15/08/2012
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“A violação principal dos direitos humanos prolonga-se desde que o Estado usurpou e se tornou o único e exclusivo monopolista da terra” – Prof. Dr. António Francisco, em entrevista ao Canal de Moçambique Moçambique tem, até agora, mais terra do que habitantes.
Ou seja, os cerca de 22 milhões de habitantes que devem existir actualmente em Moçambique não ocupariam todos os 786.380km², da superfície da terra firme considerado território nacional. Mas a cada dia reportam-se problemas de disputas pela terra pelo país afora. Nas zonas rurais as populações queixam-se de lhes serem arrancadas as suas terras para a implantação de grandes empresas; os municípios são os principais acusados de arrancar terras aos “pobres” e vendê--las aos “ricos”; nas “presidências abertas” uma das principais queixas da população é a usurpação da terra pelas autoridades e pelos “poderosos”. O que está, então, a falhar para que tanta terra de que o país dispõe não chegue para todos os que dela pretendem fazer uso?
IESE: As aberrações do director de investigação!
Comentário de Adelino Buque
A minha reflexão com o título “IESE: As aberrações do director de investigação” mereceu a atenção do diário digital Canalmoz, na sua publicação de terça-feira, 14 de Agosto de 2012. A reacção deste diário, não sei se resultante do facto de ter sido a esse canal que o Professor Dr. António Francisco concedeu a entrevista ou porque o visado pela minha reflexão exigiu desse jornal a reacção e para o caso recorreu a um jornalista que dá ou responde pelo nome de Matias Guente, um cidadão que não conheço onde pendura o pote e para já nem pretendo conhecer.
Primeiro, endereço os meus agradecimentos ao director do diário, Fernando Veloso, pelo destaque que mereceu a prosa do senhor Matias Guente. Não tenho lido com regularidade este jornal, mas não é todos os dias que a direcção de um jornal sério nos reserva a primeira página.
Meu caro Fernando Veloso, muito obrigado!
Primeiro, endereço os meus agradecimentos ao director do diário, Fernando Veloso, pelo destaque que mereceu a prosa do senhor Matias Guente. Não tenho lido com regularidade este jornal, mas não é todos os dias que a direcção de um jornal sério nos reserva a primeira página.
Meu caro Fernando Veloso, muito obrigado!
Jacob Zuma pode ter o mesmo destino de Thabo Mbeky
A previsão é do analista político sul-africano William Gumede
O analista político William Gumede considera que o Presidente Jacob Zuma pode ser afastado das suas funções de Chefe de Estado, mesmo que seja reeleito Presidente do ANC no Congresso de Mangaung a ter lugar em Dezembro, seguindo assim o exemplo do que aconteceu com o antigo presidente Thabo Mbeky. Gumede considera, por outro lado, que a reeleição de Jacob Zuma “vai dividir ainda mais o partido”.
Será oportuno recordar que Thabo Mbeky foi afastado das suas funções de Chefe de Estado em 2008, nove meses depois de Jacob Zuma ter assumido a presidência do ANC, no Congresso de Polokwane de 2007.
O analista político William Gumede considera que o Presidente Jacob Zuma pode ser afastado das suas funções de Chefe de Estado, mesmo que seja reeleito Presidente do ANC no Congresso de Mangaung a ter lugar em Dezembro, seguindo assim o exemplo do que aconteceu com o antigo presidente Thabo Mbeky. Gumede considera, por outro lado, que a reeleição de Jacob Zuma “vai dividir ainda mais o partido”.
Será oportuno recordar que Thabo Mbeky foi afastado das suas funções de Chefe de Estado em 2008, nove meses depois de Jacob Zuma ter assumido a presidência do ANC, no Congresso de Polokwane de 2007.
“O Culambismo”
Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele.
Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá-los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta.
À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia.
Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço».
