21/12/2008
Na passagem de mais um aniversário do acidente de Mbuzini, em que morreu o primeiro Presidente da República de Moçambique, Samora Moisés Machel, a viúva, Graça Machel, veio dizer publicamente que o marido «terá sido assassinado», garantindo que tudo continuará a fazer para que a verdade sobre o acidente seja conhecida.
Graça
Machel diz que Samora era um homem «rijo aos 53 anos». «Mataram-no»,
defende a actual mulher de Nelson Mandela, acrescentando que «não havia
necessidade» de o terem feito. «É injusto», diz, com amargura.
Samora
Machel, que se fosse vivo teria completado 75 anos, a 29 de Setembro
passado, morreu num acidente de aviação, quando o avião presidencial em
que seguia se despenhou, na noite de 19 de Outubro de 1986, em Mbuzini,
na África do Sul. Desde o primeiro momento que as autoridades
moçambicanas falaram em «sabotagem
» e «crime» ao se referirem às causas que terão levado à queda do avião, que causou a morte de Samora Machel
e de mais 33 elementos da comitiva.
No
entanto, a tese do acidente continua por provar. Graça Machel veio
defendê-la, desta vez, afirmando que teve uma conversa telefónica com
alguém que estava encarregado de abater o avião
em que Samora Machelseguia, se o aparelho não se tivesse despenhado.
A
dificuldade de levar o acidente de Mbuzini a julgamento tem, segundo
Graça Machel, a ver com a falta de pessoas disponíveis para testemunhar.
«É necessário que haja testemunhas», diz Graça Machel.
De
Setembro a Outubro decorreram em Moçambique diversas iniciativas de
homenagem a Samora Machel para assinalar a passagem dos 75 anos de
nascimento e os 22 anos da morte.
10 Novembro 2008 – África21
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