Angola
O Jornal de Angola escreve este sábado, em editorial, que Portugal
tem em curso um "plano diabólico" para interferir "em massa" nas
eleições gerais que se deverão realizar em agosto no país.
O editorial, assinado pelo diretor do jornal, que é detido totalmente pelo Estado angolano, intitula-se “A viragem no caminho da América” e aborda essencialmente as preocupações mundiais após a tomada de posse de Donald Trump como Presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
“A candidata democrata Hillary Clinton teve mais três milhões de votos do que o adversário, suficientes para ser declarada vencedora, mas o Colégio Eleitoral deu a vitória a Trump. A derrota de Hillary, vencedora da votação, foi uma vergonha para a democracia mundial”, insiste o editorial do Jornal de Angola.
Após uma extensa análise ao processo eleitoral dos Estados Unidos e de crítica aos oito anos de liderança de Barack Obama, o texto termina com um alerta: “Portugal prepara-se para exercer uma interferência em massa nas eleições gerais deste ano em Angola”.
Acrescenta que “com a ajuda de antigos colonos, servidores do apartheid, finança internacional, falsos jornalistas, canais televisivos e revolucionários de pacotilha, está em curso um plano diabólico”. “Talvez não fosse mau seguir as lições do passado e o exemplo de Trump. Deixem ser os próprios angolanos a decidir sobre os seus destinos”, conclui o editorial.
Angola tem previstas eleições gerais (presidenciais e legislativas) para agosto de 2017. O país é liderado desde 1979 por José Eduardo dos Santos, mas o chefe de Estado anunciou anteriormente que pretende retirar-se da vida política em 2018.
Puxa,
nada melhor do que estes cromos angolanos para puxarem o lustro ao meu
ego. Se continuam a esfregar a lâmpada ainda sai de lá um novo Afonso
Albuquerque. Armada para submeter os angolanos? Pois, certo, ora aí
está, pois então, mandamos os dois submarinos da classe Barracuda. Um
sobe e não desce e o outro desce e não sobe! Não subam já para os
coqueiros, não! Buummm!...
AhAhAh! He!He!
Ainda eles não sabem que já foi despachado o maior porta-aviões
português para a baía de Luanda! Além de uns quantos drones, leva uma
carrada de rum e coca cola para distribuir "cuba libre" pelos eleitores.
Consta ainda que leva também milhôes de T-shirts do R7 para competir com as do ZéDu!
Estão lixados!!
Já houve eleições alguma vez em angola ? Se for desta informem..ob grato.
A
família santos. e a sua Entourage de 2007 a 2012 torraram 32 mil
milhões $ usa....ver no observador o artigo do jornalista do financial
tines..angola a pilhagem de África.
no mundo do petróleo são considerados uns falidos
na banca ...a dona Isabel segundo o BCE não tem estatuto para administrar bancos
Então a culpa é do costa? Parecem o sporting com os penslties..
Quando aparecem, na mesma frase, as palavras Angola e país, é certo tratar-se de uma anedota. Infelizmente.
Ahahahahahaa
Para
começar é burro. Nem percebe que na America as leis são e SEMPRE foram
assim. Mas quando.os candidatos que lhes convinha ganhavam nunca
contestaram . E garanto que os portugueses estão-se nas tintas para
Angola. Só aqueles que tem interesses económicos em Angola tem
interesse. Para os outros Angola tem a democracia pela qual lutou .
Agora afinal ainda estão piores ? O diabo colonialista afinal não era
assim tão mau? Tal como Poncio Pilatos , lavamos dai as nossas mãos
... Ler mais
Um
jornal em que na sua ficha de contactos não vem sequer um e-mail para
onde os leitores possam enviar uma ideia, uma crítica, não pode ser
levado a sério. Os editoriais do jornal de angola devem fazer o pleno na
cúpula governamental em angola, mas certamente não vão mais longe que
isso. Não é só cá que percisamos de uma mudança de geração para ver se
as coisas mudam. Em angola é absolutamente essencial que isso aconteça
A sério? Desconhecia que Portugal tinha tanto poder!
