Aconteceu nos EUA. Os alunos afetados estão agora a pedir à universidade que se responsabilize pelos danos causados. Presidente do estado de Ohio admitiu "fracasso institucional consistente".
Morreu um 2005, mas a sua memória permanece viva junto da Universidade de Ohio, nos EUA, e dos ex-alunos. O médico da equipa de atletismo universitária Richard Strauss é acusado de ter abusado sexualmente de pelo menos 177 estudantes do sexo masculino, entre 1979 e 1997, segundo a BBC. Só numa investigação recente feita pela universidade, quase três décadas depois, é que levaria a este número avassalador.
O relatório final da investigação conta que os abusos aconteceram em vários locais em redor do campus, como salas de exame, balneários, chuveiros e saunas. O médico pedia para realizar exames aos jovens sem qualquer necessidade. Os funcionários do estabelecimento de ensino alegou que, apesar das queixas dos alunos, não conseguiram evitar o sucedido.
"Lamentamos muito que isso tenha acontecido", disse o presidente do Estado de Ohio, Michael Drake, numa conferência de imprensa. E admitiu que houve um "fracasso institucional consistente" na universidade. Contudo, garante que "esta não é a universidade de hoje".
Agora, os vários ex-alunos afetados deram entrada a processos judiciais e estão a pedir à universidade para assumir a responsabilidade pelos danos infligidos. "Sonhos foram quebrados, os relacionamentos com os entes queridos foram danificados e os danos agora são transferidos para os nossos filhos, já que muitos de nós nos tornamos tão superprotetores que prejudicam o relacionamento com nossos filhos", disse Kent Kilgore, ex-nadador do estado de Ohio, em comunicado.
O médico acabou por se reformar em 1998 e em 2005 suicidou-se.
A Universidade de Ohio, contudo, não é caso único. Já em maio de 2018, a Universidade do Estado de Michigan acordou pagar 500 milhões de dólares para 332 ginastas abusados também por um ex-médico.
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