06/10/2010
Guilherme de Melo, jornalista, durante mais de duas décadas em Moçambique, publicou em 1985 “MOÇAMBIQUE – DEZ ANOS DEPOIS”, relato da viagem que ali fizera pouco tempo antes e de que só hoje obtive um exemplar.
Guilherme de Melo foi um dos jornalistas que esteve no Chai pouco tempo depois do ataque.
Estando mais que comprovado que a história contada e encomendada pela Frelimo não é a verdadeira, porque voltou Guilherme de Melo a escrever o que adiante ides ler e o que levou o cozinheiro do então administrador a inventar a “história” que conta e é ali reproduzida?
Sabemos que ele retornou a Moçambique, especialmente para assistir às comemorações dos 20 anos do ataque ao Chai, a convite de Mário Ferro e Alves Gomes do “Notícias” de Maputo. Terá sido por isso?
Aqui vai a transcrição:
EVOCAÇÃO DO CHAI
No troço da estrada que vai de Macomia a Mueda, em pleno coração do interior moçambicano — o planalto dos Macondes — há, ainda hoje, duas pontes em betão com os tabuleiros destruídos. Uma situa-se no troço entre Macomia e Chai; a outra para lá do Chai, sobre o rio Mapwede.
Foram ambas destruídas pelos guerrilheiros, durante a luta armada para a independência, com o propósito de cortar o avanço das tropas motorizadas portuguesas.
Cumpre referir que, no decorrer da guerra, a Frelimo evitou sempre a destruição de infra-estruturas de grande envergadura — como pontes, barragens, centrais — exactamente na mira do dia em que, mais tarde ou mais cedo, tudo lhe viesse parar às mãos.
Dez anos decorridos sobre a independência, as duas pontes continuam tal como ficaram depois de dinamitadas: o Governo moçambicano deixou-as propositadamente assim, à laia de um curioso museu de guerra um pouco disperso por todo o país. Ao lado dos dois tabuleiros semi-destruídos, existem agora duas outras pontes, por onde o trânsito se processa.
Vinte anos depois do primeiro ataque a uma autoridade colonial — concretamente, o posto administrativo do Chai— é possível reconstituir-se todo o background da razão de ser dessa guerra de dez anos que, ainda hoje, muitos dos brancos que viviam na antiga colónia, e dela saíram após o 25 de Abril, se recusam a querer entender. Estou no Maputo quando se comemora aquela data e peso, palavra por palavra, os depoimentos dos que então viveram directamente os acontecimentos que muitos desses mesmos brancos —e eu próprio— de todo ignoravam, envoltos no remanso doirado que era o dia-a-dia na ex-Lourenço Marques.
O primeiro tiro
O lugar escolhido pela Frelimo para o ataque que marcou o desencadear da luta armada de libertação da ex-colónia foi, como se disse, o posto administrativo do Chai.
Tratava-se de uma pequena localidade do interior de Cabo Delgado, com pouco mais de meia dúzia de edifícios. Nomeadamente, uma secretaria, a casa do chefe do Posto, a casa do gerente da Companhia Algodoeira do Sagal, dois estabelecimentos comerciais, um pequeno hospital, a cadeia, as casernas dos soldados e as residências dos polícias brancos e dos cipaios negros.
No dia do ataque havia uma festa em casa do administrador do Posto, porque um dos seus três filhos fazia anos — recorda, vinte anos depois, Ahmad Sique Burahimo, ao tempo a servir, como cozinheiro, no Posto administrativo. E acrescenta: O administrador era muito mau para a população. Além de roubar cabritos, galinhas e outros bens que mandava que os cipaios recolhessem nas aldeias e trouxessem para o Posto, espancava brutalmente a população e tinha grande prazer em dar ele próprio palmatoadas.
A dado momento da festa, segundo o relato do então cozinheiro, chegou ao Posto o régulo da povoação de Malane — actualmente Litandakua — comunicando ao administrador que tinha avistado nesse dia pegadas estranhas» numa picada da sua zona.
Imediatamente o administrador se meteu no jipe acompanhado pelo régulo, dois polícias e um cão-polícia, seguindo, mato adentro, para o local. Era já noite avançada quando regressaram e, em casa, a festa do aniversário terminava.
Acompanhado pêlos dois polícias e pelo cão, o administrador dirigiu-se directamente para a Secretaria da Administração — continua a contar. Mas, ainda com o motor do carro a trabalhar, ouviu-se de repente uma descarga de tiros. Ele saiu do carro a correr, em direcção à residência, onde tinham ficado a mulher e os filhos. Já à entrada da casa, o administrador foi atingido com dois tiros no peito e caiu, ensopado em sangue.
Ahmad Burahimo ainda se recorda de ter visto, quando o tiroteio cessou, dois polícias, a mulher do administrador e o gerente da Sagal a carregarem o ferido para o interior da residência. Esvaindo-se em sangue, ele permaneceu no Posto, agonizante, o resto da noite e só na manhã seguinte foi transportado para a então Porto Amélia — hoje cidade de Pemba— onde veio a falecer.
Entretanto, quando eu estava a sair da cozinha pelas escadas traseiras, para me esconder no quintal, mal comecei a ouvir o tiroteio, um tiro apanhou-me na perna, perto do joelho, e caí, rebolando pelas escadas abaixo. Já no chão, rastejei uns vinte metros e escondi-me atrás da mangueira do quintal. Foi daí que avistei um polícia a ser atingido por um tiro a meio da testa e cair morto. Um outro polícia, escondido entre o muro do quintal e uma casa, também recebeu um tiro e morreu logo, quando estava a erguer a cabeça para apontar a sua arma.
Quando o breve combate terminou, os guerrilheiros abandonaram o terreno, deixando dois polícias mortos, o cão-polícia também abatido, o administrador do Posto moribundo e vários feridos, entre os cipaios e o pessoal auxiliar da Administração.
Comandava o pequeno grupo que acabava de iniciar a luta armada que dez anos depois levaria à independência, um homem de trinta e poucos anos chamado Alberto Joaquim Chipande. Ë, hoje, o ministro da Defesa Nacional da República Popular de Moçambique e dirigente da província de Cabo Delgado. General do Exército.