Estes
textos são lidos por nós (portugueses) de forma ligeira e anedótica,
mas são a face visível da estratégia que o poder Angolano preparou para
se perpetuar no poder. Em qualquer país em que a população está sujeita a
tanta pobreza e criminalidade, seria impossível evitar que os eleitores
procurassem políticos alternativos, com novas soluções, para os
problemas que enfrentam. A atenção com que olham para o sucesso de
Trump, revela bem o modelo que escolheram. Seria interessante se o
Observador conseguisse contactar senadores americanos, ligados à CIA,
para que esta revelem as informações que têm sobre as ligações entre o
poder angolano e a Rússia de Putin! Não é por acaso que Putin está a ser
um "case study" entre ditadores mundiais, de como um regime,
aparentemente democrático, se consegue perpetuar, mesmo realizando
eleições!
Antes do Vladimiro ser um caso de estudo já o ZeDu era catedrático na matéria, cavalheiro.
As Teorias da Conspiração que os Regimes Ditatoriais inventam para se perpetuarem no Poder são HILARIANTES !!!
Coitado do Ribeirinho, está à beirinha dum ataque de nervos.
O
que ele queria dizer não disse por manifesta incapacidade intelectual e
falha congénita - é que Portugal terá " influência " nas eleições de
Agosto tal como a Russia teve perante a eleição de Trump.
Mas
isto faz parte duma campanha sistemática contra a Metrópole desde
sempre e para sempre, justamente para desviar as atenções das tribos
locais perante o " mosaico político " regional, digamos assim.
Ele
que pergunte ao tenente-coronel Rogério Carvalho porque em 2012 o
servidor da CNE estava ligado à Casa Militar do qual aquele era
responsável da informática e porque é que os observadores internacionais
não tiveram livre acesso pelo país inteiro.
E por enquanto por aqui me fico.
Eu
gosto destes moços...leio estas noticias e sinto-me numa
super-potência! O melhor elixir para a auto-estima portuguesa, quanto ao
resto, abusam um pouco das bebidas, não abusam???
Eu só acho que, o pessoal em Angola devia partilhar um pouco daquilo que anda a fumar!
"... abusam um pouco das bebidas, não abusam???"
Tem havido falta de wisky e o "caperroto" tem sido de má qualidade! É só isso!
Cambada de imbecis, Portugal nem consegue ter um plano para pagar as contas ao fim do mês quanto mais....
Puxa,
nada melhor do que estes cromos angolanos para puxarem o lustro ao meu
ego. Se continuam a esfregar a lâmpada ainda sai de lá um novo Afonso
Albuquerque. Armada para submeter os angolanos? Pois, certo, ora aí
está, pois então, mandamos os dois submarinos da classe Barracuda. Um
sobe e não desce e o outro desce e não sobe! Não subam já para os
coqueiros, não! Buummm!...
AhAhAh! He!He!
Ainda eles não sabem que já foi despachado o maior porta-aviões
português para a baía de Luanda! Além de uns quantos drones, leva uma
carrada de rum e coca cola para distribuir "cuba libre" pelos eleitores.
Consta ainda que leva também milhôes de T-shirts do R7 para competir com as do ZéDu!
Estão lixados!!
Já houve eleições alguma vez em angola ? Se for desta informem..ob grato.
A
família santos. e a sua Entourage de 2007 a 2012 torraram 32 mil
milhões $ usa....ver no observador o artigo do jornalista do financial
tines..angola a pilhagem de África.
no mundo do petróleo são considerados uns falidos
na banca ...a dona Isabel segundo o BCE não tem estatuto para administrar bancos
Então a culpa é do costa? Parecem o sporting com os penslties..
Quando aparecem, na mesma frase, as palavras Angola e país, é certo tratar-se de uma anedota. Infelizmente.
Ahahahahahaa
Para
começar é burro. Nem percebe que na America as leis são e SEMPRE foram
assim. Mas quando.os candidatos que lhes convinha ganhavam nunca
contestaram . E garanto que os portugueses estão-se nas tintas para
Angola. Só aqueles que tem interesses económicos em Angola tem
interesse. Para os outros Angola tem a democracia pela qual lutou .
Agora afinal ainda estão piores ? O diabo colonialista afinal não era
assim tão mau? Tal como Poncio Pilatos , lavamos dai as nossas mãos
... Ler mais
Um
jornal em que na sua ficha de contactos não vem sequer um e-mail para
onde os leitores possam enviar uma ideia, uma crítica, não pode ser
levado a sério. Os editoriais do jornal de angola devem fazer o pleno na
cúpula governamental em angola, mas certamente não vão mais longe que
isso. Não é só cá que percisamos de uma mudança de geração para ver se
as coisas mudam. Em angola é absolutamente essencial que isso aconteça
A sério? Desconhecia que Portugal tinha tanto poder!