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/23455-o-culambismo.html
“Estado moçambicano deve rever a Lei de Terra”
– diz Saturnino Samo, do Centro de Desenvolvimento de Terras
O Centro do Desenvolvimento de Terras (CEDET), uma organização não-governamental de defesa do ambiente, defendeu que o Estado moçambicano deve rever a lei de terras para evitar a transacção informal de terra que está a ganhar contornos alarmantes.
Saturnino Samo, do CEDET, avançando com alguns exemplos de conflitos provocados por venda informal da terra, citou o povoado de Mulotona, no município da Matola, onde a mais de 100 pessoas, entre as quais funcionários públicos, foram burlados terrenos. Apontou a zona de Matola-Rio, no distrito de Boane, Marracuene, Manhiça e Ponta de Ouro, na província de Maputo como pontos onde a venda informal de terrenos é notável.
Samo, que falava ontem num workshop de Reflexão e Preparação da Campanha Terra II, organizado pelo Centro Terra Viva; Kuwuka; Juventude Desenvolvimento a Advocacia Ambiental e CEDET, frisou o mesmo problema existe em todo, isto é, em todo o país existem problemas sérios relacionados com conflitos de terra.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/23451-estado-mocambicano-deve-rever-a-lei-de-terra.html
TVM suspende programa “A Semana” que era considerado crítico ao Governo
O Programa “A semana”, que vinha passando na televisão de Moçambique (TVM) aos domingos na hora nobre, acaba de ser suspenso, segundo apurou o Canalmoz, por “ordens superiores”. Coube ao director de Informação da TVM, Simião Ponguane, anunciar a suspensão do programa por tempo indeterminado.
Os jornalistas Alexandre Chiúre, delegado do Diário de Moçambique em Maputo, e Daniel Cuambe, editor de Economia do jornal Notícias, que eram comentadores residentes do programa “A Semana” foram reunidos esta terça-feira, 14 de Agosto, e informados, pelo director de Informação da TVM, Simião Ponguane, que o programa não mais irá para o AR.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/23448-tvm-suspende-programa-a-semana-que-era-considerado-critico-ao-governo.html
O Estado e a Informalidade: Maputo e a Tragédia dos Comuns, por N. Henriques Viola
Veja tudo em Download ANALISE_nr_01_Viola
Recorde em http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2012/08/a-trag%C3%A9dia-dos-comuns-na-voz-de-um-zambeziano.html
SADC: Sociedade civil exige controlo de capital ilegal
Maputo, Quarta-Feira, 15 de Agosto de 2012:: Notícias
Num documento a ser submetido à Cimeira dos Chefes de Estado da SADC, a decorrer sexta-feira e sábado, na capital do país, a sociedade civil apela, igualmente, ao estabelecimento de restrições na movimentação de capital dentro da região, bem assim o controlo sobre a circulação rápida e especulativa de dinheiro dentro e fora da região.
Dados divulgados pelo director executivo do Conselho das Organizações Não-Governamentais da SADC, Bochoko Ditlhake, indicam que entre 1970 e 2008 a movimentação financeira ilícita de África atingiu 854 biliões de dólares norte-americanos. Estima-se que cerca de 175 biliões de dólares tenham tido origem na África Austral, região que coincide com a SADC.
Dados divulgados pelo director executivo do Conselho das Organizações Não-Governamentais da SADC, Bochoko Ditlhake, indicam que entre 1970 e 2008 a movimentação financeira ilícita de África atingiu 854 biliões de dólares norte-americanos. Estima-se que cerca de 175 biliões de dólares tenham tido origem na África Austral, região que coincide com a SADC.
A nível da CPLP: Rever acordos de circulação
Maputo, Quarta-Feira, 15 de Agosto de 2012:: Notícias
“Os acordos aprovados sobre a concessão de Vistos de Múltiplas Entradas (VME) para determinadas categorias de pessoas, nacionais da CPLP devem ser respeitados e cumpridos por todos os Estados-membros da comunidade, para melhorar os seus índices de desempenho na melhoria de vida dos seus cidadãos”, disse Lutero Simango que é igualmente o chefe daquela bancada parlamentar na AR.
