MORREU ontem o historiador britânico Basil Davidson, grande activista
da justiça e da liberdade para os povos oprimidos do mundo, mas
principalmente de África, onde apoiou activamente a causa de povos como o
moçambicano e das outras antigas colónias portuguesas na luta pela
independência.
Maputo, Sábado, 10 de Julho de 2010
Notícias
Davidson, feroz combatente do sistema colonial e do fascismo, foi
também grande amigo de Moçambique, numa simpatia que remonta de antes do
início da guerra de libertação nacional (1964), quando teve os
primeiros contactos com muitos dos então jovens nacionalistas
moçambicanos que frequentavam instituições de ensino europeias.
Historiador lúcido que também foi jornalista atento (trabalhou durante vários anos no matutino londrino “The Times”), Basil Davidson era igualmente um revolucionário, usando o seu saber e influência para denunciar e atacar as más concepções que a velha Europa tinha sobre o Continente Africano, bem como a opressão a que alguns sujeitavam os seus povos, dentro do próprio velho continente. Foi dos mais destacados membros de um movimento de solidariedade europeu a favor da liberdade que muitos de nós ainda procuravam nos anos 1960. Particularmente no caso de Moçambique, Davidson foi um apoiante fervoroso e incondicional da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que em 1964 começou com a guerra que dez anos depois iria aniquilar o colonialismo no nosso país.
Historiador lúcido que também foi jornalista atento (trabalhou durante vários anos no matutino londrino “The Times”), Basil Davidson era igualmente um revolucionário, usando o seu saber e influência para denunciar e atacar as más concepções que a velha Europa tinha sobre o Continente Africano, bem como a opressão a que alguns sujeitavam os seus povos, dentro do próprio velho continente. Foi dos mais destacados membros de um movimento de solidariedade europeu a favor da liberdade que muitos de nós ainda procuravam nos anos 1960. Particularmente no caso de Moçambique, Davidson foi um apoiante fervoroso e incondicional da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), que em 1964 começou com a guerra que dez anos depois iria aniquilar o colonialismo no nosso país.
Marcelino dos Santos, veterano dessa luta, recorda-se de muitos
pormenores da interacção do movimento com o proeminente intelectual.
Falando ontem ao “Notícias”, este nacionalista destaca o “papel
importantíssimo” que o emblemático historiador e africanista teve:
“ajudou a transmitir ao mundo a justeza da nossa luta contra o sistema
colonial”.
“Apesar de ter sido conhecido como um historiador dedicado à causa de África, Basil Davidson era solidário com todos os povos que lutavam pela liberdade em todo o mundo. No caso das antigas colónias portuguesas, sobretudo nós e os nossos irmãos de Angola e da Guiné (Bissau), foi um grande amigo e camarada”, comentou Marcelino dos Santos, que conheceu o falecido historiador na casa deste em Londres, antes do início da luta armada que a FRELIMO desencadeou para demover o colonialismo em Moçambique desenvolvia.
Basil Davidson viria inclusive a ser um fervoroso apoiante da FRELIMO, falando na Europa da justeza da luta que o então movimento de libertação em Moçambique. Participou no II Congresso do hoje partido no poder no país, encontro havido em Matchedje, no Niassa.
Numa mensagem que preferiu endereçar através do nosso jornal, Marcelino dos Santos qualifica a morte do historiador como “uma grande perda” para todos quantos conviveram com ele em vida, incluindo os camaradas da Frelimo. “Gostaríamos de deixar a nossa mensagem de homenagem a este grande homem e amigo de Moçambique. Manifestamos as nossas condolências à família do nosso amigo Basil Davidson”, referiu.
Fora das lides políticas, o jornalista de origem britânica e há vários anos radicado no nosso país Paul Fauvet, da AIM, destacou o “senso de solidariedade e de pedagogia” de Basil Davidson. “Nos anos 1960 eu era muito jovem e pude participar num movimento em que aprendi muito de Davidson. A minha geração aprendeu muito dele, que era um homem apoiante dos movimentos libertadores não só em África mas também na Europa”, afirmou.
Foi a partir dos anos 1950 que se tornou num destacável historiador africanista, quando começou a publicar importantes trabalhos como “África na História”, “Mãe Negra”, “A Descoberta da Velha África”, entre vários outros.
Basil Davidson, que faleceu aos 96 anos, deixa viúva e três filhos.
“Apesar de ter sido conhecido como um historiador dedicado à causa de África, Basil Davidson era solidário com todos os povos que lutavam pela liberdade em todo o mundo. No caso das antigas colónias portuguesas, sobretudo nós e os nossos irmãos de Angola e da Guiné (Bissau), foi um grande amigo e camarada”, comentou Marcelino dos Santos, que conheceu o falecido historiador na casa deste em Londres, antes do início da luta armada que a FRELIMO desencadeou para demover o colonialismo em Moçambique desenvolvia.
Basil Davidson viria inclusive a ser um fervoroso apoiante da FRELIMO, falando na Europa da justeza da luta que o então movimento de libertação em Moçambique. Participou no II Congresso do hoje partido no poder no país, encontro havido em Matchedje, no Niassa.
Numa mensagem que preferiu endereçar através do nosso jornal, Marcelino dos Santos qualifica a morte do historiador como “uma grande perda” para todos quantos conviveram com ele em vida, incluindo os camaradas da Frelimo. “Gostaríamos de deixar a nossa mensagem de homenagem a este grande homem e amigo de Moçambique. Manifestamos as nossas condolências à família do nosso amigo Basil Davidson”, referiu.
Fora das lides políticas, o jornalista de origem britânica e há vários anos radicado no nosso país Paul Fauvet, da AIM, destacou o “senso de solidariedade e de pedagogia” de Basil Davidson. “Nos anos 1960 eu era muito jovem e pude participar num movimento em que aprendi muito de Davidson. A minha geração aprendeu muito dele, que era um homem apoiante dos movimentos libertadores não só em África mas também na Europa”, afirmou.
Foi a partir dos anos 1950 que se tornou num destacável historiador africanista, quando começou a publicar importantes trabalhos como “África na História”, “Mãe Negra”, “A Descoberta da Velha África”, entre vários outros.
Basil Davidson, que faleceu aos 96 anos, deixa viúva e três filhos.
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