Estes
textos são lidos por nós (portugueses) de forma ligeira e anedótica,
mas são a face visível da estratégia que o poder Angolano preparou para
se perpetuar no poder. Em qualquer país em que a população está sujeita a
tanta pobreza e criminalidade, seria impossível evitar que os eleitores
procurassem políticos alternativos, com novas soluções, para os
problemas que enfrentam. A atenção com que olham para o sucesso de
Trump, revela bem o modelo que escolheram. Seria interessante se o
Observador conseguisse contactar senadores americanos, ligados à CIA,
para que esta revelem as informações que têm sobre as ligações entre o
poder angolano e a Rússia de Putin! Não é por acaso que Putin está a ser
um "case study" entre ditadores mundiais, de como um regime,
aparentemente democrático, se consegue perpetuar, mesmo realizando
eleições!
Antes do Vladimiro ser um caso de estudo já o ZeDu era catedrático na matéria, cavalheiro.
As Teorias da Conspiração que os Regimes Ditatoriais inventam para se perpetuarem no Poder são HILARIANTES !!!
Coitado do Ribeirinho, está à beirinha dum ataque de nervos.
O
que ele queria dizer não disse por manifesta incapacidade intelectual e
falha congénita - é que Portugal terá " influência " nas eleições de
Agosto tal como a Russia teve perante a eleição de Trump.
Mas
isto faz parte duma campanha sistemática contra a Metrópole desde
sempre e para sempre, justamente para desviar as atenções das tribos
locais perante o " mosaico político " regional, digamos assim.
Ele
que pergunte ao tenente-coronel Rogério Carvalho porque em 2012 o
servidor da CNE estava ligado à Casa Militar do qual aquele era
responsável da informática e porque é que os observadores internacionais
não tiveram livre acesso pelo país inteiro.
E por enquanto por aqui me fico.
Eu
gosto destes moços...leio estas noticias e sinto-me numa
super-potência! O melhor elixir para a auto-estima portuguesa, quanto ao
resto, abusam um pouco das bebidas, não abusam???
Eu só acho que, o pessoal em Angola devia partilhar um pouco daquilo que anda a fumar!
"... abusam um pouco das bebidas, não abusam???"
Tem havido falta de wisky e o "caperroto" tem sido de má qualidade! É só isso!
Cambada de imbecis, Portugal nem consegue ter um plano para pagar as contas ao fim do mês quanto mais....
Portugal só tem é que "exigir" que Isabel dos Santos assuma a presidência de Angola!!!
“A realidade na Coreia do Norte é muito mais assustadora do que a ficção”
Suki Kim passou seis meses infiltrada como professora de inglês em Pyongyang. Tirava notas que guardava clandestinamente numa pen. Quando saiu, escreveu um livro. O Observador entrevistou-a em Bali.
Suki Kim nasceu em Seul em 1970. Quando tinha 13 anos, foi viver para Nova Iorque com a família, deixando para trás uma península dividida e um tio sequestrado pelas tropas da Coreia do Norte. Em 2002 visitou pela primeira vez Pyongyang e passou os nove anos seguintes obcecada com uma ideia: infiltrar-se no regime fundado por Kim Il-sung, criador da ideologia Juche (“autossuficiência”, uma variante do marxismo-leninismo). Durante meio ano, conviveu com 270 estudantes da elite norte-coreana e foi tirando notas que armazenou clandestinamente numa pen. O resultado foi um livro pioneiro, ainda sem publicação em Portugal e largamente incompreendido nos Estados Unidos, onde foi embrulhado como simples compilação de memórias.Quando surgiu a oportunidade de ir ao Festival de Escritores & Leitores de Ubud — uma pequena cidade no interior de Bali, na Indonésia —, o primeiro nome que sobressaiu foi o de Suki Kim, “única escritora até à data a viver infiltrada na Coreia do Norte”. O programa online do festival incluía uma pequena fotografia de uma mulher jovem e atraente, com rasgos orientais. A biografia acrescentava que o primeiro dos dois livros escritos pela autora fora o romance The Interpreter (finalista do PEN Hemingway Prize), e que a partir de 2002 tinha viajado várias vezes até à Coreia do Norte como jornalista.
Dirceu, Cunha e Odebrecht correm risco de vida
Os bandidos imitam a política
publicado
22/01/2017
A colona "Painel" da Fel-lha, que trata tucano a sorvete Haagen Dasz,
com o sugestivo título "salve-se quem puder", observa que os presos no
Complexo Médico Penal de Pinhais, onde estão o José Dirceu e o Eduardo Cunha, relatam "temor" com a proximidade da ala contigua, em que ficam criminosos comuns, como homicidas e estupradores.
