OPINIÃO
Há futuro para os media. É preciso não enfiar a cabeça na areia, ouvir pessoas e pensar. O primeiro site foi criado há apenas 26 anos. Temos muito a aprender e talvez nunca paremos de o fazer.
Conheci Francesco Marconi num congresso de media, em Viena, o do Global Editors Network – que, por falar nisso, estará em Lisboa em 2018. O Francesco falava no palco sobre inteligência artificial nos media. Parecia americano, tinha nome italiano mas, caramba, aquele tipo de inglês era de um português a falar. «Are you?», perguntei‑lhe de seguida. Claro que era! De Coimbra, a viver em Nova Iorque. Mais uma daquelas coisas a que os anglo‑saxónicos chamam serendipity, forma bonita de coincidência.
Francesco Marconi é diretor de inovação e estratégia da Associated Press, vive em Nova Iorque, trabalha com inteligência artificial, realidade virtual e aumentada e as suas aplicações ao jornalismo, e é uma das vozes ouvidas quando se fala nestes assuntos nos fóruns mundiais de media. Chegou ao jornalismo pela gestão, mas é hoje um apaixonado por uma área em crise de tudo, menos de oportunidades.
A disrupção que tem acontecido no mundo dos media, e do jornalismo, afetou‑nos de muitas maneiras, e uma delas foi a de estarmos tão petrificados que deixámos de pensar. Envolvemo‑nos na calamidade, afogamo‑nos em mágoa pelo que não fizemos – ou, na maior parte das vezes, culpamos outros por não terem feito –, choramos os que nos deixaram e deixamos as coisas a acontecer.
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