Vicente Ramaya já está em liberdade
11 anos e 10 meses depois.
Vicente Ramaya saiu, ontem, da prisão em liberdade condicional sob termo de identidade e residência, por ter cumprido metades dos 23 anos de prisão maior a que foi condenado, em Janeiro de 2003, por ter sido provado em tribunal que foi um dos mandantes do assassinato do jornalista Carlos Cardoso, o qual investigara a fraude no extinto Banco Comercial de Moçambique, de que Ramaya era funcionário e mentor do referido rombo financeiro que lesou o banco em mais de 144 milhões de meticais.
O juiz entendeu que o cadastrado se comportou bem durante os quase 12 anos em que esteve preso e que, por isso, não lhe restava outra alternativa senão responder favoralmente ao expediente submetido pelo seu advogado para que cumprisse o resto da pena de 11 anos em liberdade. Mas, durante esses anos, terá de cumprir algumas regras de forma inescrupulosa: deve apresentar-se regularmente às autoridades judiciais; não deve ausentar-se do país sem ter autorização expressa do juiz; não deve cometer nenhum crime; e é obrigado a manter bom comportado. Caso contrário, a medida imediata, em caso de violação dessas normas, é recolher à prisão imediatamente e cumprir o resto da pena sem qualquer privilégio.
À saída da prisão, Ramaya não prestou qualquer declaração à imprensa, por, segundo o seu advogado, não estar em condições de falar. O advogado avançou que estavam satisfeitos com a decisão do juiz de cumprir integralmente o que está previsto na lei.
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