segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Manuel de Araújo questionado sobre gestão de lixo e pagamento de salários em Quelimane


Em reunião de membros do MDM
Membros do MDM ao nível da província da Zambézia manifestaram, este fim-de-semana, inquietação com a governação de Manuel de Araújo no município de Quelimane.
Durante uma reunião que juntou, no distrito de Mocuba, na Zambézia, membros das assembleias municipais das autarquias dirigidas pelo MDM, os membros do partido pediram explicações a Manuel de Araújo sobre as razões que ditam a não recolha atempada de lixo, atrasos nos pagamentos de salários, bem como a não alocação de uma residência para o presidente da Assembleia Municipal de Quelimane.
“Quisemos saber dos edis de Quelimane e Gurúè, mas sobretudo de Quelimane, a capital da Zambézia, o que tem ditado a sujeira na urbe, os salários, entre outros problemas. O nosso partido está a governar para melhorar a vida dos munícipes”, disse o delegado provincial do partido, Carlitos Manuel.
A reunião foi dirigida por Geraldo Carvalho, chefe nacional para Mobilização e Propaganda do partido do “galo”.
Carvalho disse que o questionamento feito aos edis, com destaque para o de Quelimane, não pode ser visto como acto interrogatório, mas sim uma acção que visa melhorar a vida dos munícipes.
De Araújo atira as responsabilidades
 Respondendo às questões colocadas, Manuel de Araújo explicou que a autarquia ficou cerca de seis meses sem receber fundos de funcionamento por parte da Direcção provincial da Economia e Finanças, o que dificultou a execução de várias acções, incluindo o pagamento de salários dos membros da Assembleia Municipal.
De Araújo referiu que a situação só começou a ser normalizada com a intervenção dos deputados da Assembleia da República, nomeadamente, Eneas Comiche e Francisco Mucanheias, presidentes das comissões do Plano e Orçamento e da Administração Pública, Agricultura, Economia e Ambiente, respectivamente.
“Bastou conversar com aqueles dois deputados, a quem coloquei o assunto, logo a seguir, o valor foi desembolsado, o que revela que havia falta de vontade por parte da Direcção provincial da Economia e Finanças de desembolsar aquela verba”, justificou.
Sobre a questão da recolha de lixo, De Araújo explicou que está há cinco anos à procura de espaço para o aterro sanitário, de modo a resolver em definitivo o problema. “Com o governador Itai Meque, não conseguimos. Com Joaquim Veríssimo, também não. Agora, com Abdul Razak, também estamos na mesma situação. É por isso que, muitas vezes, quando chove, as águas fluviais misturam-se com lixo, provocando doenças para a nossa população”, disse De Araújo, assegurando que “fazemos de tudo para ultrapassar isso, mas a falta de um aterro sanitário” é o principal constrangimento que provoca a fraca gestão do lixo.

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