Volvidos
30 anos desde que foi diagnosticado o primeiro caso de HIV-Sida no
país, Moçambique é a oitava nação com as maiores taxas de
seroprevalência no mundo, com 1.6 milhão de pessoas com HIV-Sida.
De
acordo com a Organização das Nações Unidas para a Sida (ONUSIDA), em
Moçambique, estima-se que cerca de 39 mil pessoas tenham morrido por
causas associadas à Sida, em 2015.
Os
dados foram tornados públicos, ontem, pela ONUSIDA, durante a
apresentação do relatório intitulado “Get on the Fast-Track: the
life-cycle approach to HIV (tradução livre: Entre na via rápida:
acelerando a resposta ao HIV, com enfoque na abordagem do ciclo de
vida).
Esse
ano, o relatório centra-se no ciclo de vida, do nascimento à terceira
idade, e traz, para cada fase, dados sobre o HIV, desafios e
recomendações.
As
novas infecções entre crianças reduziram, entretanto, ainda hoje, 10
países sozinhos contribuem com cerca de 2/3 do número de novas infecções
em crianças no mundo. Em Moçambique, a cada 100 mulheres grávidas
vivendo com o HIV, seis acabam por transmitir o vírus aos seus bebés.
“Mas
ainda temos muito que fazer, para chegar aos 81% estabelecidos como
meta para 2020 e conseguirmos manter essas crianças em tratamento, para
que seja possível atingir supressão viral e prevenir novas transmissões
do vírus”, lê-se no documento.
O
relatório conclui que os investimentos devem ser feitos de forma
sensata ao longo do ciclo de vida, usando uma abordagem com foco em
localidade e população, para garantir que os programas de alto impacto e
orientados por evidências estejam disponíveis nas áreas geográficas e
entre as populações mais necessitadas.
A
publicação exorta os países a continuarem o processo de aceleração da
resposta para prevenção, testagem e tratamento do HIV, a fim de pôr fim à
epidemia de Sida como ameaça à saúde pública, até 2030.
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