província nortenha de Moçambique onde não tem havido ataques.
A Syrah é uma das empresas internacionais que está a explorar grafite no norte de Moçambique.
A procura por grafite está em alta a nível mundial por ser um componente usado em baterias, numa altura em que o mercado de automóveis movidos a eletricidade e outros produtos elétricos - como as aeronaves autónomas (‘drones’) está em expansão.
Pelo menos quatro aldeias foram atacadas na província de Cabo Delgado, norte do país, na mais recente vaga de violência, desde 27 de maio, com 24 habitantes mortos e 11 suspeitos abatidos pela população e forças de segurança.
A província tem sido alvo de ataques de grupos armados desde outubro de 2017, causando um número indeterminado de mortes e deslocados.
Um estudo divulgado em maio, em Maputo, aponta a existência de redes de comércio ilegal na região e a movimentação de grupos radicais islâmicos, oriundos de países a norte, como algumas das raízes da violência.
Diversos investimentos estão a avançar na província para exploração de gás natural dentro de cinco a seis anos, no mar e em terra, com o envolvimento de algumas das grandes petrolíferas mundiais.
LUSA – 12.06.2018
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