A repressão
Depois disto, vieram para o Posto de Chai um novo administrador e um seu adjunto — continua Ahmad Bura-himo a contar. E diz, concretamente, os nomes de um e de outro. E só por uma questão de pudor e de vergonha, como português e branco, me escuso, aqui, a referi-los.
Dos dois, o adjunto era o pior. Era extremamente cruel. Logo após a sua chegada começou a matar gente. Com o pretexto de que estava a «limpar terroristas», como dizia, enforcava pessoas e deixava-as penduradas nas mangueiras. As vezes cortava as cabeças e deixava-as espetadas em estacas, para todos verem. Num só dia, em plena Secretaria da Administração, matou com as suas mãos cinco pessoas. Ele fazia coisas horríveis. Um dia vi-o espetar um prego na cabeça de um homem. Martelava e enterrava o prego todo na cabeça, depois mandava a pessoa ir para casa. Ë claro que essa pessoa nem dava cinco passos. Caía e morria logo.
Ahmad Burahimo continuou a trabalhar ainda durante alguns anos no Posto. A verdade, porém, é que o ataque conduzido pela Frelimo lhe tinha já suscitado diversas dúvidas sobre a legitimidade do poder colonial — dúvidas essas que rapidamente se adensaram face às barbaridades cometidas pelo adjunto do novo Administrador que, de resto, o não poupava nas suas fúrias. Um dia começou a ameaçar-me que também a minha vez chegaria. «Corto-te o pescoço, olá se corto! E que lindos petiscos tu vais fazer com a tua própria cabeça!»
Com o pretexto de que pretendia visitar uns familiares distantes, pediu licença para se ausentar por algum tempo e acabou por se desligar dos quadros do pessoal da Administração, ingressando pouco depois nas fileiras da Frelimo. Passou então a ser um importante «contacto» da Organização naquela zona de Cabo Delgado, tornando-se responsável pela distribuição de cartões de membro a novos aderentes e desenvolvendo missões de recrutamento de jovens para a luta armada. Com o objectivo de camuflar tudo isto aos olhos, sempre desconfiados, não só das autoridades do Posto como dos agentes da PIDE, Ahmad Burahimo adquiriu um pequeno barco com o qual passou a pescar no lago do Chai.
A vila-museu
Vinte anos volvidos sobre tudo isto, o Governo moçambicano transformou o Chai no museu histórico da Revolução moçambicana.
Independentemente do monumento que vai ser erguido, defronte de um gigantesco mural alusivo ao arranque da luta armada, toda a povoação propriamente dita foi conservada intacta, tal como era na altura do ataque de 25 de Setembro de 1964. Inclusive o mobiliário e demais recheio das casas da Administração mantêm-se, sem qualquer alteração.
Uma das casas foi, entretanto, transformada em museu das primeiras armas — entre as quais a que Chipande utilizou naquele dia e por ele próprio ali entregue, aquando do 20.° aniversário do acontecimento que marcaria o início do fim de uma era.
Vinte anos depois, o tempo foi descendo o seu véu de esquecimento. No país novo, há dez anos independente, apagam-se os ressentimentos, diluem-se as recordações dolorosas de uma repressão temperada em sangue, de uma guerra pontuada de horrores. Não há mais, no planalto Maconde, o estremecer das explosões. E os xericos voltaram a trilar por todo o vale do Miteda, onde a Nó Górdio chamejou. Moçambicanos e portugueses podem, enfim, olhar-se como irmãos.
Penso naquele grupo que, não há muitos anos ainda» se propunha levar a tribunal os responsáveis pela descolonização. E se um dia os moçambicanos reclamassem um outro Nuremberga, para julgar os crimes do colonialismo e levassem até ele, a depor, os muitos Burahirnos que ainda existem por todo o país?
Caro Guilherme de Melo:
- Se todos os Burahimos mentirem como este, que conheci pessoalmente e assim não contava a história, não sei o que restaria para o "seu" tribunal em Nuremberga?
……………………………………………………………………………………………Aproveito para copiar o que, em 23 de Setembro passado, escrevi no Moçambique na Web Jornal:
O Chefe do Posto à data do ataque chamava-se Felgueiras e estava com a família lá. Na hora do ataque não estava no posto pois tinha ido ao Messalo com 2 polícias e vários cipais. Só ficou no posto um polícia branco e vários cipais. Também lá moravam funcionários do posto, o Pinheiro e o Brandão, mais a família Alves. O enfermeiro chamava-se Tivane. O Cozinheiro era o Amade.
O Felgueiras pediu ao Governador para sair e foi temporariamente substituí-lo o Dias de Macomia. Talvez uma semana depois foi o Fonseca lá colocado que levou a mulher. Vindo de Portugal estava com eles o cunhado deste que foi quem, não uma semana, mas cerca de 3 semanas depois, foi morto quando passava junto ao Rio Messalo vindo do Monte Oliveiras. Vinham 3 pessoas no Jeep e ele ia no meio. As outras duas nada apanharam e ele levou um tiro entre os olhos, vindo a falecer já depois de evacuado.
Assim não foi o cunhado do Chefe do Posto da altura que foi morto, mas o cunhado do que o veio substituir.
Fernando Gil begin_of_the_skype_highlightingend_of_the_skype_highlighting
Aproveito para transcrever mais o seguinte:
… …
Ensina-nos a História da Frelimo que no desencadeamento da Luta Armada de Libertação Nacional, na noite do dia 25 de Setembro de 1964, foram mortas, pelo menos, duas pessoas, nomeadamente o Chefe do Posto Administrativo Colonial de Chai e o sentinela que guarnecia a residência do Chefe do Posto.
Alberto Joaquim Chipande, o autor do primeiro tiro dado no Chai naquela noite, tem vindo a afirmar e a reafirmar o que os livros da Frelimo ensinam sobre as consequências do primeiro tiro rumo à libertação.
Porém, hoje, quarenta anos depois, tudo indica que essa história do primeiro tiro não está lá muito bem contada, ou, pelo menos, não parece haver consenso sobre as consequências desse primeiro tiro, a julgar pela recente pesquisa levada a cabo pelo ARPAC (Arquivo de Património Cultural), instituição do Estado subordinada ao Ministério da Cultura.