Não só o Cunha e o Dirceu, mas o Marcelo Odebrecht também corre sério risco de vida.
Dirceu, porque é uma cabeça que não pode funcionar em liberdade.
E o Cunha e o Marcelo porque podem encarcerar tucanos gordos e os "MT"s.
Afinal, degolador também tem partido político...
Em tempo: longe de o ansioso blogueiro querer competir com o Historialista, que é, de fato e direito, o correspondente da Amazon no Brasil. E, aos domingos, publica uma seção de "Livros" na Fel-lha e no Globo Overseas Investment BV.
Ainda assim, o ansioso blogueiro recomenda "Ensaios sobre o mundo do crime - Contos de Kolimá 4", do magistral Varlam Chalámov, que descreve sua experiência nos gulags estalinistas.
O capítulo "A Guerra das cadelas" - uma apavorante descrição da luta entre facções dentro da cadeia - "cadela" é o bandido que traiu a lei da bandidagem - conclui assim:
"Os bandidos atuam de modo a imitar a política e a guerra".
PHA
Não só o Cunha e o Dirceu, mas o Marcelo Odebrecht também corre sério risco de vida.
Dirceu, porque é uma cabeça que não pode funcionar em liberdade.
E o Cunha e o Marcelo porque podem encarcerar tucanos gordos e os "MT"s.
Afinal, degolador também tem partido político...
Em tempo: longe de o ansioso blogueiro querer competir com o Historialista, que é, de fato e direito, o correspondente da Amazon no Brasil. E, aos domingos, publica uma seção de "Livros" na Fel-lha e no Globo Overseas Investment BV.
Ainda assim, o ansioso blogueiro recomenda "Ensaios sobre o mundo do crime - Contos de Kolimá 4", do magistral Varlam Chalámov, que descreve sua experiência nos gulags estalinistas.
O capítulo "A Guerra das cadelas" - uma apavorante descrição da luta entre facções dentro da cadeia - "cadela" é o bandido que traiu a lei da bandidagem - conclui assim:
"Os bandidos atuam de modo a imitar a política e a guerra".
PHA
Lava Jato do Teori não é a do Moro
Janio: Lava Jato e Globo fizeram o país da bandalheira
publicado
22/01/2017
O Conversa Afiada reproduz notável, irretocável artigo de Janio de Freitas, na Fel-lha, a mesma Fel-lha em que o Elio Gaspari usa a morte do Teori para inocentar a Operação Condor e seu Mestre, o Geisel, dos assassinatos de JK e Jango.
Fazer o que?
Fazer o que?
Lava Jato que existe não é a desejada por Teori
As mortes, as incógnitas da Lava Jato, a alteração perigosa na formação do Supremo –tudo isso em um só desastre, e a esta fase do Brasil ainda pareceu pouco. Com motivo justificado pelo próprio acúmulo do desastre, o pasmo foi depressa sucedido por suspeitas, apesar da ausência de indício imediato. Hoje em dia, suspeitas são o mais típico sentimento dos brasileiros.
As suspeições que se tornaram públicas foram acompanhadas de um curioso pormenor: com poucas exceções, foi evitada a palavra definidora do suposto –atentado. Os pedidos de investigação criteriosa, especial, meticulosa, indispensável, e por aí, jorraram com rapidez, entre o exótico pudor vocabular e o impulso dado pelas circunstâncias.
Teori Zavascki era, sim, passível de sofrer um atentado. Embora o Brasil não tenha tradição em atentados políticos fora dos períodos ditatoriais, como a têm os Estados Unidos e alguns países latino-americanos.
Havia o risco e a consciência dele: além do seu recolhimento natural, o relator da Lava Jato contava com proteção pessoal constante.
As possibilidades de atentado no avião seriam remotas e propensas a outras causas, como sugerem as condições do desastre sob chuva forte, visibilidade reduzida, sem copiloto, últimos dois quilômetros de voo. Ainda assim, só uma perícia competente dará a resposta.
Mas o acréscimo aos males do desastre não espera por ela. Aqui e fora. Lá, Rodrigo Janot e Henrique Meirelles, submetidos ao frio suíço, esquentaram suas declarações com dados interessantes.
O primeiro não só negou que a Lava Jato afaste investidores, como sustentou que "é justamente o contrário. Atrai investidores porque gera segurança jurídica".