Simango, disse em entrevista ao site PNN, citado pela Rádio Moçambique (RM) que a presidência moçambicana da CPLP deve ser feita no sentido de simplificar o processo de obtenção de vistos para facilitar a circulação de pessoas e bens.
Simango, disse em entrevista ao site PNN, citado pela Rádio Moçambique (RM) que a presidência moçambicana da CPLP deve ser feita no sentido de simplificar o processo de obtenção de vistos para facilitar a circulação de pessoas e bens.
Vila-sede de Sanga deve voltar a Macaloge - exige a população, evocando o fim da guerra
Maputo, Quarta-Feira, 15 de Agosto de 2012:: Notícias
A vila-sede de Sanga foi transferida de Macaloge para Malulu por causa da guerra civil dos 16 anos, terminada oficialmente em 1992 com a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP).
O assunto foi levantado durante um encontro orientado pela Primeira-Dama da República, Maria da Luz Guebuza, inserido na visita de trabalho que realizou a Niassa, semana passada.
A população justificou a sua posição afirmando que a transferência da sede do distrito para Malulu, está a dificultar o desenvolvimento de Macaloge.
Os mesmos residentes vincam que a vila-sede foi transferida por uma questão de emergência (guerra) e que uma vez terminada, a sede devia regressar a Macaloge local que desde sempre foi seleccionado para o efeito.
O assunto foi levantado durante um encontro orientado pela Primeira-Dama da República, Maria da Luz Guebuza, inserido na visita de trabalho que realizou a Niassa, semana passada.
A população justificou a sua posição afirmando que a transferência da sede do distrito para Malulu, está a dificultar o desenvolvimento de Macaloge.
Os mesmos residentes vincam que a vila-sede foi transferida por uma questão de emergência (guerra) e que uma vez terminada, a sede devia regressar a Macaloge local que desde sempre foi seleccionado para o efeito.
14/08/2012
MACACOS E PERDIZES DIZIMAM CULTURAS EM MATIBANE
O esforço dos produtores do posto administrativo de Matibane, distrito de Mossuril, visando aumentar o volume de produção agrícola que constitui um dos factores para o combate à pobreza, está em risco de ser desperdiçado em face da acção de macacos, perdizes, ratos, entre outros, que dizimam culturas na fase de maturação e colheita, facto que pode concorrer para a insegurança alimentar naquela região costeira.
Dados em poder da nossa reportagem apontam que o posto administrativo de Matibane, que conta com uma população estimada em cerca de 55 mil habitantes, tem uma fauna abundante, sobretudo macacos e perdizes, que, de forma cíclica, atacam as culturas alimentares praticadas pelos produtores da região, nomeadamente milho, mandioca, mapira e gergelim.
Roedores como ratos são, também, abundantes em Matibane, particularmente na época das colheitas das culturas.
Joyce Banda diz que vai morrer pelo seu povo
A presidente Joyce Banda disse no último fim de semana que vai morrer pelo Malawi e pelo seu povo, numa clara referência à crise fronteiriça entre o seu país e a Tanzânia em torno do Lago Niassa.
E para meter mais água na fervura, a empresa britânica anuncia vinda de um barco de prospecção petrolífeira no Lago Niassa, disputado pelos dois países.
O anúncio da presidente Banda é interpretado como uma resposta à Tanzania, país vizinho que ameaça desencadear uma guerra contra o Malawi caso este país prossiga com os trabalhos de prospecção de hidrocarbonetos naquele lago, que banha também Moçambique.
Desde o inicio da crise, esta foi a primeira vez que Joyce Banda se pronuncia publicamente nestes termos, sem no entanto dar mais detalhes sobre o assunto.
A História contada pelos historiadores, e os fatos relatados pelos que os vivenciaram
As histórias de batalhas e guerras (assim como as da política, das sociedades, das religiões, das revoluções, das civilizações, enfim, as histórias da humanidade) contadas pelos vencedores têm quase sempre um falso brilho, em que se entremeiam ações supostamente heroicas com um aspirado moral superior e pretendida moral alicerçada em consagrados princípios éticos.