De acordo com essa pesquisa, baseada em 35 entrevistas a pessoas “idosas e nativas de Chai” durante o ataque dos guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique “nenhuma pessoa foi morta”.
“Uma semana depois do ataque, houve sim, uma morte. Tratou-se do cunhado do Chefe do Posto que, quando regressava do rio Messalo à busca de água de viatura, caiu numa emboscada” , refere o documento do ARPAC citado pela última edição do jornal “Horizonte”publicado na cidade de Pemba.
Quando esse relatório do ARPAC foi apresentado num seminário em Pemba, no passado dia 31 de Agosto, a reacção de alguns antigos combatentes foi de previsível fúria: “É uma grave ofensa histórica afirmar que no ataque de Chai ninguém morreu no dia 25 de Setembro de 1964. Esse relatório é medíocre e superficial pintado com aparentes cores políticas contemporâneas tendentes a deturpar a verdadeira história do povo moçambicano”.
Dentre as 35 pessoas entrevistadas pelo ARPAC figura o então cozinheiro do Chefe do Posto de Chai, identificado pelo único nome de Amade, o qual afirmou, igualmente, que o seu patrão não morreu naquele ataque.
Independentemente das lacunas que possa ter, a pesquisa do ARPAC tem o mérito de indagar uma “verdade absoluta”, um tabú da nossa História. Ao trazer à ribalta novos dados que questionam a história oficial, o ARPAC está a iniciar uma longa e penosa jornada ao passado recente, acto esse capaz de levar os moçambicanos mais corajosos a fazer outras e mais profundas indagações sobre muitas inverdades históricas tidas como “verdades absolutas”.
…..
A propósito: Que tem feito a ARPAC? Ainda existe?
Sobre o início da luta armada transcrevo, de 26 de Setembro de 2008:
Marcando o inicio da luta armada Chipande reitera ter disparado o primeiro tiro
- Reagindo algumas informações que dão conta que a luta de libertação nacional teria começado em varias frentes tornando se difícil saber quem teria disparado o primeiro
O General do exercito e antigo ministro da Defesa Nacional no primeiro governo de Moçambique independente, Alberto Chipande, reiterou ontem, ter sido ele que disparou o primeiro tiro que indicava o inicio da luta armada de libertação nacional contra o colonialismo português.
Chipande reagia assim às informações que têm circulado nos últimos anos que dão conta que a luta de libertação nacional teria começado em várias frentes, tornando-se difícil saber concretamente - quem teria disparado o primeiro tiro.
Na mesma ocasião, aquele antigo Ministro da Defesa Nacional considerou que as pessoas que propalam estas informações querem deturpar a historia nacional, e lançou igualmente um desafio à essas pessoas para apresentarem provas concretas que contrariam aquilo que sucedeu naquela noite de 25 de setembro de 1964.
Informações oficiais apontam que Alberto Chipande foi quem disparou o primeiro tiro a 25 de Setembro de 1964, no posto administrativo de Chai, distrito de Macomia, Província nortenha de Cabo Delgado, marcando o inicio da luta armada pela independência do País.
- Reagindo algumas informações que dão conta que a luta de libertação nacional teria começado em varias frentes tornando se difícil saber quem teria disparado o primeiro
O General do exercito e antigo ministro da Defesa Nacional no primeiro governo de Moçambique independente, Alberto Chipande, reiterou ontem, ter sido ele que disparou o primeiro tiro que indicava o inicio da luta armada de libertação nacional contra o colonialismo português.
Chipande reagia assim às informações que têm circulado nos últimos anos que dão conta que a luta de libertação nacional teria começado em várias frentes, tornando-se difícil saber concretamente - quem teria disparado o primeiro tiro.
Na mesma ocasião, aquele antigo Ministro da Defesa Nacional considerou que as pessoas que propalam estas informações querem deturpar a historia nacional, e lançou igualmente um desafio à essas pessoas para apresentarem provas concretas que contrariam aquilo que sucedeu naquela noite de 25 de setembro de 1964.
Informações oficiais apontam que Alberto Chipande foi quem disparou o primeiro tiro a 25 de Setembro de 1964, no posto administrativo de Chai, distrito de Macomia, Província nortenha de Cabo Delgado, marcando o inicio da luta armada pela independência do País.
Concluindo:
Há dois anos atrás voltou a Macomia e ao Chai um antigo madeireiro da zona que, procurando por ele, encontrou ainda vivo, embora bastante idoso, este famoso cozinheiro do Administrador do Chai, testemunha destes acontecimentos que lhe voltou a confirmar que ninguém havia morrido devido à acção do grupo chefiado por Alberto Chipande. O que aliás, ainda nos anos sessenta, me confirmou pessoalmente.
Pergunto: Porque escreveu Guilherme de Melo e colocou na boca deste homem honesto palavras que, estou disso convencido, nunca disse? Veja-se o relatório da ARPAC.
Será tão tenebrosa a História da FRELIMO, enquanto “movimento ou frente”, que todos mentem a torto e a direito? Pelas recentes declarações do Gen. Gruveta parece que sim. Mas porquê? Ainda não tiveram tempo de” combinar” uma só versão? E onde estão os historiadores?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Bem o Guilherme de Melo ou Mário Ferro não me merecem crédito nenhum. Dois oportunistas.
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Eu estive em Cabo Delgado nos anos 1971 ao serviço do Azevedo Campos. Uns tempos em Mueda e depois transferido para Mueda e tomar conta da Central de britagem para se asfaltar a estrada de Mueda a Mocimboa da Praia.
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Fiz a viagem de Macomia para Mueda por estrada: Macomia, Montepuez, Moirito, Nacatar e Mueda.
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Em Mueda assisti ao primeiro ataque da Frelimo com os foguetes 138 milimitros (?) no principio da noite dia 18 de Setembro de 1971. Abateram um avião PV 2 de hélice, pilotado pelo furriel Vilela da Mota, um rapaz amigo nascido na Beira.
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De Mueda, fui transferido para Diaca para dirigir a terraplanagem da estrada Mueda, Sagal, Diaca e Mocimbua da Praia.
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A situação estava feia, a Frelimo tinha-nos morto vário motoristas e operadores de máquinas e como era muito novo, na altura, emigrei para a Rodésia onde ainda estaria 5 anos.