Entre os possíveis méritos da Lava Jato não há contribuição alguma para a segurança jurídica. Os "investidores" só vêm buscar o lucro fácil dos juros nas alturas e as pechinchas nas "liquidações" de empresas, de jazidas de petróleo e de partes da Petrobras.
Ao inverso do que Janot propaga, o escândalo que associou Lava Jato e imprensa/TV fez do Brasil, ao olhar do mundo, o país da bandalheira. A mudança do tratamento ao Brasil é drástica, o que se pode confirmar a cada dia tanto na imprensa estrangeira como na internet.
Agora, com um acréscimo arrasador: a presunção de assassinato com atentado político. Como meio de atrasar ou desviar processos da Lava Jato, a mesma que, segundo Janot, "traz segurança jurídica".
Henrique Meirelles, por sua vez, disse lá que o crescimento econômico estará de volta já ao fim do primeiro trimestre, fim de março. O problema da segurança jurídica, vê-se, começa pela que falta às afirmações das chamadas autoridades brasileiras. Lá e cá.
Entre as louvações à memória de Teori Zavascki, a de Sergio Moro teve a relevância de atribuir ao ministro a existência da Lava Jato.
Mas a que existe não é, por certo, a Lava Jato desejada por Teori Zavascki. Foram muitas as suas críticas aos "vazamentos" dirigidos.
Não escondeu suas irritações com vários procedimentos de Moro, sobretudo com a gravação e divulgação de conversa da então presidente Dilma com Lula, que o ministro trancou sob sigilo de justiça.
Na véspera do recesso judicial, Teori Zavascki fez a exceção de uma breve entrevista: criticou a Lava Jato, aborrecido com o "vazamento" de delações da Odebrecht.
Para dar sentido ao que disse, Sergio Moro precisaria corrigir o criticado por Teori Zavascki.
Seria então a Lava Jato de quem, disse Moro, a fez existir. Mas talvez não fosse mais a Lava Jato de Sergio Moro.
As mortes, as incógnitas da Lava Jato, a alteração perigosa na formação do Supremo –tudo isso em um só desastre, e a esta fase do Brasil ainda pareceu pouco. Com motivo justificado pelo próprio acúmulo do desastre, o pasmo foi depressa sucedido por suspeitas, apesar da ausência de indício imediato. Hoje em dia, suspeitas são o mais típico sentimento dos brasileiros.
As suspeições que se tornaram públicas foram acompanhadas de um curioso pormenor: com poucas exceções, foi evitada a palavra definidora do suposto –atentado. Os pedidos de investigação criteriosa, especial, meticulosa, indispensável, e por aí, jorraram com rapidez, entre o exótico pudor vocabular e o impulso dado pelas circunstâncias.
Teori Zavascki era, sim, passível de sofrer um atentado. Embora o Brasil não tenha tradição em atentados políticos fora dos períodos ditatoriais, como a têm os Estados Unidos e alguns países latino-americanos.
Havia o risco e a consciência dele: além do seu recolhimento natural, o relator da Lava Jato contava com proteção pessoal constante.
As possibilidades de atentado no avião seriam remotas e propensas a outras causas, como sugerem as condições do desastre sob chuva forte, visibilidade reduzida, sem copiloto, últimos dois quilômetros de voo. Ainda assim, só uma perícia competente dará a resposta.
Mas o acréscimo aos males do desastre não espera por ela. Aqui e fora. Lá, Rodrigo Janot e Henrique Meirelles, submetidos ao frio suíço, esquentaram suas declarações com dados interessantes.
O primeiro não só negou que a Lava Jato afaste investidores, como sustentou que "é justamente o contrário. Atrai investidores porque gera segurança jurídica".
Entre os possíveis méritos da Lava Jato não há contribuição alguma para a segurança jurídica. Os "investidores" só vêm buscar o lucro fácil dos juros nas alturas e as pechinchas nas "liquidações" de empresas, de jazidas de petróleo e de partes da Petrobras.
Ao inverso do que Janot propaga, o escândalo que associou Lava Jato e imprensa/TV fez do Brasil, ao olhar do mundo, o país da bandalheira. A mudança do tratamento ao Brasil é drástica, o que se pode confirmar a cada dia tanto na imprensa estrangeira como na internet.
Agora, com um acréscimo arrasador: a presunção de assassinato com atentado político. Como meio de atrasar ou desviar processos da Lava Jato, a mesma que, segundo Janot, "traz segurança jurídica".
