O roubo de combustíveis e assalto a camiões contendo mercadoria diversa, no porto da Beira, em Sofala, continuam a preocupar as autoridades.
Os actos são protagonizados por grupos de jovens, mesmo à saída do porto da Beira, principalmente nos bairros da Munhava, na Rua Kruss Gomes, entre o acesso norte do porto e a praça André Matsangaissa.
Os assaltantes residem nos arredores do porto da Beira e o esquema é organizado de tal forma que já existem depósitos informais de “combustíveis” nas suas residências. A mercadoria é comercializada em diversos pontos da cidade da Beira e outras zonas do país.
Há cerca de dois anos, refira-se, um dos depósitos informais de combustível ardeu em circunstâncias, até aqui, desconhecidas, tendo resultado na morte de três pessoas.
As autoridades policiais, em coordenação com os operadores do porto da Beira, transportadores e a empresa Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), iniciaram, imediatamente ao acidente, várias acções, com vista a estancar o roubo de combustíveis e outros bens, mas sem efeito.
Deste modo, recentemente, os CFM organizaram mais um encontro envolvendo operadores do porto da Beira, transportadores e a Polícia da República de Moçambique, com vista a encontrar soluções para travar o avanço dos malfeitores. A reunião foi orientada pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Carlos Mesquita.
Na ocasião, um dos participantes, Pedro Duarte, por sinal transportador, “gelou” a sala ao afirmar que o roubo de combustíveis, que já culminou com mais de uma centena de mortos nos últimos dois anos e desaparecimento de bens diversos, resultam de uma organização criminosa que envolve agentes económicos de má-fé. Esses agentes económicos investem meios humanos e materiais para lograr os seus intentos.
É que diariamente circulam, numa das principais estradas de acesso ao porto da Beira, centenas de camiões alvos dos grupos de assaltantes. De acordo com relatos, os malfeitores socorrem-se de todos os meios, principalmente quando os transportadores recusam-se a parar.
“Senhor ministro, esta é a verdade. Estou disposto a colaborar com as entidades competentes para desmascararmos estes indivíduos. A prova disso é o caso de Caphiridzange. O camião que depois ardeu, foi desviado para uma mata e ali estava um outro camião para onde o combustível estava a ser drenado. Portanto, estamos a lidar com indivíduos com capacidade financeira até para comprar camiões e tanques, apenas para movimentar combustíveis roubados”, disse um dos intervenientes da reunião.
Caso de Polícia!
O título que encima este texto suscita algum debate e/ou reflexão. Há dias, quando circulou nas redes sociais a imagem de um Polícia de Trânsito (PT), ainda mais chefe da brigada, extorquindo turistas aparentemente sul-africanos, eu, Nini Satar, fiquei estarrecido. Amo demais este país para vê-lo afundar cada dia que passa. Parece que não há nenhum sector em que somos exemplos…
Reparem que os operadores turísticos andam amiúde aborrecidos porque as suas instâncias andam às moscas. Ora é a tensão político-militar (guerra), ora é o custo de vida que afugenta os turistas. Quer dizer, isto, que já é uma ferida que começa a gangrenar, não nos basta? Ainda temos que ter a PT a afugentar os turistas?
Que estrangeiro virá a Moçambique sabendo, de antemão, que pela estrada afora, vai encontrar um PT para lhe extorquir só porque a sua viatura está suja? Pode parecer uma anedota, mas a nossa Polícia complica por tudo e por nada só para conseguir enfraquecer a vítima (automobilista) e esvaziar-lhe os bolsos. Isto é ridículo!!!!
E cá temos esta imagem hoje. É a mesma PT a fazer das suas. Desta vez não é na estrada. É no seu posto de trabalho. Estão a beber, provavelmente fruto da extorsão. Depois disso o mais provável é voltarem à estrada. Berrar por tudo e por nada. Mandar parar qualquer viatura para encherem os bolsos de suor alheio. Que país é este?
Se a disciplina começa a faltar no seio da própria Polícia, onde é que vamos parar? Isto parece mais uma selva. Não há leis. Cada um pode fazer o que lhe der na gana. Será que assim sairemos do subdesenvolvimento? Duvido. Ao que tudo indica, até não nos incomoda que nos chamem de nomes. Estamos numa wella a abandalhar o país.
Normalizamos o anormal!!!!
E onde é que estão as chefias destes extorquidores e bêbados? Não vêem que a farda está a ser envergada por pessoas que não merecem? Pelo menos conheço o ministro do Interior, ele é um indivíduo recto e tomou decisões dignas de aplausos quando era vice comandante- geral da PRM.
Basílio Monteiro precisa de demonstrar acções enérgicas. Tem que haver uma vassourada sem dó nem piedade para os que mancham o fardamento policial. Não são dignos de serem agentes de lei e ordem. Basílio Monteiro tem que mostrar porquê está ali. Não deve deixar estes senhores impunes. Tem que discipliná-los. A casa que ele habita está a cair aos poucos. Antes que todo o edifício vá abaixo, tem que expurgar os que a não dignificam. Ser polícia, em Moçambique, nos anos 1980, era outra história. Que orgulho dava!!!!
Eu, Nini Satar, sinceramente, questões como estas me escandalizam. Moem-me até aos miolos. Dão me a volta ao estômago. Polícia bêbado no seu posto? Polícia a extorquir? Que país estamos a construir? Os alicerces deste país são débeis, são podres, roem-nos indivíduos como estes que estão na foto aqui postada. Cáspite!!!!
Nini Satar
Sem comentários:
Enviar um comentário