Estava a ver o programa Linha Directa na STV, ontem à noite. Estavam em análise os "3 pré-candidatos da Frelimo às eleições presidenciais de 2014". Vou deixar ficar aqui o que eu retive:
1. Todos do painel em debate mostraram-se muito cépticos quanto a todos os nomes propostos. Os telespectadores que ligaram idem. Regra geral, são todos vistos como "afilhados de Guebuza", que cresceram profissional e politicamente por exclusivo e privilegiado apadrinhamento do actual Presidente da República e que estão a ser lançados como candidatos de forma "artificial" e estratégica por ele para manter o seu poder, interesses e influência mesmo estando fora da presidência do país.
2. Estamos todos ainda a debater INDIVÍDUOS e não PROPOSTAS POLÍTICAS de governação de Moçambique, a partir de 2014. Ademais, nunca se ouviu politicamente patavina alguma desses pré-candidatos, para além de discursos de ressonância emitidos por Guebuza. Isso revela a precariedade do modo como a nossa cultura política tem sido exercida no nosso país, tanto pelos cidadãos como pelos próprios actores políticos no poder.
3. A opinião pública generalizada mostra-se "assustada" com a probabilidade de poder vir a ter um "presidente-palhaço" monitorado pelo principal responsável pela má governação e o estado catastrófico da gestão das políticas públicas nacionais: Armando Guebuza.
4. Quase todos comungam da ideia de que ou há uma sabotagem institucional junto do partido Frelimo com fins ainda não muito claros, ou há uma pretensão deliberada por parte de alguns sectores internos ao partido de confundir a opinião pública, colocando as pessoas a discutir os pré-candidatos e a se esquecerem de problemas muito mais sérios como a tensão político-militar no centro do país e que continua a ferir/ceifar vidas ou a produzir avultados prejuízos economico-sociais "silenciosamente".
2. Estamos todos ainda a debater INDIVÍDUOS e não PROPOSTAS POLÍTICAS de governação de Moçambique, a partir de 2014. Ademais, nunca se ouviu politicamente patavina alguma desses pré-candidatos, para além de discursos de ressonância emitidos por Guebuza. Isso revela a precariedade do modo como a nossa cultura política tem sido exercida no nosso país, tanto pelos cidadãos como pelos próprios actores políticos no poder.
3. A opinião pública generalizada mostra-se "assustada" com a probabilidade de poder vir a ter um "presidente-palhaço" monitorado pelo principal responsável pela má governação e o estado catastrófico da gestão das políticas públicas nacionais: Armando Guebuza.
4. Quase todos comungam da ideia de que ou há uma sabotagem institucional junto do partido Frelimo com fins ainda não muito claros, ou há uma pretensão deliberada por parte de alguns sectores internos ao partido de confundir a opinião pública, colocando as pessoas a discutir os pré-candidatos e a se esquecerem de problemas muito mais sérios como a tensão político-militar no centro do país e que continua a ferir/ceifar vidas ou a produzir avultados prejuízos economico-sociais "silenciosamente".
Em suma, que a Frelimo está em falência político-governativa, institucionalmente desorientada, com alternativas de liderança incipientes e descrediveis, completamente fragilizada com o "silêncio inexplicável" de potenciais pesos-pesados das suas estruturas, refém de interesses individuais inconfessos do seu líder máximo e tremendamente aterrorizada com a possibilidade cada vez mais certeira de, como um telespectador disse, "passar para a terceira divisão" do nosso panorama político.
Muito interessante...
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