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Durante um ano que estive em Cabo Delgado nunca tive conhecimento de tais sevícias relatadas pelo maricas do Guilherme de Melo (um gajo jornalista que dava para os dois lados) mas tratavam-se os pretos como seres humanos. Abraço amigo - José Martins
Dizer a verdade é o que a Frelimo nao sabe dizer a verdade por a verdade lhes amargar. No seu esforço de apresentar a sua historia "sem nodoas" inventam muitas estorietas através do génio mentiroso de Sérgio Vieira, Jorge Rebelo, Marcelino dos Santos, Jacinto Veloso, o malogrado Fernando Ganhao, e as vezes Joaquim Chissano, talvés o unico negro "experto". Mais manhoso do que experto. Verdadeiramente um génio do mal. Em geral os negros da liderança sao brutamontes. Excusemme dizer isto, mas eu sou negro como eles. Portanto nao é racismo nenhum.
Quando reclamam ter escrito um livro, a verdade é que o livro foi escrito por uma outra pessoa. Pode alguem imaginar Raimundo Pachinuapa, que reconhece ser inculto e semi-analfabeto, escrever um livro. Qual historia?!... Salve-me, o Santanas. Seria sacrilégio implorar o nome do Deus, Pai Todo poderoso...
...".Se digo que sou da Frelimo nao me refiro a Frelimo Actual mas sim,A Frelimo de Mondlane,Urias.Nungu,samora,Magaia e tantos outros que por terem ideias muito diferente as do Guebuza ,Chissano ,Chipande,viera etc foram mortos"...
Como se a cabeça fosse apenas serventia para separar as duas grandes orelhas, e nada mais!
Com o que,
"OMNIS SANCTIS"...
Mondlane, Urias, Nungu, Samora e tantos outros!
"BEATUM"...
Chissano, Guebuza, Marcelino dos Santos, Mariano Matsinhe, Sérgio Vieira, Jorge Rebelo, Gruveta, Chipande e ainda outros.
Confiteor Deo Omnipotente!
Esqueceram de me dizer isso!
Ou a bíblia que leio é a de satã!
...
Quanto ao texto,
Os relatos de Guilherme de Melo, enriquecidos com comentários de Fernando Gil, desmistificam a "estória" que a FRELIMO tenta fazer passar como História.
Já nos seus abalizados comentários (que bem poderiam passar como artigos) Nota Moisés contribui, passando atestado de fidelidade e acrescentando ainda mais contundência real, verídica, vivida e sofrida na própria carne à época. De fato, não foi apenas expectador, mas sim, foi ator e partícipe da história tal como ela se desenvolveu.
Oxalá, possa o Francisco Nota Moisés combinar com os ilustres Jaime Mauricio Khamba e Antonio Disse Zengazenga, uma forma de juntarem suas memórias em prol da verdadeira história de Moçambique.
Com os recursos on-line da Net, os contatos poderiam realizar-se até mesmo em tempo real.
Escrito a três, com certeza que daria um best seller histórico, uma importantíssima ferramenta para consultas.
A sua pergunta é complexa e nao muito facil para responder. Sim fui a Tanzania onde cheguei no fim de 1967. Passei o Natal e o ano novo de 1967-68 na regiao fronteiriça de Tunduma entre a Zambia e a Tanzania, no lado de Tanzania. Em Janeiro de 1968, cheguei em Dar Es Salaam onde a rebeliao contra a liderança da Frelimo de Eduardo Mondlane, Uria Simango, Marcelino dos Santos, Chissano, Guebuza atingia o seu auge. O centro da rebeliao era Dar, mas por toda a parte one outros moçambicnos estavam, havia tumulto contra os dirigentes da Frelimo. Dentro da Tanzania e nos paises vizinhos havia tumulto contra Mondlane.
O padre Mateus Pinho Gwenjere era praticamente o dirigente da revolta e era universalmente apoiado pelos militantes da Frelimo.
Uria Simango, que tinha prometido a Gwenjere que estaria com ele para mudar a situaçao na Frelimo, traiu o Gwenjere e a nossa rebeliao visto que preferiu estar no lado de Mondlane onde havia dinheiro e o poder quando o tumulto começou. Quando ele veio a revoltar-se contra os seuscolegas nos fins de 1969 estava sozinho em Dar Es Salaam sem pessoas para apoia-lo, visto que a nossa rebeliao ja tinha passado e falhado, em grande parte visto que na hora da nossa grande necessidade, Simango decidiu estar ao lado de Mondlane.
Combatemos a bom combater contra aqueles senhores, principalmente nos os estudantes. Certas confrontaçoes foram fisicas tendo havido uma invasao do Instituto moçambicano pelo grupo de bandidos da Frelimo liderados por Samora Machel e que incluiam Joaquim Chissano, Aurelio Manave, Arrancatudo e outros homens. Estiveram armados de pistolas que continham 12 balas cada. Isto foi na noite de 3 de Março de 1968.
Duranre a policia tanzaniana interveio e deteve Joaquim Chissano e Samora Machel pela barba por alguns minutos antes de deixa-los escapar, pelo que nao tivemos o tempo de bate-los, de manifestarmos a nossa zanga contra os bandidos. Mas antes da chegada da policia tanzaniana, aqueles malfeitores maltrataram-nos nos nossos dormitorios, forçando nos a porradas e pontapés a irmos ao patio onde nos obrigaram a nos alinharmos.
Mais o bandido, malogrado Aurelio Manave, que se escondeu na palha por debaixo dum coqueiro foi descoberto por estudantes que o bateram antes da policia algema-lo. Durante a marcha a esquadra da policia, os estudantes choveram porradas, socos e pontapés no malfeitor. Os policias nao intervieram impedir que batessemos o Manave.
Na equadra da policia, Aurelio Manave foi despido e deixado de cuecas e chamboqueado severamente perante os estudantes. O pobre do homenzinho grunhiu a bom grunhir com suor a lhe correr no rosto e ranho a lhe correr copiosamente das narinas enquanto nos os estudantes reclamavamos, gritando, que o malteitor fosse castigo com maior força e rigor. Ardiamos com o espirito de vingança.