Quando eventualmente os vitoriosos tratam dos seus próprios erros, dão sempre um jeito de atribuir a responsabilidade de seus “equívocos” aos derrotados inimigos, que, segundo eles, os teriam “ardilosamente” induzido a cometê-los. Também quando um dos seus pares pratica ilicitude, e o fato escapa a um providencial abafamento e cai no conhecimento geral, os “bem-intencionados” contadores de suas histórias creditam a si próprios a justa correção de conduta, simplesmente condenando o “pecador” ao ostracismo e fazendo crer que aquilo não passou de caso isolado, comportamento “inabitual” entre os seus.
NOTA:
Sempre assim foi e assim será.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
14/08/2012 in História, Letras e artes - Cultura e Ciência, Opinião | Permalink|Comments (0)ShareThisShareThis
Canal de Poesia (em homenagem a Kok Nam) por Rui Knopfli
Aeroporto
É o fatídico mês de Março, estou
no piso superior a contemplar o vazio.
Kok Nam, o fotógrafo, baixa a Nikon
e olha-me, obliquamente, nos olhos:
Não voltas mais? Digo-lhe só que não.
Não voltarei, mas ficarei sempre,
algures em pequenos sinais ilegíveis,
a salvo de todas as futurologias indiscretas,
preservado apenas na exclusividade da memória
privada. Não quero lembrar-me de nada,
só me importa esquecer e esquecer
o impossível de esquecer. Nunca
se esquece, tudo se lembra ocultamente.
Desmantela-se a estátua do Almirante,
peça a peça, o quilómetro cem durando
orgulhoso no cimo da palmeira esquiva.
Desmembrado, o Almirante dorme no museu,
o sono do bronze na morte obscura das estátuas
inúteis. Desmantelado, eu sobreviverei
apenas no precário registo das palavras.
(Rui Knopfli)
CANALMOZ – 14.08.2012
Adelino Buque ataca director de Investigação do IESE
Adelino Buque ataca director de Investigação do IESE
Buque é administrador no Instituto Nacional de Segurança Social (INSS – uma instituição mergulhada em esquemas de corrupção envolvendo a sua liderança), representando os empregadores, via CTA. É analista fiel aos ideais e às práticas do regime. Era presidente do Conselho Fiscal da empresa Aeroportos de Moçambique quando foi surpreendido por um dos mais escandalosos casos de corrupção levados à barra dos tribunais
A entrevista concedida ao Canal de Moçambique pelo director de Investigação do Instituto de Estudos Económicos e Sociais (IESE), o Professor António Francisco, deixou desassossegado muitos “camaradas” defensores do governo do dia. Há os que preferiram murmurar debaixo dos sovacos contestando a opinião deste académico e outros não conseguiram se conter, preferindo lançar ataques directos ao economista. A controvérsia gerada por António Francisco tirou o sono a muitos e gerou uma saudável polémica, promovendo aplausos de amplos sectores em todo o país e internacionalmente ao mesmo tempo que enervou outros que viram nas declarações do Professor uma provocação ao status quo.
Adelino Buque, administrador do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) e analista fiel ao regime, preferiu apelidar toda a entrevista de “aberração”, chegando mesmo a afirmar que o Professor António Francisco é uma pessoa “pouco comprometida com o IESE”.
Na entrevista concedida ao Canal de Moçambique/Canalmoz o director de Investigação do IESE teceu duras críticas às políticas do Governo do dia, tendo, entre outras coisas, dito que o actual regime a que apelidou de “dirigista e absolutista”, a prazo convida a golpes e insubordinação. Disse também que são os doadores que têm travado a arrogância do regime.
Leia em http://www.canalmoz.co.mz/hoje/23437-adelino-buque-ataca-director-de-investigacao-do-iese.html
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