14 de Fevereiro 21h11 - 60 Visitas
O antigo ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, foi nomeado, esta terça-feira pelo Conselho de Ministros, para o cargo de Presidente de Administração da Televisão de Moçambique.
Esta quarta-feira, o Primeiro-ministro, Carlos Agostinho do Rosário, procedeu ao seu empossamento, numa cerimónia na qual o desafiou a garantir a eficácia e eficiência nos serviços a prestar ao público, promover a boa imagem institucional e mais investimentos para a empresa, entre outras recomendações.
Entretanto, também nesta quarta-feira, o Instituto para a Comunicação Social da África Austral-Moçambique (MISA-Moçambique) emitiu um comunicado no qual apela ao Governo a revogar a nomeação de Armando Inroga para o cargo de PCA da TVM, pois, considera que a nomeação de um político sem nenhum histórico na comunicação social ‘’constitui um rude golpe e revês na ambição do país caminhar rumo à plena liberdade de imprensa e de expressão, sobretudo à independência e imparcialidade dos órgãos de comunicação do sector público”.
Considera também que ao nomear um político para este cargo, o Governo está a emitir um sinal preocupante ao ambiente de actuação dos órgãos do sector público e a minar todo o esforço de democratização das instituições públicas, particularmente dos órgãos de informação.
Por outro lado, a instituição diz estar preocupada pelo facto de a nomeação não ter sido antecedida de uma consulta ao Conselho Superior de Comunicação Social, conforme determina a Constituição da República.
=Comunicado=
O MISA Moçambique tomou, com profunda preocupação, o conhecimento da decisão do Conselho de Ministro, desta terça-feira, de nomear o economista, político e antigo ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, para o cargo do Presidente do Conselho de Administração da Televisão de Moçambique, Empresa Pública. O MISA Moçambique está particularmente preocupado pelo facto desta nomeação não ter sido antecedida por uma consulta ao Conselho Superior de Comunicação Social, conforme conforme determina na Constituição da República de Moçambique. Com efeito, o nº3 do artigo 50 da Constituição da República de Moçambique estabelece que: “O Conselho Superior de Comunicação Social intervém na nomeação e exoneração dos directores gerais (hoje PCAs) dos órgãos de comunicação do sector público”. A nomeação de um político, sem nenhum histórico na comunicação social, constitui um rude golpe e revês na ambição do país de caminhar rumo à plena liberdade de imprensa e de expressão, sobretudo à independência e imparcialidade dos órgãos de comunicação do sector público. Ao nomear um político para dirigir um dos mais importantes e influentes órgãos de informação público, em ano eleitoral (autárquicas em 2018), o governo está, não apenas a emitir um sinal preocupante ao ambiente de actuação dos órgãos do sector público, como também está a minar todo o esforço de democratização das instituições públicas nacionais, particularmente dos órgãos de informação do sector público.
=Comunicado=
O MISA Moçambique tomou, com profunda preocupação, o conhecimento da decisão do Conselho de Ministro, desta terça-feira, de nomear o economista, político e antigo ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga, para o cargo do Presidente do Conselho de Administração da Televisão de Moçambique, Empresa Pública. O MISA Moçambique está particularmente preocupado pelo facto desta nomeação não ter sido antecedida por uma consulta ao Conselho Superior de Comunicação Social, conforme conforme determina na Constituição da República de Moçambique. Com efeito, o nº3 do artigo 50 da Constituição da República de Moçambique estabelece que: “O Conselho Superior de Comunicação Social intervém na nomeação e exoneração dos directores gerais (hoje PCAs) dos órgãos de comunicação do sector público”. A nomeação de um político, sem nenhum histórico na comunicação social, constitui um rude golpe e revês na ambição do país de caminhar rumo à plena liberdade de imprensa e de expressão, sobretudo à independência e imparcialidade dos órgãos de comunicação do sector público. Ao nomear um político para dirigir um dos mais importantes e influentes órgãos de informação público, em ano eleitoral (autárquicas em 2018), o governo está, não apenas a emitir um sinal preocupante ao ambiente de actuação dos órgãos do sector público, como também está a minar todo o esforço de democratização das instituições públicas nacionais, particularmente dos órgãos de informação do sector público.
. O MISA apela ao Governo para que revogue essa nomeação, havendo igualmente a necessidade da estrita observância dos princípios constitucionais e da demais legislação atinente à matéria desta natureza.
. Maputo, 14 de Fevereiro de 2018
(Des)problematizando
O Pê-Cê-A da Ê-Dê-Eme não precisa necessariamente ser um electricista, assim como o da Aga-Cê-Bê não tem que ser exclusivamente um indivíduo que entende de correntes fortes.
O Pê-Cê-A dos Cê-Efe-Eme não tem que ser obrigatoriamente um maquinista, assim como o da Ele-A-Eme não tem que ser um piloto.
O Pê-Cê-A da Tê-Vê-Eme não tem que ser exclusivamente um jornalista. Nem o da Ere-Eme ou do Notícias. Os Pê-Cê-As não filmam nem editam imagens. Não gravam nem editam textos. Para isso existem os Directores Editoriais.
Os Pê-Cê-As da Coca-Cola e da Dois-Eme não são obrigados a entender de Engenharia Química. Para isso existem os Directores de Produção.
É que as empresas, sejam elas públicas ou privadas, são instituições de negócio. Visam o lucro. O objectivo primeiro é fazer dinheiro para a empresa prosperar.
O mais importante é o plano de negócio da empresa. Como a empresa pretende entrar no mercado, face às concorrências e todos os demais obstáculos da área e do contexto, e fazer dinheiro para a empresa crescer. Como gerir os recursos existentes? Como potencializar os recursos? Como obter a eficácia e a eficiência.
O que importa é a visão estratégica da empresa e o perfil do profissional. É preciso perceber se o perfil da pessoa se encaixa na visão de negócio da empresa.
Já passaram pela Tê-Vê-Eme grandes jornalistas que nada fizeram. Até foram os piores gestores daquela casa. Uns passaram a vida a esbanjar os poucos dinheiros que existiam, outros especializaram-se em declamar poesias para acalentar o sistema.
A minha grande preocupação é saber qual é a visão estratégica da Tê-Vê-Eme? Qual é o sonho da Tê-Vê-Eme? Onde é que a Tê-Vê-Eme pretende chegar? E como pretende chegar?
Preocupa-me saber que mais-valia o Inroga traz a Tê-Vê-Eme? Que potencialidades o Inroga tem para responder a visão da Tê-Vê-Eme? Quem são os outros nomes que estavam na mesa?
O meu grande receio é estarmos perante um colocar-por-colocar. Não se explica que até hoje a Tê-Vê-Eme não seja auto-suficiente.
O problema não são os nomeados. O problema não é Armando Inroga, nem Jaime Cuambe, nem Armindo Chavana, nem Simão Anguilaze, nem etecetera. O problema é a falta de uma visão estratégica da empresa. A ausência de plano de negócio. O problema é transformar a Tê-Vê-Eme num estúdio de gravação e difusão de ossanas e aleluias do regime.
- Co'licença!™
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