Um policia mostrou-nos a pistola que ele tinha confiscaod do Manave onde havia 9 balas. O malfeitor tinha disparado 3 durante o tumulto, mais por medo do que contra um alvo qualquer entre os estudantes. Nenhum estudante foi morto ou ficou ferido, senao um que se feriu depois da cair quando correia durante o ataque pela quadrilha dos assaltantes. Aquela noite o malfeitor Manave dormiu numa cela da esquadra da policia de Kurasini. Joaquim Chissano e Samora Machel foram obrigados a prestaram contas do ataque a policia tanzaniana.
Na manha seguinte, Janet Rae Johnson Mondlane, a esposa de Eduardo Mondlane, passou pela esquadra da policia e subornou a policia para que o criminoso Manave fosse deixado livre. Versou alguns 11,000 shillings tanzanianos para consequir a libertaçao do malfeitor.
Depois da independencia, o malfeitor Manave foi feito governador de Niassa encaregado dos campos de concentraçao ali. E o malfeitor presidiu à uma verdade chacina de moçambicanos ali.
Ouvi que morreu. Que descance em paz.
Numa outra ocasiao nos os estudantes batemos no Marcelino dos Santos e no Uria Simango que tinham sido enviados por Mondlane para anunciar que o Instituto moçambicano ia se fechar. Kawawa, o vice-presidente da Tanzania, cuja pasta se encaregava dos assuntos dos refugiados, anulou a decisao como o tinha feito moutras vezes antes e depois daquela ocasiao de tentar o Instituto moçambicano pelos mondlanistas.
A ultima vez que Mondlane anunciou que o Instituto ia se fechar e que os estudantes deviam seguir para Nachingwea,onde havia o campo de treinos da guerrilha da Frelimo, o governo da Tanzania decidiu por-nos os estudantes na cadeia por tres dias antes des nos exilar para o campo de refugiados de Rutamba sob a tutela ds Naçoes unidas em Lindi, na provincia de Mtwara, alegadamente para ns separar e proteger dos lideres da Frelimo.
La em Rutamba durante certas noites passavam avioes da força aérea portuguesa que lançavam panfletos de propaganda para os "terroristas da Frelimo se renderem." Avioes portugueses tinham o dominio total sobre o sul da Tanzania visto que aquele tempo a Tanzania nao tinha uma força aérea digno de nome. Quando os avioes portugueses bombardeavam o sul da Tanzania, eles faziam ataques muito inuteis sem importacia tactica ou estrategica. E muitas das vezes era para larguar muniçoes e bombas que nao tinham usado nos seus ataques contra a Frelimo dentro de Moçambique.
Em 1969, emprendi uma fuga pelo territorio tanzaniano até a Nairobi, Quénia, onde vivi por 17 anos antes de vir viver no Canada, onde sou agora cidadao canadiano e onde estou sossegado e contente.
A minha alta apreciaçao pelo facto de gostou academicamente de saber o que se passou dentro da Frelimo duma pessoa que pesquisou a historia da Frelimo antes da sua chegada naquela organisaçao e que viveu a historia. Isto duma pessoa que tanto idealisava a Frelimo antes de sair de Moçambique para depois deparar-se com o inferno uma vez na Frelimo. Estou vivo hoje visto que isto parece ser o meu destino. Muitos outros pereceram nas maos da Frelimo. Obviamente nao gostaria de parecer como um adherente da religiao hindu onde tudo é fatalismos e pre-destinaçao. Sim estou vivo devido ao facto de que é o meu destino mas tambem porque tive a livre vontade de me confrontar com as circunstancias, os monstros hideondos frelimistas e tanzanianos.
A fuga para o Quenia do sul de Tanzania, através do territorio altamente minado pelo totalitarismo e vigilancia popular do regime de Julius Nyerere foi verdadeiramente uma aventura que ainda esta fresca na minha mente hoje desde o ano que aquilo aconteceu em 1969. A Frelimo nunca diz aos moçambicanos que o regime do tal Julius Nyerere era uma ditadura.
Mas Nairobi, Quénia, era realmente a liberdade no verdadeiro sentido da palavra. La cresci. Andei por quase todas as partes daquele pais e nunca um dia fui importunado para mostrar bilhete de identidades ou guias de marcha, uma ideia nao existia nos quenianos. Nunca alguma vez tive que ir ao régulo local quando ia chegada em qualquer aldeia como teria sido o caso se fosse na Tanzania de Nyerere sob pena de ser detido. Agora vivo no Ocidente, mas o Quenia ainda fica casa (home) para mim.
Todavia, Moçambique fica me no sangue, nao sei como expulsa-lo do meu sangue. Nao aguento faze-lo.
Ha ainda alguns de nos que sobrevivemos a odisseia da Frelimo, alguns ainda com mais conhecimentos da historia da Frelimo do que eu, tais como os Doutores Jaime Mauricio Khamba nos Estados Unidos e Antonio Disse Zengazenga na Alemanha. O desafio que se coloca hoje é o de escrevermos a historia que vivemos e conhecemos na Frelimo e sobre a Frelimo que tomou o poder em Moçambique para as geraçoes vindouras. Isto é um imperativo para que as deturpaçoes dum Sérgio Vieira nao venham a ser a falsa verdade por nosso discuido ou negligencia. Estamos trabalhando nisto.
Que isto nao agrade a quem nao possa agradar.
Bem haja pelo relato circunstancial dos factos, pela reposição da verdade, e pelo esclarecimento cabal dos acontecimentos e situações no interior da frelimo - jogos de poder, manobras de bastidores, alianças, traições, e seus nefandos crimes.
Eu escrevi, e ficou comprovado, que estou certo:
"Samora era/é igual aos actuais frelimos – TUDO igual, igual mesmo, ponto por ponto.
Farinha do mesmo saco, do mesmo milho."
E agora acrescento. O assassínio de rivais políticos, incluindo familiares muito próximos, pais, irmãos, filhos,...
é normal na cultura, no modo de estar, na forma de viver,...dos que invadiram e trucidaram os pacíficos Povos que então habitavam os territórios do sul, do que HOJE são territórios de Moçambique.
Que semearam o terror, as chacinas, a escravização, a rapina/roubo/esbulho,...de TODOS os Povos até ao rio Zambeze.
