quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Mais de 30 mil pessoas morreram por causas associadas à Sida em 2015


Moçambique é o oitavo país com maiores taxas de seroprevalência no mundo
Volvidos 30 anos desde que foi diagnosticado o primeiro caso de HIV-Sida no país, Moçambique é a oitava nação com as maiores taxas de seroprevalência no mundo, com 1.6 milhão de pessoas com HIV-Sida.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para a Sida (ONUSIDA), em Moçambique, estima-se que cerca de 39 mil pessoas tenham morrido por causas associadas à Sida, em 2015.
Os dados foram tornados públicos, ontem, pela ONUSIDA, durante a apresentação do relatório intitulado “Get on the Fast-Track: the life-cycle approach to HIV (tradução livre: Entre na via rápida: acelerando a resposta ao HIV, com enfoque na abordagem do ciclo de vida).
Esse ano, o relatório centra-se no ciclo de vida, do nascimento à terceira idade, e traz, para cada fase, dados sobre o HIV, desafios e recomendações.
As novas infecções entre crianças reduziram, entretanto, ainda hoje, 10 países sozinhos contribuem com cerca de 2/3 do número de novas infecções em crianças no mundo. Em Moçambique, a cada 100 mulheres grávidas vivendo com o HIV, seis acabam por transmitir o vírus aos seus bebés.
“Mas ainda temos muito que fazer, para chegar aos 81% estabelecidos como meta para 2020 e conseguirmos manter essas crianças em tratamento, para que seja possível atingir supressão viral e prevenir novas transmissões do vírus”, lê-se no documento.
O relatório conclui que os investimentos devem ser feitos de forma sensata ao longo do ciclo de vida, usando uma abordagem com foco em localidade e população, para garantir que os programas de alto impacto e orientados por evidências estejam disponíveis nas áreas geográficas e entre as populações mais necessitadas.
A publicação exorta os países a continuarem o processo de aceleração da resposta para prevenção, testagem e tratamento do HIV, a fim de pôr fim à epidemia de Sida como ameaça à saúde pública, até 2030.

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