segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

PRISÃO DE CHANG,VELHAS ALIANÇAS E NOVOS APETITES PELOS RECURSOS NATURAIS



Centelha por Viriato Caetano Dias (viriatocaetanodias@gmail.com )
A vida é mais complexa do que uma moeda que só tem duas faces. Extraída de uma conversa com amigo José Ribeiro Soares
Estou em Chókwè. Aqui a população não perde tempo a falar de Manuel Chang. Diferentemente das capitais provinciais do país, onde a ociosidade é um modo preferencial de vida para muitos compatriotas, o ar que se respira parece estar rotulado com o nome de Chang.
Os inimigos de Moçambique estão a esfregar as mãos de satisfação, porque, finalmente, conseguiram entreter e adormecer o povo moçambicano enquanto tiram o mel da colmeia. Os exímios utilizadores das redes sociais, poderosíssimas armas dos inimigos, estão a transformar o país numa Inquisição.
A mais pálida dúvida levantada pelos inimigos de Moçambique encontra nos chamados grupos de choque, a cavalaria de críticos, uma forma de ecoar e transformar aquilo que é no que deve ser. Provas invertidas, que servem de marketing político para dividir e reinar, parecem dominar as razões das delinquências desses críticos. Inocentes são sacrificados pura e simplesmente porque existe uma expressão que legitima o ódio “não há fumo sem fogo.”
Quando falo de provas, vem-me logo à memória uma conversa que tive com um dos meus ídolos das Relações Internacionais, Professor Silvério Rocha e Cunha, que dizia “As provas das armas de destruição maciça podem ter sido falseadas, mas os mais de 5 mil mortos no Iraque é um facto.”
Há indícios de que as “dívidas ocultas” encheram os bolsos de alguns políticos, mas não questionam como é que o resto dos 28 milhões mantém a soberania moçambicana. A segurança não é acto publicitário e nem requerer apresentação de facturas, porque ela é suja como um pau de galinheiro. A segurança, meus amigos, é feita de grandezas e defeitos.
Quando “patrões” cortaram o financiamento ao país, os críticos não conseguiram reprimir a alegria, houve até quem tivesse vaticinado o fim da nossa soberania. Resistimos firmes e resilientes. Sempre que, de alguma forma, caíssemos, fizemo-lo de pé.

Com os recursos a bafejar o nosso país, as velhas alianças uniram-se contra os velhos inimigos. É o que se observa no enlace entre as justiças que reprenderam Chang. Lá está a lição do Professor Silvério Rocha e Cunha: A política internacional exprime interesses. É a renovação permanente dos objectivos, digo eu!
Com esta centelha não pretendo criar um álibi para salvar Chang, apenas emprestar as minhas antenas para que alguns compatriotas possam ver mais do que a pupila dos seus olhos. Repito: Chang deve defender-se, “sozinho”, dos crimes que lhe são imputados. Ubi commoda, ibi incommoda - Velho brocardo jurídico a significar que quem se vale da sua imagem para conseguir vantagens, deve aceitar os incómodos que daí advêm. É óbvio que Chang é uma chave que não se deve perder para o esclarecimento das famigeradas “dívidas ocultas”.
O sentido da minha intervenção é este: convém que nos situemos nos problemas principais do país, espalhando a solidariedade entre os moçambicanos, a produção e produtividade, a luta contra a pobreza extrema, como o faz o povo de Chókwè. Perante este visível predomínio sobre a África, questiono: cadê o presidente Robert Mugabe? Zicomo e um abraço nhúngue ao casal Narciso e Florência, pela hospitalidade.
WAMPHULA FAX – 07.01.2019

3 comentários:

Castro Niquina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Castro Niquina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Castro Niquina disse...

Precisamos de respeitar o sentimento dos outros, Os EUA, estão agindo dentro de uma justiça, grande parte dos líderes Africanos nos fizeram acostumar que não estão preocupados em produzir riquezas para os seus povos, dedicam-se apenas em vender suas pátrias para Europeus e Americanos em detrimento do seu bem-estar. Gastam muito tempo a estudar como roubar dinheiro dos outros em nome do povo. Os seus filhos esbanjam biliões de dólares quando o povo não tem escolas, hospitais, estradas, morrem de fome e quando a classe jovem morre nas terras dos outros a procura de melhores condições de vida. Porém, quem usa dinheiro barato a factura é cara, dai que, é justo sofrer medidas o infractor não o inocente. Assim sendo, rogamos que o problema do António não seja do João. Por outras palavras, o povo não pode continuar pagar o que não lhe diz respeito, devemos que lutar para que não nos invadem por causa de um grupo de malandros.