Esses que fugiram correr de Shaka Zulu, e que hoje são os donos de Moçambique, os seus COLONIALISTAS.
NÃO COLONOS, que esses produziam, trabalhavam, criavam riqueza, detinham conhecimentos e experiência.
APENAS COLONIALISTA, exploradores, rapinadores, ladrões, que CONTINUAM a ter horror ao trabalho, que sempre consideraram displicente/desinteressante/penoso.
O seu caldo cultural é esse - assassínios, roubo, exploração, opressão,...horror ao trabalho.
Está no seu ADN, na sua história - basta consultar.
Por isso é normal que Matsinhe diga - É normal fuzilar/matar na frelimo, é normal.
Como também é norma o 1º ministro vir dizer:
“Campos de Reeducação devem inspirar novo Sistema Prisional
- Defende PM na abertura da Conferência Nacional sobre Reforma do Sistema Prisional”
Fonte: http://oficinadesociologia.blogspot.com/
É tudo nomal, dentro da anormalidade habitual que se tornou Moçambique, com a frelimo.
FUNGULANE MASSO (abram os olhos).
E quando divide a Frelimo entre a Frelimo de Mondlane, Uria Simango, Nungu, Magaia, Samora Machel e tantos outro e a Frelimo de Guebuza, Chissano, Chipande, Vieira e muitos outros, parece me que aqui o senhor dos Santos Junior fez uma salada enorme -- o que demonstra que o senhor dos Santos Junior nao sabe de que é que esta a falar. Parece me que ele so ouvi falar desses nomes e nunca conheceu a verdadeira historica da Frelimo. Meter Magaia juntamente com aqueles que o mataram ou concordaram em mata-lo incluindo Uria Simango, que sabia do complote para mata-lo e cobardemente concordou com Mondlane e outros, parece ser um grande sacrilégio.
O Magaia era realmente o poder na Frelimo. Era admirado e apoiado universalmente na Frelimo. Era um soldado que participava em combates fisicamente contra as tropas portuguesas, o que Samora Machel nunca quiz fazer. Os dois nao se entendiam precisamente por causa disto. Quando Magaia dizia a Machel para para ir as zonas da guerra e participar nos combates, Samora Machel, fingia que nao podia por causa "da minha doença antiga" -- referencia a sa coluna que teria ficada danificada durante treinos militares de guerrilha na Algeria. o proprio Magaia participou nestes treinos. Tinha sido previamente furiel no Exercito portugues.
Depois da sua morte por um tiro da Frelimo e nao do exercito portugues como o comunicado emitido pela Frelimo de Dar Es Salaam em Outubro de 1966 dizia que "o Camarada Filipe Samuel Magaia tombou num encontro com soldados portugueses (palavras exactas do comunicado que li aquando de viagem no Malawi rumo a Tanzania em 1967," a Frelimo passou a ser outra coisa. Isto foi depois de Mondlane ter nomeado Samora Machel, um outro gazense como ele, comandante da Frelimo, deixando de lado Casal Ribeiro de Tete, que era o segundo no comando depois do Magaia.
Depois daquilo houve uma chacina generalisada daqueles que estiveram estreitamente ligados com Filipe Magia. O nome Magaia tornou-se tabu na Frelimo, e mesmo hoje quando se fala dos herois da Frelimo, o nome Magaia nao é dos mais destacados. Pessoas houveram que foram mortas por ter sido ouvidas a falar da morte do Magia. Tudo isto aconteceu quando o homem que dos Santos Junior admira Mondlane era presidente da Frelimo e Machel, o seu comandante.
Nungu era insignificante politicamente na Frelimo, ocupando-se so das finanças do partido. Foi baionetado vivo por ordens de Samora Machel depois de perder algum dinheiro, mas a Frelimo mais tarde disse que o camarada Nungu tombou numa emboscada portuguesa. Foi esta morte de Nungu que chocou e enfureceu Uria Simango, visto que ele era amigo pessoal do Nungu que ele tinha conhecido previamente em Moçambique. Foi somente depois disto que Uria Simango se insurgiu contra Machel e Marcelino dos Santos com quem ele tinha formado o famoso triunvirato, o poder de tres iguais, depois da morte de Mondlane em 1969. De acordo com a constituiçao da Frelimo de entao, Simango é que devia ser presidente, mas isto Samora Machel, Marcelino dos Santos e os sulistas de Gaza nao podiam permitir.
Foi depois disto que Simango escreveu o seu famoso documento em ingles GLOOMY SITUATION IN FRELIMO acusando os outros de crimes contra a humanidade na Frelimo, espezinhado até o proprio Mondlane. Mas tratava-se de crimes de que ele tinha conhecimento e em muitos casos concordava que se cometessem.
Quando batalhavamos contra a liderança de Mondlane, Uria Simango preferiu estar do lado de Mondlane e isto depois dele ter previamente e clandestinamente revelado os males que existiam na Frelimo ao malogrado padre Mateus Pinho Gwenjere com que ele tinha concodado para trabalharem junto para mudar a situaçao na Frelimo. o Padre Gwenjer foi barbaramente assassinado pela Frelimo como foi o caso com Uria Simango proprio.
Regreto o que aconteceu a Uria Simango como o que aconteceu a milhares e mihares de moçambicanos emoçambicanas que foram chacinados e chacinadas pela Frelimo de Samora Machel. Mas a historia tem que ficar a historia como aconteceu e tentar embeleza-la para satisfazer alguns nao seria o meu estilo de historiador.
Tenho que dizer que a historia da Frelimo é outra e bem diferente daquela que dos Santos Junior idealisa. Nao houve santos entre os homens que dos Santos Junior citou, excepto Filipe Magaia. Aqueles que viveram a historia de perto nao podem de maneira alguma santificar Eduado Mondlane, Uria Simango e outros que dos Santos Junior parece querer descrever com os bons.
também eram/são brancos - tudo "gente boa"!
Samora era preto retinto, e daí não advém mal ao mundo.
Mas há muitos elos comuns entre os de cima, e o de baixo, para ficar claro - entre Samora e os acima citados - todos eles ditadores totalitários, assassinos de primeira estirpe.