Henrique Meirelles, por sua vez, disse lá que o crescimento econômico estará de volta já ao fim do primeiro trimestre, fim de março. O problema da segurança jurídica, vê-se, começa pela que falta às afirmações das chamadas autoridades brasileiras. Lá e cá.
Entre as louvações à memória de Teori Zavascki, a de Sergio Moro teve a relevância de atribuir ao ministro a existência da Lava Jato.
Mas a que existe não é, por certo, a Lava Jato desejada por Teori Zavascki. Foram muitas as suas críticas aos "vazamentos" dirigidos.
Não escondeu suas irritações com vários procedimentos de Moro, sobretudo com a gravação e divulgação de conversa da então presidente Dilma com Lula, que o ministro trancou sob sigilo de justiça.
Na véspera do recesso judicial, Teori Zavascki fez a exceção de uma breve entrevista: criticou a Lava Jato, aborrecido com o "vazamento" de delações da Odebrecht.
Para dar sentido ao que disse, Sergio Moro precisaria corrigir o criticado por Teori Zavascki.
Seria então a Lava Jato de quem, disse Moro, a fez existir. Mas talvez não fosse mais a Lava Jato de Sergio Moro.
Lula: perto do Temer o FMI é de esquerda
"É a desigualdade, estúpido." - Lagarde ao Meirelles
publicado
21/01/2017
Na Rede Brasil Atual:
Comparado a governo Temer, FMI é 'esquerda porreta', diz Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem (19) que o Fundo Monetário Internacional, comparado ao governo brasileiro, se tornou uma "esquerda porreta". Em discurso durante o lançamento do congresso do PT, em São Paulo, Lula fez referência à crítica desferida pela presidente do FMI, Christine Lagarde, à política de ajuste fiscal conduzida no Brasil pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles. "Quando o Meirelles começou a falar do ajuste (durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça), ela afirmou que a prioridade das políticas econômicas precisa ser o combate a desigualdade social. Uma coisa que nós sabíamos desde 2003 quando resolvemos fazer política social", ironizou.
Em Davos, Christine Lagarde afirmou que o FMI está revendo seus conceitos e adotou postura crítica a políticas econômicas concentradas em austeridade fiscal e desconectadas de seus impactos sociais. "Não sei por que as pessoas não escutaram (que a desigualdade é nociva), mas, certamente, os economistas se revoltaram e disseram que não era problema deles. Inclusive na minha própria instituição, que agora se converteu para aceitar a importância da desigualdade social e a necessidade de estudá-la e promover políticas em resposta a ela", disse a francesa, segundo relato da BBC.
(...) "Um governo que resolve fazer um ajuste que coloca educação na rubrica de gastos é um governo que condena este país a não ter futuro, a não ter inovação. É um governo que não quer investimento em tecnologia, não quer competitividade internacional, e que quer continuar sendo exportador de commodities. Se tem um governo que deu razões para a gente brigar é este", afirmou.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem (19) que o Fundo Monetário Internacional, comparado ao governo brasileiro, se tornou uma "esquerda porreta". Em discurso durante o lançamento do congresso do PT, em São Paulo, Lula fez referência à crítica desferida pela presidente do FMI, Christine Lagarde, à política de ajuste fiscal conduzida no Brasil pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles. "Quando o Meirelles começou a falar do ajuste (durante o Fórum Econômico Mundial em Davos, Suíça), ela afirmou que a prioridade das políticas econômicas precisa ser o combate a desigualdade social. Uma coisa que nós sabíamos desde 2003 quando resolvemos fazer política social", ironizou.
Em Davos, Christine Lagarde afirmou que o FMI está revendo seus conceitos e adotou postura crítica a políticas econômicas concentradas em austeridade fiscal e desconectadas de seus impactos sociais. "Não sei por que as pessoas não escutaram (que a desigualdade é nociva), mas, certamente, os economistas se revoltaram e disseram que não era problema deles. Inclusive na minha própria instituição, que agora se converteu para aceitar a importância da desigualdade social e a necessidade de estudá-la e promover políticas em resposta a ela", disse a francesa, segundo relato da BBC.
(...) "Um governo que resolve fazer um ajuste que coloca educação na rubrica de gastos é um governo que condena este país a não ter futuro, a não ter inovação. É um governo que não quer investimento em tecnologia, não quer competitividade internacional, e que quer continuar sendo exportador de commodities. Se tem um governo que deu razões para a gente brigar é este", afirmou.