Se são os próprios frelimos que o dizem - que era autoritário, já não ouvia os camaradas (quando é que ouviu?), tornou-se esquizofrénico, bebia, exasperava-se,...enfim, já muito desesperado perante os resultados do "samorismo", empreendeu a fuga para a frente.
Aí, os "camaradas" resolveram - o avião caiu.
Quanto a mim, resolveram muito bem - demoraram foi tempo demais.
Lamento a morte de alguns, poucos, acompanhantes, que infelizmente iam no voo
- Sérgio Vieira / Chissano / Guebuza / ...-
não lhes avisaram - também não podiam, não é?
Entre eles, lamento profundamente Cangela de Mendonça, um Senhor.
Portanto, não me venham com esse papo furado da cor.
Entre o Otelo, branco, esse ditadorzeco, assassino,… e Marcelino da Mata, preto, não tenho quaisquer dúvidas sobre quem é quem (um exemplo, havendo muitos mais, muitos).
Samora era/é igual aos actuais frelimos – TUDO igual, igual mesmo, ponto por ponto.
Farinha do mesmo saco, do mesmo milho.
Desculpas aceites, sem qualquer rebuço. Afinal o "junior" ainda é um pouco mais velho que eu. Mas o espírito é que conta. E confesso-lhe: às vezes apetece-me esquecer tudo o que sei, que não é assim tanto como muitos pensam. É que Moçambique para mim, e tantos outros, não é só um nome: é muito sangue derramado, de muita gente de várias raças e de variadas condições. Por isso hoje tem uma língua que une e fronteiras que o demarcam e uma HISTÓRIA que o identifica e que vem de muitos séculos atrás.
E, se quiser partilhar connosco o que sabe sobre Moçambique, este espaço continua aberto para si e a todos os que o desejarem.
Um abraço
Fernando Gil
Muito bem escrito - VERDADE PURA, infelizmente.
Tanta tolerância já é burrice.
E ainda fornecem a VASELINA (lubrificante).
!!!!
E agora este senhor esta com estas coisas de abusos pessoais, racistas e maliciosas contra Gil. Bom, é assim a Frelimo.
Se o que Gil reportou citando fontes que viveram a historia "sao fantasias dos ex-colonos," entao qual a versao deste individuo, José dos santos Junior. Ele quer que a gente acredite implicitamente naquilo que a Frelimo diz.
José dos Santos Junior tem muita boa sorte que Gil nao edita o que se escreve aqui como os editores da imprensa frelimista do José dos Santos Junior fazem e que nao publicariam e nao publicam ninguem que diga qualquer coisa que seja diferente do que esta decidido no fundamentalismo da Frelimo. Que alguem experimente dizer coisas contrariando o que Sérgio Vieira diz na sua coluna "Carta à muitos amigos" no jornal ou revista Domingo. Tal material nao vera a luza do dia.
Quem pensa que os unicos fundamentalistas deste mundo sao George Bush e Osama bin Laden esta muito enganado. A Frelimo basea-se num fundamentalismo chamado FRELIMISMO. As vitimas da ou os mortos pela Frelimo estao em milhares, entre 75,000-100,000 nos campos de concentracao. Nao fui eu quem deu esta figura. Foi o Congresso dos Estados Unidos em 1985.
A edicaçao do THE TIMES de Longres, 22 de Maio de 1988, disse que a prisao de Machava que os portugueses tinham construido com a capacidade de 500 reclusos tinha mais de 10,000 (dez mil) prisioneiros em 1988. Que se usava la caes para matar e comer prisioneiros. Que prisioneiros eram utilisados com mao de obra escrava nas machanbas de individuos previlegiados pela Frelimo. Sera que Jose dos Santos Junior so vai insultar brancos. Bons estes brancos que depois de insultados pela Frelimo depois dao dinheiro a Frelimo do José dos Santos Junior. E a Frelimo recebe sem se lembrar que insultou os brancos sem lhes pedir perdao. Bom os brancos toleram tudo.
Vão implodir, como implodiram todos os padrastos.
E quando o falso verniz estala, basta estalar, partem para o insulto, racismo, ódio,...intolerância - ADN da frelimo.
Podia ter escrito que já foi censurado neste sítio, foi????????????
NÃO.
Em vez de contra-argumentar, não.
Sorte que tem o Fernando Gil, "Fecha a Boca seu Branco descontente", em não estar em Moçambique - que sorte.
Ia fazer companhia a Uria Simango, Pe.Mateus Gwengere, Joana Simeão, Casal Ribeiro, Celina Simango, Filipe Magaia...e dezenas de milhares de outros.
Basta ver o que se passou nos primeiros dias de Setembro de 2010, o frelimo a disparar sobre a multidão, em perfeito tiro ao alvo, com uma frieza e instinto puramente assassino, multidão com inúmeras criança e mulheres...
Que está na Net à disposição de todos.
O mundo conhece a frelimo, seus métodos, sua índole, seus assassinos, seus "cabritos"...
Fernando Gil está com muita sorte em não ser "reeducado".
Não admira que pouco ou o pouco que saiba sobre a HISTÓRIA de Moçambique lhe venha do que ouviu ou leu oriundo da FRELIMO. Por isso ainda é "júnior". Mas eu sou "senior" e já conheço Moçambique, as suas gentes e as suas terras, desde pequeno( nasci em 1939, na Ilha de Moçambique e estou registado em Muecate) e desde o Rovuma à Ponta do Ouro e desde o Zumbo ao Chinde, passando por sítios de que certamente nunca ouviu falar, eu conheço. Mas, contra factos, só factos. É por isso e para isso que tem este "site" à sua disposição. Use-o, esclarecendo e esclarecendo-nos.
Só uma pergunta: Já alguma vez se banhou no Rovuma, Lago Chire, Lago Niassa, no Messalo, no Aruângua ou até no Zambeze, para não falar da Ponta do Ouro?
Um abraço
Fernando Gil
Parabens e muitissimo obrigado por ter esclarecido e dado mais vigor ao meu ponto de vista. A luta pela libertacao: que libertacao? E o regime de terror e os campos de concentracao que a Frelimo implantou uma libertacao? Estes homens da Frelimo nao sao serios. Sao verdadeiramente mentirosos e aldraboes.
A luta pela independencia sim,.... mas pela libertacao NAO e NUNCA. A escravtura que aFrelimo impos ao pobre povo de Mocambique foi mais profunda do que a opressao portuguesa. Em pouco tempo a Frelimo reduzou a nacao mocambicana a Idade de Pedra, destruindo... escangalhando quase tudo o que os portugueses tinham feito.
Ate que se disse que para restituir Mocambique ao nivel onde os portugueses deixaram o territorio, seria preciso 30 anos de administracao seria e rigorosa e com paz.
Administracao seria e rigorosa da Frelimo? E que tal dos tambores da guerra que se fazem ouvir com o nosso maior tamborista Herminio dos Santos a martelaros tambores. E que tal do cantar das armas durante as manifestacoes do principio de Setembro em Maputo?
Que se albrabe os outros. Nunca consiguirao aldrabar este autor. Nem com a Maya (Magia em Sanscrito, lingua sagrada do Hinduismo) de Sergio Vieira, uma reincarnacao de Ravana, o rei-demonio ramayanico em Mocambique. O RAMAYANA e um grande poema epico do Hinduismo considerado por esta religiao como obra Sagrada na qual as forcas do exercito de macacos e ursos liderados por Rama, Deus Vishnu reincarnado, batalha e vence os demonios de Lanka depoi. E a luta entre o bem e o mal como e a nossa contra o mal e a opressao em Mocambique.
Estou cansado de escrever isto mesmo.
Qual libertação, qual quê???
Os factos aí estão, e demonstram-no de tal modo, que nem é preciso argumentar.
É preciso ser criterioso, rigoroso, claro, exigente, verdadeiro, ...na linguagem utilizada.
Guerra da independência, sim.
De libertação, NUNCA.
Opressão, terror, ditadura, tribalismo, xenofobia, racismo, intolerância, prisões, tortura, assassínios, deportações, campos de concentração,...
Estes, e muitos outros, são os legados da frelimo.
Em tempos idos havia factores que favoreciam a Frelimo: O anti-colonialismo universal, a guerra fria, a capacidade da liderança de se manter quase sempre una e solida, o fracasso total de Afonso Dhlakama de manter uma estrutura politica una e solida e a pulheza da Renamo no campo da propaganda. Tudo isto explica porque a Frelimo podia e pode mentir e mentir. Porem, agora a historia é ja outra.
Nascida enquanto muitos territorios africanos obtinham as suas independencia da Inglaterra, da França e da Belgica para confrontar a intransigencia de Antonio de Oliveira Salazar que nao queira ouvir da descolonisaçao, a Frelimo granjeou admiraçao e simpatia de muitos cantos do mundo incluindo de certos dinamisadores da esquerda em paises capitalistas. Tais esquerdidas papagueavam a proppaganda e as mentiras da Frelimo, consolidando-as como verdades inabalaveis.
Ao mesmo tempo o bloco soviético e a China vermelha concediam ajudas militares a Frelimo nao porque estes paises eram aliados naturais da luta pela independencia (recuso me chama-la a luta pela libertaçao), segundo a propaganda da Frelimo concebida por Marcelino os Santos, Sergio Vieira, Jorge Rebelo e a outra elité indiana e portuguesa na Frelimo. A ajuda daqueles paises era para o seu proprio interesse, o de combater o Ocidente através dos seus satrapas nas colonias portuguesas. Se o Ocidente ou a OTAN (NATO) pensava que apoiava Portugal para combater o comunismo em Africa como Portugal lhe dava a entender, a Uniao soviética e a China combatiam o chamado imperialismo ocidental através dos seus novos agentes nativo rebeldes nas colonias portuguesas.
Nem a OTAN nem o Pacto de Varsovia, bloco militar soviético, queriam uma guerra frontal entres eles visto que isto conduziria ao uso de armas nucleares que dizimariam ambos os lados e o resto do mundo com eles. Fazia, portanto sentido para ambos os lados se combaterem usando terceiros -- usando seus fantoches. A Uniao soviética até usava a sua radio emissora em Moscovo para transmitir programes de propaganda em portugues para "as tropas portuguesas em Africa" com o fim de desmoralisar as tropas portuguesas, repetindo as mentiras recebidas da Frelimo, do MPLA e PAIGC.
Apesar de as vezes se eliminarem entre eles, a liderança da Frelimo soube manter uma coesao em bons e maus tempos, e na implementaçao de programas genocidarios contra o povo moçambicano, o que explica que aqueles que usurparam o poder na Frelimo depois da eliminaçao Magaia em 1966 e da morte de Mondlane em 1969 de provavelmente uma acçao interna em cumprimento de ordens de Moscovo por a Uniao soviética detestar o pro-americano Mondlane, sao os mesmos que estao no poder hoje depois de Machel: Chissano, Guebuza, Marcelino dos Santos, Mariano Matsinhe, Sérgio Vieira, Jorge Rebelo, Gruveta, Chipande e ainda outros.
Quanto a Afonso Dhlakama ninguem pode dizer quem estavam e estao com ele desde o principio visto que o caudilho da Renamo esta sempre a formar novas equipas e a desmantela-las. O unico que pode se dizer que ficou com ele é Vicente Ululu, um lambebota de Dhlakama que se ajuntou a Dhlakama a partir do Quénia onde estava refugiado e que Dhlakama guarda mais para satisfazer o povo maconde, segundo ele pensa. Eis a razao da fraqueza da liderança da Renamo e a razao porque a Frelimo hoje desmantela o proprio Afonso Dhlakama e de porque a Frelimo foi capaz de deturpar a propria historia da Renamo.
Enquanto a Frelimo mente e mente fora da medida, deturpando a historia, o movimento de Afonso Dhlakama provou sempre ser inutil e pulha por causa da razao ja dada de que Afonso Dhlakama desfaz mais do que jamais pode reconstruir as suas estruturas. E isto num pais como Moçambique sem recursos academicos em grande quantia torna-se mortifero, fatal para o pobre Afonso Dhlakama. As acçoes do caudilho da Renamo beneficiam assim a Frelimo que retem o poder enquanto Dhlakama suspira, isolado algures -- num lugar desconhecido pelos seus proprios comanheiros renamistas. A historia da Frelimo foi sempre uma deturpaçao e mentiras autenticas e desenvergonhadas.